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BNC-FORMAÇÃO
ETAPA 3
Autor
Kallyne Kafuri Alves
Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Pró-Reitora do EAD
Prof.ª Francieli Stano Torres
Edição Gráfica e Revisão
UNIASSELVI
CURSO LIVRE – BNCC PEDAGOGIA
1 FUNDAMENTAÇÃO PEDAGÓGICA: CONCEITUAÇÃO E 
TERMINOLOGIAS DA BNCC 
Nesta etapa, temos como objetivo abordar sobre a BNC-formação. 
Vamos conceituar a perspectiva de formação utilizada pela BNCC e conhecer 
as premissas de estudo dos professores para a implementação da Base. 
Vimos na primeira etapa sobre os marcos legais e entendemos que a BNCC 
está alicerçada na legislação. Na segunda etapa, sobre como a BNCC está 
organizada e como compreende os conceitos pedagógicos. Observamos que 
para desenvolver a implementação da BNCC, os trabalhadores da educação 
terão que recorrer, além do estudo da Base e a cursos de formação, a 
discussões sobre como desenvolver a BNCC na prática a partir de cada 
realidade brasileira. 
Sabemos que o conceito de formação é amplo e compreende vários 
investimentos em sua análise. Investimento de refletir sobre a demanda pela 
formação, a conquista pelo tempo de formação e o conteúdo da formação. 
De início, lembramos que a palavra formação também prevê o seu antônimo, 
deformação. Lembramos disso, pois vale lembrar que falar de formação 
também inclui falar do quanto a formação é relevante para nossa constituição 
enquanto profissionais da educação. 
É possível compreender a partir dos estudos desenvolvidos na área 
da educação, o envolvimento de uma trajetória de estudos densos sobre 
a dinâmica do trabalho formativo. Nesse sentido, os indicativos sobre a 
formação de professores em diálogo com a profissão docente (NÓVOA, 1992), 
a análise sobre as diretrizes para a formação de professores (ALMEIDA, 2002), 
a dimensão de formação de rede (PRETTO, 2002), a questão psicossocial na 
formação continuada (GATTI, 2003), aspectos históricos e teóricos (SAVIANI, 
2009), aspectos sócio-históricos (DAVIS; AGUIAR, 2010) e as tendências para 
o tema da formação (CUNHA, 2013). Nesse sentido, a BNC-formação se dá 
em um contexto de uma larga e densa trajetória, com apontamentos muito 
particulares da proposta a partir da BNCC. 
É possível observar que a proposta de Base Nacional Comum da 
Formação de Professores da Educação Básica (BNC-formação) guarda 
particularidades. Por isso, estudaremos como a BNCC orienta as perspectivas 
BNC-FORMAÇÃO
ETAPA 3
CURSO LIVRE – BNCC PEDAGOGIA
de formação e quais requisitos são demandados das instituições educativas. 
Temos como objetivo, neste combo, abordar sobre as demandas da BNC-
formação e refletir sobre os desafios e as possibilidades que se descortinam 
a partir de suas orientações. 
Adiantamos que sobre a formação inicial, o documento BNC-formação 
focaliza sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de licenciatura, 
a Residência Pedagógica, o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes e 
as provas para ingresso na carreira profissional. Sobre a formação continuada 
focaliza o estágio probatório, os planos de carreira e a avaliação ao longo 
da carreira. De modo geral, como podemos observar, compreende o 
conhecimento, a prática e o engajamento profissional dos trabalhadores de 
forma indissociada. 
Para atender a BNCC, a BNC-formação para o trabalho dos professores 
é regulamentada Pela Resolução do Conselho Nacional de Educação nºº 
2, de 20 de dezembro de 2019. Nesta resolução, o Ministério da Educação 
define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de 
Professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para 
a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-formação). A 
BNC-formação, portanto, busca caminhar junto à BNCC na consolidação do 
projeto de educação. Por isso, neste terceiro combo do curso, tratamos da 
BNC-formação inicial e continuada: pressupostos teórico-práticos. 
Na busca por atender ao objetivo de desenvolver a análise do documento 
BNC-formação, elaboramos este combo em dois capítulos. No primeiro, 
tratamos sobre a BNC-Formação, considerando seus pressupostos teórico-
práticos para o desenvolvimento educacional a partir da BNCC. Ainda neste 
capítulo, abordamos sobre as resoluções e os marcos legais da formação 
de professores na BNC. Na segunda etapa focalizamos os pressupostos, as 
ações e as orientações do MEC para a formação de professores e, também, 
os desafios e as possibilidades na efetivação da BNC-formação. Finalizamos o 
combo deste curso livre, com considerações e perspectivas para a formação 
de professores a partir da implementação da BNC-formação. Assim, você 
aprenderá e se atualizará das normativas sobre a área educacional. 
