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REVISÃO PP-PE (1)


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RESUMO COMPLETO POLICIA PENAL DE PERNAMBUCO 
 
 
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Z&ust=1647015867274000&source=images&cd=vfe&ved=0CAsQjRxqFwoTCIDpu7n6u_YCFQAAAAAdAAAAABAJ 
 
AUTOR: BRUNO AGUIAR 
CANAL: EM BUSCA DA NOMEAÇÃO 
Muito obrigado a todos que acompanham o canal!! 
Referências estão no final do PDF 
ETICA 
Ética: Pautada pela universalidade, ou seja, seus princípios e valores valem 
para todo e qualquer local, e em todo e qualquer tempo, é filosófica e 
cientifica 
Moral: influenciada por fatores socias e históricos, variando no tempo e 
espaço e de um grupo para outro ( RELATIVO ) é NORMATIVA 
Principais características da ética 
➔ Estudo e reflexão sobre regras de conduta de uma sociedade 
➔ Individual 
➔ CERTO E ERRADO 
➔ Pode mudar em determinada situação 
➔ ÉTICA Origem do grego (ETHOS) que significa conduta, ou modo de ser 
➔ Universal 
➔ Permanente 
➔ Teórico 
➔ Ex: FURAR FILA DE BANCO É UMA CONDUTA ANTIÉTICA 
 
Principais características Moral 
➔ regras de conduta de determinada cultura 
Social 
➔ A sociedade diz o que é certo e errado 
➔ É consistente dentro de um determinado contexto 
➔ ORIGEM: LATIN → MORALIS, que significa costume 
➔ CULTURAL 
➔ Temporal 
➔ Pratico 
➔ Ex prático: TER MAIS DE UMA MULHER KKKKK não é moralmente 
aceito, em alguns países é aceito normalmente. 
ÉTICA PARA OS FILOSOFOS → CAÍ BASTANTE EM PROVA 
Aristóteles, vou caracterizar a ética dos filósofos assim fica mais fácil o 
aprendizado 
➔ Ética é entendida como um meio-termo 
➔ Uma justa medida entre dois extremos ou entre dois vícios: UM POR 
EXCESSO OUTRO POR FALTA 
➔ Assim para Aristóteles a virtude está na moderação 
➔ Evitar excessos. 
➔ Aceitar o médio 
➔ Para Aristóteles a ética pressupõe do hábito. 
CESPE 
Segundo a escola da moral das virtudes ou do caráter, de Aristóteles, os 
seres morais são definidos pelos hábitos e costumes desenvolvidos no 
decorrer do tempo. (CERTO) 
ÉTICA KANTIANA 
➔ Para kant a ética é uma “MÁXIMA UNIVERSAL” 
➔ Criador do imperativo categórico 
IMPERATIVO CATEGORICO 
➔ Lei Universal: age como se a máxima de tua ação devesse tornar-se, 
através da tua vontade, uma lei universal 
➔ Fim em si mesmo” age de tal forma que uses a humanidade, tanto na 
tua pessoa, como na pessoa de qualquer outro, sempre e ao mesmo 
tempo como fim, e nunca simplesmente como meio 
➔ Legislador universal: age de tal maneira que tua vontade possa encara 
a si mesma, ao mesmo tempo, como um legislador universal através de 
sua máximas. 
➔ Existe uma lei moral universal. 
➔ O imperativo categórico representa uma ação objetivamente 
necessária dada pela razão. 
ÉTICA CONSEQUENTIALISTA 
➔ São teorias que destacam que as ações podem ser corretas ou 
incorretas, tudo depende da situação 
Ética Utilitarista 
➔ Uma boa ação é quando o bem-estar é maximizado 
➔ Nessa filosófica, qualquer ação que não levasse ao máximo o bem-estar 
seria errada 
➔ Basicamente: a razão dela é o bem-estar coletivo 
Ética Deontológica 
➔ Ações devem ou não serem realizadas 
➔ Independente das consequências 
➔ Se opõe ao consequencialismo 
➔ Quebrar uma promessa seria considerado errado, independente do 
que fosse, por exemplo, você sabe um crime de uma pessoa, e fala para 
policia, mesmo sendo uma promessa que você fez a pessoa, isso seria 
errado, já na consequencialista não seria errado. 
➔ Relaciona com as ideias de KANT 
Ética contratualista 
➔ Espécie de acordo ou negocio 
➔ Parte da ideia da obrigação do ser humano de se comportar de acordo 
com regas 
➔ Conduzem a ideia de uma sociedade da paz e da harmonia 
Valores: conjunto de normas que corporificam um ideal buscado pelos 
valores humanos 
Ex: solidariedade, bondade etc.. 
Orientam o comportamento ético 
Art. 11. É vedado aceitar presentes, salvo de autoridades estrangeiras 
nos casos protocolares em que houver reciprocidade. 
 
§ 1º Não se consideram presentes para os fins deste artigo os brindes que: 
I - não tenham valor comercial; ou 
 
II - distribuídos por entidades de qualquer natureza a título de cortesia, 
propaganda, divulgação habitual ou por ocasião de eventos especiais ou 
datas comemorativas, não ultrapassem o valor de R$ 100,00 (cem reais) 
em cada ano civil. 
§ 2º Os presentes que, por alguma razão, não possam ser recusados ou 
devolvidos sem ônus para a autoridade, serão doados a entidades de 
caráter filantrópico ou cultural. 
 
§ 3º Considera-se fonte proibida qualquer pessoa, física ou jurídica, que: 
 
I - tenha contrato ou pretenda celebrar contrato com o Estado; 
 
II - esteja sujeita à fiscalização ou à regulação pelo órgão em que o 
agente atua; ou 
 
III - tenha interesses que possam ser afetados pelo desempenho ou não 
das atribuições do agente. 
 
§ 3º A censura poderá conter determinação de fazer, não fazer, alterar, 
modificar ou retratar-se do fato ou conduta praticados, por meios e 
instrumentos considerados eficazes para atingir os objetivos 
pretendidos. 
 
 
 
 
Art. 14. A denúncia deve ser encaminhada à comissão de ética do órgão em 
que o denunciado atua e deve conter: 
 
I - nome(s) do(s) denunciante(s); 
 
II - nome(s) do(s) denunciado(s); e 
 
III - prova ou elementos idôneos de prova da transgressão alegada. 
 
§ 1º Na ausência de comissão de ética no próprio órgão em que atua o 
agente, a denúncia deve ser encaminhada para o titular do órgão ou para 
o Conselho Superior de Ética Pública. 
 
§ 2º Os procedimentos tramitarão em sigilo, até seu término, só tendo 
acesso às informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária 
competente. 
 
 
LEGISLAÇÃO ESTADUAL 
Lei 15/755 2016 
Ficam obrigadas a dar cumprimento a presente Lei todas as autoridades 
responsáveis direta ou indiretamente pelo sistema penitenciário no 
âmbito administrativo, judicial e do Ministério Público 
 
a norma em estudo estabelece que a execução das medidas privativas da 
liberdade visa à reparação social pelo crime cometido e deve orientar-se à 
reintegração da pessoa privada de liberdade à sociedade, preparando-o 
para conduzir a sua vida de modo socialmente responsável. 
A execução das medidas privativas de liberdade: 
➔ destina à defesa da sociedade 
➔ na prevenção de crimes. 
 
Ficam obrigados a aplicar as diretrizes e decisões baseadas na presente Lei todos os 
estabelecimentos prisionais do Estado e os Patronatos. 
 
Segurança externa exercida pela Polícia Militar e/ou outros meios eficientes, através de muros 
com passadiço; 
Segurança externa → Policia militar 
segurança interna → realizada pelos POLICIAS PENAIS salvo situações excepcionais e 
emergenciais; temos no caso a segurança interna feitas pelos POLICIAS PENAIS 
locais adequados para atividades sociais, educacionais, culturais, profissionais, ocupacionais, 
esportivas, religiosas, terapêuticas, de lazer, de visitação e de saúde; 
As celas de todos os estabelecimentos prisionais → terão área mínima de 6,00m² (seis metros 
quadrados) e obedecerão às regras de salubridade do ambiente pela concorrência dos fatores 
de aeração, insolação e condicionamento térmico adequado à existência humana. 
ATENÇÃO → Portadores de diploma de curso superior, ficam separados das demais pessoas 
privadas de liberdade! 
Os portadores de diploma de curso superior, em caráter de prisão PROVISÓRIA, ficarão em 
dependência distinta nos estabelecimentos prisionais e isolados das demais pessoas privadas 
de liberdade. 
 
 
ATENÇÃO: UNIDADE PRISIONAL DEVE TER 1 PEDIATRA, NOS ESTABELECIMENTOS PENAIS 
FEMININOS → É OBRIGÁTORIO, BELEZA? 
Os estabelecimentos penais femininos terão obrigatoriamente berçário devidamente 
equipado com toda a estrutura necessária ao atendimento dos menores até 06 meses de 
idade, devendo a unidade prisional ser assistida por, no mínimo, 01 pediatra 
Até completar 06 meses de idade,a criança será encaminhada aos familiares ou responsáveis 
diretos e, na ausência destes, ao Juiz da Infância e da Juventude, ou a autoridade judiciária 
competente, que ficará responsável pela solução do caso junto aos demais órgãos 
competentes. 
 
