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SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA Profª Walquíria Silva ETAPAS DA CONSULTA - ANAMNESE: Acolhimento e identificação da criança; Condições do nascimento: tipo e local de parto, antecedentes neonatais - peso e IG ao nascer, intercorrências; Antecedentes familiares: n° consultas pré-natal, doenças na gestação, nº de gestações anteriores, n° filhos, problemas maternos; ETAPAS DA CONSULTA - ANAMNESE: Queixas (história atual/sintomas); Triagens Neonatais (se fez + resultados); Vacinação; Alimentação x Aleitamento; Hábitos (sono e vigília, brincar, outros); Convivência familiar e social. ETAPAS DA CONSULTA – POSTURA DO RN: AVALIAÇÃO DA PELE Cor: Corada, Ictérica, Cianose, Palidez; - Edema: Intensidade, Localização; RN – regride em 24 a 48h, é moderado, mole, localizado ao nível dos olhos e no dorso de mãos e MMII. ALTERAÇÕES NA PELE DO RN Eritema Tóxico: pápulas ou lesões vesicopustulosas que surgem de 1 a 3 dias após o nascimento, benigno, desaparece em 1 semana ALTERAÇÕES NA PELE DO RN LANUGO/ LANUGEM MANCHA MONGÓLICA MILLIUM SEBÁCEO ALTERAÇÕES NA PELE DO RN VÉRNIX CASEOSO COLORAÇÃO DE ARLEQUIM ALTERAÇÕES NA PELE DO RN ACROCIANOSE DESCAMAÇÃO DE PELE ALTERAÇÕES NA PELE DO RN ASSADURAS BOLHAS PALMO-PLANTARES (SÍFILIS) PÚSTULAS (IMPETIGO) AVALIAÇÃO FÍSICA DA CRIANÇA Prega palmar única ou prega transpalmar (simiesca) - Síndrome de Down. AVALIAÇÃO DO CRÂNIO -FONTANELAS AVALIAÇÃO DO CRÂNIO -FONTANELAS Normotensa: linear à calota craniana. Deprimida: sinal de desidratação. Abaulada: sinal de aumento da pressão intracraniana (meningite, hematoma subdural, hemorragia IC, tumor). AVALIAÇÃO DO CRÂNIO – ALTERAÇÕES CLÍNICAS RELACIONADAS AO PARTO: Bossa Serossanguínea: mole, mal delimitada, edemaciada e equimótica, localizada a nível da apresentação. Cefalohematoma: rebordo periférico palpável, menos maleável, não ultrapassa a sutura. Regressão espontânea (semanas). Pode ser bilateral ou volumoso. AVALIAÇÃO DO CRÂNIO – ALTERAÇÕES CLÍNICAS NO FORMATO: Craniossinostose: fechamento precoce dos ossos do crânio do bebê e, se for não corrigida, pode causar de um leve retardo mental à cegueira. AVALIAÇÃO DO CRÂNIO – ALTERAÇÕES NO FORMATO: AVALIAÇÃO DO CRÂNIO – ALTERAÇÕES CLÍNICAS NO TAMANHO: MICROCEFALIA NORMAL MACROCEFALIA COURO CABELUDO Distribuição e alteração na cor dos cabelos; Higiene e presença de parasitas Gânglios na região occipital, cervical superior, retroauricular ou pré-auricular. OLHOS Pálpebras: Nódulos, lesões, edema; Globo ocular: protuso/exoftalmia ou afundamento/enoftalmia; Esclerótica: coloração – Palidez, icterícia, hemorragia; Fotorreagência: Pupilas isocóricas ou anisocóricas; TESTE DO OLHINHO AVALIAÇÃO DOS OLHOS - ALTERAÇÕES CLÍNICAS Conjuntivites: edema palpebral, secreção purulenta. Estrabismo: visão binocular desenvolve entre 3 e 7 meses. OUVIDOS TESTE DA ORELHINHA/TESTE DE TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL; Implantação, tamanho, simetria; Higiene, lesões e