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Sistemas de Distribuicao

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Sistemas de Distribuição
Créditos
Centro Universitário Senac São Paulo – Educação Superior a Distância
Diretor Regional 
Luiz Francisco de Assis Salgado
Superintendente Universitário 
e de Desenvolvimento 
Luiz Carlos Dourado
Reitor 
Sidney Zaganin Latorre
Diretor de Graduação 
Eduardo Mazzaferro Ehlers
Gerentes de Desenvolvimento 
Claudio Luiz de Souza Silva 
Roland Anton Zottele
Coordenadora de Desenvolvimento 
Tecnologias Aplicadas à Educação 
Regina Helena Ribeiro
Coordenador de Operação 
Educação a Distância 
Alcir Vilela Junior
Professor Autor 
Fátima Guarda Sardeiro
Revisor Técnico 
Marcos José Corrêa Bueno
Técnico de Desenvolvimento 
Regina de Freitas Jardim Ferraz
Coordenadoras Pedagógicas 
Ariádiny Carolina Brasileiro Silva 
Izabella Saadi Cerutti Leal Reis 
Nivia Pereira Maseri de Moraes
Equipe de Design Educacional 
Adriana Mitiko do Nascimento Takeuti 
Alexsandra Cristiane Santos da Silva 
Angélica Lúcia Kanô 
Cristina Yurie Takahashi 
Diogo Maxwell Santos Felizardo 
Elisangela Almeida de Souza 
Flaviana Neri 
Francisco Shoiti Tanaka 
João Francisco Correia de Souza 
Juliana Quitério Lopez Salvaia 
Kamila Harumi Sakurai Simões 
Karen Helena Bueno Lanfranchi 
Katya Martinez Almeida 
Lilian Brito Santos 
Luciana Marcheze Miguel 
Mariana Valeria Gulin Melcon 
Mayra Bezerra de Sousa Volpato 
Mônica Maria Penalber de Menezes 
Mônica Rodrigues dos Santos 
Nathalia Barros de Souza Santos 
Renata Jessica Galdino 
Sueli Brianezi Carvalho 
Thiago Martins Navarro
Coordenador Multimídia e Audiovisual 
Adriano Tanganeli
Equipe de Design Visual 
Adriana Matsuda 
Camila Lazaresko Madrid 
Danilo Dos Santos Netto 
Estenio Azevedo 
Hugo Naoto 
Inácio de Assis Bento Nehme 
Karina de Morais Vaz Bonna 
Lucas Monachesi Rodrigues 
Marcela Corrente 
Marcio Rodrigo dos Reis 
Renan Ferreira Alves 
Renata Mendes Ribeiro 
Thalita de Cassia Mendasoli Gavetti 
Thamires Lopes de Castro 
Vandré Luiz dos Santos 
Victor Giriotas Marçon 
William Mordoch
Equipe de Design Multimídia 
Cláudia Antônia Guimarães Rett 
Cristiane Marinho de Souza 
Eliane Katsumi Gushiken 
Elina Naomi Sakurabu 
Emília Correa Abreu 
Fernando Eduardo Castro da Silva 
Michel Iuiti Navarro Moreno 
Renan Carlos Nunes De Souza 
Rodrigo Benites Gonçalves da Silva 
Wagner Ferri 
Sistemas de Distribuição
Aula 01
Processos Logísticos
Objetivos Específicos
• Conhecer os processos logísticos de abastecimento, operacional e, em 
especial, a distribuição.
Temas
Introdução
1 Processos 
Considerações finais
Referências
Fátima Guarda Sardeiro
Professora
Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados
Sistemas de Distribuição
2
Introdução
Cada vez mais as pessoas compram produtos que estão distantes de seus domicílios e 
desejam recebê-los em um prazo menor e da maneira como o viram disposto numa loja, num 
site, ou qualquer outro local onde efetuou sua compra. E, nesse sentido, a logística é uma das 
funções importantes para se administrar uma empresa, uma vez que exerce impacto direto 
no atendimento ao cliente.
E o papel da logística não para por aí. Essa compra dispara outra necessidade da empresa: 
administrar todo o fluxo de matéria-prima, bem como outros recursos necessários para 
disponibilizar o produto acabado e que foi comprado pelo cliente. E quanto maior a distância 
entre o fornecedor da matéria-prima, a empresa fabricante, o ponto de venda e o cliente, 
maiores se tornam os desafios logísticos para que o produto adquirido pelo cliente chegue no 
tempo certo e da forma como foi adquirido.
 No Brasil temos grandes desafios a vencer neste sentido, uma vez que somos um país 
de dimensões continentais. Para termos uma ideia da grandiosidade, no território brasileiro 
cabe o equivalente a 11 países do tamanho do Chile. Por isso a logística assume um papel 
fundamental quando busca um equilíbrio entre atender as necessidades do cliente, utilizando 
as melhores opções, de acordo com a exigência de tempo e lugar e praticando o menor custo.
Os desafios podem ser ainda maiores quando se trata de uma empresa que tem 
fornecedores e/ou clientes fora do território brasileiro, como é o caso de muitas organizações 
que vão à busca de melhorar seus custos de produção, e para isso utilizam fontes de recursos 
melhores e com custos menores, ou que se aventuram a buscar novos mercados para seus 
produtos. Nesse caso a complexidade logística assume dimensões maiores.
Em outro país temos variáveis, como o idioma, a legislação, as políticas econômicas e 
comerciais, trâmites aduaneiros que tornam o trabalho da logística muito maior. É preciso, 
além de vencer as distâncias, buscar as melhores alternativas, os menores custos totais da 
operação e vencer as barreiras culturais existentes num comércio internacional. 
Fatores como a globalização, as tecnologias de informação e comunicação, modos de 
transporte maiores e mais rápidos contribuem para empresas e consumidores buscarem 
fontes alternativas de fornecimento, acelerando a necessidade de uma logística que atenda 
as exigências de tempo: quantidades de estoque disponíveis e de lugar – para que os estoques 
cheguem mais rápido aonde são necessários (BALLOU, 2012).
Vamos entender um pouco de como funcionam os processos para que os produtos 
possam chegar às mãos daquele que o necessita, ou seja, como se compõe a logística e 
como ela deve interagir de modo a encontrar as melhores alternativas, criando vantagens 
competitivas para as empresas.
Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados
Sistemas de Distribuição
3
1 Processos 
Para que possamos estudar os sistemas de distribuição, torna-se necessário conhecer os 
Processos Logísticos, e, em especial, o processo de distribuição, no que ele consiste e qual 
sua importância para que o produto chegue ao consumidor quando ele precisa e no local que 
ele necessite. Além de ser um dos processos logísticos, a distribuição tem sua importância 
pelo suporte ao Marketing, que, entre outras atividades, atende aos pedidos dos clientes.
Atender ao cliente, seja com um produto ou um serviço, dispara um processo logístico 
dentro das empresas. Esse fato gera uma necessidade de suprimento seja de recursos 
materiais, humanos e financeiros. Para que esses recursos se transformem num produto ou 
num serviço, eles passam por um processo operacional que os deixam como o que é esperado 
pelo cliente. Terminado esse processo, desse bem ou serviço, ele já está à disposição para ser 
entregue, conforme foi solicitado. 
A logística, então, é constituída, basicamente, de um fluxo de materiais e de um fluxo 
de informação. Dentro do fluxo de materiais temos três processos que são: abastecimento, 
operacional e distribuição. Os processos são compostos por atividades, funções e tarefas com 
o objetivo de realizar determinado serviço, atender um pedido, atender um cliente, entre 
outros desafios gerenciais de um departamento ou da empresa (BOWERXOX, 2012). 
Para que os processos possam acontecer de maneira uniforme, temos, então, um fluxo 
de informações que é iniciado pelo pedido do cliente e um fluxo de materiais ou serviços 
que se inicia com a necessidade de suprimentos para atender esse pedido. Deve haver um 
inter-relacionamento dessas atividades de abastecimento, operacional e distribuição física, 
de modo a não ocorrer falhas, serviços incorretos, ou seja, uma integração que evite que 
ocorram rupturas que paralisem o processo.
Figura 1 – A integração logística
Fonte: Bowersox e Closs (2011, p. 44).
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Sistemas de Distribuição
4
Ainda, para que esse fluxo seja eficiente e eficaz, é necessário controlar os custos 
operacionais, sem deixar de atender aos objetivos de qualidade do cliente. Temos dois 
objetivos que devem ser gerenciados: atender ao cliente, seja ele interno ou externo, à 
empresa e a necessidade de remunerar de forma eficiente o capital do acionista praticando 
os menores custos operacionais para que a empresa se mantenha competitiva. Para isso, 
vamos entenderum pouco dos processos.
Além do fluxo de materiais, temos o fluxo de informação, que se trata da necessidade 
de planejamento de operações, itens do pedido do cliente, quantidades a serem abastecidas 
e/ou movimentadas por meio das atividades desenvolvidas para que o fluxo de materiais 
aconteça de modo eficiente (BOWERXOX, 2001). 
Trata-se das estratégias operacionais e de como a comunicação deve acontecer entre 
os participantes de um processo logístico. Esse tema não é o foco da nossa disciplina, por 
isso sua abordagem será de forma superficial. Conheceremos as partes que compõem uma 
operação logística, iniciando pelo processo de suprir.
1.1 Processo de Suprimento
Também chamado de Logística Inbound, o processo de suprir é aquele que coloca recursos 
e matérias-primas à disposição daqueles que o necessitem. O Processo de Suprimento possui 
desafios de quanto pedir, quando pedir, e é ligado ao nível de serviço desejado. Tanto o cliente 
interno (produção) como o cliente externo (consumidor) da empresa precisam ter insumos 
no caso da produção e produtos no caso de consumidor, disponibilizados quando precisem. 