ATENÇÃO: EM ESTABELECIMENTO PARA AS MULHERES, SOMENTE É PERMITIDO O 
TRABALHO DE PESSOAS DO SEXO FEMININO, PORÉM CASO SE TRATE DE PESSOAL TÉCNICO 
ESPECIALIZADO É PERMITIDO HOMENS. 
No estabelecimento para mulheres, somente se permitirá o trabalho de pessoal do sexo 
feminino, salvo quando se tratar de pessoal técnico especializado. 
Serão criadas celas independentes, de segurança reforçada, para acomodação de pessoas 
privadas de liberdade que tenham exercido função policial ou similar e que, por esta condição, 
estejam ou possam vir a estar ameaçados em sua integridade física 
ATENÇÃO: TAMBÉM EXISTIRAM CELAS SEPARADAS PARA Á ACOMODAÇÃO DE PESSOAS 
SUBMETIDAS A ALGUM TIPO DE SANÇÃO DISCIPLINAR, PORÉM SE LEMBREM, O PRAZO NÃO 
PODERÁ ULTRAPASSAR 30 DIAS, EXCETUANDO-SE CASOS DE RDD ( REGIME DISCIPLINAR 
DIFERENCIADO) 
Existirão, também, celas exclusivas destinadas à acomodação das pessoas privadas de 
liberdade submetidas à sanção disciplinar ou isolamento preventivo, que não poderá 
ultrapassar o prazo legal de 30 dias, salvo em situação de regime disciplinar diferenciado 
 
ATENÇÃO: REEDUCANDO ENTRO UMA UNIDADE PRISIONAL? O GESTOR DO 
ESTABELECIMENTO PENAL ESTÁ OBRIGADO A COMUNICAR AO JUIZO DE EXECUÇÃO PENAL 
NO PRAZO DE 72 HRS ÚTEISSSSSSSSSSSSSSSS ACERCA DA PRISÃO. 
Sempre que um reeducando der entrada na unidade prisional, estando ele na condição de 
pessoa privada de liberdade em livramento condicional, em prisão domiciliar ou em 
cumprimento de pena em regime aberto, fica o gestor do estabelecimento penal obrigado a 
comunicar ao juízo de execução penal competente, no prazo de 72 horas úteis, acerca dessa 
prisão, solicitando que o mesmo se pronuncie a respeito da manutenção, revogação ou 
suspensão do benefício ou da regressão do regime de pena a ser cumprido 
 
 
 
 
 
Quando do ingresso da pessoa privada de liberdade no estabelecimento penal, serão 
registrados e guardados os documentos e bens em lugar seguro, pelo tempo necessário à sua 
devolução ou entrega ao familiar ou a quem àquele indicar expressamente os seguintes bens: 
➔ dinheiro que somem valor superior a 1 (um) salário mínimo vigente 
➔ objetos de valor 
➔ eletrodomésticos (quando não autorizados) 
qualquer objeto que possa colocar em risco a integridade física de outrem e a da própria 
pessoa privada de liberdade 
documentos pessoais, medicamentos, roupas e outras peças de uso que lhe pertençam e que 
uma norma legal não os autorize tê-los consigo 
 
Quando não forem entregues aos familiares da pessoa privada de liberdade ou a qualquer 
pessoa por ela indicada, esses objetos serão devolvidos no momento de sua liberação 
ATENÇÃO: QUANDO O PRESO É SOLTO, SERÁ DEVOLVIDO SEUS OBJETOS. 
Em caso de transferência da pessoa privada de liberdade de um estabelecimento penal para 
outro os objetos deverão ser remetidos imediatamente para onde a pessoa privada de 
liberdade for transferida 
 
As penitenciárias destinam-se exclusivamente aos presos, ainda que em fase de execução 
provisória, à pena de reclusão em regime fechado e semiaberto, mediante Guia de 
Recolhimento e Sentença Condenatória. 
PENITENCIÁRIAS → PENA DE RECLUSÃO EM REGIME FECHADO OU SEMIABERTO 
Os Presídios destinam-se, preferencialmente, às pessoas privadas de liberdade em caráter 
provisório e em cumprimento de prisão cautelar ou civil, que não tenham condenação em 
processo anterior. 
PRESIDIOS → PESSOAS PRIVADAS DE LIBERDADE EM CARÁTER PROVISORIO E EM 
CUMPRIMENTO DE PRISÃO CAUTELAR OU CIVIL, QUE NÃO TENHAM CONDENAÇÃO EM 
PROCESSO ANTERIOR 
A colônia penal agrícola, industrial ou similar destina-se ao cumprimento da pena em regime 
semiaberto, devendo ficar separados os reincidentes dos não reincidentes 
COLÔNIA PENAL AGRICOLA → REGIME SEMIABERTO, HAVENDO SEPARAÇÃO ENTRE 
REINCIDENTES DOS NÃO REINCIDENTES. 
A Casa do Albergado destina-se ao cumprimento da pena privativa de liberdade em regime 
aberto, consistente na limitação de fim de semana. 
CASA DO ALBERGADO → REGIME ABERTO 
 
em cada circunscrição jurisdicional, haverá pelo menos uma Casa do Albergado, que deverá 
situar-se em centro urbano e conter, além dos aposentos destinados à acomodação dos que 
cumprem pena neste regime, local adequado para cursos e palestras e caracterizar-se-á pela 
ausência de obstáculos físicos contra a fuga 
EM CADA CIRCUNSCRIÇÃO JURISDICIONAL → HAVERÁ NO MINIMO UMA CASA DO 
ALBERGADO 
Poderão ser executados através do Patronato Penitenciário de Pernambuco, órgão da 
execução penal estadual: 
➔ as penas privativas de liberdade em regime aberto 
➔ as penas restritivas de direito 
➔ os livramentos condicionais 
 
O Centro de Observação e Classificação Criminológica é o estabelecimento penal destinado 
ao recebimento das pessoas privadas de liberdade, em cumprimento de mandado judicial de 
prisão ou de autuados em flagrante delito, cuja permanência não poderá ultrapassar 90 dias 
A cadeia pública, estabelecimento penal de regime fechado, destina-se, exclusivamente, ao 
recolhimento de pessoa privada de liberdade provisória 
CADEIA PÚBLICA → PESSOA PRIVADA DE LIBERDADE PROVISÓRIA 
Nos casos de prisão de natureza civil, a pessoa privada de liberdade deverá permanecer em 
recinto separado dos demais, aplicando-se, no que couber, as normas destinadas à pessoa 
privada de liberdade provisória. 
O Centro de Saúde Penitenciário manterá ala exclusiva para assistência à saúde mental da 
população penitenciária feminina. 
 
Na ausência de estrutura penitenciária destinada ao atendimento de assistência à saúde, o 
serviço deverá ser prestado através do Sistema Único de Saúde, garantida a custódia da 
pessoa privada de liberdade. 
 
Em Pernambuco, é a Secretaria Executiva de Ressocialização, subordinada à Secretaria de 
Justiça e Direitos Humanos, o órgão executivo da Política Penitenciária Estadual. 
 
ATENÇÃO: O Conselho penitenciário é o órgão que fiscaliza a execução da penal. 
O Conselho Penitenciário é órgão consultivo e fiscalizador da execução da pena 
 
 
 
 
o Patronato destina-se a prestar assistência 
➔ aos que cumprem pena em regime aberto; 
➔ aos liberados condicionais; 
➔ aos egressos e aos seus familiares. 
 
O Conselho da Comunidade 
➔ visitar, ao menos mensalmente, os estabelecimentos penais existentes na comarca 
ATENÇÃO: A VISITA É AO MENOS 1 VEZ NO MÊS, BELEZA? 
entrevistar a pessoa privada de liberdade 
ATENÇÃO: O Conselho da comunidade faz entrevista com a pessoa privada de liberdade 
apresentar relatórios mensais ao juiz da execução e ao Conselho Penitenciário 
diligenciar a obtenção de recursos materiais e humanos para melhor assistência à pessoa 
privada de liberdade ou paciente, em harmonia com a direção do estabelecimento. 
 
A escolha dos membros integrantes do Conselho da Comunidade ficará a critério do juiz da 
execução. 
ATENÇÃO: QUEM ESCOLHE OS MEMBROS DO CONSELHO DA COMUNIDADE? O JUIZ DA 
EXECUÇÃO. 
O Ministério Público fiscalizará a execução da pena e da medida de segurança, oficiando no 
processo executivo e nos incidentes da execução, nos termos do art. 68 da Lei de Execução 
Penal. 
 
ATENÇÃO: 
COMPETÊNCIAS DO GESTOR DO ESTABELECIMENTO PENAL: 
➔ promover a administração geral do estabelecimento penal, em estreita observância às 
disposições da Lei de Execução Penal e às normas da administração pública estadual, 
dando cumprimento às determinações judiciais 
 
➔ gerenciar e apoiar medidas de assistência jurídica, social, psicológica, de saúde e de 
educação formal e informal, voltadas à ressocialização da pessoa privada de liberdade 
 
➔ promover medidas administrativas de fiscalização e acompanhamento da aplicação 
das sanções regulamentares, segundo as normas ediretrizes penitenciárias 
 
 
➔ autorizar a emissão de carteiras de visitas e autorizações para visitação de familiares e 
outros afins 
 
➔ presidir o Conselho Disciplinar e fazer cumprir as sanções e penalidades por ele 
determinadas 
 
➔ solicitar a expedição de certidões ou cópias de peças processuais para a formação dos 
prontuários penitenciários e instruções de petições 
 
 
➔ apoiar a manutenção da ordem e a segurança externa ao estabelecimento, em 
colaboração com a Polícia Militar do Estado de Pernambuco, e promover medidas de 
segurança necessárias para evitar e reprimir atos de violência e resistência por parte 
das pessoas privadas de liberdade ou pacientes 
 
➔ promover a comunicação constante entre o estabelecimento prisional e as varas de 
execução penal, informando sobre todas as ocorrências relevantes no 
estabelecimento, para as providências necessárias 
 
 
➔ informar sobre doença grave ou óbito de alguma pessoa relacionada com a pessoa 
privada de liberdade, através do serviço social do estabelecimento, assim que tomar 
conhecimento do fato 
 
➔ o serviço social do estabelecimento no caso de alguma pessoa privada de liberdade, 
sob a custódia do Estado, vier a óbito, providenciando para que o fato seja 
imediatamente comunicado ao juízo da execução penal e/ou ao juiz processante e aos 
seus familiares 
 
➔ ordenar as despesas do estabelecimento prisional, conforme ato do respectivo 
Secretário 
 
➔ comunicar, pelo meio mais célere, ao superintendente de segurança prisional bem 
como ao juízo competente, acerca de risco de morte ou ameaça à integridade física da 
pessoa privada de liberdade que não possui convivência pacífica com as demais 
pessoas privadas de liberdades ou que se encontrar ameaçada, na hipótese de não 
possuir condições de isolamento capaz de manter a integridade física do mesmo, 
objetivando promover ou executar a transferência da pessoa privada de liberdade 
para outro estabelecimento penal 
 
➔ outras atividades correlatas. 
 
OS Conselhos Disciplinares cabem, segundo o que dispõe a Lei de Execução Penal e o art. 52 
do Código em estudo: 
 
➔ solicitar a realização de diligências indispensáveis à precisa elucidação das faltas 
disciplinares da pessoa privada de liberdade, de acordo com a Lei de Execução Penal 
(arts. 44 a 60); 
➔ julgar as faltas disciplinares cometidas pela pessoa privada de liberdade; 
➔ a deliberação e proposição sobre a aplicação das sanções disciplinares previstas no 
art. 53 da Lei de Execução Penal; 
➔ dar fiel cumprimento ao Código Penitenciário e demais normas vigentes. 
 