2 BNC-FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA: PRESSUPOSTOS 
TEÓRICO-PRÁTICOS
Nesta etapa, concentramos a análise para a BNC-formação. Vamos falar 
sobre os pressupostos teórico-práticos para o desenvolvimento educacional 
concentrado nas ações e sugestões de implementações para a BNCC e, por 
isso, é importante compreender como se dá a dimensão da teoria em relação 
à prática. Além disso, também abordamos sobre as resoluções e os marcos 
legais da formação de professores na BNC-formação. 
CURSO LIVRE – BNCC PEDAGOGIA
Também trataremos dos desafios e das possibilidades na efetivação da 
BNC-formação. Após isso, localizamos considerações sobre a incorporação 
da BNC-formação, que define como principal meta a implementação 
da BNCC nos sistemas de ensino e, para isso, conta com a formação de 
professores como meio importante para isso. Sendo assim, é importante 
reiterar que nesta etapa nos referimos à BNC-formação, que é uma estrutura 
para reformulação da formação dos professores. A ideia deste documento é 
implementar a BNCC, por isso a pertinência de sua análise. Veremos o quanto 
a BNC-formação altera a formação de professores, com vistas a atender aos 
princípios da BNCC, veremos adiante. 
3 BNC-FORMAÇÃO: PRESSUPOSTOS TEÓRICO-PRÁTICOS PARA 
O DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL A PARTIR DA BNCC
Os pressupostos teórico-práticos que fundamentam a BNC-formação 
se concentram especialmente a partir da resolução nº 2, de 20 de dezembro 
de 2019 (da BNC-formação), que define as Diretrizes Curriculares Nacionais 
para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica. Estes são 
pressupostos essenciais para entendermos como se constitui a BNC-
formação. Sabendo que se fundamenta por uma lei, entendemos que se 
tratam de alterações importantes para a graduação em licenciaturas. 
As políticas decorrentes da BNCC integram a BNC-formação, produção 
de materiais, infraestrutura escolar e, ainda, a política de avaliação. Por isso, 
tem um caráter e perfil normativo da BNCC. O Ministério entende que a BNC-
formação é um documento importante para gestão escolar e redefinição dos 
rumos educacionais. O impacto dela é uma nova formação social (articulada 
com a saúde e ações de assistência). 
Uma outra alteração são os cursos a distância, que também precisam 
incorporar esta carga horária presencial de execução da prática docente. 
Assim, a resolução evidencia a utilização de materiais didáticos, com incentivo 
à dimensão do saber-fazer também na ação docente. Você se lembra que a 
BNCC também prevê esse eixo (do saber-fazer)? Pois bem, a BNC-formação 
também busca desenvolver essa ideia, de que além de saber o conteúdo é 
preciso saber aplicá-lo. Por isso, a partir da Resolução nº 2/2019, também 
contamos com modificações para a oferta de cursos em programas de 
formação pedagógica para graduados. 
Importante ressaltar que a resolução não aponta previsão de avaliação, 
ou estrutura destes cursos de formação pedagógica. De acordo com o 
Ministério da Educação, a proposta com a BNC-formação é de exclusivo 
incentivo à implementação da BNCC. Entende que não anula outras propostas 
de formação, mas indica que os currículos dos cursos de formação docente 
precisam incorporar a BNCC como referência. 
CURSO LIVRE – BNCC PEDAGOGIA
Diferente da Resolução de 2015, os aspectos voltados para diversidade, 
inclusãoe questões culturais e raciais foram suprimidas desta nova resolução. 
Assim, seu embasamento se fundamenta na abordagem da flexibilização da 
carga horária. Flexibiliza a carga horária da complementação pedagógica 
e dos cursos de graduação sem licenciatura. Antes eram 1.400 horas para 
graduados que não tinham a licenciatura, passarem a exercer a função de 
professor – a chamada complementação pedagógica. Com a nova resolução 
serão necessárias apenas 760 horas, ou seja, um engenheiro formado, por 
exemplo, caso queira dar aula de matemática, basta complementar seus 
estudos com 760 horas na complementação pedagógica.
As indicações de mudança para o currículo da formação de professores 
concentram-se em organizar a legislação para que as licenciaturas tenham 
3.200 horas. Nesta carga horária, a prática de ensino necessária é muito 
valorizada, sendo dedicado, pelo menos, 400 horas para práticas de ensino 
e 400 horas de estágio. A outra parte da carga horária, portanto é dedicada 
para o conteúdo geral e específicos, sendo 800 horas concluídas no geral, 
até o 1º ano e 1.600 horas concluídas no conteúdo específico, do 2º ao 4º 
ano, ou seja, o currículo para formação inicial deve ser composto de: 400 
horas para práticas de ensino + 400 horas para estágio + 800 horas para 
conteúdo geral + 1.600 horas para conteúdo específico = 3.200 horas. 
Aqui, vemos a valorização do saber-fazer (estratégia de aplicar na prática o 
conteúdo aprendido). 
