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Julia Franco Fernandes - 3˚ PERÍODO MEDICINA - 2022.1 • REVISÃO ANATOMIA VASCULAR DOS MMII ¬ Artérias: - Quadril (anca) e coxa: artérias femoral, glúteas (superior e inferior), obturadora, femoral profunda e genicular descendente; - Joelho e perna: artérias poplítea, genicular superior (medial e lateral), genicular inferior (medial e lateral), tibial (anterior e posterior), maleolar anterior (medial e lateral) e fibular (peroneal); - Tornozelo e pé: artérias maleolares (anterior e posterior), artéria dorsal do pé, artérias plantares (medial e lateral), artérias tarsais (medial e lateral), artéria arqueada, artérias metatarsais dorsais, arco plantar profundo e artérias metatarsais plantares. ¬ Veias: - Sistema venoso superficial: rede venosa superficial dorsal, redes venosas plantares, veias marginais, veias metatarsais -> veia safena parva -> veia poplítea e veia safena magna -> veia femoral; - Sistema venoso profundo: veias digitais, veias metatarsais -> arcos venosos profundos plantar e dorsal -> veias tibiais (anterior, posterior) e fibulares (peroneais) -> veia poplítea -> veia femoral; ¬ Nervos - os nervos do membro inferior ramificam-se a partir do plexo lombossacral (lombossagrado). - Quadril (anca) e coxa: nervos femoral, safeno, cutâneo femoral (lateral, posterior), ciático, obturator, glúteos (superior, inferior), clúnios (superior, medial e inferior); - Joelho e perna: nervos geniculares (superior, médio e inferior), fibular (peroneal) comum, fibular (peroneal) superficial, fibular (peroneal) profundo, tibial; - Tornozelo e pé: nervos digitais dorsais do pé, nervos digitais plantares próprios, nervo cutâneo dorsal lateral, nervos plantares (medial, lateral). ¬ Artérias Femoral - é a maior artéria do membro inferior e fornece sangue oxigenado a todo o membro. - Ramos: artéria epigástrica superficial, artéria ilíaca circunflexa superficial, artéria pudenda externa superficial, artéria pudenda externa profunda, artéria femoral profunda e artéria genicular descendente. • Doença Arterial Obstrutiva Periférica Conhecida também como arteriosclerose obliterante. Consiste no estreitamento da luz das artérias que irrigam os membros inferiores, ocasionando uma redução do fluxo sanguíneo aos tecidos, geralmente associado a uma aterosclerose , trombose, embolia, v a s c u l i t e , d i s p l a s i a f i b r o m u s c u l a r o u aprisionamento. A condição por vezes é denominada arteriosclerose obliterante. As artérias femorais superficiais e poplíteas são os vasos mais c o m u m e n t e a f e t a d o s . Q u a n d o o c o r r e o desenvolvimento de lesões nas pernas e nos pés, as artérias tibiais, artérias fibulares comuns ou artérias dos pés são os alvos mais frequentes. Pessoas com DAOP queixam de dor na parte posterior da panturrilha, porque o músculo gastrocnêmio tem um maior consumo de oxigênio. Logo, se torna incapaz de se caminhar longas distancias. A doença normalmente é observada com o avanço da idade. ¬ FATORES DE RISCO: Os fatores de risco para a doença são divididos em dois grupos : 1- Fatores de risco conhecidos 1.1- Idade avançada - a prevalência da DAOP aumenta com a idade. 1.2- Tabagismo - o tabagismo é o mais importante fator de risco para a DAOP, bem como para o aparecimento de suas manifestações como a claudicação intermitente e isquemia crítica. 1.3- Diabetes Melito - diabetes aumenta o risco da DAOP de 1,5 a 4 vezes, estando associada a eventos cardiovasculares e aumento da mortalidade. APG 12 DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVA PERIFÉRICA Julia Franco Fernandes - 3˚ PERÍODO MEDICINA - 2022.1 1.4- Hiperlipidemia - o nível de colesterol total elevado aumenta o risco de claudicação intermitente em até duas vezes de acordo com o estudo de Framingham. 1.5- Hipertensão - pacientes com ITB menor que 0,9, cerca de 52% tem hipertensão arterial. O risco de Claudicação Intermitente nesses pacientes é aumentada em 2,5 a 4 vezes, tanto em homens como em mulheres. 2- Fatores de risco emergentes 2.1- Raça e Etnia - alguns estudos tem mostrado maior prevalência de DAOP em pacientes negros e hispânicos. 2.2- Genéticos - a predisposição genética para a DAOP baseia-se na observação de que pacientes sem fatores de risco desenvolvem a doença prematuramente. 