 
Em CADA estabelecimento prisional de pequeno, médio e grande porte de Pernambuco, 
funcionará um Conselho Disciplinar com competência para apreciar e julgar as faltas 
disciplinares praticadas pelas pessoas privadas de liberdade do respectivo estabelecimento. 
ATENÇÃO: EM CASA ESTABELECIMENTO PENAL DE QUALQUER PORTE DE PERNAMBUCO → 
FUNCIONARÁ UM CONSELHO DISCIPLINAR. 
 
ATENÇÃO PARA A COMPOSIÇÃO DO CONSELHO. 
o Conselho Disciplinar Local será composto pelas seguintes pessoas: 
➔ gestor do estabelecimento prisional, como presidente 
 
➔ 02 servidores do sistema penitenciário, dentre eles, um técnico, indicados pelo gestor, 
sendo os trabalhos secretariados por um servidor designado pelo presidente. 
Nas cadeias públicas, o Conselho Disciplinar será formado por integrantes do quadro de 
servidores da gerência prisional OU da unidade prisional mais próxima. 
 
As decisões do Conselho Disciplinar serão tomadas por maioria, cabendo ao seu presidente o 
voto de desempate. 
 
A apuração do evento de falta disciplinar ficará a cargo do chefe de segurança. 
 
o Conselho Disciplinar Permanente terá sua sede na Secretaria Executiva de Ressocialização, 
com competências para apreciar e julgar as faltas disciplinares praticadas pela pessoa 
privada de liberdade no âmbito de qualquer estabelecimento prisional, especialmente as 
cometidas por reeducandos monitorados eletronicamente. 
 
➔ O Conselho Disciplinar Permanente atuará nos casos excepcionais em que o 
estabelecimento prisional: 
 
➔ se julgue incompetente; ou 
 
➔ afirme não possuir estrutura física e/ou de pessoal para instruir o Procedimento 
Disciplinar. 
 
➔ O Conselho Disciplinar Permanente observará a urgência e a importância de cada caso 
a ser apreciado e julgado. 
 
Caberá ao gestor do estabelecimento prisional encaminhar ofício ao superintendente de 
segurança solicitando a atuação do Conselho Disciplinar Permanente em sua unidade, com o 
intuito de apreciar e julgar alguma falta disciplinar cometida por pessoa privada de liberdade 
ali recolhida. 
 
Uma vez acatada a solicitação do gestor, o secretário da Secretaria Executiva de 
Ressocialização determinará, por meio de portaria, a abertura do procedimento disciplinar, 
elegendo o Conselho Disciplinar Permanente como competente para apurar, apreciar e julgar 
os fatos ocorridos. 
A Comissão Recursal da Secretaria Executiva de Ressocialização será composta pelo: 
➔ superintendente da área de segurança; e 
➔ 02 servidores do sistema penitenciário, indicados pelo respectivo secretário. 
 
Os membros titulares e respectivos suplentes serão designados por PORTARIA do respectivo 
Secretário, para um mandato de até 02 anos, sendo facultada sua recondução. 
A Comissão Técnica de Classificação reunir-se-á sempre que for necessário, por convocação de 
seu PRESIDENTE, e as decisões, devidamente registradas, tomadas por maioria simples de 
votos. 
A Comissão Técnica de Classificação proporá ao gestor do estabelecimento penal um plano 
individual de readaptação. 
A Comissão, no exame para a obtenção de dados reveladores da personalidade, observando a 
ética profissional e tendo sempre presentes peças ou informações do processo, poderá: 
➔ entrevistar pessoas; 
 
➔ requisitar, de repartições ou estabelecimentos privados, dados e informações a 
respeito do condenado 
 
➔ realizar outras diligências e exames necessários. 
 
Ao exame criminológico citado poderá ser submetido o condenado ao cumprimento da pena 
privativa de liberdade em regime semiaberto. 
 
A assistência à saúde, a ser prestada por profissionais habilitados, compreende: 
➔ fornecimento de medicamentos; 
➔ atendimento médico, odontológico, farmacêutico, nutricional e dietoterápico da 
pessoa privada de liberdade; 
➔ higiene e salubridade dos estabelecimentos penais; 
➔ dependência para observação psiquiátrica e cuidados a toxicômanos; 
➔ política de tratamento e isolamento nos casos de doenças infectocontagiosas. 
 
O registro das condições clínicas e de saúde das pessoas privadas de liberdade deverá ser feito 
sistematicamente, utilizando-se, preferencialmente, os prontuários clínicos. 
ATENÇÃO: PREFERENCIALENTE, OS PRONTUÁRIOS CLINICOS, CUIDADO PARA BANCA NÃO 
JOGAR “OBRIGATORIAMENTE” E VOCÊ CAIR NESSA PEGADINHA. 
Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para prover a assistência médica 
necessária, esta será prestada em outro local, mediante a autorização da direção do 
estabelecimento ou da autoridade competente 
 
o médico, obrigatoriamente, deverá examinar o assistido quando do ingresso no 
estabelecimento prisional 
ATENÇÃO: O ASSISTIDO INGRESSOU NO ESTABELECIMENTO PENAL? O MEDICO 
OBRIGATORIAMENTE DEVERÁ EXEMINA-LO 
A morte da pessoa privada de liberdade será comunicada através da certidão de óbito pela 
respectiva direção da unidade prisional ao Secretário Executivo de Ressocialização, ao Juiz 
competente e ao Ministério Público, e, tratando-se de estrangeiro, ao respectivo 
representante diplomático ou consular, além de seus familiares. 
 
Sem prejuízo da comunicação citada no parágrafo acima, havendo indício de morte violenta ou 
de causa desconhecida, será preservado o local da ocorrência e serão informados 
imediatamente, além das autoridades citadas, os órgãos da polícia judiciáriae os seus 
familiares 
 
Cabe destacar ainda que a vigilância da pessoa privada de liberdade ou do interno no hospital 
é da responsabilidade da administração prisional podendo, para esse efeito, solicitar a 
colaboração das forças policiais. 
 
A assistência jurídica gratuita, a ser prestada à pessoa privada de liberdade sem recursos 
financeiros para constituir um advogado, compreende: 
➔ verificação da legalidade do recolhimento do assistido 
➔ impetração de habeas corpus 
➔ requerimento e acompanhamento de pedidos de livramento condicional, indulto, 
comutação de pena, anistia, graça, progressão de regime, unificação de penas, revisão 
criminal, remição de pena e outros incidentes ou benefícios 
➔ promoção de diligências relativas ao cálculo de pena e à expedição de alvarás de 
soltura 
➔ promoção de defesa do assistido junto ao Conselho Disciplinar 
➔ adoção de outras medidas que visem a assegurar os direitos do assistido 
 
O estabelecimento penal poderá dispor de instalação destinada a estágio de estudantes 
universitários. 
ATENÇÃO: PODERÁAAAAA!! Cuidado com essas palavras: PODERÁ E DEVERÁ 
 
O ensino fundamental e médio será obrigatório, integrando-se ao sistema escolar estadual, 
em consonância com o regime de trabalho do estabelecimento penal e com as demais 
atividades sócio-educativas e culturais. 
 
O ensino profissionalizante poderá ser ministrado em nível de iniciação ou de 
aperfeiçoamento técnico, atendendo-se as características da população urbana e rural, de 
acordo com a localização da unidade prisional, segundo as aptidões individuais e a demanda 
do mercado. 
 
O ensino deverá se estender à pessoa privada de liberdade em regime disciplinar 
diferenciado (RDD), preservando sua condição carcerária e de isolamento em relação às 
demais pessoas privadas de liberdade, por intermédio de programa específico de ensino 
voltado para pessoas privadas de liberdade 
ATENÇÃO: OS PRESOS EM RDD TAMBÉM PODERÃO TER ACESSO AO ENSINO. 
 
O estabelecimento penal evitará manter em seu acervo livros, revistas e periódicos que façam 
apologia ao crime ou à droga, OU que desperte no indivíduo comportamentos de violência, 
racismo, terrorismo, preconceitos sexuais ou qualquer outra atitude contrária às normas 
sociais estabelecidas 
 
A assistência social tem por finalidade amparar a pessoa privada de liberdade e o cumpridor de 
medida de segurança, a fim de prepará-los para o retorno à liberdade. 
A assistência psicológica tem por finalidade desenvolver trabalho de aconselhamento 
psicológico, escuta, orientação, encaminhamento, prevenção e outros, de acordo com a 
legislação específica. 
A assistência psicológica elaborará pareceres e laudos psicológicos, quando solicitados, com a 
finalidade de auxiliar nas decisões judiciais. 
A pessoa privada de liberdade é livre para professar a sua crença religiosa, de nela se instruir e 
de praticar o respectivo culto, salvo aqueles que possam oferecer risco à integridade física de 
pessoas e/ou animais 
 
Nenhuma pessoa privada de liberdade ou paciente será obrigada a participar de atividade 
religiosa 
são considerados egressos: ATENÇÃOOOO TOTAL 
➔ o liberado condicional, durante o período de prova; 
➔ os desinternados; 
➔ o liberado definitivo, pelo prazo de um ano, a contar da saída do estabelecimento 
penal. 
 
a assistência ao egresso será executada pelo Patronato Penitenciário do Estado de 
Pernambuco, órgão auxiliar da execução, com atuação na orientação e apoio para reintegrá-lo 
à vida em liberdade, encaminhando-o, quando necessário, à assistência social, que colaborará 
para a obtenção de um emprego ou ocupação lícita. 
 
COMPETÊNCIAS Do Patronato: 
➔ fiscalizar e orientar os condenados à pena restritiva de liberdade em regime aberto; e 
➔ colaborar na fiscalização do cumprimento das condições e suspensão do livramento 
condicional. 
É dever do condenado trabalhar durante o dia, na medida de suas aptidões e capacidade. 
➔ À pessoa privada de liberdade provisória, o trabalho não é obrigatório. 
 
ATENÇÃO: A PESSOA EM LIBERDADE PROVISÓRIA: O TRABALHO NÃO É 
OBRIGATÓRIO 
 
➔ Nenhuma pessoa privada de liberdade deverá desempenhar função ou tarefa que 
deva ser realizada por servidores do sistema penitenciário. 
 