Esse processo é importante, pois agrega “valor de tempo” (BALLOU, 2012, p. 25), ou seja, 
os processos são dinâmicos e os estoques precisam estar posicionados onde são necessários. 
Faz parte de uma política estratégica da empresa, pois manter ou não estoques tem a ver 
com outros fatores como as políticas financeira, comercial e operacional da organização. 
Atualmente as empresas precisam vencer barreiras culturais, econômicas, geográficas, 
entre outras tantas, em virtude da diversificação dos locais onde seus fornecedores possam 
estar localizados. Fatores como distância, confiabilidade, capacidade podem fazer com que 
o processo de suprimento seja mais dinâmico e diversificado. O dinamismo com que os 
estoques precisam estar posicionados impacta no processo operacional das organizações.
1.2 Processo Operacional
Esse processo inicia a movimentação de produtos desde o recebimento do material 
(suprimento), até sua disponibilização para o envio ao cliente (distribuição). Atividades como 
recebimento, conferência, manuseio, movimentação, estocagem, separação de pedidos e 
expedição dão apoio à manufatura de produtos, ou ao envio ao cliente.
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Sistemas de Distribuição
5
Você sabe a diferença entre armazenar e estocar?
Enquanto no processo de suprimento a quantidade de material é responsável pelo 
nível de serviços, nesse processo a quantidade de material pode fazer com que a empresa 
arque com custos maiores para movimentar esse estoque onde ele é necessário. Temos, 
nesse caso, de tomar decisões e avaliar quais impactos de custos são necessários e qual grau 
de atendimento ao cliente precisamos, trata-se de um trade-off (trocas compensatórias) da 
logística, decisões que temos que tomar, buscando o melhor custo-benefício para o cliente e 
para o acionista.
Atuando como um elo entre o suprimento, dando apoio à produção e atendendo aos 
requisitos do cliente, o processo de armazenar comporta várias atividades de entrada, tais 
como conferência, manuseio, etiquetagem, movimentação e estocagem até onde ela ficará 
guardada dentro do armazém.
Esse material que entra também deverá sair após um período. Temos, assim, as 
atividades de saída que são necessárias quando o material for transferido para outro lugar ou 
for vendido. Essas atividades consistem na separação, conferência, manuseio, movimentação 
e expedição. A atividade de expedir um produto dá início ao processo de distribuição.
Figura 2 – Processo de Armazenar
Fonte: elaboração própria.
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Sistemas de Distribuição
6
1.3 Processo de distribuição 
Esse processo inicia-se após a atividade de expedição, que, de forma resumida, consiste 
em disponibilizar o produto, bem como a documentação que o acompanhará à disposição 
para ser deslocado até o ponto onde é necessário.
Esse deslocamento pode ser para outro local, onde ficará armazenado podendo ser de 
propriedade da empresa ou não, porém ainda permanecerá de posse da empresa, ou seja, 
não se tratará de uma transferência de titularidade. Pode ainda ser uma remessa para outro 
cliente, caracterizado por uma venda de mercadoria, ou uma remessa de amostra, entre 
outros casos que possa configurar uma transferência de titularidade.
Tanto num caso como em outro, o processo de distribuição permite que esse produto 
esteja, no local e no momento desejado, onde ele será necessário. Esse processo, então, 
agrega “valor de lugar” (BALLOU, 2012, p. 25) à logística da empresa. Para entender melhor 
como isso funciona, imagine que você precise de água em sua residência e para isso teria que 
retirar a quantidade desejada em algum local onde existissem reservatórios de água.
A água é um item de consumo vital para o ser humano, sem ela sobrevivemos poucos 
dias, portanto não deve faltar nos lares de cada um. Os canos de água que são os dutos, um 
dos modos de transporte, são os responsáveis por entregar esse produto tão precioso à nossa 
saúde, bem no momento que desejamos, ou seja, quando abrimos nossas torneiras.
O foco da nossa disciplina recai sobre esse processo tão importante, que concentra 
a maior parcela de custos logísticos da empresa, que lida com incertezas de demandas 
externas (atender ao cliente) e de demandas internas (fluxos de produção irregulares) e que 
por isso precisa ser eficiente e atender a operação logística das organizações proporcionando 
competitividade e atendendo as necessidades dos clientes (BOWERSOX e CLOSS, 2001).
Para entender melhor, nas próximas aulas conheceremos alguns pontos do marketing, de 
canais de distribuição, entre outros para os quais um sistema de distribuição deve adaptar-se. 
Considerações finais
Vimos até aqui os processos operacionais numa empresa, para que se entregue um 
conjunto de bens ou serviços, capazes de atender as necessidades dos clientes. Para isso é 
preciso ter uma eficiência operacional para que os custos logísticos envolvidos não tirem a 
competitividade dessa organização.
Um sistema de distribuição é o responsável pela entrega desse pacote de valor esperado 
por esse cliente no local e momentos desejados, ou seja, disponibiliza o produto ou serviço 
conforme as necessidades do cliente. Por isso ele precisa estar adequado às estratégias de 
marketing que as empresas idealizam. Esse é o foco das nossas próximas aulas.
Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados
Sistemas de Distribuição
7
Referências
BALLOU, R.H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição 
física. São Paulo: Atlas, 2012
BOWERSOX, D.J.; CLOSS, D.J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de 
suprimentos. São Paulo, Atlas, 2001.
Sistemas de Distribuição
Aula 02
Estratégia de Distribuição
Objetivos Específicos
• Conceituar o que são canais de distribuição e as articulações com a entrega 
física do produto
Temas
Introdução
1 Estratégias de distribuição
Considerações finais
Referências bibliográficas
Fátima Guarda Sardeiro
Professora
Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados
Sistemas de Distribuição
2
Introdução
Desde a fabricação do produto até a entrega ao consumidor, o caminho pode ser longo, 
tanto com relação à distância percorrida quanto às atividades, procedimentos e pessoas 
envolvidas por trás do processo. Não há um padrão. Para que isso seja determinado é preciso 
conhecer o produto, suas características, o público que vai consumi-lo e a melhor forma de 
fazê-lo. Além de todas essas variáveis, é necessário preocupar-se com os custos envolvidos 
nessa operação, para que o preço final não inviabilize a compra.
Diante de todos esses desafios, é necessário criar estratégias, ou seja, maneiras pelas 
quais o produto chegue ao cliente de forma rápida, no momento que ele precise, ao menor 
custo possível. Essas estratégias são os canais de distribuição que sãoconstituídos por uma 
rede de empresas envolvidas e mobilizadas para atender o cliente.
Podemos ter, basicamente, três tipos de canais:
• comerciantes: são empresas que compram o produto da indústria e o vendem para o 
próximo ela da cadeia de suprimentos. São eles os atacadistas, varejistas;
• representantes: são empresas que intermediam a compra e a venda do produto. 
Agem como um elo entre a indústria e o consumidor;
• facilitadores: são empresas que servem de ponto de apoio para minimizar as distâncias 
entre a empresa produtora e o consumidor.
Vamos iniciar esta aula com uma leitura sobre as estratégias de distribuição 
e compreender como as empresas se articulam no sentido de fazer com que o 
produto ou serviço desejado chegue às mãos do cliente. Para isso vamos ler o 
capítulo 15 (p. 448-50) do livro de Kotler, Administração de Marketing (2006), 
disponível no ambiente virtual de aprendizagem.
1 Estratégias de distribuição
Em qualquer um dos tipos de canais mencionados, temos a questão dos custos envolvidos 
na intermediação da transação. Isso significa que, a cada canal pelo qual o produto passe, os 
custos envolvidos nessa passagem precisam ser adicionados ao produto. Assim, a escolha do 
Marketing deve ser criteriosa para definir os canais que comporão a rede de distribuição do 
produto. Se por um lado cada canal acrescenta um custo ao produto, por outro lado, cada 
Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados
Sistemas de Distribuição
3
canal pode ser um ponto de localização desse produto, possibilitando que o consumidor 
tenha mais opções de encontrar aquilo que deseja, no momento que deseja. 
Esses canais podem ser utilizados de forma combinada, ou seja, uma empresa produtora 
utiliza mais do que um tipo de canal. Veremos que isso pode ser feito dependendo do 
público-alvo e do volume de vendas que o público representa de modo a não inviabilizar 
financeiramente a rede de distribuição.
Importante ressaltar que uma empresa estabelece suas políticas, com base em questões 
financeiras, de produção e de marketing. Atender ao cliente no que ele precisa, em relação à 
distribuição física do produto, do ponto de vista de marketing é o que veremos nesta disciplina.
Para isso, precisamos entender que o cliente gera uma rede de demandas e as empresas 
precisam estabelecer parcerias que somem esforços no sentido de adicionar valor ao produto 
final entregue ao cliente. Trata-se de uma “rede de valor” (KOTLER, 2006, p. 450), um sistema 
de alianças entre as empresas para abastecer e entregar suas ofertas.
Considerações finais
Na próxima aula veremos quais os tipos de canais que uma empresa pode utilizar para 
distribuir seus produtos. Veremos que pode haver muitas variedades de composição de 
empresas envolvidas com esse propósito. A escolha certa potencializa o valor do produto ou 
do serviço entregue ao cliente.
Referências bibliográficas
BOWERSOX, D.J.; CLOSS, D.J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de 
suprimentos. São Paulo: Atlas, 2001.
KOTLER, P.; KELLER, K.L. Administração de Marketing. São Paulo: Prentice Hall Pearson, 2006.
Objetivos Específicos
Temas
• Conceituar Canais Verticais, Híbridos e Múltiplos e suas propriedades.
