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Fernando Rafael Sandri

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0 
 
UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL 
(UNIJUÍ) 
DEPARTAMENTO DE HUMANIDADES E EDUCAÇÃO - DHE 
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA - CAMPUS IJUÍ 
 
 
 
 
FERNANDO RAFAEL SANDRI 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO: EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO NA DOENÇA DE 
ALZHEIMER 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IJUÍ - RS 
2017 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FERNANDO RAFAEL SANDRI 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO: EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO NA DOENÇA DE 
ALZHEIMER 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Banca Examinadora do Curso de Educação 
Física da Unijuí - Campus Ijuí, como 
exigência parcial para obtenção do título de 
Bacharel em Educação Física. 
 
 
 
Orientadora: Ms. Stela Maris Stefanello Stefanello 
 
 
 
 
 
 
IJUÍ - RS 
2017 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
À minha família, por sua capacidade de 
acreditar е investir em mim. Mãe, seu cuidado 
е dedicação proporcionaram, em alguns 
momentos, а esperança para seguir, 
especialmente no momento em que não mediu 
esforços me incentivando aos estudos. 
 
 
3 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Primeiramente agradeço a Deus por conceder-me o presente maravilhoso que é a vida 
e me proporcionar todas as bênçãos como a saúde, paz, alegria e segurança. 
À minha família, em especial à minha noiva que esteve sempre do meu lado me 
incentivando e ajudando de alguma forma e por todos os momentos que já passamos juntos, 
fazendo sempre parte da minha história. 
À minha orientadora, pelo empenho e dedicação nos ensinamentos à elaboração deste 
trabalho e aos demais professores que durante a minha formação colaboraram para o meu 
crescimento pessoal e profissional. 
A todos que, direta ou indiretamente, fizeram parte da minha formação, о meu muito 
obrigado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
RESUMO 
 
A doença de Alzheimer e o envelhecimento estão associados diretamente pelo fato da doença 
estar ligada a idade e por isso a idade é o principal fator de risco para o surgimento da doença. 
Independentemente de existir um aumento para que as pessoas se conscientizem na forma 
mais saudável do envelhecimento, a prevalência de ocorrências de doenças crônicas e 
degenerativas continua crescendo, destacando-se a Doença de Alzheimer (DA) a mais 
frequente. A presente pesquisa busca investigar através de um programa de exercícios físicos 
os benefícios para um idoso de 85 anos de idade com a doença de Alzheimer, buscando por 
meio de uma intervenção prática de três meses avaliar as mudanças nas alterações 
neurofisiológicas e comportamentais, se os exercícios são aliados ao tratamento não 
farmacológico da doença e a visão da cuidadora sobre o nível de atividades diárias 
desenvolvidas pelo paciente com a DA. É uma pesquisa fundamentada por autores como 
Burlá et al. (2014), Deslandes (2009), Franca et al. (2011), Hernández et al. (2010), Martelli 
(2013), entre outros, que estudam a importância do exercício físico como uma abordagem não 
farmacológica muito importante nas funções cognitivas, melhora na qualidade de vida, na 
capacidade funcional e a independência nas atividades de vida diária do idoso acometido pela 
DA. Destaca-se este trabalho, baseado em seus objetivos de estudo como uma pesquisa 
exploratória descritiva relacionada a um estudo de caso e tem seu aporte na modalidade de 
pesquisa quali-quantitativa devido à natureza do objeto em estudo. Através da intervenção do 
programa de exercícios físicos, obtivemos resultados benéficos com a manutenção das 
funções globais cognitivas e evolução na aptidão física em relação aos níveis anteriores, como 
na força muscular, resistência aeróbica, agilidade e equilíbrio dinâmico referente aos gráficos 
analisados. Dessa forma, o exercício físico pode ser sim um aliado no tratamento não 
farmacológico dessa doença, auxiliando na proteção dos declínios cognitivos e na manutenção 
das capacidades funcionais. 
 
Palavras-chave: Doença de Alzheimer. Envelhecimento. Exercício Físico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1: Ilustração gráfica do teste de levantar da cadeira ..................................................... 23 
Figura 2: Ilustração gráfica do teste de flexão de braço ........................................................... 24 
Figura 3: Ilustração gráfica do teste de caminhada de 6 minutos ............................................. 24 
Figura 4: Ilustração gráfica do teste de sentar e alcançar os pés .............................................. 25 
Figura 5: Ilustração gráfica do teste de alcançar as costas ....................................................... 26 
Figura 6: Ilustração gráfica do teste de levantar e caminhar .................................................... 27 
Figura 7: Ilustração gráfica da altura e peso ............................................................................. 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 1: Comportamento do idoso no teste Mini Exame do Estado Mental (MEEM) em 
pontos ....................................................................................................................................... 29 
Gráfico 2: Comportamento do idoso no teste de Levantar da Cadeira avaliado em repetições31 
Gráfico 3: Comportamento do idoso no teste de Flexão de Braço avaliado em repetições ..... 31 
Gráfico 4: Comportamento do idoso no teste de Caminhada de 6 Minutos avaliado em 
distância/metros ........................................................................................................................ 32 
Gráfico 5: Comportamento do idoso no teste de Sentar e Alcançar os pés em centímetros .... 33 
Gráfico 6: Comportamento do idoso no teste de Alcançar as costas em centímetros .............. 34 
Gráfico 7: Comportamento do idoso no teste de Levantar e Caminhar avaliado em 
tempo/segundos ........................................................................................................................ 34 
Gráfico 8: Avaliação do idoso no Índice de Massa Corporal ................................................... 35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 8 
 
1 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................... 11 
1.1 Processo de Envelhecimento .............................................................................................. 11 
1.2 Doença de Alzheimer (DA) ............................................................................................... 14 
1.3 Benefícios do exercício físico ........................................................................................... 16 
 
2 DIMENSÕES METODOLÓGICAS ................................................................................. 20 
2.1 Tipo de pesquisa ................................................................................................................. 20 
2.2 Amostra da pesquisa ........................................................................................................... 21 
2.3 Procedimentos e instrumentos ............................................................................................ 21 
2.4 Análise e interpretação dos dados ...................................................................................... 28 
2.5 Questões éticas da pesquisa ................................................................................................ 28 
 
3 RESULTADOS E DISCUSÕES ......................................................................................... 29 
3.1 Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) ...........................................................................29 
3.2 Testes de Aptidão Física para Idosos (TAFI) ..................................................................... 30 
3.3 Índice de Katz- Escala de atividades de vida diária ........................................................... 36 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 37 
 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 38 
 
APÊNDICES ........................................................................................................................... 41 
APÊNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ............. 42 
APÊNDICE 2 - ENTREVISTA SEMI ESTRUTURADA CUIDADOR (A) ..................... 43 
APÊNDICE 3 – ANAMNESE PARA A PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS .......... 44 
APÊNDICE 4 - FICHA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS ........................................................ 45 
 
ANEXOS ................................................................................................................................. 46 
ANEXO 1 - ÍNDICE DE KATZ – ESCALA DE ATIVIDADE DE VIDA DIÁRIA ........ 47 
ANEXO 2 - MINI EXAME DO ESTADO MENTAL (MEEM) ........................................ 48 
 
8 
 
INTRODUÇÃO 
 
É de fundamental importância evidenciar a doença de Alzheimer como uma das 
demências sem cura, onde na maioria das vezes suas vítimas são a população idosa. Desta 
forma, há uma incidência crescente desta patologia, que se agrava em virtude do aumento da 
expectativa de vida das pessoas. De acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer 
(ABRAZ, 2017a) são aproximadamente 35,6 milhões de pessoas no mundo com a Doença de 
Alzheimer; no Brasil são cerca de 1,2 milhão de ocorrências, muitas ainda sem diagnóstico. 
Na fase do envelhecimento as doenças neurodegenerativas se desenvolvem com mais 
facilidade e, neste sentido, a preparação para um envelhecer saudável é fundamental. A 
doença de Alzheimer e o envelhecimento estão associados diretamente em virtude de a 
doença estar relacionada à idade e, portanto, a idade é o principal fator de risco para o 
surgimento da doença. Nesta linha, a doença de Alzheimer é elencada como um problema 
crescente, pois em países com alta expectativa de vida cresce também o número de casos de 
pessoas com a patologia (MARTELLI, 2013). 
A doença de Alzheimer é degenerativa, caracterizada pela perda neural avançada, 
significando uma perda progressiva da memória e declínio cognitivo em adultos 
(DESLANDES, 2009; MARTELLI, 2013). As demências ganham essa nomenclatura porque 
prejudicam consideravelmente a memória, comprometendo as funções cognitivas e 
provocando a perda funcional, debilitando a prática de atividades da vida diária, como 
desconhecer familiares e lugares que fazem parte do seu dia a dia (PRADO et al., 2007). 
A Associação Brasileira de Alzheimer destaca que o comprometimento das funções 
cognitivas causado pelos declínios provocados pela doença afeta diretamente o 
funcionamento e o desempenho no desenvolvimento de qualquer trabalho. Cabe ressaltar, 
ainda, que esses aspectos estão associados a mudanças no comportamento e na personalidade 
do indivíduo (ABRAZ, 2017a). 
Há uma relação benéfica entre o envelhecimento e um estilo de vida ativo. Adotar uma 
vida ativa ajuda na manutenção das capacidades funcionais, previne as doenças que surgem 
com o passar dos anos e ainda é destacada como de grande importância para o Alzheimer. Do 
mesmo modo, ter hábitos saudáveis é a principal fonte para a qualidade de vida. Como cita 
Deslandes (2009, p. 143), “o envelhecimento saudável é mais do que a ausência de doenças, é 
o completo bem-estar físico, mental e social”. Na mesma linha, o autor menciona que “o 
estilo de vida pode prevenir ou retardar o aparecimento de perdas funcionais e doenças 
relacionadas ao envelhecimento, embora algumas alterações fisiológicas, anatômicas e 
 