 
 
 
A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela DIREÇÃO do estabelecimento, 
dependerá de aptidão, disciplina e responsabilidade. 
ATENÇÃO: PRESTAÇÃO DE TRABALHO EXTERNO A SER AUTORIZADA PELA DIREÇÃO DO 
ESTABELECIMENTO PENAL: DEPENDE DE → APTIDÃO, DISCIPLINA E RESPONSABILIDADE 
 
O produto do pecúlio instituído somente poderá ser entregue ao egresso mediante 
autorização expressa de autoridade do estabelecimento carcerário em que o mesmo 
cumpria pena. 
A regulamentação do TRABALHO PRISIONAL nos estabelecimentos prisionais de Pernambuco 
ficará sujeita à normatização por portaria da Secretaria Executiva de Ressocialização. 
Na transferência de sentenciada do sexo feminino, a escolta será integrada por agentes do 
sexo feminino. 
VEDADE ENTRADA DE MENORES DE 18 ANOS NO ESTABELECIMENTO PENAL SEM ESTAREM 
ACOMPANHADOS DO REPRESENTANTE LEGAL, SALVO DE HOUVER ORDEM JUDICIAL 
situações que as visitas são interrompidas, por prazo de até 30 dias: 
➔ se o visitante ou a pessoa privada de liberdade infringir as normas internas; 
 
➔ em caso de cometimento de crime pela pessoa privada de liberdade ou pelo 
visitante e nos casos que possam comprometer a estabilidade do bom andamento 
das visitas ou comprometimento da segurança do estabelecimento; 
➔ coletivamente, em caso de rebelião, motim ou suspeita de resgate de pessoa privada 
de liberdade; em qualquer falta disciplinar grave. 
 
A decisão de interrupção da visita compete ao GESTOR DO ESTABELECIMENTO, que será 
imediatamente comunicada ao supervisor de segurança ou a quem o substitua. 
ATENÇÃO: QUEM INTERROMPE A VISITA? GESTOR DO ESTABELECIMENTO 
Em caso de reincidência, o tempo de interrupção da visita poderá ser aplicado em prazo 
dobrado, não ultrapassando o limite de 30 DIAS. 
 Exemplo: o gestor aplicou a interrupção das visitas por 10 dias, houve reincidência, mas ele 
só poderá interromper por mais 200 dias, completando o limite de 30 dias. 
As visitas dos advogados da pessoa privada de liberdade e de outras pessoas que forem 
consideradas de interesse urgente e legítimo, fora das horas e dias regulamentares, podem ser 
autorizadas pelo gestor do estabelecimento. 
ATENÇÃO: VISITA DE ADVOGADOS E PESSOAS QUE FOREM CONSIDERADAS DE INTERESSE 
URGENTE E LEGITIMO FORA DAS HORAS E DIAS REGULAMENTARES: SERÃO AUTORIZADAS 
PELO GESTOR DO ESTABELECIMENTO 
As visitas íntimas serão semanais, respeitando-se a duração mínima não inferior a 02 horas e 
a duração máxima não superior a 04 horas. 
É proibida a visitação de outras pessoas, senão a companheira ou o companheiro, nesses dias 
de visitas. 
Quando o parceiro ou a parceira para o encontro íntimo também estiver retida em unidade do 
sistema penitenciário, somente se aceitará sua permanência no estabelecimento mediante 
autorização judicial e documento de identificação com foto. 
 
No caso de ordem judicial, temos as seguintes circunstâncias: 
➔ por decisão de progressão e regressão de regime 
➔ para apresentação judicial dentro e fora da comarca 
 em qualquer circunstância mais adequada ao cumprimento da sentença, em outro Estado da 
Federação. Ao secretário executivo de ressocialização ou superintendente de segurança 
prisional compete, em caráter excepcional e por ato devidamente justificado, determinar a 
remoção da pessoa privada de liberdade de uma para outra unidade prisional, dentro do 
Estado, nas seguintes circunstâncias: 
 
A remoção determinada pelo secretário executivo de ressocialização ou superintendente de 
segurança prisional será comunicada no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, ao juízo da 
execução penal competente e/ou ao juízo processante. 
 
A decisãode transferência será precedida da ouvida da pessoa privada de liberdade, salvo se 
houver oposições fundadas por motivo de segurança. 
 
São ainda direitos do apenado: 
em caso de falecimento, doenças, acidente grave ou transferência da pessoa privada de 
liberdade para outro estabelecimento, o gestor informar tais situações imediatamente ao 
cônjuge, se for o caso, ao parente próximo ou à pessoa previamente indicada. 
Ser informado, imediatamente, do falecimento ou de doença grave de cônjuge, companheiro, 
ascendente, descendente ou irmão, podendo ser permitida a visita a esses, sob custódia. 
É garantida a liberdade de contratar médico de confiança da pessoa privada de liberdade, 
submetida a tratamento ambulatorial, por seus familiares ou dependentes, a fim de orientar e 
acompanhar o tratamento. 
 
 
 
 
 
 
 
Quando submetida ao Conselho Disciplinar, a pessoa privada de liberdade observará, além dos 
deveres previstos no art. 39 da Lei Federal nº 7.210, de 1984, as seguintes regras: comparecer 
a todas as audiências, quando intimada; falar sempre a verdade, quando interrogada; cumprir 
as sanções impostas pelo Conselho Disciplinar; seguir as determinações das autoridades 
competentes. 
 
A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasiona 
subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita a pessoa privada de liberdade, sem prejuízo 
da sanção penal cabível, ao regime disciplinar diferenciado (RDD), , previsto no inciso V do art. 
53 da Lei Federal nº 7.210, de 1984, com as seguintes características: 
 
• duração máxima de até 2 (dois) anos, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta 
grave de mesma espécie; 
• recolhimento em cela individual; 
• visitas quinzenais, de 2 (duas) pessoas por vez, a serem realizadas em instalações equipadas 
para impedir o contato físico e a passagem de objetos, por pessoa da família ou, no caso de 
terceiro, autorizado judicialmente, com duração de 2 (duas) horas; 
• direito do preso à saída da cela por 2 (duas) horas diárias para banho de sol, em grupos de 
até 4 (quatro) presos, desde que não haja contato com presos do mesmo grupo criminoso; 
• entrevistas sempre monitoradas, exceto aquelas com seu defensor, em instalações 
equipadas para impedir o contato físico e a passagem de objetos, salvo expressa autorização 
judicial em contrário; 
• fiscalização do conteúdo da correspondência; 
• participação em audiências judiciais preferencialmente por videoconferência, garantindose a 
participação do defensor no mesmo ambiente do preso. 
 
Existindo indícios de que o preso exerce liderança em organização criminosa, associação 
criminosa ou milícia privada, ou que tenha atuação criminosa em 2 (dois) ou mais Estados da 
Federação, o regime disciplinar diferenciado será obrigatoriamente cumprido em 
estabelecimento prisional federal. 
 
A inclusão no regime disciplinar diferenciado não será objeto de apreciação pelos Conselhos 
Disciplinares. 
 
ATENÇÃO TOTAL 
 
FALTAS E SUAS NATUREZAS 
Constitui falta disciplinar de natureza LEVE: 
➢ atitude de acinte ou desconsideração perante funcionários ou visitante; 
➢ emprego de linguagem desrespeitosa; 
➢ apresentar-se de forma irreverente diante do gestor do estabelecimento prisional, 
funcionários, visitantes ou outras pessoas; 
➢ executar, sem autorização, o trabalho de outrem; 
➢ descuidar da higiene pessoal; 
➢ lavar ou secar roupa em local não permitido; 
➢ descumprir prescrição médica; fazer refeições em locais não permitidos; 
➢ conversar através de janela, guichê, setor de trabalho ou local não permitido; 
➢ descumprir as normas para visitação social; 
➢ ou comportar-se de forma inamistosa durante a prática desportiva. 
 
Constitui falta disciplinar de natureza MÉDIA: 
➢ deixar de acatar decisões superiores; 
➢ imputar falsamente fato ofensivo à administração, a servidores, a pessoa privada de 
liberdade ou a paciente; 
➢ dificultar a averiguação, ocultando fato ou coisa relacionada com a falta de outrem; 
manter na cela objetos não permitidos; abandonar o trabalho, sem permissão; 
➢ praticar ato libidinoso, obsceno ou gesto indecoroso; 
➢ praticar jogo previamente não permitido; 
➢ provocar, mediante intriga, discórdia entre servidores, pessoa privada de liberdade ou 
pacientes, para satisfazer interesse pessoal ou de terceiro e/ou causar tumulto; 
➢ colocar outra pessoa privada de liberdade ou paciente à sua submissão ou de grupo, 
em proveito próprio ou alheio; confeccionar, portar ou utilizar chave ou instrumento 
de segurança do estabelecimento, salvo quando autorizado; 
➢ utilizar material, ferramenta ou utensílios do estabelecimento em proveito próprio ou 
alheio, sem autorização; 
➢ desviar material de trabalho, de estudo, de recreação e outros para local indevido; 
usar material de serviço para finalidade diversa da qual foi prevista; 
➢ recusar-se a deixar a cela quando determinado, mantendo-se em atitude de rebeldia; 
➢ deixar de frequentar, sem justificativa, as aulas em que esteja matriculado; 
➢ maltratar animais; 
➢ alterar ou fazer uso indevido de documentos ou cartões de identificação fornecidos 
pela administração, para transitar no interior do estabelecimento ou fora dele, 
pessoalmente ou para uso de terceiro, com o mesmo fim; 
➢ portar, ter em sua guarda ou fazer uso de bebidas com teor alcoólico ou apresentar-se 
com sinais de embriaguez; 
➢ comunicar-se com pessoa privada de liberdade em regime de isolamento ou entregar-
lhe qualquer coisa, sem autorização; 
➢ abordar autoridade ou pessoa estranha ao estabelecimento, sem autorização; 
➢ induzir ou instigar alguém a praticar falta disciplinar grave, média ou leve; 
➢ simular ou provocar doença, ou estado de precariedade física ou mental, para 
eximir-se de obrigações ou alcançar vantagem de natureza pessoal; 
➢ divulgar notícia que possa perturbar a ordem ou a disciplina; atrasar, sem justa causa, 
o retorno ao estabelecimento, nas saídas autorizadas; 
 
➢ utilizar-se de outrem para transportar correspondência ou objeto sem conhecimento 
da administração; 
➢ cobrar qualquer tipo de vantagem a outra pessoa privada de liberdade ou aos seus 
visitantes, como forma de coação e/ou impedimento do direito de se locomover e 
frequentar lugares autorizados pela administração; 
➢ permutar, penhorar ou dar em garantia objeto de sua propriedade a outra pessoa 
privada de liberdade, paciente ou a funcionário; 
➢ comprar ou vender, sem autorização, a outra pessoa privada de liberdade, pacientes 
ou funcionários; 
➢ portar ou manter em sua cela ou alojamento material de jogos não permitidos; 
➢ procrastinar, discutir cumprimento de ordem ou recusar o dever do trabalho; 
➢ responder por outrem a chamada ou revista e/ou deixar de responder as chamadas 
regularmente, quando presente; 
➢ transitar pelo estabelecimento, quando não autorizado, manter-se em lugares não 
permitidos ou ausentar-se sem permissão dos locais de presença obrigatória; 
➢ sujar pisos, paredes ou danificar objetos que devam ser conservados; 
➢ desobedecer aos horários regulamentares; 
➢ praticar fato definido como crime culposo; produzir ruídos que perturbem o descanso 
das demais pessoas privadas de liberdade e as atividades do estabelecimento; 
➢ manter à sua disposição medicamentos ou substâncias curativas em quantidades que 
representem perigo para a sua saúde; 
➢ a pessoa privada de liberdade, monitorada eletronicamente, que violar a área de 
inclusão; 
➢ e a pessoa privada de liberdade, que monitorada eletronicamente, mantiver o 
aparelho de monitoração eletrônica desligado, quando não considerado fuga pelo 
Conselho Disciplinar. 
ATENÇÃO PARA ESSE ULTIMO 
➢ A prática de fato previsto como crime culposo ou contravenção penal constitui falta 
de natureza média e sujeita a pessoa privada de liberdade à sanção disciplinar, sem 
prejuízo da sanção penal. 
 