Entende-se que os cursos precisam ser concluídos em até quatro anos 
de curso e precisam considerar na carga horária específica (1.600 horas) 
temas relativos à BNCC. Antes tínhamos 200 horas para atividades gerais 
(geralmente utilizadas para aprofundamento teórico, pesquisas e iniciações 
científicas), o que não é mais necessário com a nova resolução. No que se 
refere aos cursos de Pedagogia e a habilitação para gestão, os currículos 
devem ter 3.600 horas. 
Ou seja, para assumir as funções de gestão, de acordo com a nova 
resolução, o estudante precisa cursar mais 400 horas adicionais a 3.200 
citadas anteriormente. Assim, os cursos de licenciatura precisam alterar os 
currículos, sendo relevante as observações sobre eles, pois tratam da carga 
horária de conteúdo específico dos cursos de licenciatura (as 1.600 horas 
do currículo) e da carga horária de conteúdo geral (800 horas) mais carga 
horária de prática e estágio (800h). Ou seja, quem deseja se formar professor 
precisa atender a essa carga horária (3.200h) e quem deseja executar a função 
de gestor precisa adicionar 400h (3.600h). 
Além da carga horária, em seu art. 3 (capítulo 5), existem princípios 
que devem ser voltados à finalidade da formação, que é organizada em três 
grupos, cada um com seu próprio tipo de curso, ou seja, um primeiro grupo 
para a Educação Infantil, outro para Equipes Multidisciplinares nos primeiros 
anos do Ensino Fundamental e outro para os Anos Finais. Assim, dentro das 
1.600 horas de carga horária específica, deve-se considerar esta organização. 
 
CURSO LIVRE – BNCC PEDAGOGIA
Dessas 1.600 horas, observa que devem ser instituídos conteúdos de 
proficiência da Língua Portuguesa. Incorpora práticas de fala, interpretação 
e escrita. A partir de diferentes gêneros de texto e práticas de registro, 
compreende que todos os professores carecem de investir nesta parte da 
carga horária em aprimoramento da Língua Portuguesa com a norma culta. 
Requer ainda, o conhecimento da Matemática, em especial a interpretação 
de dados estatísticos. 
O fundamento da nova resolução requer ainda o reconhecimento da 
linguagem digital. Por isso, tem como previsão de componentes curriculares 
voltados para informática educacional. Também coloca atividades de projetos 
e trabalhos coletivos. Focaliza estratégias de contato e prática com dimensões 
de intervenção e mediação, com inciativas que envolvam os cursistas às 
instituições educativas. Essa ideia está voltada para a execução da ideia de 
saber-fazer e colocar em prática as teorias estudadas. 
Junto a isso, como uma sugestão para rever os Planos de cursos de 
formação inicial, a BNC-formação também aponta a necessidade de se investir 
em práticas de vivência de metodologias que desenvolvam a criatividade e 
a inovação. Neste ponto, considera a diversidade como recurso importante 
para o processo educacional. Outro aspecto é o domínio da alfabetização, 
mesmo para cursos que não são voltados para isso. Assim, mesmo os cursos 
que não sejam de pedagogia, precisam ter consciência sobre os fundamentos 
da linguagem e da alfabetização. 
Por f im, no que podemos destacar, a BNC-formação requer o 
engajamento e o comprometimento com as instituições educativas, ou seja, 
os cursistas precisam dar conta do desenvolvimento socioemocional. Sobre 
as competências e as habilidades requeridas pela BNCC, os licenciandos 
precisam se debruçar em colaborar com a reelaboração dos cursos de 
formação, bem como integrar as discussões sobre os próprios planos de 
seus cursos. Isso está em acordo com a proposta de educação que tem o 
estudante como protagonista. 
Esta resolução traz como item obrigatório a integração entre escola 
e instituição formadora. Por isso, as atividades práticas precisam ser 
acompanhadas por um professor (formador da instituição de ensino superior) 
e um orientador (professor da escola). Esta resolução, abarca tanto os 
tecnólogos, bacharéis, quanto aqueles licenciados que desejam novo curso 
para formação pedagógica. Esta nova resolução não invalida as formações de 
1997 e de 2015, sendo requeridas apenas após o período de sua promulgação, 
conforme detalhamos a seguir. 
CURSO LIVRE – BNCC PEDAGOGIA
4 RESOLUÇÕES E MARCOS LEGAIS DA FORMAÇÃO DE 
PROFESSORES NA BNC
Conforme a resolução, as instituições de ensino superior possuem 
prazos para implementação desta nova proposta. A ideia é que a formação 
de professores possa ser implementada e passe a vigorar articulada com a 
BNCC. Conforme detalham os prazos da resolução: 
Art. 27 Fica fixado o prazo limite de até 2 (dois) anos, a partir da publicação 
desta Resolução, para a implantação, por parte das Instituições de Ensino Su-
perior (IES), das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de 
Professores para a Educação Básica e da BNC-Formação, definidas e instituídas 
pela presente Resolução. Parágrafo único. As IES que já implementaram o pre-
visto na Resolução CNE/CP nº 2, de 1º de julho de 2015, terão o prazo limite 
de 3 (três) anos, a partir da publicação desta Resolução, para adequação das 
competências profissionais docentes previstas nesta Resolução (BRASIL, 2019).