9 
 
funcionais sejam inevitáveis durante o processo de envelhecimento” (DESLANDES, 2009, p. 
143). 
Muitos estudos explicam que praticar exercícios físicos regularmente tem um 
importante papel nas funções cognitivas. Deste modo, os estudos epidemiológicos afirmam 
que as pessoas que levam uma vida moderadamente ativa são menos propensas a serem 
acometidas por demências, se comparadas com pessoas sedentárias (ANTUNES et al., 2006). 
Nesta linha, Deslandes (2009) menciona uma menor prevalência/incidência sobre a doença de 
Alzheimer e menor declínio cognitivo sobre indivíduos ativos e que praticam atividades 
físicas regularmente. 
Entretanto, a pesquisa busca a resposta da questão norteadora do estudo: os exercícios 
físicos podem proporcionar benefícios, promover alterações neurofisiológicas e 
comportamentais e serem aliados ao tratamento não farmacológico da doença de Alzheimer 
em um idoso? 
A partir deste aspecto, busca-se investigar a doença de Alzheimer aliada ao tratamento 
não farmacológico, fundamentando a relevância dos benefícios da prática regular de 
exercícios físicos nas alterações neurofisiológicas e comportamentais ao paciente acometido 
pela doença de Alzheimer (DA). Este trabalho pretende evidenciar a importância de um 
programa de exercícios físicos a um idoso, sedentário, acometido pela doença. 
Neste contexto, são objetivos específicos determinar através da observação os 
exercícios físicos que um idoso com a doença de Alzheimer consegue desempenhar; verificar 
se após um período de três meses de exercícios físicos, o mesmo desenvolveu melhorias na 
capacidade funcional através de testes; avaliar as funções específicas e globais cognitivas do 
idoso; e identificar a partir da visão da cuidadora, após a prática regular de exercícios físicos, 
se obteve alguma alteração comportamental na vida cotidiana deste indivíduo. 
O trabalho foi organizado em três capítulos principais. O primeiro foi desenvolvido a 
partir de revisão de literatura; destacam-se assuntos referentes ao tema em estudo; sendo 
dividido em três subcapítulos, os quais relatam o processo de envelhecimento, contextualizam 
a doença de Alzheimer e relacionam os benefícios do exercício no tratamento desta doença. 
O segundo capítulo está relacionado aos processos metodológicos da pesquisa. Neste 
momento foram descritos todos os passos desenvolvidos para a realização deste estudo. A 
divisão deste capítulo em cinco subtítulos apontou o tipo da pesquisa, a amostra, instrumentos 
e procedimentos, análise e interpretação dos dados e questões éticas. 
O terceiro capítulo foi organizado para abordagem dos resultados e discussões da 
pesquisa. Trata-se do momento mais relevante do estudo em questão, descrevendo todos os 
10 
 
resultados e discussões recorrentes da pesquisa, tanto qualitativos como quantitativos. Por 
fim, as considerações finais descrevem o fechamento das questões apresentadas durante a 
pesquisa. 
 
11 
 
1 REVISÃO DE LITERATURA 
 
1.1 Processo de Envelhecimento 
 
 A expectativa de vida da população do Brasil e do mundo está aumentando cada vez 
mais. Segundo Argento (2010) alguns dos fatores que contribuem de forma significativa para 
esse aumento no Brasil são a queda da taxa de fecundidade e mortalidade, os avanços da 
medicina, as campanhas de vacinação, o saneamento básico e a melhoria das condições de 
vida da população. Então, devido ao fato da população de idosos estarem aumentando 
gradativamente, é importante que esses indivíduos envelheçam de forma saudável, vivendo 
com qualidade, praticando atividade física para prevenir a instabilidade articular ou até 
mesmo uma osteoporose. 
No entanto, percebe-se que a realidade não condiz com essa perspectiva, uma vez 
que o sedentarismo está muito presente desde a faixa etária infantil até a dos idosos, podendo 
resultar em uma dependência funcional mais significativa. Os indivíduos não se alertam que 
“uma das característicasmais marcantes do processo de envelhecimento é o declínio gradual 
da capacidade de desempenho muscular” (FARINATTI, 2008a, p. 89) e por isso sofrem uma 
perda de massa magra significativa; consequentemente perdem força muscular, além do 
equilíbrio e flexibilidade, componentes importantíssimos da aptidão física dos seres humanos. 
O envelhecimento é um processo do desenvolvimento humano. É nesse contexto que 
Burlá et al. (2014, p. 88) ressalta que “envelhecer é um processo natural do crescimento do ser 
humano, que se inicia com o nascimento e termina com a morte”. Destaca-se aqui que o 
processo de envelhecimento é natural e não há possibilidade de evitar ou reverter. É uma fase 
em que o indivíduo se torna mais frágil, aparecendo declínios fisiológicos, funcionais e 
limitações. Esse processo está ligado a todos os seres vivos e é expresso pela perda da 
capacidade de adaptação e diminuição da funcionalidade (ROSA, 2012a). 
Pensando no envelhecimento, Farinatti (2008c) descreve que cada pessoa se comporta 
de maneira diferente com o avanço da idade, construindo seu próprio envelhecimento e 
destacando variações biológicas e sociais. O autor destaca, ainda, que as teorias biológicas do 
humano são comparadas a máquinas: com o passar dos anos seu tempo de uso aumenta, 
acarretando problemas em suas funções, provocando falhas em seu sistema; essa identificação 
é associada com o declínio das funções do idoso. Já as teorias sociais mencionam que são 
“[...] padrões de comportamento adotados pela pessoa idosa” (FARINATTI, 2008c, p. 23). 
 
12 
 
O ser humano é um todo, um ser integral como aborda Burlá et al. (2014), 
descrevendo que: 
 
Todos os seus sentidos, emoções e órgãos do corpo estão intimamente inter-
relacionados. Com a idade, mudanças na aparência e comportamento acontecem, 
mas não devem comprometer o valor da pessoa humana. A preocupação e o cuidado 
com os idosos não são diferentes da preocupação e cuidado correspondentes pela 
vida. Nossa filosofia de vida afeta diretamente os pensamentos, comportamentos e 
atitudes em relação ao idoso (BURLÁ et al., 2014, p. 89). 
 
O avanço da idade desencadeia uma série de desgastes no organismo dos seres 
humanos, afetando suas principais funções, dentre as quais se destaca a força muscular como 
a mais prejudicada. Esta diminui gradativamente a cada década e afeta de forma significativa 
a qualidade de vida da população idosa, resultando na dificuldade de desempenhar atividades 
simples do seu dia-a-dia, além de perder sua própria independência, levando-a ao isolamento 
social (COSTA; HESPANHA, 2009). 
 Neste contexto, Rocha et al. (2009, p. 172) reforçam que a “diminuição e perda da 
força e resistência muscular por parte do idoso geram condições de fraqueza, desequilíbrio 
corporal e incoordenação motora [...] sendo um dos maiores problemas da senescência 
encontrada nos últimos tempos”, limitando ainda mais seus movimentos por temer quedas e 
suas possíveis consequências. 
A diminuição da força muscular acontece devido à perda da massa muscular, que 
ocorre naturalmente com o passar dos anos (MATSUDO; MATSUDO; NETO, 2000). 
Salienta ainda os autores supracitados (p. 24): “entre os 25 e 65 anos de idade, há uma 
diminuição substancial da massa magra ou massa livre de gordura de 10 a 16%, por conta das 
perdas na massa óssea, no músculo esquelético e na água corporal total, que acontecem com o 
envelhecimento”. No entanto, o grande vilão que acelera esse desgaste muscular é o 
sedentarismo, pois a diminuição nos níveis de hormônio de crescimento decorrentes desse 
processo e a inatividade do indivíduo também são consideradas responsáveis pela perda 
seletiva da massa muscular (MATSUDO; MATSUDO; NETO, 2000). 
A perda da massa muscular varia de indivíduo para indivíduo, uma vez que depende 
não apenas da genética, mas em grande parte do estilo de vida de cada um (SPIRDUSO, 
2005). Nesse sentido, o autor supracitado reforça que cada indivíduo tem uma perda de força 
muscular específica decorrente da utilização que fez ao longo da vida. As pessoas precisam 
trabalhar para sobreviver e, dependendo da profissão ou da tarefa que desenvolvem, exigem 
mais de um músculo e menos de outro, conforme evidenciado na argumentação a seguir: 
13 
 
Existem estudos demonstrando que os membros inferiores são mais afetados que os 
membros superiores Uma explicação possível é a diminuição do número de 
atividades nas quais as pernas realizam contrações que envolvam o desenvolvimento 
de níveis significativos de potência muscular, enquanto mãos e braços continuam a 
ser utilizados na maior parte das atividades cotidianas. Independente dos seus 
motivos, o declínio pronunciado na força dos membros inferiores associa-se a 
problemas funcionais sérios, como o aumento do risco de quedas e alterações 
desvantajosas do modelo de marcha (FARINATTI, 2008b, p. 90). 
 