Comete ainda faltamédia a pessoa privada de liberdade que for reincidente em falta leve, 
observada a alínea “a” do art. 150 deste Código para efeito de prescrição (a falta leve 
prescreve em 6 meses). 
ATENÇÃO: FALTA LEVE PRESCREVE EM 6 MESSES 
 
Comete falta de natureza GRAVE o condenado à pena privativa de liberdade que: 
 
 ATENÇÃO TOTAL, ESSES VOCÊS TÊM QUE SABER DECORADOS, POIS, FACILITA RESPONDER 
AS QUESTÕES!! O MELHOR A SER FEITO É APRENDER AS PENAS LEVES E GRAVES, JÁ QUE AS 
MÉDIAS SÃO MUITAS!! NAÕ SE ENCAIXOU NAS DUAS! É MÉDIA. 
➢ incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina; fugir; 
➢ possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem; 
provocar acidentes de trabalho; 
➢ descumprir, no regime aberto, as condições impostas; 
➢ inobservar os deveres previstos nos incisos II e V do art. 39 da Lei Federal nº 7.210, de 
1984; 
➢ tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que 
permita a comunicação com outras pessoas privadas de liberdade ou com o ambiente 
externo. 
 
Para efeito da Lei Federal nº 12.258, de 2010, o desligamento de equipamento de 
monitoramento eletrônico por ato da pessoa privada de liberdade que resulte 
comprovadamente dano ao patrimônio público constitui falta de natureza grave, sem 
prejuízo da ação penal. 
 
A conduta é classificada em: 
➢ BOA 
➢ REGULAR 
➢ RUIM 
 
BOA: a conduta da pessoa privada de liberdade que não tenha cometido falta disciplinar. 
REGULAR: a conduta da pessoa privada de liberdade que tenha cometido falta de natureza 
média ou leve. 
RUIM: a conduta da pessoa privada de liberdade que tenha cometido falta grave. 
 
em caso de transferência de estabelecimento, não haverá nova contagem de prazo, para efeito 
de classificação ou reclassificação da conduta e será mantida a classificação da conduta, 
computando-se o período de encarceramento no estabelecimento anterior. 
 
A classificação da conduta da pessoa privada de liberdade deve constar, obrigatoriamente, 
nos atestados de conduta carcerária ou em documentos a estes assemelhados. 
 
deverá ocorrer sempre que a pessoa privada de liberdade não cometer nenhuma falta 
disciplinar de acordo com os períodos, contados da data do fato: 
60 dias em caso do cometimento de falta de natureza leve; 
90 dias em caso do cometimento de falta de natureza média; e 
180 dias em caso do cometimento de falta de natureza grave. 
 
Se durante o período de reabilitação (60, 90, 180 dias), ocorrer nova prática de falta 
disciplinar, isso implicará em novo tempo a ser cumprido, que deverá ser somado ao tempo 
da falta anterior, subtraindo-se o período já cumprido. 
 
A existência de eventuais procedimentos disciplinares em andamento será registrada pelo 
gestor do estabelecimento prisional no parecer sobre o comportamento do apenado. 
 
Será considerada reincidente em falta disciplinar a pessoa privada de liberdade que cometer 
nova falta no período de recolhimento, aplicando-se os prazos (60, 90 e 180 dias) em dobro. 
Para o caso de faltas LEVES: 
➢ advertência verbal 
➢ suspensão de visitas por até 10 dias corridos 
➢ e a suspensão de regalias 
 
Para o caso de faltas MÉDIAS: 
➢ repreensão 
➢ suspensão de regalias 
➢ suspensão de visitas de 10 a 20 dias 
Para o caso de faltas GRAVES: 
➢ suspensão de visitas de 20 a 30 dias; 
➢ isolamento em local adequado, de 20 a 30 dias. 
 
Ocorrendo rebelião no estabelecimento prisional, nos termos do parágrafo único do art. 41 da 
Lei Federal nº 7.210, de 1984, as visitas às pessoas privadas de liberdade ficarão 
automaticamente suspensas pelo prazo de 15 (quinze) dias, podendo este prazo ser 
prorrogado uma única vez, por igual período. 
REBILIÃO: VISITAS SUSPENSAS POR 15 DIAS, PODENDO HAVER PRORROGAÇÃO UMA 
ÚNICA VEZ!! POR IGUAL PERIDO 
 
Nenhuma pessoa privada de liberdade será punida com mais de uma sanção para cada falta 
cometida. No caso de cometimento de mais de uma falta, na mesma ocasião, a penalidade 
deve ser correspondente à sanção mais grave. 
 
Das Circunstâncias Atenuantes 
➢ ser a pessoa privada de liberdade considerada idosa, na data do fato 
➢ não ter cometido falta anteriormente 
➢ ser de pouca relevância sua participação no cometimento da falta 
➢ ter confessado, espontaneamente, a autoria de falta ignorada ou imputada a outrem 
ter agido sob coação irresistível 
➢ ter procurado, logo após o cometimento da falta, evitar ou minorar os seus efeitos e 
ter ressarcido os danos materiais causados. 
 
Das Circunstâncias Agravantes 
➢ a reincidência 
➢ ter organizado o ato infrator ou liderado a atividade de outros participantes 
➢ ter coagido ou induzido outros pessoa privada de liberdade à prática de infração, com 
o uso da violência ou mediante grave ameaça 
➢ ter praticado a infração com abuso de confiança 
➢ e ter praticado a infração mediante simulação, traição ou emboscada. 
 
O procedimento disciplinar será promovido por: 
 
➢ provocação de qualquer pessoa de ofício 
➢ pelos servidores do sistema penitenciário 
 
Em caso de falta grave prevista na Lei Federal nº 7.210, de 1984, a pessoa privada de liberdade 
poderá ser imediatamente isolada por até 10 (dez) dias, sendo-lhe fornecida a cópia da 
portaria de isolamento, e será comunicado o fato ao juízo de execução penal ou de 
conhecimento, conforme o caso. 
 
Nos casos em que ocorram motins, rebeliões ou fugas em massa, o prazo de conclusão do 
procedimento disciplinar poderá ser renovado por igual período e por uma única vez, a 
requerimento do gestor do estabelecimento ao superintendente de segurança prisional. 
 
Após a instauração do procedimento disciplinar, a pessoa privada de liberdade será notificada 
em até 2 (dois) dias para exercer o direito de defesa. 
 
A autoridade administrativa terá que realizar a instrução do procedimento em até 10 dias, a 
contar da data do fato ou da instauração, para realizar a instrução do procedimento, 
assegurando a presença do advogado e/ou defensor público. 
 
O direito de defesa será exercido após a conclusão da instrução, com acesso a prova 
produzida, no prazo de 2 dias, contados a partir da notificação do advogado e/ou defensor 
público. 
Após o exercício do direito de defesa, o órgão julgador proferirá sua decisão em até 10 dias, 
podendo, se for o caso, converter o feito em diligência 
Após a decisão do órgão julgador, os interessados poderão, em até 10 dias da notificação da 
pessoa privada de liberdade, interpor recurso à Comissão Revisional da respectiva Secretaria. 
 
A Comissão Revisional disporá do prazo máximo de 30 (trinta) dias para o julgamento do 
recurso, que não terá efeito suspensivo. 
 
Transitado em julgado, a punição será lançada em seu registro carcerário, comunicando-se ao 
juízo de execução penal ou de conhecimento 
 
A prescrição da pretensão punitiva ou executória da punição disciplinar ocorrerá: 
➢ nos casos de infrações de grau leve, em 6 (seis) meses; 
➢ nos casos de infrações de grau médio, em 1 (um) ano; 
➢ nos casos de infrações de grau grave, em 3 (três) anos. 
 
 
Esses prazos são contados a partir da data do fato. 
ATENÇÃO: DATA DO FATOOOOOO 
Nos casos de evasão, não ocorrendo a prescrição punitiva ou executória da punição disciplinar, 
inicia-se o cômputo do prazo a partir da data do reingresso da pessoa privada de liberdade 
no sistema prisional. 
OCORREU EVASÃO? O PRAZO COMEÇA A PARTIR DO REINGRESSO DA PESSOA PRIVADA DE 
LIBERDADE NO SISTEMA PRISIONAL 
A nulidade da decisão será reconhecida em qualquer época, quando não tiverem sido 
observados os princípios da ampla defesa e do contraditório ou quando contrária à legislação 
vigente. 
 
 
LEI 6123 – REGIME JURIDICO 
 
Art. 11. A nomeação será feita: 
I em caráter vitalício, para o cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas; 
II em caráter efetivo, quando se tratar de cargos de classe única ou de série de classes;III em comissão, nos casos previstos no parágrafo 2º do artigo 3º deste Estatuto. 
 
STF ENTENDE QUE EM regra, não se deve exigir nenhuma comprovação no ato da inscrição, 
mas sim no ato da posse 
 
Art. 24. São competentes para dar posse: 
 I a autoridade de hierarquia imediatamente superior no cargo de provimento em comissão; 
II os órgãos colegiados, aos respectivos membros; 
III o Diretor do Departamento de Administração de Pessoal da Secretaria de Administração, ao 
nomeado para o exercício de cargo de provimento efetivo. 
 
a posse deve ocorrer no prazo de 30 dias contados da publicação do ato de provimento. Esse 
prazo pode ser prorrogado quando houver justa causa, por até 180 dias. 
 
