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DENIS MANDARINO 
A DIVISÃO ÁUREA POR DETRÁS 
DO OLHAR DE MONA LISA 
SÃO PAULO 
2011 
DENIS MANDARINO 
A DIVISÃO ÁUREA POR DETRÁS 
DO OLHAR DE MONA LISA 
Pesquisa independente desenvolvida para o site 
Alô Artista, que analisa aspectos geométricos e 
compositivos da pintura Mona Lisa, tais 
como: divisão áurea, grid, composição 
artística e percepção da forma.
SÃO PAULO 
2011 
 
RESUMO 
 
O presente ensaio procurou encontrar elementos geométricos na pintura Mona Lisa. Os 
desenhos e as descrições partem da pressuposição de que Leonardo Da Vinci teria 
utilizado um grid para a organização visual dos elementos. Por meio dos entes concretos 
da linguagem, o artista teria conseguido alguns efeitos psicológicos de percepção, sendo 
eles: observação panorâmica de soslaio, sorriso ambíguo e altivez. 
Palavras-Chave: Divisão áurea. Composição visual. Percepção da forma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A estrutura oculta por detrás do olhar de Mona Lisa 
Mona Lisa é uma pintura, do mestre Leonardo da Vinci, das mais intrigantes 
da História da Arte. O presente ensaio gráfico sugere que ele teria usado uma 
malha geométrica (grid) na estrutura do quadro, partindo da simetria dos eixos 
(vertical e horizontal), em comunhão com a proporção áurea (divisão áurea ou divina 
proporção), a qual teria sido utilizada na segunda parte do processo. 
Antes de iniciar, é necessário esclarecer que, embora as análises aqui 
presentes sejam baseadas no desenho geométrico, Mona Lisa não é um tratado de 
geometria que virou uma pintura, mas uma pintura que contém elementos 
geométricos, formando o que chamamos de composição. 
Outrossim, embora estas medições e desenhos tenham sido feitos com o 
auxílio do computador, o esboço estrutural será traçado com se estivéssemos 
utilizando um lápis de ponta grossa, um pedaço de carvão ou um pincel estreito, 
instrumentos comuns para os artistas que desenham à mão livre, ainda mais no período 
renascentista. 
Para atingir-se a porção áurea de um segmento, é necessário que o mesmo 
seja multiplicado por 0,6181 (também conhecido como número de ouro). A fim de 
facilitar o entendimento, parte-se de números exatos, desse modo, para uma medida de 10 
unidades, o seu segmento áureo deverá medir 6,18 unidades.
1 Ao procurar-se o micro, deve-se multiplicar a medida inicial por 0,618; ao buscarem-se proporções 
na direção do macro, o multiplicador deve ser 1,618. 
Traçado geométrico da divisão áurea 
A partir de um segmento AB, 
determine o ponto médio M. 
Com centro do compasso em B 
e abertura MB encontre o ponto 
C, na perpendicular que parte de 
B (extremidade do segmento). 
Trace a hipotenusa AC do triângulo 
retângulo de vértices ABC. 
Com centro em C e abertura CB, 
Trace um arco de circunferência 
e encontre D na hipotenusa AC. 
Com centro em A e raio AD, 
Trace um arco de circunferência 
e determine o ponto E no 
segmento AB. 
AE é a o segmento áureo de AB. 
AB = 10 unidades 
AE = 6,18 unidades 
 Fig. 1. Determinação do segmento áureo. 
A princípio o quadro será dividido em quatro partes iguais. Vê-se que o eixo de 
simetria vertical - que parte do ponto médio M - passa pelo olho esquerdo de Mona Lisa, 
tangenciando a íris no lado interno. 
A M B 
Fig. 2. O eixo vertical de simetria passa pelo olho esquerdo da figura. 
Após a divisão simétrica, a divisão áurea será aplicada na parte superior do 
quadro, por três vezes consecutivas, até que se chegue à altura dos olhos. 
Na primeira construção geométrica da divisão áurea, observa-se que a linha 
passa pela boca da modelo. 
Fig. 3. A primeira divisão áurea passa pela boca da modelo. 
Na segunda divisão áurea (num processo espelhado), vê-se que o traçado 
geométrico passa pela testa de Mona Lisa, dando a impressão de que esse traçado não 
leva a lugar algum. Mas isso é apenas uma impressão passageira, antes da terceira 
construção. 
Fig. 4. A segunda divisão áurea passa pela testa da modelo. 
A terceira divisão áurea envolve os dois traçados anteriores e determina de 
forma muito aproximada, a altura dos olhos de Mona Lisa. O fato de o olho 
esquerdo estar sobre a linha central contribui para que a modelo pareça estar olhando 
para quem a observa. A posição do tronco e a torção da cabeça participam do “efeito”. 
Fig. 5. A terceira subdivisão áurea determina a altura dos olhos. 
Ao traçar-se a divisão áurea da base do quadro, é possível ver que a linha passa 
pelo canto do olho direito da figura, acomodando o olhar da modelo entre a linha 
divisória central e as divisões áureas do grid que foi sendo estabelecido. 
Fig. 6. Os olhos de Mona Lisa estão compreendidos num grid geométrico. 
É difícil supor que Da Vinci não tenha feito algumas construções geométricas 
propositais, mesmo que não tenha se preocupado com a precisão cirúrgica, pois a 
pintura goza de uma liberdade de expressão. 
Além de ter estreado a técnica do Sfumatto; ter abordado um retrato de 
forma inovadora, preferindo o meio corpo contra uma paisagem, em vez de um 
simples busto; ter pintado um sorriso que varia de acordo com o estado emocional 
de quem observa o observa; Leonardo usou um grid que contém simetria e 
proporções áureas, agregando uma dimensão espiritual ao olhar de Mona Lisa, pois o 
mestre florentino acreditava que os olhos eram a janela da alma. 
As posições da cabeça, dos ombros, dos braços e das mãos sugerem 
uma estrutura piramidal (figura 7), do mesmo tipo que pode ser encontrada na 
pintura “A Virgem dos Rochedos”. 
Com o desenho geométrico da divisão áurea na base da tela, com os eixos de 
simetria, com as subdivisões áureas, e ainda com a estrutura piramidal da pose da 
modelo, têm-se um grid dinâmico e harmonioso. Mesmo com todas essas análises não 
se pode afirmar que Leonardo lançou mão de régua e compasso para compor Mona 
Lisa, até porque ele provavelmente tinha talento e experiência suficientes, para buscar 
essas relações de proporção de forma intuitiva. 
Fig. 7. O grid geométrico, a forma piramidal e a sobreposição analítica das linhas. 
 
