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15 - Trauma abdominal

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Trauma Abdominal 
__________________________________________________ 
Importância do estudo 
- Frequência alta
- Diagnóstico difícil (principalmente nas contusões)
- Particularidades de tratamento
__________________________________________________ 
Classificação 
- Ferimentos abdominais:
• Em relação a penetração da tríade peritoneal: 
• Ferimento não penetrante 
• Ferimento penetrante (penetra nas três camadas do peritônio)
• Em relação ao mecanismo do trauma: 
• Direto
• Indireto (ex: trauma torácico que atinge o abdome)
• Em relação às vísceras: 
• Com lesão visceral
• Sem lesão visceral 
- Contusões abdominais:
• Contusão da parede abdominal sem lesão visceral
• Contusão abdominal com lesão visceral
• Lesão visceral tráumatica sem contusão
• Contusão retroperitoneal
• Contusões mistas
__________________________________________________ 
Epidemiologia 
- Contusão abdominal:
• O órgão mais atingido é o intestino delgado
• Em 2º e 3º lugar estão o baço e fígado, respectivamente 
- Ferimento por arma de fogo:
• O órgão mais atingido é o cólon
• Acima de 90% produzem lesões que necessitam cura cirúrgica
- Ferimento por arma branca:
• Os órgãos mais atingidos são o fígado e o intestino delgado 
• 40 à 45% não penetra na cavidade ou penetra sem lesão significativa
• 55 à 60% produz lesão de cura cirúrgica
• Isso significa que, ao contrário dos FAF, muitos paciente que sofreram FAB podem ser 
tratados de forma conservadora 
__________________________________________________ 
Avaliação Inicial 
- A grande maioria dos paciente que sofreram trauma abdominal são politraumatizados 
- Por isso, é necessário realizar o estabelecimento das prioridades segundo o ATLS
__________________________________________________ 
Diagnóstico 
- Ficar atento aos sinais e sintomas, que dependerão de cada quadro
- É importante pesquisar síndrome hemorrágico, síndrome perfurativa e outras lesões 
associadas
- A história, principalmente o mecanismo de trauma, é muito importante 
- O exame físico deve ser detalho e incluir toque retal, toque vaginal e exame peniano 
- Exame laboratoriais:
• Tipagem sanguínea 
• Hemograma
• Amilase
• Parcial de urina
• Teste de gravidez 
- Exames de imagem:
• RX simples — é de grande auxílio no atendimento inicial 
• RX contrastado
• Ecografia 
• TC
• Laparoscopia — une o método diagnóstico ao método terapêutico 
- “O fator primário na avaliação do trauma abdominal, não é o diagnóstico específico da 
lesão, mas a determinação de que existe uma lesão intra-abdominal” 
__________________________________________________ 
Laparotomia e Laparoscopia 
- Indicações:
• Hipotensão com evidência de lesão abdominal
• Peritonites
• Hipotensão recidivante após reanimação adequada
• Pneumoperitônio (lesão de víscera oca) 
• Ruptura do diafragma
• Evisceração
• Perfuração bexiga a cistografia
• Evidência tomográfica de lesões no pâncreas, fígado, baço, TGI e rim
• Elevação persistente da amilasemia após 6 horas
• Rx de tubo digestivo com achados positivos 
__________________________________________________ 
Trauma Hepático 
- Estão presentes com grande frequência no trauma abdominal (aberto ou fechado) devido a sua 
posição e tamanho
- Lesão isolada ocorre em apenas 10% dos pacientes, sendo o lobo direito é o mais atingido
- Classificação (AAST):
• Grau I: 
• Hematomas subcapsular, não-expansivo < 10% da área de superficie
• Laceração capsular não sangrande, com menos de 1cm de profundidade do parenquima.
• Grau II: 
• Hematomas subcapsular, não-expansivo 10% a 50% da superficie
• Intraparenquimatoso menos que 2cm de diâmetro
• Laceração com menos de 3cm de profundidade no parênquima e menos de 10cm de 
comprimento
• Grau III: 
• Hematomas subcapsular > 50% de área ou expansivo ou roto
• Intraparenquimatoso maior que 2cm de diâmetro
• Laceração com mais de 3cm de profundidade
• Grau IV: 
• Hematoma intraparenquimatoso roto
• Laceração parenquimatosa envolvendo 25%-75% do lobo hepático.
• Grau V: 
• Laceração parenquimatosa maior que 75% do lobo hepático
• Vascular: lesão venosa justa-hepática (cava retro-hepática ou veias supra-hepáticas)
• Grau VI: 
• Vascular avulsão hepática
- Critérios para tratamento conservador:
• Lesão hepática isolada com: 
• Estabilidade hemodinâmica
• Diagnóstico preciso e classificação da lesão através de TC no máximo grau II
• Ausência de sinais de irritação peritoneal
• Sem alteração do estado de consciência
• Infraestrutura adequada (UTI) para monitorização
• Acompanhamento por equipe cirúrgica experiente
- Procedimentos cirúrgicos empregados:
• Sutura simples / hemostasia
• Segmentectomia / lobectomia
• Ligadura vascular seletiva
• Shunt intracaval
• Damage control
__________________________________________________ 
Trauma Esplênico 
- O baço, assim como o pulmão, fígado e rins, possui segmentos vasculares independentes 
(“pequenos baços”), o que possibilita a esplenectomia parcial
- Tratamentos disponíveis:
• Tratamento não operatório (conservador)
• Tratamento cirúrgico:
• Esplenorrafia
• Esplenectomia parcial
• Esplenectomia total
• Autotransplante esplênico
- Critérios para o tratamento conservador:
• Lesão isolada determinada pela TC
• Classes I, II e III (exceção - grau III apenas em crianças)
• Hemodinamicamente estável
• Infraestrutura hospitalar (UTI)
• Equipe cirúrgica experiente
__________________________________________________ 
Trauma do Intestino Delgado 
- Classificação (AAST):
• Grau I: 
• Contusão ou hematoma sem desvascularização
• Laceração parcial da parede sem perfuração
• Grau II: 
• Laceração <50% da circunferência da alça
• Grau III: 
• Laceração >50% da circunferência da alça
• Grau IV: 
• Transecção do intestino delgado
• Grau V: 
• Transecção do intestino delgado com perda tecidual (Desvascularização segmentar)
- Opções de tratamento:
• Enterorrafia
• Enterectomia
• Associações
• Enterostomia 
- Condições que necessitam de enterectomia:
• Ferimentos extensos e irregulares
• Lesões em que a sutura primária leva à estenose da luz da alça intestinal
• Múltiplas perfurações concomitantes em um segmento curto da alça intestinal
• Lacerações longitudinais extensas
• Áreas com esmagamento e/ou sofrimento vascular
• Grandes hematomas e lacerações do mesentério
__________________________________________________ 
Trauma de Colón 
- Procedimentos cirúrgicos realizados:
• Sutura primária
• Sutura primária com colostomia proximal
• Exteriorização do ferimento
• Ressecção com exteriorização das bocas
• Ressecção e anastomose primária
• Ressecção e anastomose com colostomia proximal
• Ressecção com colostomia proximal e sutura do cólon distal
- Critérios para sutura primária:
• Hemodinamicamente estável
• Hemoperitônio menor do que 1,000ml
• Contaminação fecal mínima
• Lesões associadas de, no máximo, dois órgãos intra-abdominais
• Cirurgia iniciada até 8 horas após o trauma

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