A posse por procuração é permitida quando o empossado estiver ausente do estado e em 
casos especiais, a juízo da autoridade competente. 
Art. 33. O exercício do cargo terá início no prazo de trinta dias a contar: 
I da data da publicação oficial do ato, no caso de reintegração: 
II da data da posse, nos demais casos 
 
Se o novo servidor não entrar em exercício no prazo, perderá o cargo, salvo motivo de força 
maior, devidamente comprovado. O responsável por dar exercício ao novo servidor é o chefe 
do serviço. 
 
 
 
 
 
Art. 35. A promoção não interrompe o exercício. 
 
 
Art. 40. A remoção far-se-á: 
I de um para outro órgão da administração; 
II de uma para outra localidade. 
 
É possível ainda a remoção por permuta, que deve ocorrer mediante requerimento escrito dos 
interessados. 
 
proíbe a promoção de servidores em disponibilidade ou em estágio probatório. 
 
O Estatuto estabelece ainda um interstício para a promoção, que é o tempo mínimo de 365 
dias de efetivo exercício na classe. 
 
Art. 59. Não poderá ser promovido por merecimento: 
I o funcionário em exercício de mandato eletivo federal, estadual ou municipal; 
II o funcionário que, para tratar de interesse particular, esteja licenciado na época da 
promoção ou tenha estado nos dois semestres anteriores; 
III a funcionária que esteja na época da promoção, ou tenha estado nos dois semestres 
anteriores, licenciada para acompanhar o marido, funcionário civil ou militar, mandado servir 
em outro ponto do território nacional ou estrangeiro; 
IV o funcionário que esteja na época da promoção, ou tenha sido nos dois semestres 
anteriores, posto à disposição de qualquer entidade, salvo para exercer cargo de Chefia na 
administração direta ou indireta do Estado; 
V o funcionário que esteja na época da promoção, ou tenha sido nos dois semestres anteriores 
afastado do exercício do cargo, para participação em congresso ou curso de especialização, 
salvo os relacionados com as atribuições do cargo que ocupa, comprovada a frequência ou 
aproveitamento; 
VI o funcionário que esteja na época da promoção, ou do cargo para a realização de pesquisa 
científica ou conferência tenha sido nos dois semestres anteriores, afastado do exercício do 
cargo para a realização de pesquisa científica ou conferência cultural, salvo as relacionadas 
com as atribuições do cargo que ocupa, mediante a apresentação dos resultados dos 
respectivos trabalhos; 
VII o funcionário que não obtiver, como grau de merecimento, pelo menos a metade do 
máximo atribuível; 
VIII o funcionário que esteja na época da promoção, ou tenha sido nos dois semestres 
anteriores, afastado do cargo para exercer, como contratado, função técnica ou especializada, 
nos termos do art. 177 deste Estatuto. 
 
regra importante é a que prevê o pagamento de adicional de 50% dos proventos integrais 
referentes à retribuição normal do cargo em que se aposentou, quando a reversão ocorrer 
interesse da Administração, por motivo de necessidades e conveniências de natureza 
financeira. 
 
Art. 85. A duração normal do trabalho será de seis horas por dia ou trinta horas por semana, 
podendo, extraordinariamente, ser prorrogada ou antecipada, na forma que dispuser o 
regulamento 
 
Art. 110. A licença concedida, dentro de sessenta dias contados do término da anterior, será 
considerada como prorrogação. 
 
LICENÇA PRÊMIO 
- É concedida ao servidor após cada período de 10 anos de serviço; - 
 A licença tem duração total de 6 meses, com todos os direitos e vantagens do cargo efetivo; - 
Poderá ser gozada em parcelas não inferiores a 1 mês, a pedido do servidor interessado; 
- Não será concedida se no período de 10 anos o servidor tiver incorrido em: 
a) falta disciplinar grave; 
b) falta ao serviço, sem justificação, por mais de 30 dias; 
c) Gozado licença: 
i. por mais de 120 dias, consecutivos ou não, por motivo de doença em pessoa da família; 
ii. para trato de interesse particular; 
iii. por mais de 90 dias, consecutivos ou não, por motivo de afastamento do cônjuge, 
funcionário civil ou militar, ou servidor da administração pública direta ou indireta. 
 
LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA 
- Poderá ser concedida quando a pessoa doente for ascendente, descendente, colateral, 
consanguíneo ou afim, até o 2º grau, cônjuge do qual não seja legalmente separado ou pessoa 
que viva às expensas do servidor e conste do seu assentamento individual, desde que prove 
ser indispensável a sua assistência pessoal e esta não possa ser prestada simultaneamente 
com o exercício do cargo; 
- A doença será comprovada em inspeção médica; 
- A licença não excederá 24 meses e será concedida: 
 a) com vencimento integral, por até 3 meses; 
b) com metade do vencimento, por até 1 ano; 
c) sem vencimento, a partir do 13º ate o 24º mês 
 
 
 
LICENÇA MATERNIDADE 
É concedida à servidora gestante por 180 dias, com vencimento integral; 
- Será deferida mediante avaliação médica oficial, pelo órgão estadual competente, 
preferencialmente a partir do 8º mês de gestação; 
- No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto; 
- No caso de natimorto, decorridos 30 dias do evento, a servidora será submetida a exame 
médico, e se julgada apta, reassumirá o exercício; 
- No caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora terá direito a 30 dias de repouso 
remunerado. 
- A servidora que adotar ou obtiver a guarda judicial para fins de adoção de criança tem direito 
a licença maternidade nas seguintes hipóteses: 
a) adoção ou guarda judicial de criança até 1 ano de idade: 180 dias; 
b) adoção ou guarda judicial de criança a partir de 1 até 4 anos de idade: 90 dias; e 
c) adoção ou guarda judicial de criança a partir de 4 até 8 anos de idade: 60 dias. 
 
LICENÇA PARA TRATO DE INTERESSE PARTICULAR 
- Pode ser concedida ao servidor ocupante de cargo efetivo e que não esteja em estágio 
probatório; 
- Prazo máximo de 4 anos, podendo ser prorrogada sucessivamente por 2 anos quando não 
houver prejuízo ao serviço; 
- Sem remuneração; 
- O requerente deverá aguardar em exercício a concessão da licença, podendo esta ser 
negada quando não convier ao interesse público; 
 - Não será concedida ao servidor removido, antes de assumir o exercício; 
- Poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço. 
 
A ajuda de custo deverá ser restituída: 
a) quando o servidor não se transportar para a nova sede no prazo determinado; 
b) quando, antes de realizar a incumbência que lhe foi atribuída, regressar, abandonar o 
serviço ou pedir exoneração. - A obrigação de restituir deverá ser cumprida no prazo de 30 
dias; 
 
 
 
AUXÍLIO PARA DIFERENÇA DE CAIXA 
- Será pago ao servidor que, no desempenho de suas atribuições, pagar ou receber em moeda 
corrente, para compensar a diferença de caixa 
- O valor será de até 20% do valor do respectivo símbolo, nível, ou padrão de vencimento 
- Apesar de os dispositivos do Estatuto não terem sido expressamente revogados, este auxílio 
foi extinto pela Lei nº 8.131/1980 
 
f) O servidor poderá afastar-se de suas funções, sem prejuízo da remuneração, para estudo 
ou paraservir em organismo internacional com o qual o Brasil mantenha vínculo de 
cooperação, desde que previamente autorizado pelo Governador do Estado, ou Secretário de 
Estado por ele delegado: 
i. Especialização: 18 meses prorrogáveis por mais 3 meses; 
ii. Mestrado: 30 meses, prorrogáveis por mais 6 meses; 
iii. Doutorado: 48 meses, prorrogáveis por mais 6 meses. 
 
PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO 
Deve ser interposto no prazo de 30 dias. 
Pode ser interposto: 
a) Do indeferimento do pedido de reconsideração; ou 
b) Da decisão que julgar recurso interposto. 
Deve ser interposto no prazo de 30 dias perante a autoridade que proferiu a decisão, e julgado 
pela autoridade imediatamente superior 
 
 
Art. 187. O funcionário decai do direito de pleitear na esfera administrativa: 
I em cinco anos, quanto aos atos de que decorra perda do cargo, de vencimentos ou 
vantagens pecuniárias ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 
 II em cento e vinte dias, nos demais casos. 
 
REPREENSÃO 
 Prescrição: 1 ano 
- Será aplicada por escrito, nos casos de desobediência ou falta de cumprimento do dever. 
- Diretores de Repartição; 
- Secretários e chefes de órgãos subordinados diretamente ao Governador; e 
- Governador 
SUSPENSÃO 
Prescrição: 2 anos 
- Não excederá 30 dias; 
- será aplicada em casos de: 
a) falta grave; 
b) reincidência em falta punível com a pena de repreensão; 
c) transgressão do disposto nos itens II, III, IX e XII do artigo 194. 
- Quando houver conveniência para o serviço, a pena de suspensão poderá ser convertida 
em multa, na base de 50% por dia de vencimento, obrigado o funcionário a permanecer no 
serviço. 
 
- Diretores de Repartição (somente até 8 dias de suspensão); 
- Secretários e chefes de órgãos subordinados diretamente ao Governador; e 
- Governador 
 
DESTITUIÇÃO DE FUNÇÃO 
 Prescrição: 5 anos 
Terá por fundamento a falta de exação do cumprimento do dever. 
- Secretários e chefes de órgãos subordinados diretamente ao Governador; e 
- Governador 
 
 
DEMISSÃO 
Prescrição: 5 anos 
- Será aplicada nos casos de: 
a) crime contra a administração pública; 
 b) abandono de cargo; 
c) insubordinação grave em serviço; 
d) incontinência pública e escandalosa, vício de jogos proibidos e embriaguez habitual; 
e) ofensa física a pessoa, quando em serviço, salvo em legítima defesa; 
f) aplicação irregular dos dinheiros públicos; 
 
g) revelação de segredo conhecido em razão do cargo ou função; 
h) lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio estadual; i) corrupção passiva nos 
termos da lei penal; 
 j) reincidência em falta que deu origem à aplicação da pena de suspensão por trinta dias; 
 k) transgressão ao disposto no item I do artigo 194 combinado com o parágrafo único do 
artigo 192 deste Estatuto; 
l) transgressão ao disposto nos itens V, VI, VII, VIII, X, XI, XIV, XV e XVI do art. 194; m) 60 dias 
de falta ao serviço, em período de 12 meses, sem causa justificada, desde que não configure 
abandono de cargo 
→ considera-se abandono de cargo a ausência ao serviço sem justa causa, por mais de 30 
dias consecutivos; n) improbidade administrativa; - O ato da demissão mencionará a causa 
da penalidade. 
 
