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Urgencias urologicas - Bigatão 2

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- Priapismo
- Parafimose
- Escroto Agudo
- Obstrução Urinária
- Gangrena de Fornier
Trata-se da ereção prolongada que 
persiste por mais de 4 horas e não é 
relacionada a nenhum estimulo sexual.
Nem todas as formas de priapismo requer 
intervenção imediata, porém os pacientes 
devem ser avaliados de forma 
emergencial para que a intervenção seja o 
mais precoce possível naqueles que 
apresentam baixo fluxo.
Exame físico: f0cado na genitália, períneo e abdome.
Laboratorial:
- hemograma completo;
- contagem de reticulócitos;
- Eletroforese de hemoglobina;
- Pesquisa de medicamentos psicotrópicos;
- Toxicológico de urina;
- Gasometria sanguínea;
Baixo fluxo ou veno-oclusivo.
Consiste em uma ereção com fluxo de sangue ausente ou 
diminuído que evolui com a hipoxia do órgão.
Durante a punção e aspiração o sangue do corpo cavernoso tem 
coloração vermelho escuro.
- Bloqueio nervoso dorsal do pênis;
- Aspiração dos corpos cavernosos, 
com coleta de gasometria
- Punção corporal transglandar ou em 
base peniana “às 3 e/ou 9h”
A aspiração deve ser repetida até 
que se evidencie sangue vermelho 
rutilante.
Fenilefrina, azul de metileno, 
terbutalina e adrenalina também 
podem ser usados.
Shunt distal percutâneo
• Punção de Winter: insere-se uma agulha tipo
Tru-cut através da glande no corpo cavernoso, 
objetivando a criação de fístula corporoglandar.
Shunt distal aberto (desvio corporoglandar)
• Al-Ghorab: incisão transversa no dorso glandar, 
com seção em cone da porção distal dos corpos
cavernosos, com drenagem vigorosa e sutura da 
glande. 
Shunt proximal
• Quackels/Sacher: entre corpo cavernoso e 
esponjoso, por via escrotal ou perineal.
Shunt na veia safena ou veia dorsal
• Grayhack: a veia safena é mobilizada abaixo da 
veia femoral e anastomosada no corpo
cavernoso.
Alto fluxo ou arterial.
Menos comum e consiste no aumento do fluxo arterial e retorno 
venoso normal, não costuma ser doloroso.
Fistula entre artéria e o espaço lacunar do tecido sinusoidal 
decorrente de trauma perineal, peniano ou erosões vasculares.
Sangue aspirado do corpo cavernoso tem coloração vermelho 
clara.
Resolução espontânea em até 62% dos casos.
A punção dos corpos cavernosos serve para diagnóstico.
Contra indicado injeção de simpatomiméticos.
Gelo ou compressão perineal visando vasoespasmo e 
trombose da fistula arterial.
Casos refratários: 
Embolização seletiva com materiais 
permanentes (molas, álcool) e não 
permanentes (coágulo, gel 
absorvível).
Materiais não permanentes têm um 
menor índice de disfunção erétil.
Cirurgia para ligadura da fistula, 
última medida com elevada taxa de 
disfunção erétil.
• É uma forma reicidivante de priapismo isquêmico com ereções 
dolorosas que ocorrem repetidamente.
• Tratamento igual ao priapismo isquêmico.
• Agonistas do receptor de gonadotropina ou antagonistas e ou 
antiandrogenicos para prevenção de episódios futuros. Não 
utilizar antes da maturação sexual completa.
• Auto injeção intracavernosa de Fenilefrina.
Quando o prepúcio encontra-se 
aprisionado por trás da glande.
Pode levar a necrose da glande quando
não tratado em tempo habil.
Incisão dorsal do prepúcio;
Redução manual do prepúcio
após compressão da glande;
Outras manobras incluem colocação de gelo e 
punções da glande visando diminuir o edema.
Tratamento permanente é a postectomia eletiva.
Quadro doloroso súbito com 
aumento de volume da bolsa
testicular, geralmente unilateral, 
com edema e rubor, podendo ser 
acompanhado por manifestações
gerais como febre, sudorese, náu-
seas e vômitos. 
Quadro clínico:
• Início insidioso;
• Mais comum unilateralmente;
• Sinais flogísticos;
• Aumento de volume do conteúdo da bolsa testicular;
• Epidídimo doloroso e espesso;
• Após 24 horas, existe participação do testículo, causando o que se 
denomina orquiepididimite
Caxumba: causando orquite viral, atinge adultos jovens, aparece
7 dias após a parotidite, evolução auto limitada podendo levar a atrofia
testicular em cerca de 50% dos casos. Quando atinge os testículos
bilaterais pode levar a esterilidade.
Chlamydia e Neisseria gonorrhoeae: é mais comum nos pacientes
abaixo de 40 anos.
Gram negativas: via de contaminação mais comum a retró- grada
(uretra prostática) acima de 40 anos.
Feita pelo exame fisico, exames de imagem, como ultrassom de bolsa
escrotal com dopler.
