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Economia da saúde - financiamento do sus

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Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS Turma XV 
ECONOMIA DA SAÚDE 
• A área da Economia da Saúde (ECOS) é responsável 
por promover o uso racional e eficiente dos 
recursos públicos, a partir da construção de uma 
cultura do uso de informações econômicas para a 
tomada de decisão em saúde. 
• A área, multiprofissional e interdisciplinar, reúne 
profissionais da área de saúde (médicos, 
enfermeiros, fisioterapeutas, cirurgiões dentista, 
nutricionistas, farmacêuticos) e profissionais da 
área meio (administrador, economista, contador, 
estatístico). 
• Tem por objetivo criar as condições para que as 
ações e serviços de saúde sejam prestados de forma 
eficiente, equitativa e com qualidade para melhor 
acesso da população, atendendo aos princípios da 
universalidade, igualdade e integralidade da 
atenção à saúde, estabelecidos 
constitucionalmente para o Sistema Único de Saúde 
(SUS). 
A Abrangência da Economia da Saúde no Brasil, assim 
como em outros países de economia semelhante, o 
mosaico de serviços de saúde que a população 
encontra está distorcido por uma série de razões: 
• Os serviços não correspondem às necessidades da 
população; 
• A distribuição geográfica dos recursos é 
extremamente desigual; 
• Em algumas áreas existe excessivo uso de alta 
tecnologia médico-hospitalar para tratar os efeitos 
de moléstias preveníveis; 
• O uso excessivo e a venda liberal de medicamentos; 
• Internações desnecessárias, referências a outros 
níveis e exames supérfluos; 
• Competição do setor privado com o setor público 
por exames auxiliares lucrativos e cirurgias eletivas; 
• Distribuição do financiamento proveniente da 
seguridade social sem mecanismos apropriados de 
controle 
A economia da saúde busca ainda respostas a 
perguntas como: 
➢ Quanto um país deve gastar com saúde? 
➢ Como devem ser financiados os gastos com saúde? 
➢ Qual a melhor combinação de pessoal e tecnologia 
para produzir o melhor serviço? 
➢ Qual a demanda e qual a oferta de serviços de 
saúde? 
➢ Quais as necessidades de saúde da população? 
➢ O que significa atribuir prioridade? 
➢ Quando e onde deve ser construído um novo 
hospital? 
➢ É preferível prevenir a curar em que condições? 
➢ Quais as implicações da introdução das taxas 
moderadoras sobre a utilização de serviços? 
 FINANCIAMENTO DO SUS 
Fundamentos Jurídicos: 
• 1990 - Lei Orgânica da Saúde nº 8.080/90 Lei nº 
8.142/90 
• NOB’s 1991/1993/1996 - IX Conferência Nacional 
de Saúde (92) 
• 2001/2002 - Norma Operacional da Assistência à 
Saúde (NOAS) 
• EC 29/2000 
• LC 141/2012 
 SEGUNDO A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988: 
Art. 194 A seguridade social compreende um conjunto 
integrado de ações de iniciativa dos poderes e da 
sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos 
à saúde, à previdência e à assistência social; 
Art. 195 A seguridade social será financiada por toda a 
sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da 
lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
I. do empregador, da empresa e da entidade a ela 
equiparada na forma da lei, incidentes sobre: 
a) a folha de salários e demais rendimentos do 
trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à 
pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem 
vínculo empregatício; 
b) a receita ou o faturamento; 
c) o lucro; 
 Art. 195 A seguridade social será financiada por toda a 
sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da 
lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
II. do trabalhador e dos demais segurados da 
previdência social não incidindo contribuição sobre 
aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral 
de previdência social de que trata o art. 201; 
III - sobre a receita de concursos de prognósticos. 
IV - Do importador de bens ou serviços do exterior, ou 
de quem a lei a ele equiparar. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
 FORMA DE FINANCIAMENTO 
Segundo a Lei n.º 8 142, de 28/12/1990 Dispõe sobre a 
participação da comunidade na gestão do Sistema 
Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências 
intergovernamentais de recursos financeiros na área 
de saúde 
Art. 2° Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) 
serão alocados como: 
I. Despesas de custeio e de capital do Ministério da 
Saúde, seus órgãos e entidades, da administração 
direta e indireta; 
II. Investimentos previstos em lei orçamentária, de 
iniciativa do Poder Legislativo e aprovados pelo 
Congresso Nacional; 
III. Investimentos previstos no Plano Quinquenal do 
Ministério da Saúde; 
IV. Cobertura das ações e serviços de saúde a serem 
implementados pelos Municípios, Estados e Distrito 
Federal. 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS Turma XV 
 FORMA DE FINANCIAMENTO 
Emenda Constitucional nº29 (EC 29), de 13/09/00, 
altera os arts. 34, 35, 156, 160, 167 e 198 da 
Constituição Federal e acrescenta artigo ao Ato das 
Disposições Constitucionais Transitórias, para 
assegurar os recursos mínimos para financiamento das 
ações e serviços públicos de saúde. 
APLICAÇÃO DOS RECURSOS – FUNDO DE SAÚDE 
Art. 5 o A União aplicará, anualmente, em ações e 
serviços públicos de saúde, o montante 
correspondente ao valor empenhado no exercício 
financeiro anterior, apurado nos termos desta Lei 
Complementar, acrescido de, no mínimo, o percentual 
correspondente à variação nominal do Produto Interno 
Bruto (PIB) ocorrida no ano anterior ao da lei 
orçamentária anual.  Art. 6o Os Estados e o Distrito 
Federal aplicarão, anualmente, em ações e serviços 
públicos de saúde, no mínimo, 12% (doze por cento) da 
arrecadação dos impostos.  Art. 7o Os Municípios e o 
Distrito Federal aplicarão anualmente em ações e 
serviços públicos de saúde, no mínimo, 15% (quinze 
por cento) da arrecadação dos impostos. 
 BLOCOS DE FINANCIAMENTO - SUS 
1) Atenção Básica, composto por: PAB Fixo e PAB 
Variável 
2) Atenção de Média e Alta Complexidade 
Ambulatorial e Hospitalar MAC e FAEC 
3) Vigilância em Saúde: Vigilância Epidemiológica e 
Ambiental em Saúde e Vigilância Sanitária 
4) Assistência Farmacêutica: Básico da Assistência 
Farmacêutica; Estratégico da Assistência 
Farmacêutica; Medicamentos de Dispensação 
Excepcional 
5) Gestão do SUS: Qualificação da Gestão do SUS; 
Implantação de Ações e Serviços de Saúde 
 ENTRETANTO EXISTA A EC 95/16 
A Emenda Constitucional nº 95, aprovada em 2016, 
institui Novo Regime Fiscal, determinando que, em 
2017, as despesas primárias teriam como limite a 
despesa executada em 2016, corrigida em 7,2%. A 
partir de 2018, vigoraria o limite do exercício anterior, 
atualizado pela inflação de doze meses. Na prática, a 
EC 95 congela as despesas primárias, reduzindo-as em 
relação ao PIB ou em termos per capita por duas 
décadas 
 O RESSARCIMENTO AO SUS 
Criado pelo artigo 32 da Lei nº 9.656/1998 e 
regulamentado pelas normas da ANS, é a obrigação 
legal das operadoras de planos privados de assistência 
à saúde de restituir as despesas do Sistema Único de 
Saúde no eventual atendimento de seus beneficiários 
que estejam cobertos pelos respectivos planos. 
 