Apenas o Governador 
 
CASSAÇÃO DE APOSENTADORIA OU DISPONIBILIDADE 
- Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade nos seguintes casos; 
a) falta punível com a pena de demissão, quando praticada ainda no exercício do cargo ou 
função; 
b) aceitação ilegal de cargo ou função pública, provada a má fé; 
c) celebração de contrato com a administração estadual quando não autorizada em lei ou 
regulamento; 
d) prática de usura em qualquer de suas formas; 
e) aceitação, sem prévia autorização do presidente da República, de comissão, emprego ou 
pensão de governo estrangeiro; 
f) perda da nacionalidade brasileira. 
 
Prescrição: 5 anos 
Apenas o Governador 
 
a prescrição→ O prazo começa a correr do dia em que o fato (infração disciplinar) se tornou 
conhecido 
 
Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares que 
também sejam consideradas crimes 
 
Art. 211. A suspensão preventiva até trinta dias poderá ser imposta por qualquer das 
autoridades mencionadas nos itens I a III do art. 208, desde que a presença do funcionário 
possa influir na apuração da falta cometida. 
 
Essa suspensão preventiva pode ser aplicada pelas seguintes autoridades: 
a) Governador; 
b) Secretários de Estado e chefes de órgãos diretamente subordinados ao Governador; e 
c) Diretores de Repartição. 
 
Art. 214. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público promover-lhe-á a 
apuração mediante processo administrativo. 
 
 
SINDICÂNCIA 
- Será instaurada quando a falta funcional não se revele evidente ou quando for incerta a 
autoria 
- Será procedida por 2 servidores designados por despacho da autoridade que determinar a 
sua instauração; 
- Deve ser concluída no prazo de 20 dias 
- Poderá resultar em: 
a) arquivamento, quando comprovada a inexistência de irregularidade; 
b) aplicação da penalidade de repreensão ou de suspensão por até 15 dias; ou 
c) abertura de inquérito administrativa 
 
INQUÉRITO ADMINISTRATIVO 
- Será promovido por uma comissão composta de 3 servidores, designada pela autoridade 
competente; 
- Ao designar a comissão, a autoridade indicará dentre os seus membros, o presidente; 
- O presidente da comissão deverá designar um servidor (de preferência seu subordinado) para 
exercer as funções de secretário; 
- O prazo para a conclusão do processo não deve exceder 60 dias, contados da data de 
publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, 
quando as circunstâncias o exigirem; 
- Se necessário, os membros da comissão ficarão dispensados do desempenho das atividades 
normais dos cargos ou funções. 
Art. 238. Em qualquer fase do inquérito, será permitida a intervenção de advogado constituído 
pelo indiciado. 
 
Art. 239. O funcionário indiciado em inquérito administrativo só poderá ser exonerado, se 
reconhecida a sua inocência. 
 
Art. 242. A qualquer tempo, poderá ser requerida a revisão do inquérito administrativo, de que 
haja resultado pena disciplinar, quando forem aduzidos fatos ou circunstâncias capazes de 
justificar a inocência do requerente. 
 
A revisão pode ser requerida a qualquer tempo, mas somente quando surgirem fatos novos 
capazes de comprovar a inocência do requerente. A simples alegação da injustiça da 
penalidade não é fundamento para revisão 
 
 
LEI 106/2007 
 
Art. 2º São transgressões disciplinares dos detentores dos cargos de Agente de Segurança 
Penitenciária: 
I - exercer, cumulativamente, dois ou mais cargos ou funções públicas, salvo as exceções 
previstas em lei; 
II - divulgar, através de qualquer veículo de comunicação, fatos ocorridos na repartição, 
propiciar-lhe a divulgação ou facilitar de qualquer modo, o seu conhecimento a pessoas não 
autorizadas a tal; 
III - referir-se, desrespeitosa e depreciativamente às autoridades e atos da Administração 
Pública em geral; 
IV - promover ou participar de manifestações de apreço ou desapreço a quaisquer 
autoridades; 
V - manifestar-se ou participar de manifestações de apreço ou desapreço a quaisquer 
autoridades; 
vI - indispor funcionários contra os seus superiores hierárquicos ou provocar, velada ou 
ostensivamente, animosidade entre funcionários; 
VII - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal em detrimento da dignidade da sua função; 
VIII - praticar ato que importe em escândalo ou que concorra para comprometer a dignidade 
da função; 
IX - retirar, sem prévia autorização da autoridade competente, qualquer documento ou objeto 
da repartição, ou que esteja sob a responsabilidade da mesma; 
X - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de 
encargo quelhe competir ou a seus subordinados; 
XI - pleitear, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se 
tratar de vencimento, vantagens e proventos de parentes até segundo grau; 
XII - participar da gerência ou administração de empresas, qualquer que seja a sua natureza; 
XIII - exercer comércio ou participar de sociedade comercial, salvo como acionista, cotista ou 
comanditário; 
 XIV - deixar de pagar, com regularidade, as pensões a que esteja obrigado em virtude de 
decisão judicial; 
 XV - deixar, habitualmente, de saldar dívidas legítimas; 
XVI - utilizar-se do anonimato para qualquer fim; 
XVII - praticar a usura em qualquer de suas formas; 
XVIII - manter relações de amizade ou exibir-se em público com pessoas de notório e 
desabonadores antecedentes criminais, sem razão de serviço; 
XIX - faltar à verdade no exercício de suas funções, por malícia ou má-fé; 
XX - deixar de comunicar, imediatamente, à autoridade competente, faltas ou irregularidades 
que haja presenciado ou de que tenha tido ciência; 
XXI - deixar de comunicar ou omitir às autoridades competentes qualquer fato que coloque em 
risco ou atente contra as instituições civis ou militares ou contra a Segurança Nacional; 
XXII - apresentar, maliciosamente, parte, queixa ou representação; 
XXIII - provocar a paralisação, total ou parcial, do serviço de segurança penitenciária, ou dela 
participar; 
XXIV - negligenciar ou descumprir a execução de qualquer ordem legítima; 
XXV - trabalhar incorretamente, de modo intencional, com o fim de prejudicar o andamento 
do serviço, ou negligenciar no cumprimento dos seus deveres; 
 XXVI - simular doença para esquivar-se ao cumprimento de obrigações; 
XXVII - faltar ou chegar atrasado ao serviço, ou deixar de participar, com antecedência, a 
autoridade a que estiver subordinado, a impossibilidade de comparecer à repartição salvo por 
motivo justo; 
XXVIII - não se apresentar, sem motivo justo, ao fim de férias, licença ou dispensa de serviço 
ou ainda depois de saber que qualquer delas foi interrompida por ordem superior; 
XXIX - abandonar o serviço para o qual tenha sido designado, ou permutá-lo sem expressa 
permissão da autoridade competente; 
XXX - atribuir-se a qualidade de representante da sua repartição ou de qualquer outra federal, 
estadual ou municipal, ou de seus dirigentes, sem estar expressamente autorizado; 
XXXI - frequentar, sem razão de serviço, lugares incompatíveis com o decoro da sua função; 
XXXII – dar conhecimento ao público, por qualquer meio, de informações sobre investigações e 
serviços de interesse do sistema de segurança penitenciária do Estado, sem expressa 
autorização da autoridade competente; 
 XXXIII - negligenciar a guarda de objetos pertencentes à repartição ou que estejam sob sua 
responsabilidade, possibilitando que os mesmos se danifiquem ou se extraviem ou, danificá-
los de maneira intencional; 
XXXIV - valer-se do cargo com o fim, ostensivo ou velado, de participar de qualquer atividade 
de natureza político-partidária ou dela obter proveito próprio ou alheio; 
XXXV - coagir ou aliciar subordinados com objetivos de natureza político-partidária; 
XXXVI - entregar-se à prática de jogos, vícios ou atos atentatórios à moral ou aos bons 
costumes, puníveis em lei; 
XXXVII - comparecer embriagado ao serviço ou embriagar-se no mesmo; 
XXXVIII - dirigir-se ou referir-se a superiores hierárquicos de modo ofensivo ou desrespeitoso; 
XXXIX - tratar os colegas e público em geral sem urbanidade; 
XL - maltratar preso sob sua guarda ou usar de violência desnecessária no exercício da sua 
função; 
 XLI - omitir-se na responsabilidade de guarda de presos ou negligenciá-la; 
 XLII - permitir que presos conservem em seu poder instrumentos ou objetos que possam 
danificar instalações ou dependência a que estejam recolhidos ou produzir lesões em 
terceiros; 
 XLIII - facilitar o uso, por parte de presos, de quaisquer substâncias proibidas em lei ou 
participar, diretamente ou indiretamente, do tráfico das mesmas para tal fim; 
 XLIV - desrespeitar ou procrastinar o cumprimento de decisões ou ordem judicial, bem como 
criticá-las; 
 XLV - deixar, sem justa causa, de submeter-se à inspeção médica determinada por lei ou pela 
autoridade competente; 
XLVI - prevalecer-se, abusivamente, da condição de Agente de Segurança Penitenciária; 
 XLVII - atentar, com abuso de autoridade evidente, contra a liberdade de pessoa ou contra a 
inviolabilidade de domicílio; 
XLVIII - cometer qualquer tipo de infração penal que, por sua natureza, característica e 
configuração, seja considerada como infamante, de modo a incompatibilizar o servidor para o 
exercício da sua função; 
XLIX – cometer quaisquer das infrações tipificadas na Lei nº 6.123, de 20 de julho de 1968, e 
alterações – Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de Pernambuco. 
 
 
PENAS DISCIPLINARES APLICÁVEIS AOS AGENTES DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA 
REPREENSÃO 
Será sempre aplicada por escrito; 
- Deverá constar do assentamento individual do Agente de Segurança Penitenciária; 
- Destina-se às faltas que, não sendo expressamente objeto de qualquer outra sanção, sejam, a 
critério da Administração, consideradas de natureza leve. 
SUSPENSÃO 
Não excederá a 30 dias; - 
 Será aplicada em casos de falta grave ou de reincidência em faltas de qualquer natureza; 
- São consideradas de natureza grave, as transgressões disciplinares previstas nos incisos II, 
III, IV, V, IX, X, XI, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXII, XXIII, XXIV, XXV, XXVI, XXVII, XXVIII, XXIX, 
XXX, XXXII, XXXIII, XXXVII, XXXVIII, XXXIX, XLI, XLII, XLIV, XLV, XLVI, XLVII, do art. 2º. 
 