Fátima Guarda Sardeiro
Sistemas de Distribuição
Aula 03
Professora
Canais de distribuição
Introdução
1 Canais diretos e indiretos
Considerações finais
Referências
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Sistemas de Distribuição
2
Introdução
Vimos no tópico anterior que os canais são sistemas organizados de órgãos e instituições 
que executam todas as funções necessárias para ligar os produtores aos consumidores finais, 
a fim de realizar a tarefa de marketing. Trata-se de um conjunto de empresas que vai desde o 
fabricante, passando pelo atacadista, varejo até o consumidor final, e pode envolver empresas 
que prestam serviços chamados pós-venda, como assistência técnica, ou montagem final.
Do ponto de vista logístico há uma preocupação com relação a execução e desempenho 
eficiente, ou seja, trata-se de manter o nível de serviço adequado ao cliente ao menor custo 
logístico. Do ponto de vista de marketing um canal de distribuição agrega valor ao produto 
quando o disponibiliza de diversas formas ao consumidor.
Este capítulo contribuirá para entender o que é canal vertical e canal 
horizontal de marketing. Veremos que são estratégias utilizadas pelas empresas 
para que possam ampliar suas potencialidades de vendas.
KOTLER, P.; KELLER, K.L. Administração de marketing. São Paulo: Prentice 
Hall Pearson, 2006. p. 465-7.
1 Canais diretos e indiretos
Temos o canal direto quando esse contato não mantém intermediários, ou seja, o produto 
sai do produtor direto para as mãos do consumidor indicada pela ausência de terceiros entre 
eles.
Figura 1: Canal direto
Fonte: elaborado pelo autor.
Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados
Sistemas de Distribuição
3
Figura 2: Canal indireto
Fonte: elaborado pelo autor.
Já no canal indireto, temos o fabricante ou produtor que conta com o auxílio de outros 
intervenientes para que seu produto chegue ao consumidor. Essas empresas entre o produtor 
e o consumidor podem ser um agente, um atacadista, e/ou um varejista. Tudo dependerá das 
estratégias adotadas pela empresa. 
Nos casos em que a cadeia de suprimentos é internacional, a utilização de um agente 
que conheça os costumes e trâmites locais pode ser ideal. Esse interveniente age como 
um facilitador nos processos e métodos adequados para atuação naquele país, o que pode 
envolver muitas pesquisas e gastos caso a empresa se decida por fazê-lo por conta.
1.1 Sistema vertical, híbrido e múltiplo
Os sistemas verticais são canais de distribuição administrados de forma centralizada a 
fim de obter maior eficiência e impacto de marketing. Para atingirem diversos mercados, 
as empresas podem utilizar dois tipos de canais: o direto e o indireto. Elas também podem 
utilizar canais diferentes associados a produtos diferentes de uma mesma empresa. Essas 
decisões estão ligadas a fatores estratégicos para adequar-se à comercialização eficiente do 
produto.
A empresa também pode optar por canais distintos tomando como base o mercado e 
não o produto. Assim como a empresa BR Foods, que detém a marca Sadia, comercializa por 
meio de varejistas e usa vendas institucionais para refeições em escolas, hospitais e aviões. 
Nesse caso a empresa utiliza canais múltiplos.
Além dos canais diretos e indiretos, temos o canal reverso, quando os produtos se 
movem no sentido inverso, ou seja, do consumidor para o produtor ou outros participantes 
da cadeia. Temos o caso de empresas fabricantes de latas de alumínio, um dos produtos mais 
reciclados no Brasil, que agrega cooperativas, catadores de latinhas e empresas recicladoras. 
Esse tipo de canal vem tomando força uma vez que está ligado a questões de 
sustentabilidade, em que fatores econômicos, ambientais e sociais trazem uma dimensão 
maior que a simples comercialização e geração de renda para os participantes. 
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Sistemas de Distribuição
4
Nas perspectivas citadas, cada membro da cadeia é responsável pelo seu segmento. O 
controle é isolado. Já quando temos um dos membros que toma a iniciativa tanto na produção 
quanto na distribuição, temos o canal vertical, ou o Sistema Vertical de Marketing (SVM). Isso 
acontece, por exemplo, com o hipermercado Carrefour, assim como outros hipermercados, 
que são poderosos varejistas.
Considerações finais
Além desses fatores, atualmente as empresas, para se tornarem mais competitivas, 
buscam novos mercados para seus fornecedores e parceiros a fim de atender o consumidor 
que pode estar fora do território nacional. Trata-se dos canais globais. Essa prática é cada vez 
mais impulsionada pelas tecnologias da informação que aproximam mercados, possibilitam 
trocas financeiras e de informações em questões de segundos. 
Na próxima aula falaremos sobre e-commerce: o comérciofeito sem a ajuda de uma 
estrutura física, em que lojas virtuais atendem a um público cada vez maior e mais distante 
geograficamente, desafios que levam a logística a adequar a distribuição física a essa nova 
realidade, sem sobrecarregar financeiramente o custo do produto.
Referências
BOWERSOX, D.J.; CLOSS, D.J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de 
suprimentos. São Paulo: Atlas, 2001.
KOTLER, P.; KELLER, K.L. Administração de marketing. São Paulo: Prentice Hall Pearson, 2006.
Sistemas de Distribuição
Aula 04
E-commerce
Objetivos Específicos
• Mostrar ao aluno os desafios da entrega de produtos no comércio virtual
Temas
Introdução
1 Sistema de distribuição no e-commerce
Considerações finais
Referências bibliográficas
Fátima Guarda Sardeiro
Professora
Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados
Sistemas de Distribuição
2
Introdução
Atualmente, é crescente a decisão das pessoas por comprarem produtos pela internet, 
sem a necessidade de irem a uma loja física. É a chamada compra virtual. Isso se deu a 
partir da evolução das tecnologias da informação, em especial a da internet e das mudanças 
econômicas, entre outros.
Essa tendência muda a ordem econômica para muitas atividades. Para as empresas, traz 
a necessidade repensarem sua atividade produtiva e comercial. Já para os intervenientes das 
transações comerciais (bancos e administradoras de cartão de crédito) gera a necessidade de 
adequarem as formas de pagamento, estimulando, assim, o comércio, buscando inclusive 
formas de tornarem mais seguras as operações.
Nesta aula vamos estudar o e-commerce ou o comércio pela internet, sem 
a necessidade de ir a uma loja física: compras virtuais. Essa atividade exige das 
empresas um site atrativo e confiável, uma entrega correta e na data e uma 
atenção especial ao cliente.
Acesse, no ambiente virtual, a leitura recomendada para um melhor 
entendimento desta aula.
A compra em lojas virtuais faz com que as empresas eliminem alguns custos por um 
lado, porém exige esforços no sentido de tornarem suas operações de marketing e logísticas 
mais eficientes. Isso porque o consumidor não tem a segurança de ter um vendedor, uma 
estrutura de “tijolos e argamassa” como numa loja física, tampouco tem a oportunidade de 
manusear antes o produto comprado, apenas vê-lo por um site e pelo computador, numa 
atividade a distância que torna tênue a relação de confiança entre comprador e vendedor.
O site onde o cliente navegará precisa ser atrativo, ser de fácil entendimento e ser seguro 
no sentido de preservar as informações do consumidor. Além disso, deve proporcionar formas 
de contato no próprio site, ou por outras vias como telefone, e-mail, redes sociais, blogues, 
enfim, o objetivo é facilitar, fomentar e estreitar o relacionamento comercial, fidelizando o 
consumidor, principalmente quando for uma reclamação ou crítica.
Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados
Sistemas de Distribuição
3
1 Sistema de distribuição no e-commerce
Ainda, para fortalecer as relações comerciais, a empresa precisa tornar eficiente seu 
processo logístico, por se tratar de um canal importante e uma forma de tornar confiável o 
relacionamento entre vendedor e consumidor. Receber da forma correta o que comprou e no 
prazo acordado é fundamental.
Nessa perspectiva, é importante um sistema de distribuição correto, pontual que agregue 
o “valor de lugar” e o “valor de tempo” (BALLOU, 2012, p. 25). Isso quer dizer que, embora 
o consumidor possa fazer a compra com certa desconfiança, por não poder pegar o produto 
em suas mãos, como numa loja física, um sistema de transporte pode reverter a situação 
quando adiciona valor ao produto, entregando no lugar que é necessário e no momento que 
é esperado. 
Além de ter a missão de adicionar credibilidade à compra, um sistema de distribuição 
também tem como responsabilidade ser eficiente do ponto de vista de custos logísticos. 
Isso pode ser desafiador. Acontece que nosso consumidor pode estar em qualquer ponto 
do território nacional e a entrega deve chegar até ele. Para isso, em alguns casos, é preciso 
contar com um sistema logístico complexo, em que a utilização de mais de um modo de 
transporte se torna necessário. 
Considerações finais
Para se ter uma ideia da complexidade, existem alguns lugares onde o acesso deve ser 
feito apenas por vias navegáveis. Como um barco ou navio não consegue também chegar a 
qualquer lugar, o trecho precisa ser feito também por modo rodoviário. Na nossa próxima 
aula, veremos o que são e quais são os modais de transporte, bem como as características de 
cada um, seus pontos negativos e positivos e as possibilidades de combiná-los a fim de dar 
conta do vasto território brasileiro.
Referências bibliográficas
BALLOU, H.R. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial. Porto Alegre: 
Bookman, 2006.
KOTLER, P.; KELLER, K.L. Administração de marketing. São Paulo: Prentice Hall Pearson, 2006.