sinais flogísticos. Realizar a palpação na investigação de dor. AVALIAÇÃO DOS OUVIDOS/ORELHA - ALTERAÇÕES CLÍNICAS MICROTIA MACROTIA AVALIAÇÃO DO NARIZ Forma, tamanho, implantação; Movimento das asas do nariz, secreções, lesões ou epistaxe. Nos seios paranasais devemos realizar a palpação para detectar a hipersensibilidade. AVALIAÇÃO DA BOCA Coloração da mucosa oral, lábios, gengivas, língua. Higiene: hálito, dentes, língua. Sinais flogísticos: Úvula, palato mole, orofaringe e amígdalas; AVALIAÇÃO DA BOCA - DENTES DECÍDUOS/ DENTES DE LEITE ALTERAÇÕES CLÍNICAS TESTE DA LINGUINHA: Anquiloglossia (encurtamento do frênulo) Fenda Palatina X Lábio Leporino AVALIAÇÃO DO PESCOÇO Verificar mobilidade, simetria, posição viciosa da cabeça (Torcicolo Congênito); aumento da tireóide, veias jugulares, pulso carotídeo; AVALIAÇÃO DO PESCOÇO Palpar linfonodos e presença de sensibilidade e dor. AVALIAÇÃO DO PESCOÇO - LINFONODOS Aumento de linfonodos é um achado comum na infância: maior quantidade de tecido linfático/ Resposta linfóide exacerbada Origem benigna na maioria dos casos Linfonodos sensíveis, aumentados e quentes geralmente indicam infecção ou inflamação perto da localização. AVALIAÇÃO DO TORAX – APARELHO RESPIRATÓRIO Inspeção: Padrão respiratório (eupnéico, bradpnéico, taquipnéico, apnéia, dispnéia); Amplitude (profunda ou superficial), ausculta de ápice a base bilateralmente; FR; Ausculta: murmúrios vesiculares ou ruídos adventícios (roncos, sibilos, crepitantes). AVALIAÇÃO DO TORAX – APARELHO RESPIRATÓRIO Sofrimento respiratório – retrações, batimentos de asa de nariz, gemidos, estridores; Clavícula – fraturas são frequentes no período neonatal; AVALIAÇÃO DO TORAX – APARELHO RESPIRATÓRIO Abaulamentos, assimetrias, anormalidades, malformações. simetria das mamas, involução espontânea da mamas, mamilos extranumerários. BOLETIM DE SILVERMAN - ANDERSEN Valores entre 1-5 indicam desconforto respiratório moderado e acima de 6, grave. Parâmetro 0 1 2 Gemência Ausente Audível com esteto Audível sem esteto Batimento de asa de nariz Ausente Discreto Acentuado Tiragem intercostal Ausente 3 últimas intercostais (Leve) Mais de 3 intercostais (intensa) Retração esternal Ausente Discreta Acentuada Mov.torax e abd Ausente/ Sincronismo Discreto/ Declinio inspiratorio Acentuado/ balancim AVALIAÇÃO DO TÓRAX – SISTEMA CARDIOVASCULAR Avaliação cardíaca/ SSVV: Pulsos, FC, PA; Ausculta: avaliação das bulhas cardíacas, ritmo, simetria. Inspeção/Palpação do precórdio - pulsações e avaliação do ictus cordis; ictus cordis pode ser palpado no 4 ou 5º espaço intercostal; AVALIAÇÃO DO TÓRAX – SISTEMA CARDIOVASCULAR Sopros Inocentes: não existe anormalidade anatômica ou fisiológica. Sopros Funcionais: não existe defeito cardíaco automático, mas uma anormalidade fisiológica. Sopros Orgânicos: Existe um defeito cardíaco , com ou sem anormalidade fisiológica. Cerca de 40% - 50% das crianças saudáveis apresentam sem nenhuma outra alteração e com desenvolvimento físico absolutamente normal. Ex: