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Se divide em É uma inflamação da pele caracterizada pela presença de manchas vermelhas e bolhas que se espalham pelo corpo, sendo mais frequente de aparecer nas mãos, braços, pés e pernas, no entanto é possível também que as lesões apareçam na palma das mãos, na planta dos pés e dentro da boca. EstomatologiaEstomatologiaEstomatologia Lesões imunologicamente mediadas da cavidade oral 29.03.2022 Prof. Malena Eritema multiforme 1. As doenças dermatológicas imunologicamente mediadas estão associadas à produção de anticorpos que agem contra estrutura específica da pele e mucosas. Essas desordens apresentam características inflamatória e crônica Herpes simples HIV Sarampo Mononucleose varicela Aines Barbitúricos Causas Gestação Micoses profundas Pneumonia Tuberculose Faringite/bronquite Suifas Causas Maior-atinge pele dos membros Menor - apenas lábio Ulcerações, que afetam a mucosa bucal. Acontece de forma rápida, sendo o lábio inferior o mais acometido Em geral com duração de 2 a 6 semanas Crostas hemorrágicas na região do vermelhão labial são comuns Lábios, mucosa labial, a mucosa jugal, língua, soalho bucal e o palato mole são os locais mai comuns Forma menor Apresentação mais grave da doença Também conhecida como síndrome de Stevens- Johnson A forma maior atinge a pele e permanece por mais de 10 dias Popularmente conhecida como 'olho de boi' Se desenvolvem em cerca de 50% dos casos As lesões iniciais surgem nas extremidades e são planas, redondas e vermelho-escuras.. Tornam discretamente elevadas e podem evoluir para bolhas com um centro necrótico Deve avaliar também as mucosas ocular e genital, pois podem ocorrer cicatrizes (formação de simbléfaro), semelhantes as que ocorrem no penfigoide cicatricial Forma maior Histoplatológico exibe um padrão que é característico Formação de vesículas intraepiteliais ou subepiteliais Necrose de queratinócitos na camada basal Presença de infiltrado inflamatório misto, constituído por linfócitos, neutrófilos e eosinófilos Para se diagnosticar corretamente, deve ser feita a exclusão de outras lesões vesicobulhosas. vesícula intraepitelial vesícula subepitelial Tratamento Pode ser utilizado o laser de baixa potência com 1 a 2 J de energia para cicatrização Ponto ideal: borda da úlcera (área de dor) - pois ela fecha da borda para o centro. Pode ser associado com o infravermelho para casos de dor Pode ser utilizado corticoide -prednisona 40mg Para lesão menor Pode ser necessária a intervenção com profissionais da dermatologia Deve ser tratada em ambiente hospitalar, devido a ser comparada com lesões de queimadura. Para lesão maior 2. Líquen plano Doença inflamatória muco-cutânea dermatológica crônica que afeta pele, mucosas e anexos. essa doença é comum também em boca. Acomete adultos de meia idade, sendo as mulheres as mais afetadas e é raro o caso em que acomete crianças. Pode se apresentar como pápulas, poligonais, púrpuras e pruriginosas. Afetam as superfícies flexoras das extremidades mas também pode acometer as unhas, glande do pênis e mucosa vulvar. Líquen em unha Líquen em punho Líquen oral - forma reticular Forma reticular é a mais comum. Não causa sintomas Padrão de linhas brancas entrelaçadas (linhas de Wichham) Acomete mucosa jugal posterior bilateralemente Pode acometer também borda lateral e dorso de língua, gengiva, palato e vermelhidão do lábio As lesões podem melhorar ou piorar líquen em mucosa jugal posterior lesões reticulares papilosas lesões em lábio inferior lesões em dorso de língua Líquen oral - forma erosiva Nessa forma, há ulcerações na cavidade oral, sendo assim uma forma sintomática Há a presença de áreas eritematosas, atróficas com grau variado de ulceração central Quando a descamação está confinada à gengiva, chama-se de gengivite descamativa. Quando apresenta esse padrão, deve ser feito biópsia, pois o penfigoide das membranas mucosas e o penfigoide apresentam a mesma característica, sendo diferenciadas por microscopia eletrônica. líquen erosivo em mucosa jugal líquen erosivo em língua gengivite descamativa Histopatológico Dependendo se for lesão ulcerativa ou reticular, pode apresentar graus de ortoceratose e paraceratose Cristas epiteliais com aspecto de dentes de serra Desorganização da camada basal e morte de queratinócitos Infiltrado linfocitário em banda abaixo do epitélio de linfócitos T. Ceratinócitos e generação em áreas do epitélio e na interface do tecido conjuntivo ->corpos de Civatte aspecto de dentes de serra camada de células basais intacta Tratamento Pode ser utilizado o laser (utilizar apenas nas ulcerações. Não utilizar o laser nas manchas brancas) Se tiver infecção por candidíase -> antifúngico tópico bochecho analgésico Corticóide toṕico Imunossupressores Para o lipquen plano reticular, não é necessário tratamento. 