Sistemas de Distribuição
Aula 05
Modais de Transporte 
Objetivos Específicos
• Conceituar os modais de transporte e suas especificações e principais 
características
Temas
Introdução
1 Sistema de distribuição 
Considerações finais
Referências
Fátima Guarda Sardeiro
Professora
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Sistemas de Distribuição
2
Introdução
Nesta aula vamos compreender que a atividade comercial desenvolvida pelo marketing, 
precisa de uma continuidade: é necessário dar andamento ao pedido do cliente. Isso é 
muito importante, pois uma compra carrega o desejo de ter o objeto ou a mercadoria que 
comprou, bem como as expectativas de ser atendido no local combinado, na data prevista. 
Isso precisa ser cumprido fielmente para dar continuidade a uma relação comercial sólida e 
com credibilidade. 
Após a compra, a mercadoria é separada, conferida e embalada adequadamente. A 
empresa vendedora emite a nota fiscal – documento obrigatório dentro do território nacional, 
para que uma mercadoria transite de um local para o outro –, quando o produto já pode ser 
enviado ao cliente. 
1 Sistema de distribuição 
Nesse momento inicia-se o trabalho do transporte, que pode ser feito pela própria 
empresa vendedora por meio de um funcionário e um veículo próprios. A empresa também 
pode optar por um transporte terceirizado. E existe ainda a possibilidade de combinar as duas 
coisas, isso dependerá de alguns fatores, tais como o trecho a ser feito, o tipo de mercadoria, 
ou a distância. 
Quando se opta por terceirizar a atividade de transporte, podemos, ainda, trabalhar com 
um só parceiro, ou utilizar várias empresas transportadoras. A adoção do melhor formato 
deve atender de forma eficiente e eficaz o cliente que aguarda a mercadoria comprada ser 
entregue. A eficiência consiste em utilizar o melhor formato no que diz respeito aos custos 
envolvidos e a eficácia em entregar a mercadoria sem avarias, e no prazo acordado.
Um sistema de transporte que atenda a empresa está relacionado com a quantidade de 
instalações que ela possui, com a área geográfica a ser coberta pelo transportador, com os 
objetivos da empresa de entrega rápida ou agendada, e, dentro dessas variáveis, podemos 
ter a combinação entre elas que resulta num processo complexo a ser cumprido.
Além dos objetivos operacionais que citamos, o transporte tem um componente financeiro 
que pode comprometer a competitividade da empresa caso o deslocamento sobrecarregue 
o preço do produto. Nesse sentido, temos alguns fatores a serem considerados que fazem 
com que o custo possa ser maior. Nas próximas aulas conheceremos quais são esses fatores. 
Além de deslocar o produto de um local para o outro, um transportador tem como 
atividades emitir documentos, disponibilizar informações, coletar e entregar o produto. Pra 
isso, é necessária uma estrutura física própria ou não para exercer sua atividade e uma 
infraestrutura, conforme o tipo de transporte, ou seja, uma rodovia, ou um porto, uma 
estrada férrea ouum aeroporto, ou ainda dutos.
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Sistemas de Distribuição
3
Temos, basicamente, cinco tipos de modais: rodoviário, aquaviário, ferroviário, aéreo e 
dutoviário. Conheceremos as características de cada um deles.
1.1 Características dos modais de transportes
Rodoviário: é o transporte feito por caminhões, vans, kombis, furgões, utilizando, 
para isso, as vias e rodovias. A principal característica desse modal é a flexibilidade e a não 
dependência de outros modais. É o único que consegue completar o trajeto sem a necessidade 
de utilizar outro meio de transporte. É indicado para volumes pequenos de cargas e para 
curtas distâncias, o que não o torna ideal se a área geográfica a ser coberta for muito 
extensa. Em comparação com outros modais, como o aquaviário, sua capacidade é muito 
pequena, fazendo com que não seja apropriado nos casos de grandes quantidades a serem 
deslocadas. É indicado para curtas distâncias porque seus custos variáveis (combustível, 
pneus, manutenção) são altos (BOWERSOX; CLOSS, 2001).
A combinação ideal é a utilização desse modal para curtas distâncias com a utilização de 
um modal que tenha maior capacidade de carga para distâncias maiores.
Aquaviário: esse transporte é feito por água, podendo para isso utilizar rios, lagos 
internos e mares. A navegação marítima é uma das mais antigas formas de transporte da 
humanidade (KEEDI, 2009). Tem papel importante devido a sua grande capacidade de carga, 
o que o torna ideal para grandes distâncias e grandes volumes a serem deslocados trazendo 
com isso uma competitividade com relação aos custos de frete diante de outros modais. 
Devido a grande quantidade de rios e a grande extensão de costa marítima que temos no 
território nacional, seria um transporte ideal para ser utilizado em regiões mais distantes dos 
centros de produção, porém ainda não é a realidade brasileira. 
Esse modal carece de uma estrutura portuária para ser utilizado o que o torna dependente 
do modal rodoviário ou ferroviário para que consiga completar o trajeto, a menos que o 
destino e a origem estejam ao lado do porto (BOWERSOX E CLOSS, 2001).
Como o transporte aquaviário é indicado para grandes volumes de carga, isso pode 
comprometer sua eficiência no que diz respeito à rapidez. Ocorre que, para ser competitivo, 
é preciso que navegue com a capacidade máxima, o que, dependendo do tamanho da 
embarcação, pode demorar um período maior para ser completado, fazendo com que a 
mercadoria demore mais tempo para ser entregue. 
Aéreo: para que esse transporte seja feito, é necessária também uma estrutura de 
aeroportos. O deslocamento é feito por aviões que podem transportar tanto carga quanto 
passageiros. Sua característica principal é a rapidez com que uma mercadoria pode ser 
deslocada de um lugar para outros, o que o faz ideal para cargas com alta perecibilidade 
tais como órgãos para serem transplantados. Essa rapidez, porém, tem um alto preço. O 
combustível utilizado no transporte aéreo é o mais caro e poluente. Esse detalhe inviabiliza 
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4
financeiramente um deslocamento, a menos que o objetivo seja a urgência e não os custos. 
Veremos mais à frente que existem casos que os custos relativos ao frete desse modal podem 
ser justificados. 
Esse modo de transporte, assim como o aquaviário, é dependente de um modal terrestre 
como rodoviário ou ferroviário. Ele é indicado para cargas pequenas e valiosas pois, devido a 
menor quantidade de manuseios a que a carga é submetida, pode trazer uma economia com 
relação a embalagens e seguros de carga (BOWERSOX; CLOSS, 2001).
Ferroviário: as ferrovias, instalações, armazéns e pátios trazem um componente de 
custo que torna esse modal desfavorável com relação a custos fixos para que o transporte 
por trilhos seja feito. Porém sua grande capacidade de comportar grandes volumes de cargas 
por grandes distâncias torna o modal eficiente com relação ao custo de frete. Isso faria do 
transporte por ferrovias o transporte ideal no território brasileiro, porém ainda é subutilizado.
Até meados dos anos 1990 do século XX, a responsabilidade por manter e construir 
ferrovias era de competência do Estado brasileiro. A partir daí, foram concedidos alguns 
trechos para a iniciativa privada. Essa mudança está alterando alguns cenários do transporte 
brasileiro. Investimentos estão sendo feitos, contribuindo com uma maior utilização desse 
modal. É possível ver alguns segmentos, como o transporte de combustíveis, utilizarem mais 
intensamente esse modo de transporte. 
Em termos de velocidade de deslocamento de mercadoria e de quantidade de manuseios 
a serem feitos, esse modal se torna mais atrativo para mercadorias que possuem um baixo 
valor agregado como as commodities. Por isso ele é mais indicado no transporte para 
produção, o que não é o foco da nossa disciplina.
Dutoviário: esse modo de transporte é muito específico para determinados produtos ou 
empresas. Os dutos são tubulações por onde são transportados os produtos que devem estar 
na forma líquida ou gasosa. São operados sem interrupções, durante toda a semana, 24 horas 
por dia (BOWERSOX; CLOSS, 2001).
Isso faz desse modal o transporte ideal para produtos críticos aos seus consumidores 
e clientes: a água. Seu fornecimento não pode ser interrompido, já que se trata de produto 
imprescindível à sobrevivência, logo os reservatórios de água devem funcionar continuamente, 
bem como todas as tubulações devem conter a água para que não haja interrupções de 
abastecimento. 
Nesse modo de transporte não há a necessidade de embalagem, o produto é deslocado 
a granel. Para isso, exige custos fixos altos de instalação e manutenção das estruturas, porém 
o custo variável é baixo. Pelo seu aspecto restrito a alguns produtos, esse modal não será 
abordado em nossa disciplina.
Se compararmos algumas características operacionais tais como velocidade, 
disponibilidade, confiabilidade, capacidade e frequência de cada modal: o ferroviário, o 
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Sistemas de Distribuição
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rodoviário, o aquaviário, o dutoviário e o aéreo, com cada característica, veremos que o modal 
rodoviário, em termos operacionais, é o mais bem pontuado, no que diz respeito a velocidade, 
disponibilidade, confiabilidade e frequência. Ele perde apenas no quesito capacidade. Já o 
modal aquaviário é o que se classifica como o mais problemático em termos operacionais, 
porém ele é o mais bem pontuado no item capacidade.
Tabela 1. Classificação das características operacionais relativas por modal de transporte
(quanto menor a pontuação, melhor a classificação)
Características 
Operacionais
Ferroviário Rodoviário Aquaviário Dutoviário Aéreo
Velocidade 3 2 4 5 1
Disponibilidade 2 1 4 5 3
Confiabilidade 3 2 4 1 5
Capacidade 2 3 1 5 4
Frequência 4 2 5 1 3
Total 14 10 18 17 16
Fonte: Bowersox; Closs (2001, p. 291).