Importante ressaltar que compõe também a BNC-formação, a Política 
Nacional de Formação de Professores, encaminhada ao Conselho Nacional 
de Educação pelo Ministério da Educação em dezembro de 2018. Nesta 
resolução, encontramos orientações para a condução da formação dos 
professores. Diferente do documento de 2015 Resolução CNE/CP nº 2 de 1º 
de julho de 2015 que legisla sobre a formação de professores, a resolução 
aprovada em 2019 possui importantes mudanças. É uma formação aprovada 
em 7 de novembro de 2019 e diverge de alguns pontos antes discutidos no 
âmbito da produção de conhecimento e entidades educativas. 
A ideia é que, ao implementar novas diretrizes para a formação, sejam 
integradas as perspectivas defendidas na BNCC. Desta forma, espera-
se compor um ambiente educativo favorecedor da implementação da 
BNCC. A nova proposição de formação desmonta o que era previsto pelas 
orientações de 2015. Reúnem um conjunto de proposições para a elaboração 
dos currículos, com base nas competências e habilidades e nos itinerários 
formativos previstos na BNCC. 
Nesta nova configuração, a BNC-formação altera a carga horária dos 
cursos (com a implementação de 800h para execução de prática docente, 
especialmente). Aponta o currículo como uma materialização do estado 
gerencial, ou seja, é a instituição da própria BNCC, que regula e gerencia a 
formação dos professores,os conteúdos e o material didático das escolas. 
Como vimos, a resolução define que “Todos os cursos de nível superior de 
licenciatura destinados à formação inicial de professores terão carga horária 
total de no mínimo 3.200 horas, organizadas em três grupos”:
Grupo I: 800 horas, para a base comum que compreende os conhecimentos 
científicos, educacionais e pedagógicos e fundamentam a educação e suas 
articulações com os sistemas, as escolas e as práticas educacionais; Grupo 
II: 1.600 horas, para a aprendizagem dos conteúdos específicos das áreas, 
CURSO LIVRE – BNCC PEDAGOGIA
componentes, unidades temáticas e objetos de conhecimento da BNCC, e 
para o domínio pedagógico desses conteúdos”. Grupo III: 800 horas para 
prática pedagógica. Metade do tempo para o estágio supervisionado, em 
situação real de trabalho em escola, segundo o Projeto Pedagógico do 
Curso (PPC) da instituição formadora, e outras 400 horas para a prática dos 
componentes curriculares dos Grupos I e II, distribuídas ao longo do curso, 
desde o seu início (BRASIL, 2019). 
É importante lembrar que a implementação das orientações precisa 
ocorrer até dois anos a partir da data de publicação, ou seja, até dezembro 
de 2021 terão que se adequar a estas orientações. Além da formação 
inicial, prevista pela BNC-formação (Resolução nº 2 de 2019), contamos 
com as diretrizes para a formação continuada (Resolução nº 1 de 2020). A 
proposta das diretrizes para a formação continuada também segue a linha 
de implementar a BNCC. 
Como princípio para a formação continuada, as diretrizes (BRASIL, 
2020), englobam três aspectos: I - conhecimento profissional; II - prática 
profissional; e III - engajamento profissional. Como podemos observar, está 
em articulação com o previsto para a formação inicial e com a BNCC, pois 
entende o saber-fazer como essencial, bem como valoriza a ação prática. 
Para isso, se fundamenta na Lei de Diretrizes e Bases, no Plano Nacional de 
Educação e na própria BNCC, pois compreende que devem realizados, pelos 
professores já formados e em exercício, cursos de atualização voltados para 
a implementação da BNCC. 
Os cursos podem se dar de quatro formas e devem ser implementados 
nas redes de ensino. Os cursos podem ter caráter de Atualização (com carga 
horária mínima de 40 horas), podem ser em forma de cursos e programas de 
Extensão (com carga horária variável), podem ser Cursos de Aperfeiçoamento 
(com carga horária mínima de 180 cento e oitenta horas) e, ainda, Cursos de 
pós-graduação lato sensu de especialização (com carga horária mínima de 360 
horas). Estas modalidades de cursos podem ser presenciais, semipresenciais, 
híbridos ou a distância, mas precisam contemplar e ser orientados pela BNCC 
e pela BNC-formação. 
Nesse sentido, a implementação da BNCC requer, ainda, a reformulação 
das propostas pedagógicas. Por isso, tanto a BNC-formação (Resolução nº 2 
de 2019) quanto as diretrizes para a formação continuada (Resolução nº 1 de 
2020), apontam a necessidade de reestruturação das propostas pedagógicas. 