 
CONHECIMENTOS ESPECIFICOS 
 
DIREITOS HUMANOS 
a proteção à dignidade da pessoa decorre da simples condição humana. 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, conforme ensina Flávia Piovesan , foi adotada 
sob a forma de resolução, o que levou muitos estudiosos a afirmarem que o documento 
constituía mera carta de recomendações. Contudo, outra corrente de pensamento, majoritária 
no Brasil e, hoje, de maior expressão na comunidade internacional, compreende que A 
DECLARAÇÃO POSSUI CARÁTER JURÍDICO 
A DUDH constitui interpretação autorizada da Carta das Nações Unidas (art. 1º, item 3 e art. 
55) e, por esse motivo, possui força jurídica vinculante 
A DUDH constitui norma jurídica vinculante porque integra o direito costumeiro e os princípios 
gerais de direito, pois 
(a) as constituições – a exemplo da do Brasil – incorporaram preceitos da DUDH no texto; 
(b) a ONU, em seus diversos documentos, faz remissões ao seu texto, alertando para o seu 
caráter obrigatório; e 
(c) várias decisões proferidas pelas diversas cortes internacionais referem-se à DUDH como 
fonte do direito. 
 
DUDH não foi aprovada como tratado ou convenção, mas sob a forma de resolução. 
O fato ser de humano é suficiente para ser tratado como igual, não se justificando qualquer 
diferenciação. 
art. III, da DUDH, destaca dois direitos importantíssimos de primeira dimensão e um de 
segunda dimensão: direito à vida, direito à liberdade e direito à segurança. 
 
Segundo a DUDH, o direito à educação será gratuito nos graus elementares e fundamentais. 
Quanto ao grau elementar, o documento prescreve, ainda, que será obrigatório. 
 
GRAU ELEMENTAR → GRATUITA → OBRIGATÓRIA 
GRAU FUNDAMENTAL → GRATUITA 
GRAU TÉCNICO PROFISSIONAL → ACESSIVEL A TODOS 
SUPERIOR → MÉRITO 
 
 
Direitos Albergados 
 
➢ igualdade entre homens e mulheres; 
o vida; 
o proibição de tortura e de penas ou tratamento cruéis, desumanos ou 
degradantes; 
o proibição de escravidão, de servidão e de submissão a trabalho forçado; 
o liberdade e segurança pessoal; 
o integridade do preso; 
o não prisão por descumprimento de obrigação contratual; 
o direito de circulação; 
o juízo natural; 
o presunção de inocência; 
o tipicidade penal; 
o personalidadejurídica; 
o vida privada; 
o liberdades de pensamento, consciência e religião; 
o liberdade de expressão; 
o direito de reunião; 
o direito de associação, inclusive constituir sindicatos; 
o proteção à família; 
o proteção à criança; 
o direito de participação política; 
o igualdade perante a lei e igual proteção da lei; e 
o proteção às minorias. 
 
é permitida a derrogação temporária das obrigações decorrentes do Pacto, quais sejam: 
➢ decretação de Estado de emergência 
➢ quando necessário à segurança nacional ou à ordem pública 
 
NÃO poderão ser suspensos, ainda que seja decretado o estado de emergência: 
✓ direito à vida; 
✓ vedação à tortura; 
✓ vedação à escravidão, servidão ou trabalhos forçados; 
✓ vedação à prisão do depositário infiel; 
✓ princípio da anterioridade penal, da vedação à aplicação da lex gravior e aplicação da lei 
considerada mais benéfica ao condenado; 
✓ reconhecimento da personalidade jurídica; e 
✓ liberdade de pensamento, de consciência e de religião. 
 
não é admitida interpretação capaz de abolir ou restringir direito assegurado no PIDCP. 
a legislação interna do país não poderá ser aplicada se prever regras menos favoráveis que as 
constantes do Pacto. 
Quanto aos trabalhos forçados, o Pacto traz uma mitigação, ao permitir que os países que já o 
tenham instituído no regimento de cumprimento de penas criminais, continuem aplicando 
essa sanção internamente. 
não são considerados trabalhos forçados a prestação de serviço militar, os serviços exigidos 
dos nacionais em caso de emergência ou de calamidade, bem como os serviços decorrentes 
de obrigações civis normais. 
 
PIDCP. 
Eleição secreta de 18 membros entre os nacionais dos países membros do PIDCP (cada 
Estado poderá indicar dois candidatos) 
Não é admitido dois nacionais de mesma nacionalidade no Comitê 
O mandato é de 4 anos, admitida a reeleição. 
RELATÓRIOS 
enviados pelos Estados membros indicando o cumprimento das normas do PIDCP 
são enviados anualmente ou sempre que solicitado pelo Comitê 
a partir do relatório, o Comitê fará relatório com comentários sobre a implementação e 
progressos obtidos 
De acordo com o Protocolo, alguns pressupostos são necessários para que o Comitê possa 
receber e examinar tais comunicações: 
1. Reconhecimento pelo Estado-parte da competência do Comitê para tal atuação (artigo 1º); 
2. Esgotamento dos recursos internos disponíveis (artigo 2º) 
 
Além disso, são consideradas inadmissíveis as petições individuais anônimas, de modo que 
devem ser identificadas e assinadas. Além disso, não serão admitidas petições que constituam 
abuso de direito ou sejam incompatíveis com as disposições do Pacto (artigo 3º) 
 
Recebida a petição, o Comitê informará o Estado-parte para que, no prazo de 06 meses, 
exponha suas explicações e declarações (artigo 4º). De posse de tais informações, o Comitê 
proferirá decisão que constará no relatório anual (artigo 6º), 
 
permitir, em caráter excepcional, a pena de morte, em caso de guerra declarada, e em virtude 
de condenação por infração penal de natureza militar de gravidade extrema 
 
EMBORA O SEGUNDO PROTOCOLO TENHA VEDADO A PENA DE MORTE, ADMITE A RESERVA 
EM DUAS SITUAÇÕES 
➢ Guerra declarada 
➢ Condenação por infração penal de gravidade extrema 
 
O Comitê somente receberá comunicações e petições se o conflito não estiver sob análise em 
outra instância internacional e somente se forem esgotados os recursos internos ou houver 
excessiva demora para a solução do impasse 
 
Os relatórios constituem obrigação dos Estados acordantes, instrumento pelo qual deverão 
informar as medidas legislativas, administrativas e judiciárias adotadas para a promoção e 
garantia dos Direitos Humanos. 
 
“um Estado-parte pode alegar haver outro Estado-parte incorrido em violação dos direitos 
humanos enunciados no Pacto”. Contudo, a utilização desse mecanismo é opcional, sendo 
necessária a elaboração de uma declaração em separado reconhecendo a competência do 
Comitê para receber as comunicações interestatais. Assim, somente será possível a 
comunicação interestatal se denunciante e denunciado elaborarem o referido documento. 
 
será possível a intermediação pelo Comitê que terá a finalidade de promover uma solução 
amistosa. 
as petições individuais, conforme enunciamos acima, foram acrescentadas à proteção dos 
direitos civis e políticos pelo Primeiro Protocolo Facultativo. Por esse instrumento permite-se 
aos indivíduos apresentar petições denunciando violações a direitos constantes do Pacto. 
Segundo Flávia Piovesan, o mecanismo de petições individuais “cristalizou a capacidade 
processual internacional dos indivíduos 
 
as petições individuais não poderão ser anônimas (apócrifas). 
Pacto Internacional dos Direitos Sociais, Econômicos e Culturais 
O PIDSEC impõe aos signatários a obrigação de garantir o exercício de direitos de segunda 
dimensão, sem quaisquer formas de discriminação. 
agrega direitos de segunda dimensão, especialmente 
direitos sociais 
direitos econômicos 
direitos culturais 
 
OS DIREITOS PREVISTOS NO PIDSEC 
➢ são implementados progressivamente 
➢ de acordo com a disponibilidade de recursos 
 
prevê que a não aplicação das regras prescritas em duas situações 
➢ em razão de limitações legalmente estabelecidas; e 
➢ desde que sejam compatíveis com a natureza dos direitos assegurados 
 
em relação aos sindicatos, destaca-se: 
• possibilidade de organização em federações e confederações; 
• exercício do direito de greve segundo a legislação interna de cada país; e 
• permitir que órgãos militares, políticos e da administração pública organizem-se em 
sindicatos para a defesa da categoria. 
 
INSTRUÇÃO BÁSICA 
• Deve ser obrigatória a acessível gratuitamente a todo 
INSTRUÇÃO SECUNDÁRIA 
• Deve ser generalizada e, por meio de implementação progressiva, deverá ser acessível 
gratuitamente a todos. 
INSTRUÇÃO SUPERIOR 
• Por meio de implementação progressiva, deverá ser acessível gratuitamente a todos. 
 
Os relatórios devem consignar as medidas adotadas pelo Estado que assinou o tratado 
internacional, no que se refere aos direitos reconhecidos do Pacto, expressando fatores e 
dificuldades no processo de implementação das obrigações decorrentes. Esses relatórios são 
encaminhados ao Secretário-Geral das Nações Unidas, que encaminhará ao Conselho 
Econômico Social, uma vez que não há, no âmbito desse Pacto, a criação de Comitê para 
recebimento dos relatórios 
 
LEI 7037 (PROGRAMA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS) 
PNDH I 
Conferiu ênfase aos direitos civis e foi estruturado em propostas a serem implementadas pelos 
órgãos governamentais definindo metas de curto, médio e longo prazos. 
Publicado pelo Decreto Executivo nº 1.904/1996, foi o objeto de debate da 1ª Conferência 
Nacional de Direitos Humanos, três anos após a Conferência de Viena de 1993 recomendar aos 
Estados-parte elaborar Programas Nacionais de Direitos Humanos. 
 
o PNDH I conferiu maior ênfase na promoção e defesa dos direitos civis, prevendo centenas de 
propostas de ações governamentais prioritariamente voltadas para: 
➔ integridade física 
➔ liberdade 
➔ garantia dos direitos das pessoas submetidas a vulnerabilidade e/ou discriminação. 
 
PNDH 2 
Incluiu os direitos sociais, econômicos e culturais, ao prever ações específicas para a área do 
direito à educação, previdência e assistência social, trabalho, moradia, meio ambiente, 
alimentação, cultura e lazer. Além disso, conforme leciona a doutrina o referido plano teve por 
objetivo a “construção e consolidação de uma cultura de respeito aos direitos humanos” 
 
A finalidade do PNDH 2 foi influenciar a discussão em torno da elaboração do Plano Plurianual 
2004-2007, servindo de parâmetro e orientação para a definição dos programas sociais a 
serem desenvolvidos no país até 2007. 
Segundo a doutrina essa finalidade constitui avanço relativamente