A partir deste aspecto, salienta ainda o autor (p. 93) que neste processo “a 
diminuição da força pode ser atribuída à perda de massa muscular e às alterações da 
capacidade dos músculos em produzir tensão ou por uma redução da ativação das suas 
unidades motoras, seja por modificações de suas características contráteis e/ou mecânicas”. 
Devido a esse déficit de força decorrente do envelhecimento, a eficiência dos passos desses 
indivíduos passa a ser prejudicada, assim como a realização de suas tarefas diárias, como 
transportar compras, sentar e levantar, subir e descer escadas, abrir potes etc. 
Dessa forma, esse déficit pode ser uma das razões pelas quais os idosos sofrem 
muitas quedas. Além de a força ser menor, suas reações ocorrem de forma mais lenta e, deste 
modo, quando sofrem algum desequilíbrio não conseguem recuperá-lo novamente 
(FARINATTI, 2008b). 
Ainda neste enfoque, para Kauffman (2001) destaca-se o declínio da resistência 
muscular, que também é fator contribuinte à perda funcional e à incapacitação nos idosos. 
Dessa maneira, esse declínio é comparado ao da redução de força máxima, as perdas da 
capacidade de resistência são mais sutis e gradativas, ficando os idosos mais expostos à fadiga 
ao executarem atividades que exigem o uso de força ou potência absoluta (FARINATTI, 
2008b). 
No decorrer da vida a preparação para envelhecer com saúde é fundamental. Para 
Deslandes (2009) o envelhecimento saudável vai além da ausência de doenças: também visa 
um bem-estar físico, mental e social, contribuindo para a qualidade de vida. No mesmo 
sentido, o autor menciona que adotando um estilo de vida saudável é possível ganhar na 
prevenção ou retardar as perdas das funções diárias e doenças que o envelhecimento acarreta, 
apesar das alterações neurofisiológicas serem inevitáveis, surgindo com o passar do tempo. 
Por esse motivo, os seres humanos deveriam investir em um estilo de vida mais ativo e 
alimentar-se corretamente para obter uma melhora em sua qualidade de vida e, 
consequentemente, um envelhecimento sadio. Essa é uma forma eficaz de prevenir o 
surgimento de certas patologias relacionadas ao sedentarismo e na fase do envelhecimento, 
que reduzem a capacidade funcional dos idosos. O processo de envelhecimento é inevitável, 
14 
 
porém é possível escolher entre um envelhecimento saudável ou patológico, dependendo 
exclusivamente do estilo de vida adotado. 
 
1.2 Doença de Alzheimer (DA) 
 
Além de existir uma crescente conscientização da população sobre a forma mais 
saudável de chegar ao envelhecimento, a prevalência de ocorrências de doenças 
neurodegenerativas nesta fase continua crescendo (FRANCA et al., 2011). A doença de 
Alzheimer é caracterizada como uma doença neurodegenerativa que predomina no idoso e 
tem como principal característica o declínio cognitivo avançado (COELHO, 2013). Ainda 
neste enfoque, é destacável salientar que “inicialmente o paciente apresenta déficits da 
memória recente e, com a evolução da doença, ocorre declínio da atenção, das funçõesexecutivas, linguagem, raciocínio, orientação temporal, entre outros domínios cognitivos” 
(COELHO, 2013, p. 147). 
A doença de Alzheimer recebe a nomenclatura e é relatada em 1906 pelo médico Alois 
Alzheimer, que descreveu o caso de uma paciente. Sua descrição relata o caso de uma mulher 
com 51 anos de idade com perda de memória progressiva, casos de desorientação de tempo e 
espaço e dificuldades de se expressar e compreender linguagens. Após a morte de sua 
paciente, Dr. Alzheimer investigou seu cérebro e relatou as alterações conhecidas hoje como 
características da doença de Alzheimer (ABRAZ, 2017b). 
A doença de Alzheimer (DA) é degenerativa, caracterizada por perda neural avançada, 
significando uma perda progressiva da memória e ainda causa de declínio cognitivo em 
adultos (MARTELLI, 2013). Esta patologia “é a forma mais comum de demência, 
respondendo por 60% a 70% dos casos, não tem cura e não existem tratamentos aprovados 
que impeçam a progressão dos sintomas” (BURLÁ et al., 2014, p. 90). 
Para Deslandes (2009, p. 148) a “[...] doença degenerativa é caracterizada pelo 
aumento na formação de plaquetas a amilóides, perda neuronal acelerada em áreas específicas 
(hipocampo), diminuição de função colinérgica e declínio cognitivo”; da mesma forma, o 
autor destaca que os fatores externos influenciam no desenvolvimento da doença. Outro fator 
destacável é a hereditariedade, além dos fatores genéticos e os fatores externos, que agravam 
a incidência desta patologia. 
A DA é conhecida pela perda da memória, acompanhada de alterações na cognição e 
nos comportamentos neurofisiológicos (MARTELLI, 2013). No mesmo estudo o autor cita 
que “o transtorno da memória afeta também os processos de aprendizado e evocação, com 
15 
 
diminuição na aquisição de novas informações e uma piora progressiva, até não haver mais 
qualquer aprendizado novo” (MARTELLI, 2013, p. 51). 
As demências ganham essa nomenclatura porque prejudicam consideravelmente a 
memória do paciente, comprometendo as funções cognitivas. Ainda são capazes de provocar a 
perda funcional, debilitando a prática de atividades da vida diária e/ou desconhecendo 
familiares e lugares que fazem parte do seu dia a dia (PRADO et al., 2007). 
Nesse sentido, Coelho (2013) ressalta que os distúrbios neuropsiquiátricos são 
sintomas relacionados ao comportamento do paciente. Salienta ainda o autor supracitado que 
os distúrbios mais aparentes no paciente com a doença de Alzheimer são: 
 
Depressão, distúrbios do sono, ansiedade, delírio, alucinação, agitação, desinibição, 
agressão, euforia, apatia, irritabilidade e alterações de apetite. Essas alterações na 
doença de Alzheimer ocasionam o comprometimento das atividades de vida diária. 
Primeiramente são afetadas as atividades instrumentais, tais como fazer compras, 
dirigir, preparar uma refeição, lidar com dinheiro, tomar medicamentos. E com a 
progressão da doença ocorre um prejuízo nas atividades básicas da vida diária como 
tomar banho, alimentar-se, higiene pessoal, vestir-se, entre outros (COELHO, 2013, 
p. 147). 
 
 Cabe ressaltar ainda que, na doença de Alzheimer, os componentes da capacidade 
funcional como a força, o equilíbrio, a flexibilidade, a agilidade e a coordenação motora ficam 
comprometidos devido aos declínios cognitivos progressivos que ocorrem nesta fase 
(COELHO, 2013). É oportuno destacar que essas alterações na mobilidade e nas capacidades 
funcionais estão diretamente ligadas a uma grande probabilidade do risco de quedas, como 
destaca Coelho (2013, p. 147): para pacientes com a DA o risco de quedas é “[...] três vezes 
mais frequentes [...] quando comparados com idosos neurologicamente saudáveis”. 
Na opinião de Burlá et al. (2014) é oportuno destacar que o diagnóstico da doença de 
Alzheimer pode ser descrito quando há um declínio cognitivo ou no comportamento que 
interferem no funcionamento e desempenho das atividades neurofisiológicas e 
comportamentais nas atividades diárias da vida. Para um diagnóstico de DA ser 
definitivamente comprovado, pode ser feito uma análise histopatológica de tecido cerebral 
após o óbito (DESLANDES, 2010; MARTELLI, 2013). 
 
A demência é diagnosticada quando há sintomas cognitivos ou comportamentais que 
interferem com a habilidade no trabalho ou nas atividades básicas da vida diária e 
que necessariamente representam declínio em relação a níveis prévios de 
funcionamento e desempenho (BURLÁ et al., 2014, p. 90). 
 