Isso quer dizer que, dependendo dos objetivos da empresa, é importante buscar o tipo 
de transporte que atenda ao cliente com eficiência e eficácia, bem como toda estrutura dos 
canais de distribuição.
Considerações finais
Essa característica – capacidade –, que torna o modal aquaviário o melhor, é importante 
quando consideramos fatores financeiros. Veremos na nossa próxima aula que atender 
o cliente no que ele necessita é importante tanto quanto não sobrecarregar os custos 
operacionais para fazê-lo.
Referências
BOWERSOX, D. J; CLOSS, D.J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de 
suprimento. São Paulo: Atlas, 2001.
KEEDI, Samir. Transportes, unitização e seguros internacionais de carga: prática e exercícios. 
São Paulo: Aduaneiras, 2009. 
Sistemas de Distribuição
Aula 06
Modais de Transporte 
Objetivos Específicos
• Mostrar as relações entre o modal de tranportes e sua relação com nível de 
serviço e custos
Temas
Introdução
1 Transportes e os fatores econômicos
Considerações finaisReferências
Fátima Guarda Sardeiro
Professora
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2
Introdução
Vimos que uma empresa tem canais de distribuição a serem atendidos e por isso 
precisamos ter um sistema de transporte adequado que atenda as demandas vindas dos 
participantes do canal, sejam elas dentro ou fora do território nacional, de uma loja física como 
um varejista que demanda quantidades maiores ou de uma compra on-line (e-commerce) 
que, ao contrário do varejista, demanda somente um item, na maioria dos casos.
Para isso, conhecemos alguns modos de transporte e suas características com relação a 
disponibilidade, capacidade, agilidade entre outras variáveis que tornam o modal adequado 
ou não aos objetivos em questão. Além desses fatores operacionais existem outros aspectos 
a serem considerados. Vamos abordar sete questões econômicas que impactam nas decisões 
de transporte: distância; volume; densidade; facilidade de acondicionamento; facilidade de 
manuseio; responsabilidade e mercado (BOWERSOX E CLOSS, 2001).
1 Transportes e os fatores econômicos
Distância: é um dos principais fatores que afetam o transporte. A partir do ponto de 
origem e do ponto de chegada temos questões de deslocamento de um produto como o 
combustível que será utilizado, a mão de obra, a manutenção, desgaste de peças. Dentro 
dessa variável temos ainda duas questões a serem abordadas, uma é saber se a distância é 
cumprida sem paradas ou se são entregas fracionadas. Neste segundo caso, podemos ter 
custos com relação a movimentação nas paradas que devem ser feitas.
Volume: outro fator importante é o espaço que essa carga vai ocupar em determinada 
unidade transportadora. Ocorre que cargas mais volumosas exigem espaços maiores e 
isso está relacionado diretamente com a capacidade do veículo. A decisão mais adequada 
é quando temos o caso de uma carga que exige muito espaço, utilizamos o modal que se 
adapte a essa exigência, caso contrário, teremos que fazer muitas viagens para deslocar de 
um ponto ao outro e isso se torna antieconômico.
Densidade: esse fator está na relação peso e espaço. Geralmente temos mais restrição 
de espaço dentro das unidades transportadoras do que de peso. Essa característica implica 
que temos um custo maior em cargas mais leves e menos pesadas. Isso acontece porque 
temos um custo fixo a cada vez que transportamos e que não está associado à distância. Para 
otimização do transporte é necessária a diluição desse custo por unidade transportada e isso 
se dá melhor quando temos um veículo com grande capacidade de carga.
Facilidade de acondicionamento: existem algumas cargas que fogem do tamanho, peso e 
do formato-padrão, quando tomamos como base uma unidade transportadora. Nesses casos 
não há um aproveitamento adequado dos espaços e com isso se trafega com uma unidade 
com espaços ociosos. Isso tira a otimização, logo é um fator que deve ser considerado no 
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Sistemas de Distribuição
3
planejamento de um sistema de distribuição. O indicado seria tornar o formato dessa carga 
padronizado e uma das soluções seria a adoção de uma embalagem. Nas nossas próximas 
aulas, falaremos sobre embalagem e suas relações com o transporte de produtos.
Facilidade de manuseio: assim como temos uma carga fora dos padrões para 
acondicionar, podemos ter nessa mesma carga uma dificuldade para manusear. Devemos 
considerar que há dois momentos em que precisamos movimentar que são no carregamento 
e no descarregamento. Isso pode acontecer mais do que uma vez, dependendo da distância 
em questão e do número de modais que serão utilizados na rota. Nesses momentos, 
há a necessidade de utilização de equipamentos que podem acompanhar a unidade 
transportadora ou que devem estar nos locais onde serão feitos os respectivos carregamentos 
e descarregamentos. Esse fator também deve ser considerado nos casos de produtos 
perigosos que podem ter riscos (explosão, corrosão, entre outros) e que por conta disso 
exigem a utilização de equipamentos especiais do veículo para casos de emergência, bem 
como os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para o motorista e seus ajudantes. 
Responsabilidade: nesse item temos, basicamente, três variáveis envolvidas: risco, 
segurança e perecibilidade. Na primeira, podemos ter uma carga perigosa e num acidente 
ocorrer a contaminação de uma via pública, interromper um fluxo de veículo, ou mesmo 
contaminar um rio. Nesses casos há é preciso adotar um seguro de responsabilidade civil para 
minimizar possíveis consequências danosas e também a utilização de pessoas especializadas 
(habilitadas, com curso específico e treinadas nos riscos do produto em questão) para o 
transporte. Ainda, a unidade transportadora deve ser certificada por órgão competente e 
possuir as sinalizações necessárias.
Na segunda variável, há a questão da segurança. Existem algumas áreas geográficas, 
bem como tipo de carga que são mais vulneráveis para o ataque criminoso e que, por conta 
desse fator, temos a necessidade de adotar sistemas e equipamentos de proteção.
Na terceira variável, temos o fator perecibilidade que exige um cumprimento do tempo de 
entrega para não comprometer a validade do produto e em alguns casos há a necessidade de 
adotar uma unidade transportadora refrigerada para preservar as condições da mercadoria. 
Mercado: as dimensões continentais do Brasil garantem a ele uma grande diferença 
geográfica e climática. Existem regiões que são acessíveis somente pelo modo aquaviário 
quer seja pela inexistência de vias e rodovias em condições de tráfego ou pela distância, o 
que torna o transporte por esse modo inviável financeiramente. Para grandes distâncias o 
transporte por rio ou por ferrovia seria o mais indicado, porém não temos uma regularidade 
nesse modal. Isso pode comprometer o tempo de trânsito de um deslocamento. Para ilustrar 
esse fator, vamos conhecer o caso da Usina Itamarati.
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4
Acesse no ambiente virtual a leitura disponível da Midiateca sobre:
Quando o rio é a única via
Evolução dos negócios na região
Peculiaridades da operação fluvial.
Considerações finais
Vimos que existem muitos fatores que influenciam nas decisões de transporte e para 
avaliar seu impacto precisamos considerar o tipo de carga em questão. Essas decisões precisam 
ser integradas com as instalações a serem atendidas. Esse é o tema da nossa próxima aula.
Referências
BOWERSOX, D.J.; CLOSS, D.J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de 
suprimentos. São Paulo, Atlas, 2001.
CARDONA, Sônia Monfil. Quando o rio é a única via. Tecnologística, revista do segmento de 
Logística e Transportes, Publicare Editora Ltda., ano XVIII, n. 204, nov. 2012, p. 56-57. 
Sistemas de Distribuição
Aula 07
Instalações
Objetivos Específicos
• Conceituar e mostrar os diferentes tipos de instalações que compõem um 
sistema próprio de distribuição
Temas
Introdução
1 Instalações
Considerações finais
Referências bibliográficas
Professora
Fátima Guarda Sardeiro
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Sistemas de Distribuição
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Introdução
Já vimos sobre os modais de transporte e como utilizar o melhor sistema de forma a obter 
o melhor nível de serviço de acordo com as características de cada modal, considerando ainda 
as questões dos custos envolvidos para isso. Para ter um sistema adequado de deslocamento 
de produtos, é necessário que se saiba qual será o ponto de origem, qual o ponto de destino, 
quantas paradas serão feitas, quais as quantidades a deslocar de um lugar para o outro, 
entre outras questões. Todas essas variáveis dependerão de quantas instalações o sistema de 
transporte irá servir. Esse será o foco da nossa aula: instalações.
Abordaremos o assunto, basicamente com foco físico, ou seja, quais os tipos de 
instalações, como funcionam, características, entre outros aspectos. E também com um focoestratégico, refletindo sobre a instalação adequada para obter vantagem competitiva dentro 
de uma cadeia de suprimentos. 
Sob essas duas perspectivas – foco físico e foco estratégico – temos outra diversidade 
de maneiras de a empresa utilizar as instalações. Ela pode optar por ter instalações próprias 
onde ela mesma cuida de todas as etapas, desde a fabricação, armazenamento e pontos de 
apoio para distribuição, num sistema verticalizado. Ela ainda pode ter um sistema em que 
ela trabalhe em parceria com outras empresas utilizando as instalações destas. Ou, ainda, 
uma mistura das duas opções. Não existe um sistema melhor entre os que apontamos, o que 
existe é um sistema adequado para atender cada tipo de operação específica, dentro de uma 
gama de características que devem ser verificadas para a escolha da melhor alternativa.
Tomar a decisão acertada quer dizer que a empresa proporciona ao seu cliente um 
nível de serviço de qualidade, com um sistema operacional dinâmico, correto e com os 
menores custos para isso. É por isso que as instalações precisam ser projetadas conhecendo 
as especificidades do produto, do cliente, da praça e da propaganda, que são funções do 
Marketing. Escolher as instalações adequadas deve ser feito em conjunto com Marketing de 
modo a proporcionar vantagem competitiva para a empresa.