Junto a isso, sugere a inclusão de temas contemporâneos como importantes 
para a implementação dos currículos, reverberando todos os indicativos 
previstos pela BNCC, conforme podemos conferir no próximo item de análise. 
CURSO LIVRE – BNCC PEDAGOGIA
5 PRESSUPOSTOS, AÇÕES E ORIENTAÇÕES DO MEC PARA A 
FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Conforme estudamos anteriormente, a Resolução que fundamenta a BNC-
formação e as diretrizes para formação continuada definem elementos que 
devem padronizar toda a oferta de cursos em todo território brasileiro. Sugere que 
os sistemas de ensino incorporem práticas de reformulação de seus currículos e 
ofertas educacionais. Para isso, o MEC elaborou um conjunto de documentos e 
materiais interativos, que reúnem todas as informações e conteúdos requeridos 
para o trabalho. A ideia é que se reúna um conjunto de implementação da BNCC. 
Este conteúdo integra as políticas de formação inicial, continuada, reestruturação 
dos currículos e práticas transversais contemporâneas. 
Os pressupostos detalham as ações de conhecimento, prática e 
engajamento. Movimentados por estes três eixos, as orientações do MEC 
norteiam as propostas de implementação da BNCC a partir da formação 
inicial e continuada. O objetivo do MEC é melhorar a qualidade do ensino 
e mobilizar a valorização da formação de professores. O MEC propõe a 
mudança nos cursos de licenciatura e de pedagogia, bem como as ações 
de formação continuada. Tudo isso para atender às novas demandas de 
incorporar os pressupostos da BNCC na educação brasileira. 
Para isso, o MEC define que os cursos de licenciatura precisam abarcar 
novos eixos de estudo. Para sua efetivação, precisam dedicar: dois anos de 
formação comum a todas as licenciaturas, um ano de formação específica, 
que é a formação especializada (como é o caso da alfabetização e da 
educação infantil, por exemplo) e um ano final, para aqueles que desejam a 
formação de gestão escolar. 
As ações do MEC vão na direção de orientar as instituições e os sistemas 
de educação para efetivar as premissas da BNCC. Por isso, temos um conjunto 
de materiais didáticos, cursos, vídeos e orientações para desenvolver. Estas 
orientações vão desde a formação inicial, passando pela formação continuada, 
até a aplicação das diretrizes nos currículos dos educandos. A ideia é colocar 
em execução a implementação da BNCC, com conteúdos mínimos para o 
ensino brasileiro. 
Com isso, busca-se valorizar os aspectos culturais, regionais e sociais, 
com atenção para efetivação dos princípios educativos. Para isso, são 
desenvolvidos princípios de ensinar às próximas gerações o conhecimento 
acumulado de forma coerente com as práticas sociais. Por isso, as ações 
de implementação da proposta dedicam-se a formar os professores para 
contextualizar os conteúdos apresentados aos estudantes. Entende que 
isso precisa ser feito a partir de componentes curriculares e de forma 
interdisciplinar. 
CURSO LIVRE – BNCC PEDAGOGIA
Por isso, os pressupostos da formação preveem a seleção de 
metodologias e estratégias de ensino didático-pedagógicas, realizadas de 
diferentes formas. Em consideração a isso, são desenvolvidas situações e 
práticas no próprio currículo de formação de professores, pois a ideia é 
que incorporem a construção e a aplicação dos procedimentos educativos 
desde a sua formação inicial e habilitação para o magistério. Isso envolve 
compreender a parte diversificada, a seleção, a produção e a aplicação de 
recursos didáticos e também tecnológicos. 
Com isso, você pode observar que tanto a BNC como a BNCC trazem 
como propostas a avaliação formativa como uma forma de trazer estudantes, 
professores e futuros professores para uma relação de protagonismo. Há 
críticas sobre isso, especialmente sobre como se dá esse protagonismo, para 
não ser convertida a responsabilização e a autoformação. Portanto, as ações 
do MEC se dirigiram em aprovar o currículo das escolas (vide BNCC), garantir 
que professores tenham uma boa formação (vide diplomas validados pelo 
próprio MEC), garantir se os estudantes estão aptos a entrar em uma faculdade 
(vide o Exame Nacional do Ensino Médio), decidir os conteúdos necessários 
para a formação dos professores (vide BNC-formação, Exame Nacional de 
Desempenho dos Estudantes e Diretrizes para a formação continuada). 
Nesta estrutura, podemos acompanhar diferentes óticas sobre as ações 
do MEC. A primeira de que a educação é um direito e, por isso, o estado 
tem o dever de ofertá-la, com atenção para o perfil da população brasileira 
usuária da escola pública. Um exemplo disso são as articulações e as parcerias 
que podem ser feitas, na luta pela defesa da educação de qualidade. Os 
elementos teóricos apontados pela BNC-formação, como podemos ver, 
foram reduzidos. Com isso, podemos indagar como formar educadores que 
analisem contradições, disputas e organização da sociedade. 