16 
 
Com isso, os autores associam a doença de Alzheimer ao envelhecimento e a principal 
prevalência/incidência desta patologia é associada à idade. Entretanto, cabe ressaltar a 
importância do estilo de vida das pessoas: adotar hábitos saudáveis durante a passagem da 
vida permite o envelhecimento com mais saúde, tardando ou até prevenindo a doença de 
Alzheimer. 
 
1.3 Benefícios do exercício físico 
 
A atividade física, a qualidade de vida e a saúde são bastante abordadas em diversos 
estudos e estão diretamente relacionadas. Através das pesquisas, a afirmação de um 
envelhecimento saudável é evidenciada com a realização regular de atividade física e uma 
frequência ativa no estilo de vida do indivíduo, estando relacionada ao aumento na capacidade 
funcional e na qualidade de vida, contribuindo beneficamente para a saúde dos idosos 
(GARUFFI et al., 2011). 
 A atividade física é muito destacada e de grande importância na vida das pessoas, 
como aponta os estudos de Ferreira e Catelan-Mainardes (2013). Os autores evidenciam que 
um estilo de vida ativo pode promover bem-estar e qualidade de vida, proporcionando 
melhorias nas capacidades físicas, motoras e sociais. Nesta linha, o exercício físico ajuda 
positivamente nas funções cognitivas, como a atenção, a percepção, o raciocínio e a memória, 
contribuindo na melhora do fluxo sanguíneo do cérebro, na oxigenação cerebral e ganhando 
em velocidade de processamento cognitivo. O exercício físico também é benéfico aos idosos 
na promoção no ganho dos níveis de neurotransmissores e um aumento na flexibilidade 
mental e atencional (FERREIRA; CATELAN-MAINARDES, 2013). 
 Os benefícios do exercício físico no tratamento não farmacológico na doença de 
Alzheimer são evidenciados em diversos estudos, como Andrade (2014), Ferreira e Catelan-
Mainardes (2013), Garuffi et al. (2011), Hernández et al. (2010) entre outros, que apontam 
resultados não curativos, mas com efeitos positivos, agindo na cognição, diminuindo os 
distúrbios de comportamento e melhorando as funções cognitivas e atividades de vida diária 
sobre o portador desta patologia. 
 Em sua pesquisa, Deslandes (2009) relaciona uma melhora na cognição e na perfusão 
aumentando o metabolismo cerebral que é gerado pelo exercício e cita que: 
 
Na Doença de Alzheimer há uma diminuição do metabolismo de glicose e 
hipoperfusão em áreas do córtex temporo-parietal. Mais especificamente, pacientes 
de Alzheimer teriam uma menor perfusão em áreas do circuito amígdala hipocampo, 
17 
 
córtex cingulado anterior e posterior e tálamo anterior. O declínio cognitivo é 
correlacionado significativamente com a hipoperfusão em DA. Um dos mecanismos 
possíveis seria uma disfunção do óxido nítrico, resultando em alteração da 
hemodinâmica e da função dos neurotransmissores. A atividade física atuaria 
melhorando a perfusão cerebral através do aumento da produção de óxido nítrico, 
além de um aumento da atividade antiinflamatória e aumento da produção de 
acetilcolina (EGGERMONT et al., apud DESLANDES, 2009, p. 149). 
 
 A ligação do exercício físico com a doença de Alzheimer tem uma grande 
importância. Andrade (2014) ressalta que o exercício age contribuindo para a proteção, 
evitando um avanço da doença, destacando sua contribuição nas funções cognitivas dos 
pacientes, mesmo em quadros avançados da doença. 
 Ainda neste enfoque, o tratamento não farmacológico, que são os exercícios físicos,[...] deveriam fazer parte do estilo de vida das pessoas, inclusive daquelas cognitiva 
e funcionalmente preservadas. No entanto, eles também poderiam ser direcionados a 
pacientes que já tenham a DA, e deveriam ser a eles disponibilizados o mais precoce 
possível. Ou seja, neste caso, deveriam ser incorporados ao tratamento quando os 
pacientes ainda estivessem em níveis iniciais da demência, preferencialmente, na 
fase prodrômica da evolução clínica, ou seja, quando os sintomas começassem a 
surgir (ANDRADE, 2014, p. 19). 
 
 Em uma pesquisa realizada por Hernández et al. (2010) se constatou que participantes 
de um programa de exercício físico conseguiram resultados benéficos para a cognição, no 
equilíbrio e uma baixa no risco de quedas, quando comparados com pacientes que não 
praticaram o programa. Assim, afirma-se que o exercício físico praticado regularmente pode 
ser uma intervenção prática não farmacológica para os benefícios recorrentes desta patologia 
aplicados aos declínios cognitivos e motor (HERNÁNDEZ et al., 2010). 
 Para Martelli (2013, p. 51) a “prática regular de atividade física tem proporcionado 
impacto benéfico na atenuação do declínio cognitivo e na melhora dos distúrbios de 
comportamento em pacientes com DA”. A importância da atividade física ou do exercício 
físico recebe um valor considerável devido aos seus benefícios sobre os efeitos de reduzir as 
perdas cognitivas que são causadas pelo envelhecimento durante o decorrer da vida 
(FRANCA et al., 2011). 
 Cabe ressaltar ainda que Franca et al. (2011) avaliaram os benefícios do exercício 
físico em um paciente portador da doença de Alzheimer, realizando uma entrevista semi 
estruturada. Participaram da entrevista o paciente portador de Alzheimer, a cuidadora e o 
personal trainer; as perguntas tinham relação com os benefícios gerados com a prática do 
exercício físico. Constataram que, para um paciente acometido pela doença de Alzheimer, a 
prática de exercícios físicos regularmente proporcionou melhora no seu cotidiano, 
18 
 
favorecendo as atividades da vida diária, na qual se considera a fala do paciente (FRANCA et 
al., 2011). 
 Antunes et al. (2006) em seu estudo, entendem que o exercício físico interfere na boa 
forma da cognição de diferentes modos: 
 
[...] em função do aumento nos níveis dos neurotransmissores e por mudanças em 
estruturas cerebrais (isso seria evidenciado na comparação de indivíduos fisicamente 
ativos x sedentários); pela melhora cognitiva observada em indivíduos com prejuízo 
mental (baseado na comparação com indivíduos saudáveis); na melhora limitada 
obtida por indivíduos idosos, em função de uma menor flexibilidade 
mental/atencional quando comparado com um grupo jovem (ANTUNES et al., 
2006, p. 110). 
 
 O exercício físico tem ação sobre a função cognitiva como menciona Antunes et al. 
(2006), citando que as ações podem ser diretas, pois agem resultando em um aumento na 
velocidade no processo cognitivo, desenvolvendo uma melhor circulação cerebral e alterações 
positivas nos níveis de neurotransmissores e destacando como indiretas as que agem 
diminuindo a pressão arterial, baixando os níveis de LDL e triglicerídeos na corrente 
sanguínea; essas sim proporcionam uma melhor qualidade de vida, aumentando a capacidade 
funcional geral. 
 Tem se visto vários estudos que apontam o estilo de vida ativo como uma boa 
intervenção adotada pelos indivíduos portadores desta patologia, proporcionando uma 
diminuição no declínio cognitivo. Para a população com a doença de Alzheimer, Martelli 
(2013) e Santos (2014) relacionam a contribuição benéfica de exercícios físicos na cognição 
do paciente, principalmente na atenção, funções de linguagem e memória. 
 De acordo com a pesquisa realizada por Martelli (2013) ainda não é o bastante o que a 
literatura traz sobre as respostas não farmacológicas do tratamento da doença de Alzheimer 
ligadas à atividade física, mencionando que não há muitas discussões sobre quais métodos 
estão ligados para um melhor tratamento desta patologia. Por outro lado, Deslandes (2009) 
destaca o exercício físico como uma das cinco práticas fundamentais na prevenção da doença 
de Alzheimer, associando a melhora cognitiva ao aumento da perfusão e do metabolismo 
cerebral gerada pelo exercício. 
 Mesmo não existindo muitas pesquisas relacionadas aos benefícios do exercício físico 
com portadores de Alzheimer, é oportuno destacar que um estilo de vida ativo é um fator de 
proteção importante para o não desenvolvimento das doenças crônico-degenerativas, 
regulando as respostas inflamatórias relacionadas a essas doenças (ANTUNES et al., 2006; 
DESLANDES, 2009; MARTELLI, 2013). 
19 
 
 Um estilo de vida ativo contribui para a qualidade de vida destes indivíduos, 
favorecendo diversos benefícios neurológicos na memória e na atenção, além de benefícios 
fisiológicos, como aumento da força muscular, melhora do equilíbrio, coordenação e 
flexibilidade, ajudando diretamente no aumento da independência nas atividades de vida 
diária destes indivíduos e retardando os declínios funcionais que esses pacientes desenvolvem 
com a doença (FERREIRA; CATELAN-MAINARDES, 2013; GARUFFI et al., 2011; 
HERNÁNDES et al., 2010). 
 Por esse motivo, a prática de exercício físico durante o envelhecimento é considerada 
fundamental, pois influencia significativamente a independência do idoso, que passa a utilizar 
mais os grupos musculares que estavam em desuso prevenindo ou revertendo a perda de força 
muscular e obtendo a capacidade de realizar suas tarefas de forma autônoma (RIBEIRO; 
GARCIA, 2014). Isso mostra que não só no envelhecimento, mas em todo o decorrer da vida 
é importante adotar um estilo de vida ativo para prevenir o surgimento de doenças crônicas e 
reduzir os gastos com tratamentos médicos, que acabam se tornando desnecessários (MEES, 
2010). 
Portanto, se o envelhecimento é uma causa natural e irreversível, as pessoas deveriam se 
preocupar mais em manterem um estilo de vida ativo, independentemente de qualquer 
patologia, no lugar de ficar esperando a vida passar, enquanto o corpo sofre degenerações até 
comprometer sua saúde física, mental e social. Além disso, muitas vezes o sedentarismo surge 
por falta de informação e motivação. Os idosos deveriam ser mais incentivados e alertados 
sobre a importância das práticas de atividades físicas para manterem-se saudáveis, o que 
aumentaria consideravelmente a qualidade de vida da população nessa faixa etária. 
 