 
 PASSO-A-PASSO 
1. Atendimento: Os beneficiários do Plano de Saúde 
são atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 
2. Identificação: A ANS cruza os dados dos sistemas de 
informações do SUS com o Sistema de Informações 
de Beneficiários (SIB) da própria Agência para 
identificar os atendimentos a beneficiários de 
planos de saúde, excluindo aqueles sem cobertura 
contratual. 
3. Notificação: ANS notifica a operadora a respeito 
dos atendimentos identificados. 
4. Impugnação e recurso: A operadora pode contestar 
as identificações em duas instâncias 
administrativas. Caso comprove que os serviços 
prestados no atendimento identificadonão têm 
cobertura contratual, a identificação é anulada. Se 
ficar demonstrado que o contrato cobre apenas 
parte do atendimento, a identificação é retificada. 
5. Cobrança e recolhimento: Precluída a faculdade de 
impugnar ou recorrer, ou decidida em última 
instância administrativa, e mantida a identificação 
integralmente ou parcialmente, a ANS encaminha 
para a operadora notificação de cobrança dos 
valores devidos, a qual tem o prazo de 15 dias para 
pagamento ou parcelamento. 
6. Inadimplência: Caso os valores devidos não sejam 
pagos ou parcelados no prazo, a operadora fica 
sujeita à inscrição no Cadastro Informativo (CADIN) 
dos créditos de órgãos e entidades federais não 
quitados, à inscrição em dívida ativa da ANS e à 
execução judicial. 
7. Repasse: Os valores recolhidos a título de 
ressarcimento ao SUS são repassados pela ANS para 
o Fundo Nacional de Saúde 
Obs. Em 2018, a ANS arrecadou R$ 783 milhões para o 
Fundo Nacional de Saúde. Nos último 19 anos cerca 
de 3,4 bilhões. 
 
 
 
 
 
 
Referências 
• BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República 
Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 
1988, 292 p. 
• BRASIL, Lei 8080, de 19 de dezembro de 1990. Brasília, DF. 
• BRASIL, Lei 8142, 28 de dezembro de 1990. Brasília, DF. 
• https://antigo.saude.gov.br/gestao-
dosus/economiadasaude#:~:text=Gest%C3%A3o%20do%20SUS,
-
Economia%20da%20Sa%C3%BAde&text=A%20%C3%A1rea%20d
a%20Economia%20da,tomada%20de%20decis%C3%A3o%20em
%20sa%C3%B Ade. 
• https://portalfns.saude.gov.br/

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