De parte do MEC, as orientações são para apoio à implementação daBNCC. Podemos citar como uma iniciativa de exemplo, o lançamento do 
ProBNCC. A partir deste programa de implementação da Base, o MEC propõe 
a execução de princípios de atenção aos currículos e a revisão dos projetos 
pedagógicos, em todas as etapas educacionais. Importante ressaltar que o 
ProBNCC é regulado pela Portaria MEC nº 331/2018. 
De acordo com essa portaria, o ProBNCC se desenvolve a partir da BNCC 
para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Esta 
iniciativa faz parte das propostas de desenvolvimento e implementação de um 
currículo comum brasileiro. Para isso, o programa envolve a participação dos 
três entes federados, na proposta de execução e financiamento. Importante 
refletir sobre como podem ser efetivados os enfretamentos aos desafios, às 
críticas e à organização da sociedade. 
CURSO LIVRE – BNCC PEDAGOGIA
Além disso, também é necessário se pensar em uma formação que dê 
margem e condições dos professores pensarem como agir e implementar 
de forma interdisciplinar o conhecimento. Também vale refletir sobre as 
habilidades necessárias para desenvolver o trabalho coletivo, afinal, a escola 
é feita de relações. Por isso, é fundamental pensar em ações que reflitam 
sobre a relação importante entre teoria e prática, orientação e organização 
dos tempos e espaços educativos e experiências de auto-organização. 
Estes princípios fortalecem a dimensão autônoma, com construção de 
um futuro que propõe e intervém nos problemas. Mas, para isso, é importante 
ter uma formação que desenvolva a pesquisa para o que não encontrarmos 
na BNC-formação. Assim, o desafio pode ser incorporar esses elementos a 
partir da pedagogia proposta pela BNCC, pois na composição de processos 
formativos que transformam a educação, são requeridos processos de inserir 
o perfil de cada um das escolas e das comunidades brasileiras, o que é um 
dificultador a partir da proposta de currículo comum. 
Por isso, a BNC-formação vem carregada de sugestões e apontamentos, 
que no encontro com os cotidianos educacionais, encontram dimensões 
diferentes de execução. Dessa forma, os investimentos desenvolvidos pelos 
professores são uma aposta para exercer a educação de qualidade, prevista 
na Lei de Diretrizes e Bases da Educação e nas Diretrizes Curriculares 
Nacionais. Pois, com a BNCC, vimos que se trata de uma implementação do 
MEC sem precedentes a acontecer nas datas previstas. E, como vimos, um 
exemplo disso é a implementação do ProBNCC, um programa voltado para 
implementação da BNCC. 
O MEC organiza o ProBNCC a partir de duas frentes. A primeira voltada 
para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental. Esta é composta por dois 
ciclos, cada um com um ano. O primeiro ano é dedicado para revisão e 
reestruturação dos currículos e o segundo dedicado para a formação dos 
profissionais da educação e revisão dos projetos pedagógicos das escolas. 
Para isso, o MEC implementa relação de colaboração, um regime de (co)
partilha de responsabilidades entre entes estaduais e municipais, em diálogo 
com o ente federado. 
A ideia é que o primeiro ciclo seja dedicado à reformulação dos 
currículos estaduais e o segundo na formação e reformulação dos projetos. 
O próprio MEC reconhece que para a implementação do programa existem 
alguns desafios. Sobre eles, pontuam a formação das equipes centrais e 
regionais, a partir das equipes de formação das redes de ensino, a garantia 
e a execução da formação continuada com as atividades práticas, a revisão 
dos projetos pedagógicos e o alcance a todos os municípios dos estados. 
A segunda frente é voltada para o Ensino Médio e conta com propostas 
de revisão e elaboração dos currículos. A ideia é que estes currículos sejam 
CURSO LIVRE – BNCC PEDAGOGIA
compostos de uma parte dedicada para formação geral básica e uma segunda 
parte com os itinerários formativos e as áreas propedêuticas, conforme 
devidamente detalhado nos Referenciais Curriculares para a Elaboração 
de Itinerários Formativos. Para esta etapa, o MEC pontua como desafios 
as propostas de contextualização, aprofundamento e desdobramentos 
decorrentes das habilidades requeridas para as áreas solicitadas pela formação 
geral (básica). 
Também, ressaltam o desafio de incluir no currículo a demanda por 
cumprir com as competências gerais e específicas requeridas pela BNCC. 
Soma-se a isso a relação destes dois pontos (formação geral e itinerários 
formativos). Assim, ressalta-se a expectativa, mesmo imersa em desafios, 
de atender às competências requeridas pelos referenciais, bem como os 
objetivos específicos previstos em cada um. 
Saiba mais sobre o ProBNCC em: http://portal.mec.gov.br/component/
tags/tag/probncc. 