anemia AVALIAÇÃO ABDOMINAL Padrão respiratório do neonatal – toracoabdominal; Forma abdominal: plano, dilatado (distensão gasosa, obstrução); escavado (hérnia diafragmática); Coto/cicatriz umbilical; Hipersensibilidade/dor, contorno de órgãos; AVALIAÇÃO ABDOMINAL Percussão: sons timpânicos; exceto órgãos maciços (fígado, baço ou vísceras preenchidas por fezes); Ausculta: ruídos hidroaéreos (5 a 35/min) – se aumentados, diminuídos ou ausentes. AVALIAÇÃO ABDOMINAL -ALTERAÇÕES CLÍNICAS DISTENSÃO ABDOMINAL ASCITE PRESENÇA DE REDE VENOSA VISÍVEL DIÁSTASE DOS MÚSCULOS RETOS ABDOMINAIS AVALIAÇÃO ABDOMINAL -ALTERAÇÕES CLÍNICAS HÉRNIA UMBILICAL GASTROSQUIZE ONFALOCELE GENITÁLIAS E RETO Malformações, sinais de irritações alérgicas; Meninas: sangramento, imperfuração uretral ou vaginal, leucorreia; Meninos: imperfuração uretral, fimose, criptoquirdia, hidrocele/edema escrotal; HIPOSPÁDIA - VENTRAL EPISPÁDIA - DORSAL GENITÁLIAS E RETO Observar sinais de assaduras, Aspectos das evacuações Fissuras, Permeabilidade do ânus (imperfuração anal). AVALIAÇÃO DO SISTEMA OSTEOARTICULAR EXTREMIDADES: verificar pulsos (MMSS/MMII), integridade da pele (lesões, curativos), perfusão, temperatura; MOBILIDADE - resistência a extensão dos membros, flexão, flacidez; DISPOSITIVOS: intravenosos, uso de próteses ou órteses; AVALIAÇÃO DO SISTEMA OSTEOARTICULAR - ALTERAÇÕES CLÍNICAS PÉ TORTO CONGÊNITO ROTAÇÃO INTERNA OU EXTERNA AVALIAÇÃO DO SISTEMA OSTEOARTICULAR LUXAÇÃO CONGÊNITA DO QUADRIL AVALIAÇÃO DA COLUNA VERTEBRAL MIELOMENINGOCELE AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA REFLEXOS PRIMITIVOS DO NEONATO REFLEXO DE PROCURA OU PONTOS CARDINAIS + REFLEXO DE SUCÇÃO PREENSÃO PLANTAR + PREENSÃO PALMAR AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA REFLEXOS PRIMITIVOS DO NEONATO MANOBRA DO MORO/ SUSTO OU ABRAÇO REFLEXO BABINSKYAVALIAÇÃO NEUROLÓGICA REFLEXOS PRIMITIVOS DO NEONATO SINAIS VITAIS RN X RNPT IDADE GEST. FR MÉDIA FC MÉDIA PA SIST PA DIAST RNPT ˂1000g até 12 h dv 50 rpm 140 bpm 39-59 mmHg 16-36 mmHg RN ˂ 3000g até 12 h dv 40 rpm 140 bpm 50-70 mmHg 5-45 mmHg RNT 1º dv 40 rpm 140 bpm 60-85 mmHg 35-55 mmHg RNT 2º dv 35 rpm 130 bpm 70-110 mmHg 30-70 mmHg VALORES DA FREQUÊNCIA CARDÍACA (BPM) + RESPIRATÓRIA (IRPM) Idade FC (bpm) FR (irpm) Recém-nascido 120-160 40-60 Lactente (até 2 anos) 90-140 24-40 Pré-escolar (2 a 4 anos) 80-110 22-34 Escolar (6 a 10 anos) 75-100 18-30 Adolescente (acima 10 anos) 60-90 12-16 VALORES DA PA IDADE SÍSTOLE/DIÁSt 0-3 MESES 75/50MMHG 3 MESES-6 MESES 85/65 MMHG 6 MESES-9 MESES 85/65 MMHG 9 MESES-12 MESES 90/70 MMHG 1 ANOS-3 ANOS 90/65 MMHG 3 ANOS-5 ANOS 95/60 MMHG 5 ANOS-7 ANOS 95/60 MMHG 7 ANOS- 9 ANOS 95/60 MMHG 9 ANOS- 11 ANOS 100/60 MMHG 11 ANOS- 13 ANOS 105/65 MMHG 13 ANOS- 14 ANOS 110/70 MMHG Denise Mota, 2009 TEMPERATURA Classificação Variação Hipotermia <36 Normotermia 36-37 Febrícula 37,6 Febre baixa 37,8 - 38,5 Febre moderada 38,6 - 39,5 Febre alta 39,6 - 405 Hiperpirexia >40,5
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