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Imunidade Inata e Adaptativa

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Rafaela Fernandes 
Em 1796, Jenner inoculou material de pústulas de vacas com vaccinia (varíola de vacas) numa 
tentativa de defesa, após observar que ordenhadores de vacas não contraíam varíola; posteriormente, o 
procedimento ficou conhecido como vacinação (vaccinus, de vaca). 
Já em 1880, Pasteur reconheceu-se o início da Imunologia, com a aplicação da vacina antirrábica 
em uma criança mordida por cão com a doença. Koch descobriu o bacilo da tuberculose (1882) e o vibrião 
colérico (1883) e fez referência ao termo “microrganismo”, sendo considerado o fundador da 
Bacteriologia. O termo “anticorpos” foi utilizado pela primeira vez por Behring, em 1890. 
Imunidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imunologia Imunopatologia 
É o estudo da imunidade. É a capacidade do organismo de se 
proteger contra uma substância que “considera 
como estranha”, promovendo mecanismos de 
reconhecimento, metabolização, neutralização 
e eliminação, permitindo a defesa do organismo. 
 
Immunis = proteção 
Logos = estudo 
É o estudo das alterações 
da imunidade. 
phatos= doença 
Estuda em especial as 
alergias, as doenças 
autoimunes e as 
imunodeficiências. 
Histórico 
Resposta Imunológica 
É o conjunto dos mecanismos imunológicos 
que ocorrem contra uma substância que o 
organismo “considera como estranha”. 
As células da resposta imunológica são provenientes de células primordiais pluripotenciais da medula 
óssea, as quais dão origem à linhagem linfoide e à linhagem mieloide, ambas independentes 
quanto às células a que irão dar procedência: pode haver comprometimento de uma das linhagens, 
sem que isso implique deficiência da outra. 
A célula primordial linfoide dá origem 
aos linfócitos, sendo necessárias as interleucinas 
(IL) 3 e 7 no estroma da medula óssea. 
 Neutrófilos, monócitos/macrófagos, 
eosinófilos, mastócitos, basófilos e plaquetas são 
provenientes da linhagem mieloide, na presença 
de IL-3, fator estimulador de colônias de 
granulócitos-macrófagos (GM-CSF), fator 
estimulador de colônias de neutrófilos (G-CSF) e 
IL-5 (para eosinófilos). 
 
Rafaela Fernandes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DA RESPOSTA IMUNOLÓGICA 
A resposta imunológica pode ser classificada em primária e secundária, ativa e passiva, inata e 
adaptativa, humoral e celular. 
A resposta primária é o conjunto de mecanismos que o organismo apresenta quando entra em 
contato pela primeira vez com uma substância que considera estranha. O resultado é a ativação 
inicial do sistema macrofágico, seguida de ativação do sistema linfocítico. Há participação 
de várias células com formação de imunoglobulinas M (IgM), resultando sempre na formação de 
linfócitos T e B de memória. 
Já a resposta secundária, o organismo já teve contato prévio com a substância estranha. Também 
há ativação sequencial de sistema macrofágico e linfocítico. Uma grande diferença é que na resposta 
secundária o organismo já conta com a presença de linfócitos T e B de memória. Predomina 
a síntese de IgG. 
Um exemplo prático de resposta primária 
e secundária é a vacinação: em um pressuposto 
primeiro contato (vacina), desenvolve-se 
uma resposta primária; em um segundo 
contato com o mesmo microrganismo, 
agora in natura, há uma resposta 
secundária, que, por ser mais eficiente, diminui 
a chance de que o indivíduo tenha os sinais e 
sintomas da doença. 
A resposta secundária é mais rápida e mais intensa que a primária. 
RESPOSTA ATIVA 
A resposta ativa ocorre quando o organismo 
recebe substâncias estranhas ou antígenos, ativando 
células e produzindo imunoglobulinas e citocinas. 
Um exemplo de resposta ativa é a que ocorre após 
vacinações ou imunizações. 
 
 
 
RESPOSTA PASSIVA 
Na resposta passiva são recebidos produtos 
da resposta imunológica, por exemplo, 
imunoglobulinas oriundas de vários plasmas 
humanos. 
Vacinas 
Podem ser: atenuadas (microrganismos atenuados – vivos) ou inativadas (microrganismos 
mortos e componentes de microrganismos). 
Exemplo: vacina BCG (bacilo de Calmette e Guérin), que contém a bactéria atenuada Mycobacterium 
tuberculosis. O enfraquecimento de vírus da poliomielite (Sabin), sarampo, caxumba, rubéola, febre 
amarela e rotavírus, tornando-os atenuados, leva à perda da patogenicidade, permanecendo a capacidade 
de gerar uma resposta imunológica. 
 