Principais diagnósticos diferenciais: torção de cordão espermático e 
hérnia encarcerada.
- Repouso
- Gelo
- Suspensão escrotal
- Analgésicos
- Anti-inflamatórios
- Antibióticos
Extravaginais: Ocorrem em testículos
não descidos, exclusivas no período
intrauterino ou em recém-nascidos.
Intravaginais: Pico de incidência na
puberdade, por uma anomalia de 
fixação do testículo, que permite que 
ele e o epidídimo flutuem livremente
dentro da túnica vaginal.
- Dor com início abrupto e intenso referida ao longo do cordão
espermático e/ou no baixo abdome.
- Náuseas e vômitos
- Alterações no leucograma
• Angell: Paciente em pé e testículo contralateral horizontalizado
• Prehn: Piora ou manutenção da dor com a elevação do testículo na
torção testicular 
e melhora da dor na orquiepididimite (sinal positivo)​
• Brunzel: testiculo em posição transversal e elevada
• Ger: retração da pele escrotal
• Blue dot: ponto azul em bolsa escrotal
• Reflexo cremastérico (ausente): elevação do testiculo ipsilateral 
após estimulo rombo em face medial da coxa
É feita a ultrassonografia de 
bolsa escrotal com Doppler colorido. 
O diagnóstico por imagem não deve
atrasar o tratamento cirúrgico.
Tempo de isquemia e comprometimento testicular:
- 80% de viabilidade nas primeiras 5 horas;
- 20% de viabilidade após 10 horas
Ultrassonografia de bolsa escrotal;
O tratamento pode ser conservador, com analgésicos e anti-
inflamatórios.
• Revascularização do testículo pelo distorcimento do cordão
espermático.
• Cerca de 2/3 das torções ocorrem de lateral para medial;
• Tentativa de destorcer manualmente pode ser feita de maneira
inversa;
• A correção cirúrgica está indicada mesmo quando, manualmente, se 
consegue destorcê-lo;
• Feita sempre a orquipexia bilateral;
• A orquiectomia pode ser realizada em caso de comprometimento da 
vitalidade do(s) testículo(s);
• Remanescentes do desenvolvimento embriológico
• estrutura de até 1cm de diâmetro, comumente ovoide e 
pedunculada, situada no polo superior do testículo, próximo à 
cabeça do epidídimo
Dor que pode ser de leve a forte intensidade
instalação súbita
comumente no polo superior do testículo
acompanhada ou não de edema e hiperemia da bolsa
Interrupção abrupta de eliminação de urina, com a presença
desta represada na bexiga, sem possibilidade de eliminação, em
virtude de fatores obstrutivos ou funcionais.
• Obtido pela história, relatos de diminuição ou ausencia miccional, 
dor em região suprapubica, abdominal ou lombar.
• Tempo de evolução:
• Sintomas associados;
• Aspecto da urina;
• História de trauma;
• Patologias pregressas;
• Tratamento anterior ou atual;
• Cirurgia no trato urinário;
• Medicações;
Exame abdominal: local da dor, bexigoma, punho-percussão
lombar;
Toque retal: estimar tamanho da prostata, massa retal/pélvica;
Inspeção do penis: estenose meatal ou fimose;
Toque vaginal: lesões vaginais e uterinas;
• Urina I
• Creatinina
• Raio-x de abdome: cálculo radiopaco, distensão abdominal, 
corpo estranho;
• USG: avaliar o rim, bexiga e próstata
• TC: principal método para cálculos
• Visualização endoscópica: identificação de lesões de uretra, 
próstata e bexiga.
Sondagem vesical: sonda de foley;
Hematúria: svd de 3 vias + lavagem vesical + irrigação
Desobstrução por punção;
Cistostomia em paciêntes onde não é possivel a 
sondagem;
Ureterolitiase obstrutiva + pielonefrite, paciêntes com 
rim único dor refrataria analgesia, calculo bilateral, 
alteração da função renal são indicações de 
desobstrução através de duplo J ou nefrostomia;
Polimicrobiana
Fasceite necrotisante de perineo, 
parede abdominal e genitaliamasculina;
Mortalidade de 20%
Fatores predisponentes: diabetes, 
trauma local, parafimose, infecções
perirretais ou perianais, obstruções
uretrais cirurgias previas e DST'S.
Inicia como uma celulite adjcente a porta de entrada;
Sinais flogisticos
Sinais sistemicos: febre e sepse
Crepitação a palpação
Sintomas genitourinários: disúria, secreção úretral e obstrução
urinária;
• Suporte cliníco para sepse: colher culturas, laboratórios gerais, 
hidratação venosa vigorosa, drogas vasoativas e antibioticoterapia de 
amplo espectro.
• Desbridamento em centro cirurgico: retirada de todo tecido
necrosado, lavagem da ferida, avaliar desvio do transito intestinal, 
manter ferida aberta e reabordagens de 24h á 48h.
• Orquiequitomia: indicada se houver comprometimento da irrigação.
• Camara hiperbarica.
• Reconstrução programada com retalhos.

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