CONCLUSÃO 
 
Quando se procura proporções áureas em alguma coisa, parte-se imediatamente em busca 
do número de ouro, de similaridades geométricas, padrões afins como a série Fibonacci, 
a forma pentagonal e muitas outras referências clássicas da Divina Proporção. O fato 
de Leonardo ter primeiramente dividido a tela em quatro partes, fez com que a ideia do 
grid passasse despercebida, principalmente as relações áureas, que foram traçadas 
somente num segundo momento. O retângulo em que a obra foi construída não tem 
dimensões áureas, como também não tem o formato do retângulo belo (formato 
atualmente conhecido como as folhas da série A), peculiaridades que podem nada 
significar, mas que podem nos deixar pensativos acerca dos porquês. Enfim, existem 
muitas análises geométricas desta obra prima, cabe ao leitor, entretanto, discernir quais 
se mostram mais consistentes, não deixando de levar em conta de que se trata de um 
trabalho de Leonardo da Vinci, o qual levou anos para ser concluído. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTES BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
DOCZI, György – The Power of Limits: Proportional Harmonies in Nature, Art, and 
Architecture. Shambhala Publications, Colorado: 1981. 
GHYKA, Matila C. – Il numero d'oro. Vol. 2 Ed. Arkeios, Roma: 2009. 
GHYKA, Matila – Estética das Proporções na Natureza e na Arte. Poseidon, Buenos 
Aires: 1977. 
KEMP, Martin – Leonardo da Vinci. Jorge Zahar Editora, Rio de Janeiro, 2005. 
MANDARINO, Denis – Desenho Geométrico, construções com régua e compasso. Ed. 
Plêiade, São Paulo: 2007. 
PACIOLI, Luca – De divina proportione, Luca Paganinem de Paganinus de Brescia. 
Antonio Capella, Veneza: 1509.

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