2.3- Insuficiência Renal Crônica (IRC) - Até pouco tempo, pequeno número de estudos epidemiológicos relacionavam a insuficiência renal crônica com um fator de risco para a DAOP. 2.4- Inflamação - a presença de marcadores inflamatórios como a proteína C reativa, fibrinogênio, interleucina-6 e leucócitos têm sido observados em doença arteriosclerótica de outros territórios, mas a sua associação com a DAOP não está bem definida, tendo poucos trabalhos que mostram essa relação; 2.5- Estado de Hipercoagulabilidade - também chamado de trombofilias, representam um fator de risco para a DAOP. Pacientes jovens, sem fatores de risco, pacientes com história familiar de a r t e r i o s c l e r o s e p r e c o c e , o c l u s ã o d e revascularizações arteriais sem motivos técnicos devem ser considerados. ¬ FISIOPATOLOGIA AGUDA: Basicamente a DAOP é uma isquemia abrupta dos membros inferiores , causada por trombose ou embolia que vai causar uma hipoperfusão do membro. Sendo sua principal forma de se diagnosticar pela diferenciação de pulso e redução do IBT. -Manifestações Clínicas: √ Paciente com extremidades frias e dolorosa; √ Ausência de pulso ajuda achar o local de oclusão; √ Alterações de cor e temperatura, geralmente o lado anterior a obstrução está frio e o subsequente está quente; √ Palidez no inicio que evolui para cianose; √ Pulsos poplíteo e podálico fracos ou inexistentes; ¬ FISIOPATOLOGIA CRÔNICA: Basicamente a DAOP é uma isquemia mais moderada, manifestada por sintomas de claudicação intermitente. Principal forma de diagnosticar é pela diferenciação de pulso e redução do ITB. -Manifestações Clínicas: √ Claudicação intermitente – desconforto ao esforço e aliviado com repouso. Essa claudicação nada mais é que o consumo de oxigênio maior que o fornecimento de oxigênio para a área, o que gera uma ativação de receptores sensoriais devido ao acumulo de lactato; √ Dor ao caminhar; √ Pulsos poplíteo e podálico fracos ou inexistentes; ¬ FISIOPATOLOGIA CRÔNICA E CRÍTICA: Dor mesmo em repouso ou com perda tissular iminente, risco de amputação mesmo com traumas mínimos, como por exemplo a utilização de um calçado mal adaptado ou unhas cortadas de maneira incorreta, além do mais a cicatrização não ocorre. ¬ TRATAMENTO: O tratamento clínico da DAOP tem dois objetivos: a melhora funcional do membro inferior e a prevenção dos eventos relacionados à distribuição multifocal da doença aterosclerótica. As recomendações atuais de tratamento da DAOP incluem: √ Abstenção do tabagismo; √ Estatinas para reduzir LDL para menos de 100 mg/dL; √ T e r a p i a a n t i p l a q u e t á r i a c o m á c i d o acetilsalicílico ou clopidogrel para pacientes com história de DAOP sintomático; √ Programa de exercício supervisionado para pacientes com claudicação, controle da HAS e da glicemia; √ Diminuir o risco cardiovascular considerável; √ Reduzir os sintomas; √ Conferir a existência de aterosclerose coronariana através do ultrassom com doppler; √ Agentes antiplaquetários; √ Cirurgia: By-pass femoropoplíteo. • Oclusão Arterial Aguda: É a interrupção repentina do fluxo arterial, o que diminui a perfusão tecidual, evoluindo com as repercussões isquêmicas esperadas. Acomete com maior frequência as artérias dos membros inferiores, seguidas pelas artérias dos membros superiores, da região cervical, pelas viscerais e pela própria aorta. Os sinais e sintomas de Julia Franco Fernandes - 3˚ PERÍODO MEDICINA - 2022.1 oclusão arterial aguda dependem da artéria envolvida e da adequação da circulação colateral. Os êmbolos tendem a se alojar nas bifurcações dasartérias de grande calibre, incluindo a aorta e as artérias ilíacas, femorais e poplíteas. A oclusão de um membro causa dor aguda de início súbito acompanhada de dormência, formigamento, fraqueza, palidez e frio. Com frequência, existe uma fina linha de demarcação entre o tecido oxigenado acima do ponto de obstrução e o tecido isquêmico abaixo dele. Não há pulso abaixo do nível da oclusão. Essas alterações são rapidamente seguidas por cianose, manchas e perda da função sensorial, reflexa e motora. Ocorre morte tecidual, exceto se o fluxo sanguíneo for restaurado.
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