20 
 
2 DIMENSÕES METODOLÓGICAS 
 
2.1 Tipo de pesquisa 
 
Esta pesquisa tem seu aporte na modalidade de pesquisa quali-quantitativa devido à 
natureza do objeto em estudo. A pesquisa qualitativa investiga e interpreta a experiência de 
sujeitos, “pertence ao plano das construções subjetivas, imersas em relações sociais, e não 
mera aplicação de técnicas” (BOSI, 2012, p. 580). A pesquisa quantitativa traduz em números 
e utilizam-se métodos estatísticos para organizar e analisar dados, opiniões e informações 
(PROANOV; FREITAS, 2013). 
Destaca-se este trabalho baseado em seus objetivos de estudo como uma pesquisa 
exploratória descritiva relacionada a um estudo de caso, pois busca aprofundar 
detalhadamente os objetos que norteiam o estudo. Para Gil (2010, p. 37) o estudo de caso é 
“[...] profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e 
detalhado conhecimento”, esclarecendo a pesquisa. 
Os estudos de caso, de forma geral, se inserem no contexto de pesquisa quando são 
elaboradas questões que buscam os significados de “como” e “por que” dos fatos. Nesta linha 
Yin (2001, p. 19) salienta que, em uma pesquisa de estudo de caso “o pesquisador tem pouco 
controle sobre os eventos” e “[...] o foco se encontra em fenômenos contemporâneos inseridos 
em algum contexto da vida real”, desde modo, adequado à pesquisa em questão 
As pesquisas exploratórias, como onome já relaciona, têm como objetivo a forma de 
explorar ao máximo o problema de pesquisa, proporcionando amplitude e transparência sobre 
o assunto em estudo. Nesta mesma linha, “pode-se dizer que estas pesquisas têm como 
objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições” (GIL, 2010, p. 41). 
Este estudo também se caracteriza de forma descritiva, na qual a pesquisa é 
desenvolvida como principal objetivo na descrição dos fatos e fenômenos, apontando as 
características encontradas no estudo. Uma característica que é destacada nesta pesquisa por 
Gil (2010) é o uso de técnicas com padrões para coleta de dados, como o questionário e a 
observação estruturada. Ainda, o mesmo autor destaca que as pesquisas descritivas são 
realizadas pelos pesquisadores sociais preocupados com a atuação prática. 
 
 
 
 
 
21 
 
2.2 Amostra da pesquisa 
 
Para o estudo de caso optou-se por um idoso e sedentário portador da doença de 
Alzheimer e sua cuidadora que reside com o sujeito na região noroeste do Estado do Rio 
Grande do Sul. Os sujeitos foram selecionados de forma voluntária e aleatoriamente, 
concordaram verbalmente em participar da pesquisa e assim assinaram os termos de 
consentimento para aprovarem suas participações. 
O senhor idoso com Alzheimer têm 85 anos de idade, mora com sua esposa que é 
também sua cuidadora, residem sozinhos em uma casa e possuem cinco filhos, com os quais 
mantém relacionamento constantemente. O idoso passa a maior parte do tempo deitado em 
sua cama, levanta-se pouco, apenas para comer e fazer suas necessidades. Ficou mais 
dependente com o avanço da idade e depois que parou de frequentar os bailes que participava 
todos os domingos, diante relato da sua esposa. 
Sobre os aspectos neurológicos e funcionais do idoso, apresenta falhas de memória, 
confusão mental, causando desorientações de tempo e espaço, incapacidade frente às 
atividades da vida diária como tomar banho e vestir-se, sendo dependente na maioria de suas 
atividades. 
Já referente à cuidadora, também esposa, que reside a mais de 50 anos com o 
indivíduo com demência, optou-se por aplicar um questionário antes e após as intervenções 
com intuito de recolher alguns dados pertinentes do estado atual da condição física e 
psicossocial nas atividades diárias do paciente com Alzheimer. Como destaca Franca et al. 
(2011) a observação da evolução das atividades da vida diária é um meio muito útil ao avaliar 
clinicamente a melhora no tratamento da doença de Alzheimer. 
 
2.3 Procedimentos e instrumentos 
 
 Para o inicio da pesquisa, o contato com os participantes foi de forma presencial. 
Desloquei-me até a residência e marcamos um dia para conversarmos sobre o que seria o 
estudo. Após isso, fui novamente até o local e iniciei a pesquisa informando-lhes os objetivos 
e explicando detalhadamente as suas participações. Dessa maneira, a pesquisa manifestou a 
participação do idoso com Alzheimer e sua cuidadora. 
 O participante idoso e sua cuidadora foram convidados a participarem por meio do 
Termo de Consentimento Livre E Esclarecido (Apêndice 1), explicado mais adiante nas 
22 
 
questões éticas. Esse termo é parte integrante do processo, que recebe a assinatura e 
aprovação dos responsáveis e todos envolvidos na pesquisa. 
Em relação ao individuo com Alzheimer foi aplicado um questionário respondido por 
sua cuidadora realizado pré-intervenção (Apêndice 2). Este questionário foi desenvolvido com 
perguntas abertas, com o propósito do conhecimento atual do estado físico, psicossocial e 
relacionado à saúde global deste paciente, e para adquirir informações e conhecimentos 
relevantes da vida do mesmo. O paciente com Alzheimer com auxílio de sua cuidadora 
preencheu a anamnese (Apêndice 3) e realizou o protocolo de testes, sua cuidadora respondeu 
os questionários em relação ao individuo, todos explicados adiante. 
O primeiro instrumento de coleta dos dados utilizado e respondido pela cuidadora foi 
o índice de atividades de vida diária, realizado pré e pós-intervenção. O índice de Katz 
(Anexo 1), um formulário que foi desenvolvido para avaliação do nível ativo de atividades 
diárias de portadores de doenças crônicas, possui seis tarefas básicas que o idoso possa 
realizar, tornando-o independente, como tomar banho, alimentar-se, vestir-se, locomover-se, 
realizar sua higiene pessoal e conter suas necessidades fisiológicas, possuindo três categorias 
de classificação: independente, parcialmente dependente ou totalmente dependente (FREITAS 
et al., 2002). 
A pesquisa foi desenvolvida com a intervenção de um programa de exercícios físicos 
(Apêndice 4) com duração de três meses, realizado nos meses de setembro, outubro e 
novembro, sendo contabilizadas oito intervenções em média por mês, planejadas e 
desenvolvidas pelo pesquisador. Durante os meses de novembro e dezembro foram realizadas 
as últimas aplicações de testes e questionários pós-intervenção e também as análises e 
discussões dos resultados. 
 Os instrumentos de avaliação utilizados para o estudo com o idoso foram: um 
questionário, Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) para avaliar funções globais cognitivas, 
e o TAFI que são os testes de aptidão física para idosos. 
O Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) (Anexo 2) aplicado no sujeito com a 
doença de Alzheimer avaliou as funções globais cognitivas (pré e pós intervenção). É um dos 
testes mais usados para a avaliação da mudança do funcionamento do estado cognitivo e conta 
com questões agrupadas em sete categorias; seu escore para avaliação varia de 0 a 30 pontos 
sendo que valores baixos apresentam níveis cognitivos em déficit e valores mais altos 
encontra-se em melhor estado cognitivo (FOLSTEIN et al., 1975). 
Os Testes da aptidão física funcional TAFI do protocolo de Rikli e Jones (2008) (pré e 
pós-intervenção) são: levantar e sentar na cadeira, flexão de braço, caminhada de 6 minutos, 
23 
 
sentar e alcançar os pés, alcançar as costas, levantar e caminhar e altura e peso; todos 
descritos a seguir. 
Teste de Levantar na Cadeira foi desenvolvido com o objetivo de avaliar a força dos 
membros inferiores do idoso. Os equipamentos utilizados foram um cronômetro e uma 
cadeira com assento de 43,18 centímetros. Os procedimentos de realização foram instruir o 
idoso a sentar no meio da cadeira com as costas eretas e braços cruzados encostados ao tórax; 
ao sinal de inicio, o participante levantou e sentou quantas vezes conseguiu em 30 segundos. 
O registro do escore foi o total de vezes que o indivíduo realizou em 30 segundos (RIKLI; 
JONES, 2008). 
 
