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Hipotensão pós-exercício

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Prévia do material em texto

NATAL DA SILVA 
 
Pró-Reitoria de Graduação 
Curso de Educação Física 
Trabalho de Conclusão de Curso 
HIPOTENSÃO PÓS-EXERCÍCIO EM IDOSAS HIPERTENSAS 
CONTROLADAS, APÓS UMA AULA DE GINÁSTICA 
LOCALIZADA 
Autor: Natal da Silva 
Orientador: Prof. PhD Cesar Roberto Silva 
Brasília - DF 
2010 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HIPOTENSÃO PÓS-EXERCÍCIO EM IDOSAS HIPERTENSAS 
CONTROLADAS, APÓS UMA AULA DE GINÁSTICA LOCALIZADA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Artigo apresentado ao Curso de 
Graduação em Educação Física da 
Universidade Católica de Brasília 
como requisito parcial para 
obtenção do Título de Bacharel em 
Educação Física. 
 
Orientador: Prof. PhD Cesar Roberto 
Silva 
 
 
 
 
 
 
 
Brasília 
2010 
 
 
 
 
 
 Artigo de autoria de Natal da Silva intitulado, “HIPOTENSÃO PÓS-
EXERCÍCIO EM IDOSAS HIPERTENSAS CONTROLADAS, APÓS UMA AULA DE 
GINÁSTICA LOCALIZADA”, apresentado como requisito parcial para obtenção do 
grau de bacharel em Educação Física da Universidade Católica de Brasília, em 12 
de junho de 2010, defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada: 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. PhD Cesar Roberto Silva 
Orientador 
Assessor do Curso de Educação Física - UCB 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Dr. Ricardo Bernardo Mayolino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Brasília 
2010 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico essa obra à minha esposa, 
Silvânia de S. M. da Silva, que está 
sempre ao meu lado, “Quando nós 
trocamos o primeiro olhar. O meu coração 
pediu pra se apaixonar. Igual ao sol que 
nasce e só pertence ao dia. Quando nasci 
o meu amor já te pertencia...” (Dalvimar 
Gallo) 
À minha mãe Maria do Carmo da Silva, de 
quem me orgulho ser filho... 
Dedico este trabalho a vocês, 
especialmente porque são meu alicerce, e 
sem vocês não teria conseguido 
completar mais esta etapa da minha vida. 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradeço a Deus e Nossa Senhora, por me abençoar com mais essa 
conquista. 
À minha esposa, maravilhosa mulher, parceira, incentivadora e sócia, sem a 
qual, certamente, seria impossível manter o equilíbrio e superar os obstáculos e 
dificuldades do dia a dia. 
Á minha mãe, pelo amor, dedicação, incentivo e ensinamentos, em todos os 
momentos da minha vida, aos meus irmãos (José Fernando, Cristiane e Cleidiane), 
pelo companheirismo, amizade, torcida e força, à minha sobrinha e afilhada Lorenna 
e ao meu sobrinho Kevyn, por tudo que representam para mim. 
Ao meu tio Sinvaldo e família sem o qual eu não teria conseguido e demais 
tios, primos e afilhados por todo amor e carinho. 
Ao meu sogro e minha sogra pela confiança depositada, pela torcida e pela filha e 
aos meus cunhados e cunhadas. 
Aos meus amigos e incentivadores, em especial ao Alessandro e Alisson 
(Ministério de Música Mãe Admirável) que sempre me incentivaram, me auxiliaram e 
me abriram inúmeras portas, obrigado por tudo. 
Ao meu orientador Prof. PhD Cesar Roberto Silva, pela acolhida, incentivo, 
paciência e por mostrar que é possível superar. 
Ao Prof. Dr. Ricardo B. Mayolino, pelo apoio e palavras sábias. 
E a todos os que não citei, mas que são sempre lembrados e os guardo no 
coração, meus sinceros agradecimentos, pois, certamente, sem o apoio de cada um 
de vocês, essa obra não se realizaria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Igreja pede aos fiéis leigos para, 
guiados pela coragem e criatividade 
intelectual, estarem presentes nos lugares 
privilegiados da cultura, como sejam o 
mundo da escola e universidade, nos 
centros de pesquisa científica e técnica, 
nos lugares de criação artística e da 
reflexão humanista. 
 (Christifidelis Laici, n.44)
NATAL DA SILVA 
 
