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Trauma Abdominal __________________________________________________ Importância do estudo - Frequência alta - Diagnóstico difícil (principalmente nas contusões) - Particularidades de tratamento __________________________________________________ Classificação - Ferimentos abdominais: • Em relação a penetração da tríade peritoneal: • Ferimento não penetrante • Ferimento penetrante (penetra nas três camadas do peritônio) • Em relação ao mecanismo do trauma: • Direto • Indireto (ex: trauma torácico que atinge o abdome) • Em relação às vísceras: • Com lesão visceral • Sem lesão visceral - Contusões abdominais: • Contusão da parede abdominal sem lesão visceral • Contusão abdominal com lesão visceral • Lesão visceral tráumatica sem contusão • Contusão retroperitoneal • Contusões mistas __________________________________________________ Epidemiologia - Contusão abdominal: • O órgão mais atingido é o intestino delgado • Em 2º e 3º lugar estão o baço e fígado, respectivamente - Ferimento por arma de fogo: • O órgão mais atingido é o cólon • Acima de 90% produzem lesões que necessitam cura cirúrgica - Ferimento por arma branca: • Os órgãos mais atingidos são o fígado e o intestino delgado • 40 à 45% não penetra na cavidade ou penetra sem lesão significativa • 55 à 60% produz lesão de cura cirúrgica • Isso significa que, ao contrário dos FAF, muitos paciente que sofreram FAB podem ser tratados de forma conservadora __________________________________________________ Avaliação Inicial - A grande maioria dos paciente que sofreram trauma abdominal são politraumatizados - Por isso, é necessário realizar o estabelecimento das prioridades segundo o ATLS __________________________________________________ Diagnóstico - Ficar atento aos sinais e sintomas, que dependerão de cada quadro - É importante pesquisar síndrome hemorrágico, síndrome perfurativa e outras lesões associadas - A história, principalmente o mecanismo de trauma, é muito importante - O exame físico deve ser detalho e incluir toque retal, toque vaginal e exame peniano - Exame laboratoriais: • Tipagem sanguínea • Hemograma • Amilase • Parcial de urina • Teste de gravidez - Exames de imagem: • RX simples — é de grande auxílio no atendimento inicial • RX contrastado • Ecografia • TC • Laparoscopia — une o método diagnóstico ao método terapêutico - “O fator primário na avaliação do trauma abdominal, não é o diagnóstico específico da lesão, mas a determinação de que existe uma lesão intra-abdominal” __________________________________________________ Laparotomia e Laparoscopia - Indicações: • Hipotensão com evidência de lesão abdominal • Peritonites • Hipotensão recidivante após reanimação adequada • Pneumoperitônio (lesão de víscera oca) • Ruptura do diafragma • Evisceração • Perfuração bexiga a cistografia • Evidência tomográfica de lesões no pâncreas, fígado, baço, TGI e rim • Elevação persistente da amilasemia após 6 horas • Rx de tubo digestivo com achados positivos __________________________________________________ Trauma Hepático - Estão presentes com grande frequência no trauma abdominal (aberto ou fechado) devido a sua posição e tamanho - Lesão isolada ocorre em apenas 10% dos pacientes, sendo o lobo direito é o mais atingido - Classificação (AAST): • Grau I: • Hematomas subcapsular, não-expansivo < 10% da área de superficie • Laceração capsular não sangrande, com menos de 1cm de profundidade do parenquima. • Grau II: • Hematomas subcapsular, não-expansivo 10% a 50% da superficie • Intraparenquimatoso menos que 2cm de diâmetro • Laceração com menos de 3cm de profundidade no parênquima e menos de 10cm de comprimento • Grau III: • Hematomas subcapsular > 50% de área ou expansivo ou roto • Intraparenquimatoso maior que 2cm de diâmetro • Laceração com mais de 3cm de profundidade • Grau IV: • Hematoma intraparenquimatoso roto • Laceração parenquimatosa envolvendo 25%-75% do lobo hepático. • Grau V: • Laceração parenquimatosa maior que 75% do lobo hepático • Vascular: lesão venosa justa-hepática (cava retro-hepática ou veias supra-hepáticas) • Grau VI: • Vascular avulsão hepática - Critérios para tratamento conservador: • Lesão hepática isolada com: • Estabilidade hemodinâmica • Diagnóstico preciso e classificação da lesão através de TC no máximo grau II • Ausência de sinais de irritação peritoneal • Sem alteração do estado de consciência • Infraestrutura adequada (UTI) para monitorização • Acompanhamento por equipe cirúrgica experiente - Procedimentos cirúrgicos empregados: • Sutura simples / hemostasia • Segmentectomia / lobectomia • Ligadura vascular seletiva • Shunt intracaval • Damage control __________________________________________________ Trauma Esplênico - O baço, assim como o pulmão, fígado e rins, possui segmentos vasculares independentes (“pequenos baços”), o que possibilita a esplenectomia parcial - Tratamentos disponíveis: • Tratamento não operatório (conservador) • Tratamento cirúrgico: • Esplenorrafia • Esplenectomia parcial • Esplenectomia total • Autotransplante esplênico - Critérios para o tratamento conservador: • Lesão isolada determinada pela TC • Classes I, II e III (exceção - grau III apenas em crianças) • Hemodinamicamente estável • Infraestrutura hospitalar (UTI) • Equipe cirúrgica experiente __________________________________________________ Trauma do Intestino Delgado - Classificação (AAST): • Grau I: • Contusão ou hematoma sem desvascularização • Laceração parcial da parede sem perfuração • Grau II: • Laceração <50% da circunferência da alça • Grau III: • Laceração >50% da circunferência da alça • Grau IV: • Transecção do intestino delgado • Grau V: • Transecção do intestino delgado com perda tecidual (Desvascularização segmentar) - Opções de tratamento: • Enterorrafia • Enterectomia • Associações • Enterostomia - Condições que necessitam de enterectomia: • Ferimentos extensos e irregulares • Lesões em que a sutura primária leva à estenose da luz da alça intestinal • Múltiplas perfurações concomitantes em um segmento curto da alça intestinal • Lacerações longitudinais extensas • Áreas com esmagamento e/ou sofrimento vascular • Grandes hematomas e lacerações do mesentério __________________________________________________ Trauma de Colón - Procedimentos cirúrgicos realizados: • Sutura primária • Sutura primária com colostomia proximal • Exteriorização do ferimento • Ressecção com exteriorização das bocas • Ressecção e anastomose primária • Ressecção e anastomose com colostomia proximal • Ressecção com colostomia proximal e sutura do cólon distal - Critérios para sutura primária: • Hemodinamicamente estável • Hemoperitônio menor do que 1,000ml • Contaminação fecal mínima • Lesões associadas de, no máximo, dois órgãos intra-abdominais • Cirurgia iniciada até 8 horas após o trauma
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