Figura 1: Ilustração gráfica do teste de levantar da cadeira 
 
Fonte: Rikli e Jones, 2008, p. 76 
 
Teste de Flexão de Braço foi aplicado com objetivo de medir a força dos membros 
superiores do idoso. Os equipamentos utilizados para o desenvolvimento deste teste foi um 
cronômetro, uma cadeira sem braços e um peso de 3,63 kg para o idoso. O procedimento 
iniciou com as instruções ao participante que sentou na cadeira com o lado do seu corpo 
dominante mais a borda da cadeira. O braço ficou estendido ao longo do corpo, e a mão 
segurou o peso. Saindo desta posição, o indivíduo realizou uma flexão de cotovelo com o 
movimento do peso em direção ao ombro. Então, o peso retornou e o braço foi estendido 
totalmente voltando à posição de início. 
Ao sinal de iniciar, deveria realizar o máximo de flexão de braço que conseguir em 30 
segundos, sempre com amplitude completa do movimento (flexão à extensão). O escore é 
marcado o número total de flexões de braço feitas em 30 segundos (RIKLI; JONES, 2008). 
24 
 
Figura 2: Ilustração gráfica do teste de flexão de braço 
 
Fonte: Rikli e Jones, 2008, p. 78 
 
Teste de Caminhada de 6 Minutos foi aplicado com objetivo de avaliar a resistência 
aeróbica do indivíduo idoso. Os equipamentos utilizados foram uma trena, um cronômetro, 
quatro conespara demarcar o percurso, um caderno e uma caneta para marcar as voltas 
realizadas pelo participante. A realização do teste consistiu no deslocamento do participante 
no percurso marcado caminhando 6 minutos., O registro do escore refere-se à distância 
máxima em metros que o participante conseguiu atingir em 6 minutos (RIKLI; JONES, 
2008). 
 
Figura 3: Ilustração gráfica do teste de caminhada de 6 minutos 
 
Fonte: Rikli e Jones, 2008, p. 80 
 
Teste de Sentar e Alcançar os Pés foi realizado com o objetivo de avaliar a 
flexibilidade dos membros inferiores. Os equipamentos utilizados foram uma cadeira com 
25 
 
43,18 centímetros de altura e uma régua de 50 centímetros. Os procedimentos para execução 
do teste foi instruir o idoso a sentar na beira da cadeira. Uma das pernas fica flexionada, com 
o pé apoiado no chão e a outra perna fica estendida na frente do corpo com o tornozelo 
apoiado no chão. O participante com os braços estendidos e as mãos sobrepostas se curva 
lentamente para frente para conseguir alcançar a ponta dos pés. 
No registro do escore anota-se a distância em centímetros da ponta dos dedos das 
mãos até a ponta dos pés. A ponta dos pés é o ponto central e representa o ponto zero. Caso os 
dedos das mãos não chegarem à ponta dos pés se registra como escore negativo (-); se os 
dedos das mãos encostarem-se ao centro dos dedos dos pés registra-se um escore de zero; e se 
passar da linha dos dedos dos pés, marcar distância como escore positivo (+) (RIKLI; JONES, 
2008). 
 
Figura 4: Ilustração gráfica do teste de sentar e alcançar os pés 
 
Fonte: Rikli e Jones, 2008, p. 84 
 
 Teste de Alcançar as Costas foi aplicado com o objetivo de avaliar a flexibilidade dos 
membros superiores do participante. O equipamento utilizado durante a teste foi somente uma 
régua de 50 centímetros. O procedimento de realização foi instruir o participante a ficar em pé 
e passar uma de suas mãos por cima de seu ombro do mesmo lado do corpo, com os dedos 
estendidos chegando ao máximo o centro das costas, o cotovelo deste braço deve ficar para 
cima. A outra mão colocar na parte posterior do tronco fazendo com que os dedos de ambas 
se encontrem ou se cruze. 
26 
 
O escore é registrado marcando o número mais próximo de centímetros, assinalando 
escore negativo se os dedos das mãos não se encostarem, e para escore positivo caso os dedos 
se cruzem atrás das costas (RIKLI; JONES, 2008). 
 
Figura 5: Ilustração gráfica do teste de alcançar as costas 
 
Fonte: Rikli e Jones, 2008, p. 86 
 
Levantar e Caminhar é um teste muito importante para avaliar a agilidade e o 
equilíbrio dinâmico do participante. Os equipamentos que foram usados foi um cronômetro, 
uma cadeira de 43,18 centímetros de altura, uma trena e um cone. A preparação para este teste 
foi organizada com a cadeira posicionada contra uma parede, à sua frente alinhado um cone 
de distância de 2,5 metros. 
O procedimento foi instruir o participante a sentar na cadeira, mantendo as costas 
eretas, as mãos apoiadas nas coxas, os pés apoiados no chão, com um de seus pés um pouco à 
frente do outro. Quando iniciar, o participante levanta se da cadeira, devendo caminhar o mais 
rápido que conseguir até o cone delimitado, circundá-lo e mover-se até a cadeira, novamente 
sentando-se. O escore é assinalado o menor tempo em segundos que conseguir neste percurso 
(RIKLI; JONES, 2008). 
 
 
 
 
 
27 
 
Figura 6: Ilustração gráfica do teste de levantar e caminhar 
 
Fonte: Rikli e Jones, 2008, p. 88 
 
A Altura e Peso foram feitos para avaliar o índice de massa corporal (IMC) do 
participante. Os equipamentos utilizados foram uma fita métrica, uma régua e uma balança. O 
registro do escore foi anotado em uma folha de caderno para fazer o cálculo da massa 
corporal. O cálculo do índice de massa corporal é feito dividindo o peso do participante em 
quilogramas pelo quadrado da altura: IMC=Kg/m² (RIKLI; JONES, 2008). 
 
Figura 7: Ilustração gráfica da altura e peso 
 
Fonte: Rikli e Jones, 2008, p. 90 
 
 
 
28 
 
2.4 Análise e interpretação dos dados 
 
De início, para uma análise fidedigna, os dados coletados durante a pesquisa foram 
anotados e depois digitados no programa Word 2013 da Microsoft Office, para serem 
observados e analisados descritivamente e para construção dos gráficos. A análise dos dados 
da pesquisa foi descritiva de forma qualitativa para as respostas dos questionários e a análise 
da avaliação dos testes foram a partir de pontos e números, organizados e analisados através 
de gráficos quantitativamente. 
 
2.5 Questões éticas da pesquisa 
 
Em relação aos aspectos éticos o presente trabalho seguiu as normas estabelecidas na 
Resolução nº 196/1996 do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Foram seguidos os cuidados 
éticos por envolver seres humanos no desenvolvimento da pesquisa. 
Os participantes envolvidos foram informados sobre os objetivos do estudo; a 
realização da aplicação de questionários e testes, a fim de se adquirir informações para a 
discussão da presente temática; ainda, foram informados que seus anonimatos serão 
preservados em quaisquer circunstâncias previstas nesta pesquisa, sendo esses livres para 
desistirem de participar da mesma a qualquer momento, sem que isso venha a prejudicá-los, 
não gerando prejuízos morais, físicos ou custos aos mesmos. Diante isso foram convidados a 
assinar o termo de consentimento livre e esclarecido (Apêndice 1). 
 
29 
 
3 RESULTADOS E DISCUSÕES 
 
Neste capítulo destacam-se as articulações e os debates dos dados coletados da 
pesquisa, com o intuito de responder todos os objetivos elencados no trabalho. A organização 
das discussões do presente trabalho foi desenvolvida em subtítulos para um melhor 
entendimento do conteúdo em discussão. 
 
3.1 Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) 
 
Este subtítulo refere-se às discussões dos resultados do desempenho do idoso no Mini-
exame do Estado Mental (MEEM) em relação à intervenção do programa de exercícios 
físicos, que expressa a manutenção nas funções cognitivas como orientação, memória 
imediata, atenção e cálculo, evocação e linguagem. Podemos observar o gráfico abaixo: 
 
Gráfico 1: Comportamento do idoso no teste Mini Exame do Estado Mental (MEEM) em 
pontos 
 
Fonte: do autor (2017). 
 
Analisando os resultados do gráfico, podemos diagnosticar o idoso com a doença de 
Alzheimer em estado moderado com uma pontuação media de 15,33 pontos. Percebemos no 
periodo pré e durante intervenção que se manteve em um estado de manutenção das funções 
cognitivas não ocorrendo declínios. Com as respostas do pós intervenção constatamos um 
aumento de 1 ponto, também neste caso demonstrando um equilibrio das funções cognitivas. 
 