 
Resumo: O presente estudo teve como objetivo avaliar a Hipotensão pós-exercício 
em idosas hipertensas com pressão arterial controlada por medicamentos anti-
hipertensivos, em uma aula de ginástica localizada de intensidade moderada de 
acordo com a escala de Borg. Para tanto, a amostra foi composta por 13 idosas 
ativas do CCI (Centro de Convivência do Idoso) do Recanto das Emas/DF, as quais 
foram aplicadas um questionário contendo 10 questões, com o intuito de conhecer a 
vida pregressa do indivíduo em questão. Foi Aferido a PA e a FC, após 5 minutos de 
repouso antes do exercício e após o exercício no 5º, 15º, 30º, 45º e 60º minutos da 
recuperação. Os resultados do presente estudo demonstraram que uma sessão de 
45 minutos de ginástica localizada de intensidade moderada promoveu a hipotensão 
pós-exercício, ou seja, reduções significativas na PAD e PAD nos 60 minutos 
subquentes à atividade, em idosas hipertensas controladas. E, com a redução da 
PA, ocorre uma diminuição da sobrecarga ao aparelho cardiovascular o que pode 
diminuir a ocorrência de várias doenças, principalmente infarto agudo do miocárdio e 
doenças coronarianas. 
 
Palavras-chave: Envelhecimento. Hipertensão. Atividade Física. Hipotensão pós-
exercício.
8 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A longevidade é sem dúvida um triunfo (BRASIL, 2007), e nas últimas 
décadas têm-se observado o ritmo acelerado em que vem ocorrendo no crescimento 
da população idosa, o que afeta diretamente os serviços de saúde e mais 
especificamente os atendimentos geriátricos (específicos para o atendimento de 
idosos). Neste caso torna-se necessário o empenho da sociedade em todos os 
seguimentos na criação e adoção de políticas públicas que busquem o atendimento 
às necessidades básicas da pessoa idosa. Considerando os dados do Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE, 2005) é preocupante o elevado custo 
da assistência ao idoso, que chega a ser de 3 a 7 vezes maior que o custo médio da 
assistência à população em geral, o que torna claro o porquê do grande interesse da 
comunidade científica no estudo do fenômeno do envelhecimento. 
O envelhecimento populacional era considerado um fenômeno, hoje é uma 
realidade em quase toda sociedade (BRASIL, 2007). E se segundo dados do IBGE 
de 2000, foram encontrados aproximadamente 14 milhões de idosos no país, o que 
representa 8,6 da população nacional, enquanto que em 1950 a participação deste 
grupo era de apenas 4,2% da população brasileira, ou seja, teve um crescimento 
maior do que o dobro. Projeta-as para 2020 uma participação da população idosa no 
total da população brasileira em torno de 14% (BELTRÃO, et al, 2004). Ou seja, a 
população idosa é o grupo da população que mais cresce no mundo, no Brasil e no 
Distrito Federal, o qual, segundo dados do IBGE/2006; havia no DF uma população 
de 2.383.784, sendo que 127.418 desses habitantes eram pessoas idosas, 
representando aproximadamente 6 % da população do DF. 
Em geral a literatura classifica didaticamente, os indivíduos acima de 60 anos 
como idosos, segundo a OMS - Organização Mundial da Saúde. No ano de 2001 o 
Congresso Nacional Brasileiro criou e aprovou o Estatuto do Idoso, o qual se destina 
a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 
(sessenta) anos, geralmente chamados como idosos, Terceira Idade, melhor idade. 
 
Processo do envelhecimento 
Segundo Meirelles (1999), envelhecimento é um processo sequencial, 
individual, acumulativo, irreversível, não patológico, de deterioração de um 
organismo maduro, próprio a todos os membros de uma espécie, de maneira que o 
9 
 