Rafaela Fernandes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Entre as vacinas inativadas com microrganismos mortos, encontram-se a vacina contra a 
poliomielite (Salk), raiva e hepatite A. Vacinas combinadas são aquelas que contêm no mesmo 
frasco diferentes vacinas, como a DTP (difteria, tétano, pertussis) ou a MMR (Measles – sarampo, 
Mumps – caxumba, Rubella – rubéola). 
E as vacinas conjugadas quando se une ao antígeno uma proteína transportadora, a fim de 
aumentar o poder antigênico. É o caso da vacina conjugada antipneumocócica (com 23 sorotipos de 
Pneumococcus), anti-Haemophilus influenzae tipo B e da antimeningocócica C. 
As vacinas recombinantes, utilizando técnicas de engenharia genética, resultam da indução de 
microrganismos a produzirem a fração antigênica a ser administrada, como é o caso da vacina contra 
hepatite B. 
Resposta Passiva 
Anticorpos, como as imunoglobulinas G (IgG), são recebidos durante a vida fetal por 
passagem transplacentária. São úteis em defesas contra microrganismos para os quais a mãe já 
tenha desenvolvido resposta imunológica por meio de antígenos in natura ou administrados por 
vacinas, como é o caso de o feto receber IgG antitetânica da mãe. 
A administração de anticorpos é muito útil nas doenças em que não há tempo suficiente 
para o organismo combater o agente agressor. Nesses casos pode-se utilizar a resposta passiva 
mediante administração de imunoglobulinas humanas específicas: antitetânica, 
antidiftérica, antirrábica, anti-hepatite B, antivaricela-zóster, isoladas de indivíduos que já 
apresentaram a doença. 
RESPOSTA INATA E ADAPTATIVA 
Na resposta inata (ou inespecífica), o organismo responde sempre da mesma 
forma, qualquer que seja o agente agressor, variando apenas a intensidade ou quantidade da resposta. É de 
ação imediata e já está presente ao nascimento. Os componentes da resposta inata são: barreira físico-
química, fagócitos (monócitos/macrófagos, neutrófilos e eosinófilos), sistema complemento e células 
natural killer (NK). 
As principais citocinas sintetizadas por monócitos/macrófagos são: 
• IL-1 e fator de necrose tumoral (TNF), ambos com potente ação pró-inflamatória e promotores dos 
sinais e sintomas das doenças; 
• IFN-a, com ação antiviral; 
• (CXCL8) IL-8, que atrai neutrófilos; 
• IL-12, ativadora de células NK. 
• As células NK, por sua vez, sintetizam INF-g, o qual aumenta tanto a imunidade inata como a 
adaptativa, em especial a fagocitose por monócitos/macrófagos. 
 
Rafaela Fernandes 
 Já a Resposta adaptativa ou específica ou adquirida o 
organismo responde de diferentes formas, dependendo do agente agressor, variando a quantidade e a 
qualidade da resposta. Apresenta mecanismos de memória e de melhor eficiência com a repetição dos 
contatos com o antígeno. Os mecanismos envolvidos são específicos para cada agente agressor, havendo 
necessidade do contato com o antígeno para a aquisição dessa resposta. 
A resposta adaptativa dá-se pela imunidade humoral e celular. Na defesa 
humoral, as principais responsáveis são proteínas plasmáticas, as imunoglobulinas, sintetizadas 
por linfócitos B diferenciados em plasmócitos. A resposta adaptativa celular ocorre por ação direta 
de células, os linfócitos T. 
Pequenos linfócitos oriundos da célula progenitora linfoide da medula óssea dirigem-se ao timo ou 
permanecem na medula, diferenciando-se em linfócitos T e B, respectivamente. Na sequência, esses 
linfócitos migram para os órgãos linfoides secundários (linfonodos,baço e Tecido Linfoide Associado às 
Mucosas – MALT), onde ocorre a resposta adaptativa. 
Os linfócitos T são responsáveis pela imunidade celular, enquanto os B produzem 
anticorpos, os quais constituem a imunidade humoral, dando origem à dicotomia da resposta adaptativa. 
A inflamação é resultante dos diferentes mecanismos da resposta imunológica na 
tentativa de manter a homeostasia do organismo e recuperar os tecidos lesados. Na inflamação são 
recrutados leucócitos e proteínas plasmáticas para os locais com substâncias estranhas ou lesão tecidual. 
Na inflamação aguda, afluem principalmente células da resposta inata, e na 
inflamação crônica, células da resposta adaptativa. 
Referência: 
 
IMUNIDADE E TIPOS DE 
RESPOSTA IMUNOLÓGICA. Wilma 
Carvalho (Imunologia 3° ed.)

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