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VALIDADE DOS TESTES DIAGNÓSTICOS

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Validade dos testes diagnósticos 
Lara Camila da Silva Alves – Medicina – 3º Semestre 
 
SENSIBILIDADE → é a capacidade de o teste dar positivo na presença da doença; a/ (a+c) x 100 
ESPECIFICIDADE → é a capacidade de o teste dar negativo na ausência da doença; d/ (b+d) x 100 
 
A porta giratória no banco tem o objetivo de detectar armas. Ela é bastante sensível, mas não muito específica 
para armas – dessa forma, qualquer tipo de metal pode ser motivo de alarme na entrada ao banco. Assim, a 
porta giratória computa vários falsos positivos para arma. Para que fosse possível detectar só arma e não existir 
tantos falsos positivos, seria necessário um mecanismo mais específico (como raio-x). 
 
FALSOS NEGATIVOS: O complementar da sensibilidade são os falsos negativos, pois quanto menor a 
sensibilidade, mais falsos negativos temos. 
FALSOS POSITIVOS: O complementar da especificidade são os falsos positivos, pois quanto mais específico é o 
teste, menos falsos positivos temos. 
 
VALOR PREDITIVO POSITIVO 
➢ Quando o exame de um paciente é recebido, sabemos que ele não é 100% específico ou sensível. Dessa 
forma, é preciso analisar, caso o teste seja positivo, quanto ele me prediz que o paciente realmente tenha a 
doença e, também, qual a probabilidade de um teste positivo indicar que o paciente realmente esteja doente. 
➢ Essa probabilidade não é 100%, mas pode haver erro laboratorial ou outra questão intrínseca do teste, e isso 
precisa estar sempre claro para os médicos; 
➢ É a proporção dos verdadeiros positivos dentre todos os testes positivos – ou seja, entre todos os positivos, 
quais estão realmente doentes? 
➢ Corresponde aos verdadeiros positivo dividido pelo total de positivos multiplicado por 100: a/ a+b x 100 
OBS: vai ser um valor alto em testes específicos e baixo em testes sensíveis; 
 
VALOR PREDITIVO NEGATIVO 
Caso o teste seja negativo, quanto ele me prediz que o paciente realmente não tenha a doença e qual a 
probabilidade de um teste negativo indicar que o paciente está realmente sem a doença. 
Corresponde aos verdadeiros negativos dividido pelo total de negativos multiplicado por 100: d/ c+d x 100 
OBS: vai ter valor alto em testes sensíveis e baixo em testes específicos; 
 
ACURÁCIA → é a soma dos verdadeiros positivos e verdadeiros negativos sobre o total. a+d/a+b+c+d 
 
PREVALÊNCIA 
➢ É a probabilidade pré-teste, ou seja, antes mesmo de aplicar o teste já existe a probabilidade de ele dar 
positivo ou não devido à prevalência. 
A: verdadeiros positivos 
B: falsos positivos 
C: falsos negativos 
D: verdadeiros negativos. 
A+B: total de positivos. A + C: doentes 
C + D: total de negativo B + D: saudáveis 
Ex: certa doença tem uma prevalência muito baixa em Salvador, por isso, a probabilidade de ele dar negativo é 
muito alta e a de ele dar positivo é muito baixa. 
➢ Prevalência tem a capacidade de alterar o valor preditivo positivo. Quanto maior a prevalência, maior o valor 
preditivo positivo e quanto menor a prevalência, menor o valor preditivo positivo. 
Ex: uma radiografia de tórax de um paciente apresenta um nódulo. A chance de esse nódulo representar um 
câncer de pulmão em um hospital específico é muito baixa (ou seja, o valor preditivo positivo é baixo), já que a 
prevalência é baixa. Entretanto, em um hospital de oncologia a prevalência do câncer de pulmão é bem maior e, 
por isso, o seu valor preditivo positivo vai ser maior também. 
 