30 
 
Estes resultados coincidem com as pesquisas de Ferreira e Catelan-Mainardes (2013), 
que relacionam o exercício físico sobre a doença de Alzheimer, agindo positivamente nas 
funções cognitivas, como atenção, percepção, raciocínio e a memória. Ainda neste enfoque, 
os autores trazem o efeito benéfico do exercício na melhora do fluxo sanguíneo e oxigenação 
cerebral, aumentando o processamento cognitivo e a flexibilidade mental e atencional. 
As pessoas com vida ativa, que em sua rotina diária praticam exercícios físicos 
regulares, têm uma preservação ou até mesmo uma melhora nas funções cognitivas. Os 
resultados reforçam os achados no estudo de Martelli (2013) de que os pacientes com 
Alzheimer que não tiveram participação em um programa de exercícios físicos foram 
observados com um declínio maior nas funções cognitivas, comparado aos pacientes ativos 
que conseguiram manter ou até evoluir nestas funções, principalmente de atenção, executivas 
e linguagem. 
Neste estudo realizado com o idoso com a doença de Alzheimer, foi possível perceber 
que o programa de exercícios físicos, planejado duas vezes por semana, com treinamentos 
aeróbicos, exercíciosde força e alongamentos foi efetivo para manter as funções globais 
cognitivas e evitar os declínios que a doença causa. 
Nesse sentido, os resultados fortalecem o ponto de vista de Andrade (2014), 
evidenciando uma contribuição importante do exercício físico, que atua como um fator de 
proteção, impedindo uma progressão da doença de Alzheimer. 
 
3.2 Testes de Aptidão Física para Idosos (TAFI) 
 
Nesta parte, discutiremos os resultados do desempenho do idoso nos testes da aptidão 
física, em relação à intervenção do programa de exercícios físicos. Com o fim de expressar a 
capacidade funcional e seus componentes como força muscular, resistência aeróbica, 
flexibilidade, agilidade, equilíbrio dinâmico e índice de massa corporal, conforme podemos 
observar nos gráficos seguintes. 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
Gráfico 2: Comportamento do idoso no teste de Levantar da Cadeira avaliado em repetições 
6 6
7
5,4
5,6
5,8
6
6,2
6,4
6,6
6,8
7
7,2
Pré Intervenção 2ª Intervenção Pós Intervenção
E
sc
o
re
Teste de Levantar da Cadeira
 
Fonte: do autor (2017). 
 
Em relação ao teste de levantar da cadeira, podemos observar uma pontuação média de 
6,3 pontos, tendo como referência a faixa normal de escores de 8 a 14 (nº de repetições) para 
homem com essa idade (RIKLI; JONES, 2008); o idoso em questão se encontra em uma faixa 
etária abaixo da média. Constatamos que não houve evolução nos dados no período durante a 
intervenção e que os mesmos se mantiveram, não perdendo desempenho. Nos resultados pós 
intervenção percebemos uma evolução nos ganhos de força muscular de membros inferiores 
de 1 ponto, consideravelmente benéfico para o idoso. 
 
Gráfico 3: Comportamento do idoso no teste de Flexão de Braço avaliado em repetições 
10
12 12
9
9,5
10
10,5
11
11,5
12
12,5
Pré Intervenção 2ª Intervenção Pós Intervenção
E
sc
o
re
Teste de Flexão de Braço
 
Fonte: do autor (2017). 
32 
 
No teste de flexão de braço, como estamos percebendo aconteceu uma evolução na 
fase durante intervenção de 2 pontos em relação a pré intervenção, ou seja, obteve-se um 
ganho significativo de força muscular de membros superiores durante os três meses de 
intervenção e esse resultado se manteve até o momento de pós intervenção não ocorrendo 
alterações nos últimos períodos. Considerando a média de 11,33 pontos como podemos 
verificar, com relação a faixa normal de escores que é de 11 a 17 (nº de repetições) para 
homens desta idade (RIKLI; JONES, 2008), o sujeito está na faixa normal. 
Os autores evidenciam que os declínios, que se agravam no decorrer dos anos, 
especialmente nesta idade vão pouco a pouco impossibilitando a realização de várias tarefas 
do dia a dia; este fator pode se agravar caso o sujeito seja sedentário, o que contribui para a 
perda funcional no idoso (CYRINO, 2004; MAZO, 2007). Deste modo, a conservação da 
força muscular poderá facilitar a execução de tarefas diárias (VALE et al., 2006). Destaca-se, 
portanto, que exercícios de força ajudam na manutenção da flexibilidade, trazendo benefícios 
aos sujeitos, tais como: resistência a lesões; menor propensão a dores musculares; prevenção 
de problemas posturais, entre outros (CARNAVAL, 2004) 
 
Gráfico 4: Comportamento do idoso no teste de Caminhada de 6 Minutos avaliado em 
distância/metros 
370,2
374,6 375,1
367
368
369
370
371
372
373
374
375
376
Pré Intervenção 2ª Intervenção Pós Intervenção
E
sc
o
re
/M
et
ro
s 
 
Teste de Caminhada de 6 Minutos 
 
Fonte: do autor (2017). 
 
Como podemos constatar, a resistência aeróbica teve uma evolução constante e 
gradativa com o programa de exercícios físicos da fase pré até a fase pós-intervenção. Em 
relação ao teste de caminhada de 6 minutos, a faixa de escores para homens desta idade foi 
33 
 
classificada normal para o senhor com Alzheimer que obteve uma pontuação média de 373,3 
metros (RIKLI; JONES, 2008). É nesse contexto que destacamos melhorias no 
condicionamento físico, importantes para os afazeres da vida diária deste indivíduo. 
 Os estudos de Zago et al. (2000) mencionam que os idosos na fase do envelhecimento 
são submetidos a declínios diversos de suas funções fisiológicas, incluindo a capacidade 
cardiorrespiratória como um destes. Salienta ainda o autor supracitado que a prática de 
exercícios físicos permite uma melhora na resistência aeróbica e na vida cotidiana destas 
pessoas. 
 
Gráfico 5: Comportamento do idoso no teste de Sentar e Alcançar os pés em centímetros 
 
Fonte: do autor (2017). 
 
Considerando o gráfico no teste de sentar e alcançar os pés, conseguimos notar uma 
evolução significativa na flexibilidade de membros inferiores, com um aumento progressivo 
de 3 pontos em relação a pré até a pós intervenção. 
Avaliando a faixa de escores normal para este indivíduo, mesmo com a melhora dos 
resultados durante a intervenção, sua classificação é considerada abaixo da média para os 
autores Rikli e Jones (2008), uma vez que em seus estudos especificam pontuações normais 
entre -13,9 a +1,2 (cm+/-). 
 
 
 
 
 
34 
 
Gráfico 6: Comportamento do idoso no teste de Alcançar as costas em centímetros 
 
Fonte: do autor (2017). 
 
Referente ao teste de alcançar as costas, explorando os resultados percebemos um 
aumento sucessivo desde o momento pré até o momento pós intervenção em 5 pontos como 
podemos observar no gráfico. É oportuno destacar o melhoramento da flexibilidade dos 
membros superiores, importantes para aumentar a amplitude do movimento ligadas as funções 
de uma boa mobilidade, pois com o aumento da idade ocorre uma perda da flexibilidade 
(RIKLI; JONES, 2008). Para esses dados, salientam ainda os autores supracitados, os valores 
normais para homens com esta idade ficam entre -24,1 a -7,6 (cm +/-). Assim, a classificação 
deste idoso é avaliada baixa, pois atingiu pontuação média de -25,33 pontos. 
 
Gráfico 7: Comportamento do idoso no teste de Levantar e Caminhar avaliado em 
tempo/segundos 
 
Fonte: do autor (2017). 
35 
 
A análise do comportamento do idoso no teste de levantar e caminhar em relação aos 
resultados como podemos ver no gráfico foi satisfatória. Observa-se uma diminuição no 
tempo em segundos comparando o momento pré intervenção até o momento pós intervenção. 
Com esses ganhos de agilidade e equilíbrio dinâmico, podemos ressaltar que são aspectos 
significativos para diversas tarefas comuns de mobilidade do dia a dia do idoso. Ainda, esses 
resultados corroboram com achados de Rikli e Jones (2008) os quais evidenciam o exercício 
físico como elemento principal na manutenção da agilidade e do equilíbrio dinâmico. 
 
Gráfico 8: Avaliação do idoso no Índice de Massa Corporal 
27,63
27,79
27,69
27,55
27,6
27,65
27,7
27,75
27,8
27,85
Pré Intervenção 2ª Intervenção Pós Intervenção
E
sc
o
re
/k
g/
m
²
Altura e Peso (IMC) 
 
Fonte: do autor (2017). 
 