1 Instalações
Definir quais serão as instalações fixas numa cadeia de suprimentos é uma decisão 
complexa, porque é ela que dará os contornos, as formas e a estrutura ao conjunto completo 
de uma cadeia de suprimentos (BALLOU, 2006). Temos ainda a questão do tamanho dessa 
instalação, o que implica qual será o seu objetivo, qual será a capacidade que deverá atender 
o que será feito nas suas dependências. Trabalhar com uma instalação grande, ou duas 
pequenas que atendam uma região maior, também é uma questão que deve ser pensada.
A decisão de adotar uma instalação própria implica, ainda, decidir se a instalação será 
adquirida ou será alugada. Dentro das duas perspectivas, existem alguns fatores que devem 
ser avaliados: mão de obra, adequação da instalação ao tipo de serviço e produto; adoção 
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Sistemas de Distribuição
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de estruturas; utilização de equipamentos de movimentação e manuseio; necessidade de 
um sistema de informação. Todas estas questões incorrem em custos. Além desses fatores, 
há os chamados custos estruturais que são água, luz, telefone, limpeza, segurança física e 
patrimonial, entre outros, dependendo da especificidade do produto. 
Essas questões físicas de instalação devem ser decididas em conjunto com as questões 
comerciais, ou seja, as instalações devem ser o ponto de suporte para que uma cadeia de 
suprimentos seja competitiva e para isso deve atender o cliente/consumidor no momento, 
local e quantidade que ele precisa, praticando os menores custos operacionais. 
Para compreender melhor essas questões, vamos ver o caso da Danone, empresa com 
fatores que tornam mais complexas suas instalações tais como ter um produto que precise de 
refrigeração, a vida útil do produto é curta e a área geográfica a ser atendida é muito distante 
da fábrica da empresa. Nele temos uma opção pelas duas alternativas no sistema de 
distribuição: instalação própria (para fabricação) e terceirizada (para armazenagem e 
distribuição).
O caso da empresa Danone foi publicado na revista Tecnologística em 
janeiro de 2012. A empresa precisava expandir sua operação na região Nordeste, 
porém, tinha alguns fatores de incerteza que poderiam não dar certo. Assim ela 
achou melhor compartilhar os riscos com um parceiro logístico. 
O texto está disponível na midiateca do ambiente virtual.
Após a leitura, vale observar alguns pontos-chave no caso da Danone que fizeram com 
que ela tomasse a decisão de configurar suas instalações daquela forma:
• lead time dos produtos: iogurtes têm vida curta, a partir do momento que são 
fabricados devem estar disponíveis rapidamente no ponto de venda, senão perdem 
as condições de venda ideais;
• fornecedor principal da Danone deve estar próximo dela, ou seja, nesse caso são os 
produtores de leite e não é em qualquer região geográfica que há as condições ideais 
para se produzir essa matéria-prima; 
• o consumidor nordestino não tinha por hábito consumir esse tipo de produto, o que 
poderia vender ou não;
• instalações iniciais demandam investimento e adequações e incorrrem em custos 
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fixos e mensais que, caso não tenham contrapartida nas vendas, se tornam inviáveis 
economicamente;
A opção por ter uma instalação em parceria com outra empresa foi acertada a partir do 
momento que houve a partilha dos custos diluindo, dessa forma, os riscos de um investimento 
inicial.
Outro destaque para a decisão da Danone foi que o operador logístico escolhido é 
especializado nesse tipo de produto (que precisa ficar sob refrigeração e tem tempo de vida 
curto).
Com relação à produção, a Danone decidiu-se por ela própria fabricar seus produtos, uma 
vez que já tinha instalações na região nordestina, bastando apenas reativá-la, e o local era 
favorável porque tinha uma bacia leiteira, ou seja, o fornecimento da matéria-prima estava 
garantido. A instalação da fábrica diminuiu o tempo de atendimento àquela região, uma vez 
que a Danone possuía apenas fábrica na região Sudeste (Poços de Caldas – MG), distante 
geograficamente da região Nordeste, o que aumentava seu tempo de entrega e diminuía o 
tempo que o produto ficaria exposto no ponto de venda (o varejo).
Outro ponto que merece destaque nessa iniciativa é que uma instalação de uma fábrica, 
na maioria das vezes, traz crescimento econômico para a região, melhorando a qualidade de 
vida das pessoas e trazendo retornos tanto para a população, para o governo local, bem como 
para a Danone.
Destaque ainda para o fato de que, além das duas fábricas, a produção é complementada 
por empresas e cooperativas que produzem alguns produtos para a Danone, como forma de 
aumentar a capacidade sem ter necessidade de investir em plantas próprias. O único cuidado 
é com a qualidade do produto.
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Considerações finais
As instalações devem atender regiões geográficas que necessitem de estruturas locais. 
Em conjunto com essa opção, é preciso decidir por um sistema de transporte que dê suporte 
entre as necessidades de deslocamento de produtos entre fornecedores e indústria; indústria 
e centros de distribuição; e/ou centros de distribuição e varejistas. Todas essas questões são 
fatores estratégicos que devem ser baseados no nível de serviço ao cliente, bem como nos 
custos envolvidos nas opções.
No caso da Danone, como pudemos ver, foi adotado uma solução que contemplava tanto 
um sistema próprio, quanto a parceria com um operador logístico que atuou nas questões 
de armazenagem e distribuição dos produtos e, o que era mais importante, sob as condições 
exigidas devido as peculiaridades do produto.
Outro fator que pudemos destacar foi o desafio de atuar numa região de grande 
abrangência geográfica como a região Nordeste e que está afastada geograficamente da 
indústria, fato que levou a empresa a optar por uma indústria própria local, para aumentar o 
tempo que o produto estivesse disponível no varejo. Trata-se de um fator competitivo para 
esse participante da cadeia que atende o consumidor. Nossa próxima aula também abordará 
as instalações para atender um sistema de distribuição. Veremos as opções de um sistema 
terceirizado.
Referências bibliográficas
BALLOU, H.R. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial. Porto Alegre: 
Bookman, 2006
BOWERSOX, D.J.; CLOSS, D.J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de 
suprimentos. São Paulo: Atlas, 2001.
MARINO, Sílvia. Decisão Acertada. Tecnologística, revista do segmento de Logística e Transportes, 
Publicare Editora, ano XVIII,número 206, janeiro/2013, p. 48-52. 
Sistemas de Distribuição
Aula 08
Instalações – Parte 2
Objetivos Específicos
• Conceituar e mostrar os diferentes tipos de instalações que compõem um 
sistema em parceria de distribuição e finalidade de armazenamento.
Temas
Introdução
1 Instalações como pontos estratégicos
2 Instalações terceirizadas
3 Depósitos públicos
4 Depósito contratato
Considerações finais
Referências
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Introdução
Uma empresa precisa operar com pontos de apoio para que consiga atender seus 
consumidores, num sistema de distribuição. Nesses pontos de apoio são executadas atividades 
que dão suporte, agilizam e facilitam, não sendo apenas um depósito para guardar material, 
nele podem acontecer várias atividades necessárias para processar um pedido de um cliente.
Uma instalação pode concentrar diversas cargas vindas de destinos diferentes e que vão 
para um local só ou diversos locais. Esse rearranjo de produtos precisa de uma instalação 
física para acontecer. 
Com o crescimento do poder aquisitivo das famílias, que tem acontecido de uma forma 
gradual, acompanhado também pela crescente tendência de compras virtuais (e-commerce) 
as empresas estão experimentando uma elevação de suas vendas. Isso faz com que as 
organizações precisem readequar suas operações de entrega. O aumento dos canais de 
distribuição como estratégia de marketing para elevação de vendas deve ser acompanhado 
também por investimentos no sistema de distribuição competente para atender a expectativa 
do cliente, que é comprar e receber pelo seu produto no menor prazo, sem avarias e na 
quantidade desejada. 
Além do crescimento econômico, temos outro fator que traz complexidade aos sistemas 
de distribuição. Trata-se da diversificação de produtos e os constantes lançamentos. Esse 
fator, combinado com os desafios de atender clientes em áreas geográficas cada vez maiores, 
faz com que as empresas busquem formas de otimizar entregas, conciliando o que vem de 
fornecedores e o que segue para o cliente.
1 Instalações como pontos estratégicos
É por essa razão que uma instalação tem um caráter estratégico que pode ser utilizado 
para diversos fins tais como um centro de distribuição, terminal de consolidação, uma 
instalação de break bulk - local onde veículos de fornecedores têm suas cargas separadas 
e transferidas para veículos menores de entrega (figura 1) - ou mesmo de cross docking - 
veículos de vários fornecedores com cargas separadas são transferidas para outro veículo 
com destino único, numa carga consolidada (figura 2). (BOWERSOX, 2001).
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3
Figura 1 – Break bulk
Fonte: Bowersox (2001, p. 327).
Figura 2 – Cross docking
Fonte: Bowersox (2001, p. 327).
Como acontecem inúmeras atividades em uma instalação, tais como conferência, 
manuseios, movimentação, entre outras, conforme vimos na nossa primeira aula, há um 
consumo de recursos muito grande, tais como mão de obra, tecnologia da informação, 
equipamentos de manuseio, equipamentos de movimentação, entre outros dependendo 
do segmento da empresa, que demandam investimentos e ainda incorrem em custos fixos 
mensais, quando a empresa opta por ter um sistema próprio.