EXEMPLO 1: 100 pessoas fizeram determinado teste, sendo que 50 tinham a doença e 50 não a tinham. A 
prevalência da doença, nesse caso, é de 50%. Dos 50 que tinham a doença, 48 tiveram seu teste positivo, e 2 
tiveram o teste com resultado negativo. Ou seja, o teste foi capaz de dar positivo na presença da doença em 
48/50 – sensibilidade de 96%. No entanto, ele deixou passar 2 falsos negativos. 
*Não existe teste perfeito, ou seja, 100% de especificidade e sensibilidade. 
 
 
EXEMPLO 2: Em uma doação de sangue é feito um teste rápido para HIV. Caso a pessoa tenha a doença, ela não 
deve doar sangue – dessa forma, é necessário que o teste seja extremamente sensível para HIV, mesmo que haja 
casos de falsos positivos, é melhor ter a segurança para os pacientes que receberão sangue. Entretanto, esse 
teste não é específico para HIV, podendo ter falsos positivos (inclusive, o banco de sangue não pode informar a 
pessoa que ela tem HIV, já que não é um teste específico para essa doença e é possível que o seu caso seja um 
falso positivo – diagnosticar não é o intuito desse teste). 
A pessoa com suspeita de HIV deverá fazer um teste específico que tenha a capacidade de dar negativo na 
ausência da doença. 
 
EXEMPLO 3: O paciente chega ao consultório médico com um sumário de urina possuindo leucócitos. Esse 
resultado não é específico para infecção do trato urinário, por isso é necessário fazer uma requisição para 
urocultura. Qual a probabilidade de um paciente com sumário de urina alterado ter, de fato, uma infecção do 
trato urinário? Não vai ser um valor preditivo positivo muito alto, já que o teste é mais sensível do que específico. 
Já na urocultura, o valor preditivo positivo é maior. 
 
EXEMPLO 4: Para diagnosticar um paciente idoso com depressão é necessário utilizar uma escala de depressão 
geriátrica. Entre as possíveis a serem utilizadas, encontramos uma que possui 50% de sensibilidade – ou seja, 
muitos pacientes ficarão sem diagnóstico e haverá falsos positivos – não deverá ser utilizada. Por isso, deverá 
ser necessário uma escala de sensibilidade maior. 
 
EXEMPLO 5: Nesse caso, uma população de 10.000 é testada e 200 estão doentes. A prevalência da doença é 
200/10000 = 2%. 
 
 
EXEMPLO 6: Em uma epidemia de dengue na cidade, um paciente chega na emergência com um “rash” cutâneo 
e vai ter um valor preditivo alto (maior do que em uma cidade em que a prevalência de dengue seja menor ou 
fora de um momento de epidemia). 
 
EFICAZ → é a capacidade do tratamento, em condições ideais| 
Ser capaz 
EFETIVIDADE → é a possibilidade de o tratamento dar certo, na 
realidade. 
EFICIÊNCIA → Ter consciência para ter menos custos e riscos. 
 
MUDANDO O LIMITE DE UM TESTE 
➢ Até esse ponto, tinham sido descritas doenças em que a variável era discreta, ou seja, o teste para HIV pode 
ser positivo ou negativo (sem nenhum meio termo). Nesse caso, os resultados eram dicotômicos; 
➢ Entretanto, existem variáveis contínuas, por exemplo, em diversos testes laboratoriais, como o de glicemia, 
existem vários valores que representam um indivíduo saudável; 
➢ Quando a doença é definida por um limiar num teste contínuo, as características do teste podem ser 
alteradas mudando-se o limite ou o ponto de corte (cut-off). 
➢ Se o ponto de corte for alterado, a especificidade e a sensibilidade também se alteram; 
➢ Diminuir o limite melhora a sensibilidade, mas muitas vezes a custo de diminuir a especificidade (ex: mais 
falsos positivos). Isso ocorre pois aumentamos o números de resultados de testes que irão se enquadrar 
entre os doentes (reduz o número de casos que não se enquadram entre os doentes). Assim, a sensibilidade 
melhora (terá mais positivos), mas a especificidade diminui; 
➢ Aumentar o limite, melhora a especificidade, a custo da diminuição da sensibilidade (ex: mais falsos 
negativos); 
 