Ao verificar os resultados descritos sobre o Índice de Massa Corporal do idoso, 
concluímos uma manutenção na composição corporal do mesmo, não ocorrendo mudanças 
significativas nos dados observados pré e pós intervenção. Com isso, o paciente encontra-se 
classificado em sobrepeso, como menciona a Organização Mundial da Saúde (OMS) para 
pessoas com mais de 60 anos de idade resultados iguais a 27 ou maiores são considerados 
sobre peso. 
Os estudos de Rikli e Jones (2008) trazem que a composição corporal está relacionada 
à saúde e à mobilidade funcional, afirmando que as pessoas com índice de gordura elevado 
sofrem um declínio nas suas capacidades funcionais se comparadas às pessoas que estão em 
níveis normais. 
 
 
36 
 
3.3 Índice de Katz- Escala de atividades de vida diária 
 
 As discussões das respostas do questionário respondido pela cuidadora, foram aqui 
descritos, baseados nas atividades de vida diária do idoso no período pré intervenção até o 
períodopós intervenção. Nesse sentido, Abreu et al. (2005) corroboram relatando que por 
meio da observação do progresso das atividades de vida diária do paciente é possível avaliar a 
evolução da doença de Alzheimer. 
Observamos no questionário respondido pela cuidadora que o paciente com Alzheimer 
se encontra em um estado de dependência moderada. Também podemos destacar, com os 
dados analisados, que não houve mudanças com o programa de exercícios físicos, mantendo 
as respostas da fase pré até a pós intervenção. Em relação aos resultados, não houve evolução, 
ressaltamos que este é um aspecto importante, pelo fato de indivíduos idosos e com 
Alzheimer terem um declínio progressivo e com o passar do tempo o acontecimento de 
incapacidades na sua vida diária avançam (LACKS et al., 2000. 
Para concluir, a observação do idoso no desenvolvimento das atividades propostas 
durante os três meses produziu resultados positivos. O idoso com Alzheimer conseguiu 
realizar os exercícios propostos seguindo o planejamento, como caminhadas, alongamentos de 
membros superiores e inferiores e exercícios de força de membros superiores e inferiores. 
Observamos algumas dificuldades nas funções cognitivas e físicas, por ser um indivíduo 
sedentário e com a doença de Alzheimer, mas de forma geral esteve sempre disposto em 
realizar o que era proposto no dia. 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Concluímos com o presente estudo que as intervenções do programa de exercícios 
físicos tiverem resultados positivos, colaborando com a evolução ou a manutenção comparado 
aos níveis anteriores. Destacamos algumas melhorias nas funções cognitivas do idoso como 
orientação, memória, atenção, evocação e linguagem; e nos parâmetros de aptidão física como 
força muscular e flexibilidade (membros superiores e inferiores), resistência aeróbica, 
agilidade/equilíbrio dinâmico e composição corporal. 
Dessa forma, o exercício físico pode ser um aliado no tratamento não farmacológico 
dessa doença, auxiliando na proteção dos declínios cognitivos e na manutenção das 
capacidades funcionais proporcionando uma melhor qualidade de vida para pessoas com 
demências. A partir deste aspecto, a Faculdade Americana de Medicina Esportiva (1998) traz 
que os benefícios do exercício e da atividade física regular auxiliam os idosos a terem uma 
vida mais saudável e serem mais independentes, aumentando sua qualidade de vida e também 
suas capacidades funcionais. 
 Por fim, como um futuro profissional da área da saúde, vejo como uma importante 
intervenção a atuação do educador físico sobre esta população com diagnósticos de 
patologias. Poder vivenciar, intervir e estudar a relação com o exercício físico é gratificante, 
além de proporcionar uma valorização a esta área que cresce continuamente. 
 
 
38 
 
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41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
APÊNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 
 
Título do Projeto: Estudo de Caso: Efeitos do Exercíco Físico na Doença de Alzheimer 
Pesquisador responsável: Stela Maris Stefanello Stefanello 
Autor: Fernando Rafael Sandri 
Instituição/Departamento: UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio 
Grande do Sul 
Endereço: Ijuí-RS 
 
Convidamos o (a) prezado (a) senhor (a) a participar deste estudo, o qual tem como 
objetivo geral investigar através de um programa de exercícios físicos os benefícios para um 
paciente com a doença de Alzheimer. 
Esta pesquisa justifica-se da instigação de estudar um caso de um indivíduo com uma 
patologia pouco investigada, a doença de Alzheimer, pensando em beneficiar o sujeito, o 
enfoque será no sentido de proporcionar hábitos mais saudáveis, buscando resultados 
benéficos ao promover exercícios físicos na ideia de motivar o sujeito a sair do sedentarismo, 
melhorar suas atividades do dia a dia e diminuir os declínios cognitivos, auxiliando no 
tratamento da doença. 
Para se atingir o objetivo desta pesquisa faz-se necessário a realização da aplicação de 
testes, a fim de se adquirir informações para a discussão da presente temática. O material 
coletado será utilizado exclusivamente com caráter científico, sendo lidas apenas pelo 
pesquisador responsável e pela autora da pesquisa, estando estes, responsáveis por qualquer 
extravio ou vazamento das informações confidenciais. 
O anonimato dos sujeitos será preservado em quaisquer circunstâncias previstas nesta 
pesquisa, sendo esses livres para desistirem de participar da pesquisa a qualquer momento, 
sem que isso venha a prejudicá-los, não gerando prejuízos morais, físicos ou custos aos 
mesmos. 
Mesmo não sendo a nossa intenção, esse estudo poderá trazer algum constrangimento 
aos sujeitos do estudo, mas que serão amenizados pelo tratamento ético que teremos com os 
mesmos. 
O autor compromete-se em esclarecer devida e adequadamente qualquer dúvida ou 
questionamento que os sujeitos venham a ter no momento da pesquisa ou, posteriormente, 
através dos telefones: (55)99156-0800 ou por e-mail: fernando_rafael_sandri@hotmail.com 
Após ter sido devidamente informado (a) de todos os aspectos desta pesquisa, seus 
propósitos, procedimentos e garantias de confidencialidade e ter esclarecido minhas dúvidas, 
eu ________________________________________________________________, concordo 
voluntariamente em participar deste estudo e autorizo a realização de testes e questionários 
sobre a temática proposta, podendo retirar o meu consentimento a qualquer momento, antes 
ou durante o mesmo, sem penalidades ou prejuízo. 
 
Assinatura do participante do estudo: _________________________________________ 
 
Declaramos, abaixo assinado, que obtivemos de forma apropriada e voluntária o 
Consentimento Livre e Esclarecido deste sujeito de pesquisa para a participação no estudo. 
 
Assinatura do pesquisador responsável: ___________________________________ 
 
Assinatura da autora do estudo: _________________________________________ 
 
Ijuí, ___ de ___________de 2017. 
 
43 
 
APÊNDICE 2 - ENTREVISTA SEMI ESTRUTURADA CUIDADOR (A) 
 
Nome (Opcional) ___________________________________________ Data: ___/___/____ 
 
Idade: _____________ Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino 
 
1) Como você descreve a atual situação física do idoso com Alzheimer? 
 
2) Na sua visão, como são as atitudes e comportamentos do idoso com Alzheimer em seu 
convívio psicossocial? 
 
3) Como você avalia a saúde do idoso com Alzheimer? 
 
4) Como é a interação do idoso com Alzheimer com os demais integrantes da família (esposa, 
filhos, netos, etc.) ? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
APÊNDICE 3 – ANAMNESE PARA A PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS 
 
Nome:____________________________________ Idade:____ Profissão_______________ 
 
Medicamentos em uso (nome e motivo): 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
Médico pessoal:_____________________ Motivo da ultima consulta:_________________ 
Cirurgias realizadas: _________________________________________________________ 
 Você Possui alguma lesão muscular, articular ou óssea? 
___________________________________________________________________________ 
 
Indique quais os sintomas fazem parte do seu estado de saúde atual: ( ) Dor no peito 
( ) Dor nas costas ( ) Dor articular ( ) Tontura ( ) Palpitação ou batimento cardíaco acelerado 
 
Indique quais doenças foram diagnosticadas por um médico: ( ) Colesterol elevado 
( ) Hipertensão arterial ( ) Diabetes ( ) Asma ( ) Enfarto ( ) Sopro cardíaco ( ) Convulsão 
( ) AVC ( ) Câncer ( ) Tabagismo. 
 
Está praticando algum exercício físico? ___________________________________________ 
 
Assumo a veracidade das informações prestadas acima e declaro que estou em plenas 
condições de saúde e apto a realizar exercícios físicos, sem nenhuma restrição médica. 
 
Assinatura_________________________________________________ Data:___/___/___. 
 
Fonte: do autor (2017). 
 
 
 
 
 
45 
 
APÊNDICE 4 - FICHA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS 
 
1º MÊS - SETEMBRO 
 
 TERÇA SEXTA OBSERVAÇÕES GERAIS 
 
 
1ª e 2ª 
Semana 
 
Caminhada (10min) 
+ Alongamentos 
membros superiores 
e inferiores 
Caminhada (10min) 
+ Exercícios de 
Força (membros 
superiores e 
inferiores) 
Caminhada em ritmo muito lenta; 
alongamentos

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