3. Reação liquenoide Reação imune ao material (restaurador) ou medicação Geralmente acontece do lado do metal nas restaurações em amálgama O diagnóstico se dá através de achados onde há características clínicas da lesão e a sua relação direta com restaurações de amálgama. 4. Pênfigo Desordens imunobolhosas muco-cutâneas graves O pênfigo pode se apresentar de 4 formas distintas : pênfigo vulgar; pênfigo vegetante; pênfigo eritematoso; pênfigo foliáceo, sendo o pênfigo vulgar o mais comum. As bolhas que caracterizam essa doença, ocorrem devido a uma produção anormal, por razões desconhecidas, de autoanticorpos que são dirigidos contra glicoproteinas de superfície da célula epidérmica -> desmogleina 3 e desmogleina 1 que são componentes dos desmossomos. desenvolve desenvolve O pênfigo ataca esses componentes, que são responśveis pela adesão celular epitelial. Forma-se então, uma fenda dentro do epitéiio, causando assim, uma bolha Desmogleína 3 - expressa camada parabasal da epiderme camada parabasal do epitélio bucal Desmogleína 1 - expressa camada superficial da epiderme expressão mínima no epitélio bucal fenda intraepitelial acima da camada basal clinicamente: bolhas na mucosa bucal Fenda intra epitelial superficial na epiderme Mucosa bucal não afetada Fendas intra epiteliais Imunofluorência direta (é o exame de confirmação) mostrando a separação/descamação das células basais da camada superficial do epitélio. A imunofluorescência indireta tambem é eficaz em 80% a 90% dos casos, demonstrando a presença de autoanticorpos circulantes no soro do paciente Diagnóstico e Tratamento Medida semiotécnica -> sinal de Nikolski -> pressionar a lesão levemente com o dedo ou objeto rombo. Quando é positivo, há a o descolamento parcial do local Tratamento com corticóides -> tópicos e ou sistêmicos. 5. Penfigoide das membranas mucosas Apesar de ter o nome parecido com o pênfigo, suas características diferem do pênfigo clinicamente e histopatologicamente. Acometem geralmente adultos, com média de 50 a 60 anos, sendo as mulheres as mais afetas Acometem a boca, mas podem acometer também as mucosas conjuntival, nasal, esofágica, laríngea e vaginal e também a pele ao redor pode estar envolvida. As membranas bucais são afetadas com vesículas e bolhas e são identificadas clinicamente. E quando se rompem causam úlceras, expondo o tecido conjuntivo. O paciente, quando diagnosticado com penfigoide deve ser encaminhado para o oftalmologista, pois ele corre risco de cegueira por acometer as membranas conjuntivais. Diferente no pênfigo, que as bolhas são raras de encontrar As ulcerações são dolorosas, e persistem de semanas a meses, se não forem tratadas. Acomete boca, especialmente gengiva -> padrão conhecido como gengivite descamativa -> também acontece no pênfigo vulgar e no líquen plano erosivo. Gengivite descamativa Histopatológico Separação entre o tecido epitelial e o tecido conjuntivo abaixo da membrana basal Leve infiltrado inflamatório crônico Separação do epitélio e conjuntivo abaixo da membrana basal Imunofluorência direta 6. Penfigoide bulhoso Mais comum das condições bulhosas autoimunes Autoanticorpossão dirigidos contra a membrana basal Prurido é um sintoma precoce seguido de múltiplas bolhas na pele normal ou eritematosa As lesões se rompem após vários dias, formando crostas na pele e há a cura sem cicatrizes O acometimento da mucosa bucal é incomum Larissa Farias 6° semestre O diagnóstico é clínico + Imunofluorência direta Padrão histopatológico Diagnóstico / Tratamento Esteroides tópicos e sistêmicos; Bochechos analgésicos Diagnóstico é clínico + imunofluorescência direta 7. Penfigoide cicatricial Evolução do penfigoide bulhoso em sua fase de cicatrização Pênfigo-> ataca desmossomos -> bolha intraepitelial (membrana basal para cima) Penfigoide -> hemidesmossomos -> bolha abaixo da membrana basal
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