Some-se a isso, dependendo do tamanho da área geográfica onde essa empresa atua, 
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4
qual seu segmento e outros vários elementos da empresa, bem como elementos externos 
do segmento e da região a que essa empresa pertence, que exige não uma, mas várias 
instalações que deem apoio ao sistema de distribuição. Isso significa que o investimento e o 
custo crescem à medida que a empresa aumenta suas operações. Diante desses fatores que 
possam demandar capital da empresa, a terceirização pode ser uma opção viável que traga 
ganhos de competitividade e que minimize os riscos.
2 Instalações terceirizadas
Quando uma empresa vai adotar um parceiro logístico, para ser um ponto de apoio, 
dentro de suas operações de distribuição, deve ter outros propósitos e não só a redução de 
custos. Isso porque esse parceiro poderá ficar entre a empresa e seu cliente e isso pode ser 
bom ou muito ruim. Além de atender o aspecto financeiro, o parceiro precisa também possuir 
um conjunto de atributos que sejam alinhados com o propósito da empresa contratante, 
porque senão o elo em um sistema de distribuição pode se romper e terminar num problema 
sério com o cliente. A terceirização não é o foco da nossa disciplina, por isso não vamos nos 
aprofundar no assunto.
Em um sistema terceirizado, podemos ter dois tipos: depósito público e depósito 
contratado (BOWERSOX, 2001). Ambos são operados por uma empresa parceira que 
normalmente oferece um conjunto de serviços padronizados a uma gama de clientes, o que 
pode ser vantajoso do ponto de vista dos custos. Além disso, a empresa pode optar pelo 
pagamento de uma taxa fixa ou de uma taxa variável.
3 Depósitos públicos
Os depósitos públicos, também chamados de depósito gerais, podem acondicionar uma 
variedade de mercadorias, tais como produtos químicos, refrigerados, eletroeletrônicos, 
farmacêuticos, entre outros tipos. Além disso, podem oferecer serviços de importação 
ou exportação, pois alguns deles possuem licença do governo para operar com aduana. A 
utilização de um depósito aduaneiro pode ser vantajoso para a empresa a considerar que se 
poderá postergar o pagamento dos impostos de importação em alguns casos.
Fatores como flexibilidade financeira e vantagens de economia de escala também 
podem ser proporcionados pelos depósitos públicos (BOWERSOX, 2001). Isso significa que 
empresas que operam nesse segmento têm nessa atividade seu negócio principal, logo 
se especializam e sabem dos riscos inerentes, investem em tecnologia e mantêm pessoal 
altamente especializado.
Além disso, a terceirização pode transformar um custo fixo da empresa num custo 
variável. Ainda a contratante dos serviços pode contar com investimentos e atualizações 
feitos pelo parceiro e aproveitar sua expertise no negócio.
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4 Depósito contratato
Num depósito contratado, a empresa pode ter uma área em um local que seja somente 
dela, é como se fosse um local próprio, operando em um local público. Para que seja atrativo, 
deve combinar um relacionamento a longo prazo e o compartilhamento dos riscos (BOWERSOX, 
2001). Nesse tipo de contratação, a parceria pode caminhar para uma expansão dos serviços, 
caso as empresas tenham esse objetivo, o que traz ganhos operacionais pela transferência 
de toda uma operação logística para um parceiro, deixando a empresa concentrada no seu 
negócio principal.
Considerações finais
Como vimos nas aulas 7 e 8, um sistema de distribuição precisa de pontos de apoio para 
que sejam executadas tarefas e atividades que agregam valor à operação logística. Dentro dessa 
necessidade, temos a premissa de que esse sistema deve atender aos aspectos de marketing 
mantendo um nível de serviço adequado e também praticar os menores custos operacionais, 
o que proporciona competitividade à empresa. A opção por instalações terceirizadas pode ser 
uma alternativa viável porque, além de diluir riscos com o novo parceiro, pode transformar 
custos fixos que a empresa teria em custos variáveis, não necessitar mobilizar o capital da 
empresa em investimentos em estruturas, equipamentos e outros e ainda deixar a empresa 
com foco em seu negócio principal. 
Para que não tenha uma ruptura na cadeia de abastecimento, é necessário buscar um 
parceiro logístico que tenha eficiência operacional, esteja alinhada no propósito de um 
serviço de qualidade e que tenha compromisso em atender as expectativas do cliente, sem o 
quê uma parceria não terá êxito.
Na nossa próxima aula falaremos de outro item que também é importante em um 
sistemade distribuição. Trata-se da informação. Veremos como ela é fundamental para que 
as atividades aconteçam evitando erros operacionais, retrabalhos, baixa de produtividade 
que são fatores que interferem no desempenho operacional, causando maiores custos.
Referências
BOWERSOX, D.J.; CLOSS, D.J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de 
suprimentos. São Paulo: Atlas, 2001.
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Aula 09
Informações 
Objetivos Específicos
• Mostrar a importância da informação em um sistema de distribuição
Temas
Introdução
1 Da era industrial para a era da informação
2 Informação num sistema de distribuição
Considerações finais
Referências
Fátima Guarda Sardeiro
Professora
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Introdução
Nas duas aulas anteriores comentamos sobre os fatores físicos e estratégicos das 
instalações e de como esse item é importante na composição de uma rede de pontos de apoio 
que torna melhor e mais dinâmico um sistema de distribuição. É importante ainda lembrar 
que para escolher as instalações mais adequadas devemos pensar no fator custo-benefício 
para tomar decisões no sentido de optar por uma instalação própria ou uma instalação em 
parceria. 
Na aula de hoje, vamos compreender outro fator importante para um sistema de 
distribuição. Trata-se da informação e de como esse componente dá início a um processo 
operacional logístico para atender ao cliente. A importância de obter o dado correto no 
momento que iremos executar determinada atividade ou iniciar um processo garante que 
aquilo vai acontecer da melhor forma. E não para por aí, além de saber a informação correta, 
saber a informação com antecedência é fator primordial nos casos que serão comentados 
adiante.
1 Da era industrial para a era da informação
Voltando pelo menos uns 50 anos atrás, quando não tínhamos ainda grandes modificações 
acontecendo, quando as mudanças ocorriam de forma mais lenta dando tempo para as 
empresas analisarem os acontecimentos e repensarem sua forma de atuação, não tínhamos 
tantas necessidades de informação antecipada. Bastava manter-se atualizado com o que 
estava acontecendo.
 Ao contrário dos tempos atuais, em que o cenário se mostra muito mais dinâmico, ter a 
informação antecipada e correta é essencial para o sucesso de uma empresa. Essas mudanças 
acompanharam as atualizações tecnológicas, econômicas e sociais, nas quais a internet 
trouxe grandes transformações na forma de se comunicar e de difundir uma informação. Essa 
ferramenta, se bem utilizada pelas empresas, pode trazer inúmeros fatores positivos, desde 
um mapeamento, um estudo de tendência, aproximação de um grande número de pessoas, 
pesquisas de mercado, entre outros benefícios. 
Assim como pode ajudar colaborando, pode, ainda, contribuir para denegrir uma 
marca ou um produto. Ocorre que, atualmente, as pessoas, em sua grande maioria, utilizam 
ferramentas como as redes sociais. Nesses locais as informações circulam muito rapidamente, 
fazendo com que um fato bom ou ruim chegue ao conhecimento de milhões de pessoas em 
poucos instantes. Por isso um cenário pode mudar depressa e, assim, as empresas devem 
estar preparadas. Um exemplo é quando alguém fala algo pelo Twitter (uma das ferramentas 
de redes sociais) e tem repercussão rápida entre milhões de pessoas com um simples apertar 
de teclas. Vamos compreender as questões da informação em processos logísticos e em 
especial no processo de distribuição.
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2 Informação num sistema de distribuição
Embora a tecnologia tenha avançado, não é garantia que a informação vinda por ela seja 
de qualidade. De acordo com Bowersox (2001), uma informação distorcida ou ineficiente 
pode comprometer o desempenho operacional, sendo que as deficiências mais comuns 
enquadram-se em duas grandes categorias. A primeira diz respeito às tendências e aos 
acontecimentos.
No âmbito logístico muitas situações precisam ser evitadas, com informação antecipada. 
Um exemplo trata-se de uma questão problemática para um sistema de distribuição, que é 
o roubo de cargas. Quando vai planejar um roteiro para entrega de uma carga valiosa, ou de 
uma carga que é muito visada para roubo, a pessoa que irá fazer tal planejamento precisa 
de uma série de informações do veículo, do motorista, da carga, da rota que irá fazer, dos 
sistemas de segurança que irá adotar, entre muitas informações antecipadas. O fator surpresa 
põe em risco a vida do motorista e traz danos patrimoniais para a empresa.
A segunda categoria, para Bowersox (2001), diz respeito à diferença entre o que o 
cliente deseja e o processamento de seu pedido. Vimos na nossa primeira aula que um 
processo logístico parte de uma necessidade de produto ou de serviço do cliente. A partir 
disso é disparado um fluxo de materiais, informações, recursos financeiros e pessoas que 
são mobilizados para atender a esse pedido. Por isso, se a informação não for condizente 
com as necessidades do cliente, essas séries de atividades, que seriam feitas para atendê-lo, 
incorrem em erros e custos desnecessários que tiram a competitividade de uma cadeia de 
suprimentos.
Por isso é muito importante que a informação do pedido do cliente esteja correta 
porque dela depende todo o desempenho de uma cadeia de suprimentos. Num sistema de 
distribuição em especial, uma informação incorreta traz inúmeras deficiências. As devoluções 
de mercadoria exigem retrabalho, ou seja, que se refaça o pedido e o entregue novamente. 
