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Determinantes da Filtração Glomerular

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Determinantes da Filtração Glomerular
Letícia Batista de Carvalho | Medicina 3 º Semestre | Universidade Nove de Julho | 16-02-2022
Revisão 
* Néfron - Unidade funcional do rim
* Composição:
Capilar Glomerular;
Cápsula de Bowman;
Túbulos Renais.
* O sangue entra pela artéria renal até se ramificar 
e transformar em arteríola 
Arteríola Aferente - Capilar Glomerular - Arteríola 
Eferente - Capilar - Vênula - Veia Renal.
Anatomia da Filtração 
* O glomérulo está inserido dentro da cápsula de 
Bowman (como uma invaginação).
* Dentro da cápsula tem um espaço chamado 
“espaço urinário” - o plasma ultrafiltrado cai aqui 
e segue em direção ao túbulo proximal (que tem 
muitas microvilosidades, que gera grande arraste e 
75% dos 170 litros de líquidos são reabsorvidos 
nele).
* Os túbulos funcionam como um encanamento.
*As células que estão ao redor do capilar 
glomerular são chamadas de podócitos 
(especializado- só tem nesse local) - emite 
prolongamentos chamados “pedicelos” que 
abraçam o capilar glomerular.
* Todas estruturas juntas (endotélio, membrana 
basal e podócitos) formam um filtro chamado 
“Barreira de Filtração Glomerular”.
* Essa barreira é seletiva:
- Moléculas grandes não passam por ela;
- Quanto mais negativa a carga, menos vai ser 
filtrada pois a barreira de filtração glomerular 
possui carga negativa;
* Entre um pedicelo e outro existe uma barreira 
de proteína que fornece a barreira carga negativa 
(essas proteínas também servem para fechar os
espaços entre os pedicelos para que não haja 
passagem de moléculas indesejadas como a 
albumina, que se passasse por esses espaços 
poderia até gerar uma proteinúria no paciente).
Filtração, Reabsorção e Excreção 
* Existe a possibilidade da substância ser 
parcialmente filtrada e totalmente excretada pois 
ocorre a troca entre capilares peritubulares (ao 
redor dos túbulos) e os túbulos.
* Quando vai dos túbulos para os capilares 
peritubulares se chama reabsorção;
* Quando algo vai dos capilares peritubulares para 
o túbulo se chama secreção;
* Quando sai pela urina se chama excreção.
* As células que ficam ao redor das arteríolas 
produzem renina e outras substâncias que ajudam 
a controlar a pressão.
Letícia Batista de Carvalho | Medicina 3 º Semestre | Universidade Nove de Julho | 16-02-2022
Pressão Hidrostática 
* Quando aumentamos a resistência da arteríola 
aferente (A.a) temos menor pressão hidrostática do 
capilar glomerular (pcg)e consequentemente diminui 
filtração pela menor passagem de sangue (como um 
nó no meio da mangueira).
* Quando aumentamos a resistência da arteríola 
eferente (A.e) temos maior pressão hidrostática do 
capilar glomerular (pcg)e consequentemente 
aumenta a filtração pela maior passagem de sangue.
* Quando dilatamos a arteríola aferente (A.a), 
aumentamos a pressão hidrostática do capilar, uma 
vez que aumenta a pressão de chegada do sangue, 
que aumenta a filtração.
* Quando dilatamos a arteríola eferente (A.e), 
reduzimos a pressão hidrostática do capilar, uma vez 
que diminui a pressão de saída do sangue, que reduz 
a filtração.
Boa
•
era
0--8*0*6
* Fração de filtração: Quanto cada glomérulo 
filtra de forma individualizada.
* Pressão hidrostática da cápsula: Pressão 
hidrostática do filtrado que está na cápsula e bate 
na parede e no capilar até conseguir sair pelo 
túbulo proximal. 
Obs: Apenas bate no capilar, não entra nele - 
nada entra no capilar.
Determinantes da Filtração Glomerular
* Pressão hidrostática;
* Pressão coloidosmótica;
* Coeficiente de filtração capilar (kf);
* Você pode calcular a área filtrante: 
 Kf = K.S
(K= permeabilidade e S= área capilar).
Controle da Filtração Glomerular 
* Sistema Nervoso Simpático: Pode fazer 
constrição da aferente, diminuindo a filtração e a 
quantidade de urina.
* Hormônios e Autacóides: Vasoconstrição e 
redução da filtração. A arteríola aferente é mais 
responsivo que a arteríola eferente porque tem 
mais células ao redor, ou seja, mais receptores 
para esses hormônios.
* Mecanismos intrínsecos: Auto-regulação. 
Ocorre nos glomérulos e nas arteríolas. Caso isso 
não acontecesse a diurese diária seria em torno 
de 146 litros. Essa autorregulação acontece de 2 
formas:
- Feedback túbuloglomerular: Entre a arteríola 
aferente e eferente temos a presença de um 
túbulo, que é o túbulo distal que passa por trás 
do glomérulo. Além desse túbulo, as células que 
ao redor das arteríolas são chamados de células 
justaglomerulares. Esse túbulo distal (que as 
celas se chamam mácula densa) + as células 
justaglomerulares das arteríolas + glomérulos + 
arteríolas formam o aparelho justaglomerular. Ou 
seja, são arteríolas + glomérulo + túbulo distal. 
Nesse aparelho existe uma comunicação que 
influencia na filtração. 
