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N1 DE PROCESSO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO

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N1 DE PROCESSO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO
1 - Descreva criticamente as características do controle de
constitucionalidade adotado no ordenamento jurídico brasileiro.
R. O Brasil adota o controle de constitucionalidade misto, quer dizer, é exercido o
controle combinado entre abstrato e concreto, havendo o controle difuso e
concentrado. Dessa forma, o controle de constitucionalidade difuso garante a
possibilidade de qualquer juiz exercer a análise da constitucionalidade em um caso
concreto, enquanto que,o controle concentrado diz respeito à competência exclusiva
do STF em julgar a (in) constitucionalidade; assim sendo, o controle difuso não
garante efeitos erga omnes, vinculando a coletividade, como é o caso do controle
concentrado, mas sim, produz efeitos “inter partes”, quer dizer, apenas para as
partes envolvidas no caso concreto, e não para terceiros.
Neste sentido, Gilmar Ferreira Mendes (2008, p. 158) afirma “(...) ao ampliar, de
forma significativa, o círculo de entes e órgãos legitimados a provocar o Supremo
Tribunal Federal, no processo de controle abstrato de normas, acabou o constituinte
por restringir, de maneira radical, a amplitude do controle difuso de
constitucionalidade”.
2 - Disserte sobre o efeito dúplice da decisão resolve ADI e ADC.
R. Conforme o STF, a ADI e a ADC são ações de natureza dúplice. Porque, na
hipótese de declaração de inconstitucionalidade, teríamos uma ADC
desconstituída, caso proposta. O mesmo vale para uma ação declaratória de
constitucionalidade que, uma vez declarada como tal, teríamos uma ADI
desconstituída, ou seja,
declarada constitucional, como era o propósito da ADC. Ainda que saibamos que
cada ação tem suas peculiaridades, fica evidenciado que o objetivo final de
ambas as ações é o mesmo, e nisso elas não diferem, exceto pela inversão do
sinal.
Conclui-se que ambas convergem para um mesmo resultado, que é a declaração da
inconstitucionalidade ou da constitucionalidade de leis e atos normativos.
https://classroom.google.com/c/Mzc2MTg3NzI3NTQw
A previsão legal para o acima exposto está na LEI No 9.868, DE 10 DE
NOVEMBRO DE 1999.
Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação direta ou
procedente eventual ação declaratória; e, proclamada a inconstitucionalidade,
julgar-se-á procedente a ação direta ou improcedente eventual ação declaratória.
Sendo assim a concepção do professor André Ramos Tavares, ratificando que a
natureza dúplice dessas ações diretas encontra previsão no artigo acima, desta
mesma lei. Como segue: “qualquer dos resultados possíveis (constitucionalidade e
inconstitucionalidade) pode ser obtido por meio de qualquer uma das ações diretas
(ADC ou ADI). Uma vez fixada a conclusão sobre a constitucionalidade ou não do
ato impugnado, os efeitos das decisões proferidas em cada uma dessas ações
serão absolutamente idênticos”. Vale destacar que quanto ao conteúdo na ADC
podemos abordar apenas lei ou atos normativos federais, enquanto na ADI incluem
os estaduais (lei ou atos normativos federais ou estaduais) também, e que, uma vez
fixada a declaração de constitucionalidade ou inconstitucionalidade do ato
impugnado, os efeitos das decisões são os mesmos. Na cautelar em sede de ADC
há previsão de que se suspenda o julgamento dos processos do objeto da ação por
180 dias no máximo, caso em que não seja julgada neste ínterim. Já na ADI não há
essa previsão, mas, se concedida cautelar para esta, abrir-se-ia a possibilidade de
tornar aplicável lei anterior, salvo manifestação legal em sentido contrário. Desta
forma, essas ações diretas têm por objeto um só, que ora é a declaração de
constitucionalidade, ora, a de inconstitucionalidade de determinado ato ou lei que
fira a Constituição. Ainda que convivam com diferenças, essas poderiam ser
harmonizadas pelo legislador de modo que tivéssemos apenas uma ação,
simplificando os ritos para alcançar o mesmo resultado.

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