Soma-se a isso o alcance a todos trabalhadores da educação, desde 
os dos grandes centros, aos afastados dos grandes centros. Sabemos que 
nas dimensões territoriais do Brasil, o mote de implementação da BNCC é 
ousado e requer muitos investimentos: financeiros, pedagógicos e avaliativos. 
O que podemos esperar é uma jornada de muito trabalho, com iniciativas 
de formação para compreender tantas mudanças na área educacional, não 
é mesmo? Com isso, passamos ao nosso próximo tema, que reflete sobre 
os desafios e as possibilidades que se descortinam com a aplicação e a 
reestruturação na formação de professores. 
6 DESAFIOS E POSSIBILIDADES NA EFETIVAÇÃO DA BNC-
FORMAÇÃO
Como vimos ao longo de nossos estudos, as alterações promulgadas com 
a BNCC foram muitas. Vão desde os próprios currículos, até as propostas de 
formação das redes. Com isso, podemos observar que o projeto de educação 
pensado para o Brasil é uma aposta a longo prazo e com muitas demandas. 
Portanto, ao ter consciência disto, entendemos o quanto a efetivação da BNC-
formação altera as perspectivas de estudo e desenvolvimento das profissões 
dispostas em contextos educacionais. 
Nos processos de reconfiguração do estado (também chamados de 
“contrarreforma”), os desafios se concentram na busca pela eficiência e 
qualidade da educação pública. Incorpora o que chamamos de práticas 
http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/probncc
http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/probncc
CURSO LIVRE – BNCC PEDAGOGIA
gerenciais. A resolução propõe integração, união e valorização da prática 
docente. Com isso, diverge das antigas resoluções, que valorizavam a 
interação entre teoria e prática em sua indissociabilidade. 
As orientações dispostas na BNC-formação buscam atender a uma 
demanda internacional. A formação de professores, a gestão e o currículo 
são temas centrais e que trazem a figura dos professores a partir da 
responsabilização do trabalho, ou seja, a autoformação. Assim como os 
movimentos que se espelham nas reformas europeias, que tinham como 
princípio atender a novas necessidades da sociedade, em especial, a produção. 
É possível observar que alguns itens ainda não são atendidos. Podemos 
citar as metas 18 e 19 do Plano Nacional de Educação. Nestas metas, por 
exemplo, não observamos previsões em lei, ou seja, não estão sendo 
cumpridas. Podemos citar as questões relativas ao novo Fundeb e o aumento 
de salários dos trabalhadores. Isso envolve financiamento e propósitos de 
governo, que com os acontecimentos advindos da pandemia, passaram ainda 
a enfrentar mais obstáculos. 
Outro desafio é a valorização profissional por meio da pesquisa docente. 
Aliás, o termo valorização aparece apenas uma vez no documento. Outro 
termo que aparece pouco é o de pesquisa. Este só aparece duas vezes, 
em competência geral e habilidades (no engajamento geral). A extensão 
também só aparece duas vezes no documento, dificultando a inserção das 
universidades nas escolas. 
As possibilidades se concentram na ideia de que, como coletivo, é 
possível pensar em ações de análise e alterações no documento, para 
que desta forma se possa pensar sobre os processos de implementação. 
As propostas do MEC são inegavelmente ambiciosas, principalmente nos 
contextos de enfrentamento da pandemia. Por isso, a formaçãoainda é uma 
das apostas para a reflexão e o encontro de caminhos e soluções para os 
obstáculos encontrados. Por isso, passamos as nossas considerações finais, 
na expectativa de concluir nosso curso, mobilizando novas e outras análises 
sobre o tema. 
7 CONSIDERAÇÕES
No início do curso abordamos sobre os marcos legais e suas articulações 
com a BNCC. Falamos sobre os Marcos legais sobre a Base Nacional Comum 
Curricular. Analisamos os fundamentos, leis e resoluções que regulamentam 
a BNCC. Compreendemos sobre a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes 
e Bases da Educação e o embasamento para a implementação do currículo 
mínimo nas instituições brasileiras. 
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Também, abordamos no primeiro combo, aspectos sobre o Plano 
Nacional de Educação e as perspectivas de implementação da BNCC. Nas 
considerações deste combo, observamos o quanto temos de aspectos para 
atender a efetivação da Base. Ao mesmo tempo, tomamos consciência dos 
desafios e das possibilidades de trabalho a partir da implementação do novo 
currículo. 
No segundo combo, refletimos sobre a Fundamentação Pedagógica 
da BNCC nas etapas da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino 
Médio. Conhecemos a conceituação e os códigos utilizados na BNCC, o 
que nos habilita para leitura e conhecimento do material. Abordamos sobre 
a estrutura do documento e seus aspectos principais em cada uma de suas 
etapas. Vimos como a educação infantil possui especificidades e diferentes 
formas de trabalhar, tendo em vista as outras etapas, bem como o processo 
de alfabetização. 