Letícia Batista de Carvalho | Medicina 3 º Semestre | Universidade Nove de Julho | 16-02-2022
- Nesse aparelho justaglomerular a urina vai passar 
no túbulo distal que tem sódio (as células da 
mácula densa são sensíveis ao sódio) Quando 
temos pouco sódio na urina é porque houve pouca 
filtração (pode ser devido a baixa pressão, que 
diminuiu a pressão hidrostática glomerular).
- Também pode ser devido às células 
justaglomerulares produzirem renina e 
angiotensina II, o que gera um aumento da 
resistência arteriolar ( causa vasoconstrição na 
eferente, no intuito de aumentar a pressão e ter 
mais filtração, para reestabelecer o fluxo no 
glomérulo e aumentar a pressão arteriolar). 
Esses são os mecanismos do rim para reestabelecer 
a pressão baixa.
- Auto-regulação Miogênica: Quando aumenta a 
pressão arterial (arteríola aferente - glomérulo - 
arteríola eferente), ocorre um estiramento das fibras 
musculares da arteríolas, que provoca uma abertura 
nos canais de cálcio e o influxo de cálcio dentro da 
célula muscular, que faz com que ela contraia 
novamente (restaurando a pressão no capilar 
glomerular).
Caso Clínico 
Paciente 60 anos, sexo feminino, 90 kg, diabetes (DM) 
há 5 anos e hipertensa(HAS) há 2 anos refere edema 
nos membros inferiores e presença de espuma na 
urina. Diante deste caso, pergunta-se: 
1 – Porque avaliar função renal neste paciente? 
A doença renal é a perda progressiva da função renal, 
sendo as duas principais causas que levam o paciente 
a perder progressivamente a função renal é a 
hipertensão e a diabetes, que levam a alteração 
hemodinâmica é uma inflamação crônica no rim, 
podendo causar fibrose.
2 - Quais os marcadores para avaliar função renal? 
É necessário que seja um marcador de nível 
plasmático confiável e estável, que não sejam 
proteínas plasmáticas como albumina pois não sai na 
urina, uma vez que ela não passa no glomérulo, não 
pode influenciar na taxa de filtração (como a 
endotelina que interfere na pressão arterial e 
constringe o vaso), não pode ser reabsorvido nos 
túbulos e precisa ser barato e de fácil mensuração)
Então, qual marcador? 
Apenas para avaliar função renal, pois não cumpre 
com todos os requisitos para avaliar taxa de filtração 
glomerular:
* Ureia - é neurotóxico e precisa ser excretado (é 
reabsorvida nos túbulos e não é estável).
* Cisticina C - é interessante pois é produzida por 
todas as células, e inibidor de protease. (Seria um 
marcador perfeito se não fosse muito cara).
Letícia Batista de Carvalho | Medicina 3 º Semestre | Universidade Nove de Julho | 16-02-2022
* Creatina - Mesmo não tendo níveis tão estáveis é o 
melhor marcador. (Não é tão estável pois é um 
produto muscular - pacientes que estão acamados e 
com baixa massa muscular terão menores níveis, 
assim como pacientes que fazem musculação possuem 
níveis mais altos. Também é reabsorvida nos túbulos).
3 – Porque o uso destes marcadores? 
Todos excretados pelos rins/urina e são livremente 
filtrados pelos glomérulos e não São reabsorvidos ou 
secretados pelos túbulos.
4 – Qual material biológico estes marcadores podem 
ser mensurados? 
* Sangue/Plasma/Soro - A concentração destes 
marcadores irão refletir a quantidade circulante.
* Urina - A concentraçãodestes marcadores na urina 
irão refletir a quantidade que foi filtrada e excretada 
pelos rins.
5 – Como avaliar a função renal/Taxa de filtração 
glomerular? 
Na prática clínica na maioria das vezes é feito o 
exame de creatina 
E cálculo de clearance: depuração da creatinina 
(quanto foi excretado em 24h).
O clearance de uma substância “X” é definido pela 
esquação: 
Valor normal: 120ml/min
6 – Qual são as limitações de se usar Creatinina? 
TFG- Taxa de filtração glomerular. Influência de 
hormônios - tanto ganho como perca de massa 
muscular.
Devemos nos atentar ao paciente, se ele tiver pouca 
massa muscular devemos considerar uma menor 
porcentagem de creatinina para fazer a análise, como 
no gráfico na página seguinte, que se considerarmos o 
valor dele como 0,7 ao invés de 1 como valor normal 
(já que ele tem pouca massa), o exame dele está bom, 
mas senão tivéssemos levado essa clínica em 
consideração, o exame dele daria alterado (menor 
que 120ml/min).
* Pacientes com raça ou cor negra também possuem 
maior índice de massa muscular, isso também deve 
ser levado em consideração.
7 – Como estimar a função renal/Taxa de filtração 
glomerular? 
Fórmulas baseadas em estudos populacionais- nível 
sérico de creatinina de dados antropométricos.
8 – Quais as fórmulas para estimar a taxa de filtração 
glomerular? 
Fórmula CKD-Epi.
Calculadora: 
https://www.sbn.org.br/profissional/utilidades/
calculadoras-nefrologicas/formulas/#ckdepi
9 – Há diferenças entre os marcadores de avaliação 
renal de acordo com idade, sexo, perda de massa 
muscular? 
Sim.
10 – Indivíduos idosos, acamados , em UTI e com 
perda de massa muscular. Nestes casos, qual melhor 
marcador Para avaliar função renal/Taxa de filtração 
Glomerular?
Cistatina C.
Letícia Batista de Carvalho | Medicina 3 º Semestre | Universidade Nove de Julho | 16-02-2022
-
n Valor normal
considerando a
creatininacomo 0,7 pela
massa de paciente , a
filtração está
A
normal

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