Temos aí custos gerados pela devolução que não estava prevista, o deslocamento de um 
funcionário que estava fazendo um trabalho para fazer um retrabalho, as mercadorias 
devolvidas que precisam ter um fluxo reverso de entrada no estoque para não ocasionarem 
problemas e um custo invisível que se traduz na insatisfação do cliente com a entrega errada 
e o atraso.
O custo institucional da informação incorreta é difícil de ser mensurado, isso porque 
o cliente pode nos dar uma nova chance reclamando e expressando o quanto ele ficou 
descontente pelo erro, mas, se ele simplesmente não reclamar e resolver mudar de fornecedor, 
é um caso problemático para a empresa, pois com certeza será muito difícil recuperar esse 
cliente insatisfeito.
Para Bowersox (2001, p. 40) “a vantagem do fluxo rápido de informações está diretamente 
relacionada com o equilíbrio dos procedimentos de trabalho”. Para exemplificar, imagine uma 
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empresa ponto.com que atua no e-commerce e que tem como estratégia a entrega rápida 
dos pedidos feitos on-line. Se não houver uma troca de informações correta e eficiente entre 
marketing, gerenciamento de estoque e distribuição de produtos, o processamento do pedido 
do cliente pode ficar comprometido, tirando a competitividade da empresa.
A informação também é muito importante para o gerenciamento do pedido e as 
projeções (BOWERSOX, 2001). Como já vimos, uma sequência de atividades é disparada 
para atender uma demanda prevista. Essas atividades consomem recursos diversos, que, 
por consequência, consomem custos para serem operacionalizadas. Sendo assim, caso essa 
previsão de demanda seja muito otimista ou pessimista, pode gerar sobras ou ter faltas para 
atender o que foi projetado.
Esse fator foi o que levou a empresa Renault, montadora francesa de automóveis, a 
adotar o sistema S&OP (Sales and Operation Planning) na sua planta do Brasil. Para a empresa 
o fato da previsão de demanda ser feita apenas pelo marketing incorre num viés comercial 
de estímulo às vendas, o que pode se tornar um problema nas questões operacionais para 
atender tal demanda, gerando distorções, incorrendo em custos desnecessários e em sobras 
de produto antes, durante e após o processo produtivo. A ferramenta ajudou a Renault a fazer 
um refinamento das projeções comerciais e transformá-las numa previsão em sintonia com 
asdemandas operacionais, melhorando o fluxo de caixa e diminuindo custos operacionais, 
proporcionando um desempenho operacional e ao mesmo tempo mantendo o nível de 
serviço ao cliente. Não foi fácil, uma vez que foi compartilhada uma decisão que sempre foi 
do setor comercial e isso se faz com muito planejamento e conscientização.
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Considerações finais
Para ser competitiva uma empresa precisa repensar suas estratégias constantemente. 
Numa era em que a informação circula rápida e livremente, estar preparado para utilizá-la de 
forma competente é questão de sobrevivência para a organização. A previsão e o 
processamento incorreto induzem a empresa a um desempenho no mínimo mediano, e, 
diante das adversidades causadas pelas mudanças, a empresa precisa no mínimo estar entre 
as melhores.
Você está utilizando as informações de forma correta para gerenciar sua 
carreira profissional? Se pensou muito, corra! Você pode perder alguma chance 
se não estiver preparado para abraçar uma chance quando ela surge. Estude! 
Leia! Faça cursos! E mantenha-se atualizado. Não pare nunca de aprender.
Para processar informações, temos que ter sistemas operacionais e equipamentos que 
possibilitem um fluxo contínuo e correto dentro dos processos logísticos, evitando rupturas 
para atender o cliente. Este será o foco da nossa próxima aula: sistemas de informação.
Referências
BOWERSOX, D.J.; CLOSS, D.J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de 
suprimentos. São Paulo: Atlas, 2001.
MARIANO, Sílvia. Maior poder de decisão. Tecnologística, revista do segmento de Logística e 
Transportes, Publicare Editora, ano XVII, número 196, mar. 2012, p. 1. 
Sistemas de Distribuição
Aula 10
Tecnologia da Informação 
Objetivos Específicos
• Abordar as principais tecnologias da informação na distribuição e sua relação 
com o nível de serviço ao cliente
Temas
Introdução
1 Tecnologia de informação nos processos logísticos
2 Processamento da informação
3 Operacionalização da informação
4 Tecnologias no transporte
Considerações finais
Referências
Fátima Guarda Sardeiro
Professora
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Introdução
Vimos na aula anterior a importância da informação para um sistema de distribuição 
eficiente. Além da informação correta, ter acesso antecipadamente faz com que possamos 
atuar de modo estratégico frente a mudanças constantes. Isso é fundamental porque, além 
de evitar custos desnecessários, mantém-se o nível de serviços adequado às necessidades 
dos clientes e traz competitividade à empresa.
Para fluir entre os processos, a informação precisa de mecanismos adequados que 
garantam sua veracidade e consonância com o que é importante e necessário ser feito. Nossa 
aula abordará sobre a questão das tecnologias que dão suporte as operações, e em especial 
as operações de distribuição dentro da cadeia de suprimentos. Veremos quais principais 
ferramentas podem colaborar para um processo preciso, organizado e confiável.
1 Tecnologia de informação nos processos logísticos
Nos últimos 20 anos basicamente, acompanhamos a criação e inserção de diversos 
sistemas, equipamentos e softwares para tornar os processos logísticos ágeis e confiáveis. 
Vieram, em grande parte, no bojo da inserção da internet. Hoje, fica difícil imaginar uma 
empresa que não se utilize pelo menos de um computador para acompanhar, registrar entradas 
e saídas de um estoque, ou outros processos logísticos. Por menor que seja a empresa e 
por mais simples que seja o processo, há a necessidade da adoção de uma Tecnologia de 
Informação e Comunicação (TIC).
A TIC, dependendo de sua finalidade, possibilita a troca eletrônica de dados, gerir 
inventários e reposição de estoques, sistemas de código de barras, sistemas de roteirização, 
sistemas de esteiras rolantes, gerenciamento de armazéns, robotização para entradas ou 
saídas de palete, entre outras tantas possibilidades que existem e que possam ser adotadas.
Podemos classificá-las em soluções para suprimento, armazenamento, atendimento ao 
cliente, projetos e transporte. Nosso propósito não é explorar o assunto sobre TIC, mas, sim, 
compreender de que forma uma ferramenta pode colaborar num sistema de distribuição. 
 Veremos que a introdução da internet possibilitou o comércio virtual, tornando mais 
complexo e exigente o atendimento ao cliente. E as mudanças econômicas, sociais e políticas 
com as questões da sustentabilidade estão fazendo com que as empresas atuem, não só num 
fluxo contínuo de atendimento ao cliente, mas também num fluxo reverso de seus produtos 
ou serviços, bem como no descarte correto do material utilizado.
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2 Processamento da informação
A entrada de dados numa empresa por meio do pedido de um cliente dá início a uma 
série de atividades para atender essa solicitação. Temos nesse momento a entrada em pelo 
menos três frentes: a comercial, financeira e operacional.
O departamento comercial efetiva a venda, verificando se há disponibilidade do produto, 
ou há o início de um processo produtivo. Basicamente, isso dependerá de alguns fatores, 
entre eles, o tipo de produto e a política de atendimento ao cliente da empresa, entre outros.
O departamento financeiro aprova financeiramente o cliente, gerando a respectiva nota 
fiscal, bem como outros documentos financeiros que efetivam a venda.
E o departamento operacional é responsável pela separação, expedição e transporte do 
produto até o cliente, ou dará início ao processo produtivo antes dessas etapas quando for 
o caso.
Em linhas gerais, esses departamentos trocam informação por meio de um sistema 
operacional de comunicação que pode, ainda, ter interfaces com outros participantes da 
cadeia de suprimentos para atender ao pedido do cliente, porque esses processos podem ser 
feitos num mesmo local físico ou não e, ainda, podem ser feitos por empresas diferentes, mas 
que atuam em parceria para atender ao mesmo consumidor do produto. Essas são algumas 
possibilidades, existem muitas outras combinações, porém, não nos cabe um aprofundamento 
neste momento.
3 Operacionalização da informação
Na questão da operacionalização do pedido do cliente, podemos ter, em linhas gerais a 
seguinte configuração: 
• recebimento da informação; análise e verificação; transmissão para locais de 
processamento; repasse aos usuários envolvidos; prever, antecipar, planejar; rastrear 
a informação por meio dos processos e atividades por quais ele transita; controlar e 
relatar as operações que foram processadas e estão completas (VIVALDINI e PIRES, 
2010, p. 139-140).
 No processo logístico, temos a TIC, que pode ser aplicada no armazém, onde são 
executadas atividades de conferência, manuseio, movimentação, estocagem, separação e 
expedição. Nesse caso são utilizados os WMS (Warehousing Management System) – software 
gerenciador das atividades de um armazém – em conjunto com outros aplicativos tais como:
• RFID (Radio Frequency Identification): possibilita a identificação e rastreabilidade de 
um produto;
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• Reconhecimento de Voz: equipamentos que guiam o funcionário por meio da voz, 
eliminando o manuseio de papel e caneta;
• Esteiras, transportadores e mesas moduladas e acopladas a leitores e processadores 
– formação final de produto, separação de pedidos, complementação de kits.
4 Tecnologias no transporte
Na TIC aplicada no transporte temos o TMS (Transportation Management System) – 
software gerenciador das atividades relativas à movimentação de carga. Para melhor utilização 
é necessário que as operações que estão sob o gerenciamento desse software sejam definidas 
antecipadamente, para que os elementos necessários de adaptem melhor. Podemos ainda 
ter as seguintes soluções, para otimizar as operações de transporte:
Gestão

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