Quando a doença é definida por um limiar num teste contínuo, as características do teste podem ser alteradas 
mudando-se o limite ou o ponto de corte. 
➢ Diminuir o limite melhora a sensibilidade, mas muitas vezes a custo de diminuir a especificidade (ex: mais 
falsos positivos). 
➢ Aumentar o limite melhora a especificidade, a custo da diminuição da 
sensibilidade (ex: mais falsos negativos). 
 
Curva Roc para a dosagem sanguínea de glicose pós-prandial (2h): 
A curva roc mostra os pontos de glicemia. O ponto 140 tem uma sensibilidade 
baixa, mas está altamente específico – já que 140 já é, com certeza, diabetes. 
Entretanto, a OMS recomendaque o ponto seja 126 para o diagnóstico, então 
há uma maior sensibilidade, mas é menos específico (típico de rastreamento); 
Assim, o grupo de pessoas que tem a doença não vai deixar de ser 
diagnosticado, mas pode haver pessoas que não estão propriamente doentes 
Se um teste deu positivo, para saber se é um 
falso positivo, faço um teste mais específico; 
Se um teste deu negativo, para saber se é um 
falso negativo, faço um teste mais sensível; 
(pré-diabéticas) que estão sendo identificadas como diabéticas (isso termina não sendo problemático, pois 
impede o avanço para o desencadeamento da síndrome). 
 
VALIDADE E REPRODUTIBILIDADE DOS TESTES DIAGNÓSTICOS 
Validade = corresponde à sensibilidade, especificidade, valores preditivos e acurácia; 
Reprodutibilidade = corresponde à consistência e confiabilidade (sinônimos); 
Um teste pode ser altamente reprodutível, mas não ser válido. Ou seja, pode insistir no erro durante a 
reprodução do teste, o que o torna inválido. 
Se um grupo de médicos analisar alguma característica de um paciente normal, a probabilidade de acertar é 
maior do que se ele estivesse com alguma alteração. Ou seja, é mais fácil acertar na normalidade, do que na 
anormalidade. 
 
EXEMPLO 7: Um grupo de médicos analisa as mucosas de uma paciente normal – todos eles confirmam que ela 
está normal; No entanto, se a paciente tivesse com alguma alteração nas mucosas, as respostas dos médicos 
iriam variar mais, já que o parâmetro é subjetivo (normal, levemente descorada, muito descorada). 
 
EXEMPLO 8: Dois médicos avaliam 100 radiografias quanto à presença ou não de pneumonia. Quando os seus 
diagnósticos são comparados, observa-se uma concordância em 95% das vezes; 
95% de concordância indica boa concordância? 
Compare as duas tabelas abaixo: 
 
Tabela 1: 
Em 95 radiografias, eles concordaram 
que estava normal. 
Em 1 radiografia, os dois disseram 
que havia alteração; no entanto em 4 
radiografias eles discordaram. 
 
 
Tabela 2: 
Eles concordaram 95 vezes e 
discordaram 5 vezes. Entretanto, 
nessa situação percebe-se que há 
muito mais radiografias alteradas, 
que são mais difíceis que os 
profissionais concordem. 
 
• Como na primeira tabela existiram muitos casos normais, é provável que os médicos concordem. Acredita-
se que é possível um maior envolvimento do acaso. 
Em ambos exemplos, os médicos concordam em 95% das vezes. Qual o papel do acaso? 
Deve ser calculado por estatística, que exclui a possibilidade do acaso (KAPPA); 
 
Na primeira situação, o Kappa foi 
de 0,26, que é ruim. A 
reprodutibilidade foi ruim, não 
tem como garantir que não foi 
somente pelo acaso. 
Na segunda situação, o Kappa foi de 0,90, que é 
considerado excelente. Não foi o acaso que fez que eles 
concordassem.

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