Por requerer dimensões específicas, também abordamos sobre os 
conceitos de direitos de aprendizagens e de campos de experiência na 
BNCC da Educação Infantil separado da organização do Ensino Fundamental. 
Vimos que tanto o Ensino Fundamental, quanto o Ensino Médio, demandam 
conceitos de competências gerais, itinerários e habilidades na BNCC do 
Ensino Fundamental e Médio. Entendemos a estrutura e as premissas básicas 
de cada um dos pontos apresentados pela BNCC. 
Neste terceiro e último combo, analisamos aspectos referentes à Base 
Nacional Comum, ou seja, a proposta de implementação da formação inicial e 
continuada na educação. Isso foi importante para entender que junto à BNCC 
temos a política de formação para trabalhar com a BNCC (BNC-formação). 
Vimos desde os pressupostos teórico-práticos, com o acumulado de análises 
sobre a formação dos trabalhadores em educação, até as propostas de 
implementação indicadas pelo MEC. 
Foi possível refletir sobre os pressupostos teórico-práticos para o 
desenvolvimento educacional a partir da BNCC, na medida em que analisamos 
quais estratégias são requeridas pelo MEC. Um exemplo disso é o foco na 
formação socioemocional, tanto para os estudantes, quanto na habilitação 
dos professores. Além disso, encontramos indicativos para o trabalho realizado 
a partir das competências e habilidades, que, de modo geral, como vimos, 
são considerados aspectos necessários para a vida social. 
Importante ressaltar, que articulada à ideia de competências e habilidades, 
dispostas na BNCC, a proposta de formação implementada pelo MEC reúne 
propostas de atenção à prática e à execução do trabalho educativo. Com isso, 
ao ter consciência dos pressupostos de formação implementados pelo MEC, 
vimos a importância de mover iniciativas de pesquisa articuladas à extensão, 
por meio das parcerias e projetos das próprias instituições. 
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Também estudamos sobre as resoluções e os marcos legais da formação 
de professores na BNC. Compreendemos que existe uma proposta para a 
formação inicial (Resolução nº 2/2019) e uma proposta para a formação 
continuada (Resolução nº 1 de 2020). Cada uma com suas propostas voltadas 
à formação de professores, em acordo com cada escopo, versam sobre 
a necessidade de implantação da BNCC. Com isso, acreditamos mover o 
pensamento em torno da formação propositiva. Isso, pois, ciente de todo 
o panorama das bases institucionais e regulamentadoras da educação, a 
partir do estudo dos combos, foi possível entender e localizar as premissas 
essenciais para o trabalho com a BNCC. 
Inclusive, como vimos, uma das orientações da BNC-formação 
continuada (Resolução nº 1 de 2020) é a formação para implementação 
da BNCC, que é o que buscamos desenvolver ao longo do curso. Neste 
interim, analisamos os pressupostos, as ações e as orientações do MEC 
para a formação de professores e desenvolvimento da educação brasileira. 
Com atenção aos processos individuais de cada rede, sistema ou unidade 
escolar, nos despedimos deste curso com a esperança de exercer a profissão 
educacional de forma digna e atenta às particularidades das diferentes 
local idades do Brasi l . Como também vimos neste curso, trata-se da 
aplicação de um documento mínimo, para um país máximo (em dimensões, 
potencialidades, culturas e diversidade). 
Esse máximo não desconsidera, ainda, suas limitações e enfrentamentos, 
advindos de diferenças individuais, locais e regionais. Por isso, ao estudar sobre 
os desafios e as possibilidades de efetivação da BNC-formação, apostamos 
na autonomia dos ambientes educativos, no alcance a recursos financeiros, 
em melhores condições de trabalho em articulação com a valorização do 
trabalho educativo. Esperamos que possa, consciente disso, fazer o melhor 
pelos educandos!
Assim, é possível potencializar o máximo educacional nas escolas, bem 
como atender ao mínimo solicitado pela BNCC. A esperança é de que, ao 
chegar ao fim do curso, possa iniciar e/ou dar continuidade a ações que 
fortaleçam a experiência com o conhecimento, que fomente a investigação 
e a reflexão sobre as problemáticas que enfrentamos no Planeta Terra. Que 
possamos ter consciência da formação humana e articulada à natureza, do 
respeito às diferenças e a reverência e articulação com os saberes tradicionais, 
originários de nosso país. 
Que bom que chegou até aqui! Bom trabalho com a BNCC em sua 
localidade! Lembre-se das orientações e não se esqueça dos prazos de 
implementação (previstos para até o fim de 2019). Salvo o Ensino Médio que 
teve o prazo de implementação para primeiro e segundo ano de 2020 e, no 
terceiro ano até 2022. 
Bom trabalho! 
CURSO LIVRE – BNCC PEDAGOGIA
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pdf/ldb.pdf. Acesso em: 
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a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial 
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CURSO LIVRE – BNCC PEDAGOGIA
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