 
tempo o torne menos capaz de fazer frente ao estresse do meio-ambiente e, 
portanto, aumente sua possibilidade de morte. Enquanto Dantas (1999) compreende 
o envelhecimento como um processo complexo, o qual envolve inúmeras variáveis: 
fatores genéticos, estilo de vida, doenças crônicas, entre outros dados, até por isso, 
a longevidade é um triunfo. 
O envelhecimento é um fenômeno fisiológico, natural que acontece com todos 
independentemente, mas não uniformemente, (RAMOS, 2002). No entanto, a 
velhice envolve vários aspectos: biológicos, psicológicoseconômicos, sociais, 
culturais e existenciais (ALMEIDA, et al, 2005). Compreende os processos de 
transformação do organismo que ocorre após a maturação sexual e que implicam a 
diminuição gradual da probabilidade de sobrevivência, tendo como característica 
principal o declínio, geralmente físico, que levam à alterações sociais e psicológicas 
(SIMÕES, 1998: 27). 
Para se entender o envelhecimento é importante esclarecer alguns pontos 
como: envelhecimento cronológico, envelhecimento biológico, envelhecimento 
psicológico e envelhecimento social. Entender o envelhecimento, ao menos em 
algumas de suas facetas é um dos caminhos para se melhorar o relacionamento 
entre pessoas de faixas diferentes de idade, para aqueles que lidam com pessoas 
idosas, uma forma de tornar seu trabalho mais agradável e eficiente, e com certeza, 
pessoas que têm certo conhecimento sobre o processo do envelhecimento, 
aceitarão melhor a chegada desta fase da vida, refletindo assim, em grandes 
benefícios para a pessoa idosa. 
 Envelhecimento cronológico é baseado na idade cronológica, ou seja, a idade 
de nascimento indica a idade cronológica, a qual „não afeta todos os órgãos e 
sistemas com a mesma intensidade e do mesmo tempo‟ (SIMÕES, 1998), no 
entanto, independentemente de fatores externos, internos e sociais toda e qualquer 
pessoa, desde que complete sessenta anos é considerada pessoa idosa. 
A Organização Mundial da Saúde classifica o envelhecimento em quatro estágios: 
Meia idade 45 a 59 anos 
Idoso 60 a 74 anos 
Ancião 75 a 90 anos 
Velhice externa 90 anos em diante. 
 O envelhecimento biológico não está necessariamente, relacionados com a 
idade cronológica, pois o funcionamento biológico, desde o nível celular até o de 
10 
 
 
todo o organismo, tem um ritmo e uma duração, nos quais sofrem alterações 
diversas, de acordo com as situações vivenciadas e de como as vivenciou. Segundo 
Neri (2005) “Envelhecimento biológico ou senescência é assim, o processo que 
preside ou determina o potencial de cada individuo, para permanecer vivo, o qual 
diminui com o passar dos anos”, o decréscimo funcional com o aumento da idade é 
normal, no entanto de forma particular para cada individuo. 
 É fundamental o esclarecimento a respeito de termos como senescência, que 
são as alterações próprias do envelhecimento as quais acontecem naturalmente e 
as implicações decorrentes, sendo elas alterações fisiológicas não precisam ser 
tratadas como patologias, pois velhice não é doença (REBELATTO e MORELI, 
2004). E Senilidade que são as alterações produzidas por várias afecções, doenças 
que podem acometer o idoso, portanto faz-se necessário conhecer as alterações 
naturais que ocorrem no corpo idoso para não cometer equívocos, achando que 
todas as transformações sejam normais e não precisem de uma maior atenção. E 
sempre se atentando a individualidade, pois cada indivíduo é um ser único com 
características específicas e as quais devem ser respeitadas e valorizadas. E 
qualquer diagnóstico errado pode fazer com que os idosos não procurem o Sistema 
de Saúde, impedindo a detecção de certas ou prováveis doenças em seu início 
facilitando em muito o tratamento e possível cura (REBELATTO e MORELI, 2004). 
 
Alterações na composição corporal 
Uma vez que chega o envelhecimento, o organismo apresenta perdas em sua 
estatura, para Rebelatto e Moreli, no livro “Fisioterapia Geriátrica: a prática da 
assistência ao idoso” (2004), essa perda chega a 1 cm por década 
aproximadamente e começa a ocorrer por volta dos 40 anos de idade. Para alguns 
autores essa perda se deve principalmente, à diminuição dos arcos dos pés e ao 
aumento da curvatura da coluna. A perda de água no organismo resulta em uma 
perda de massa corporal, afetando vários órgãos como os rins, o fígado, no entanto 
o que mais sofre alterações são os músculos. A pele com a perda da elasticidade, 
aparecimento de rugas e pigmentação. Os cabelos que tornam mais quebradiços e 
diminuem podendo levara calvície, mais comuns em homens. A visão diminui 
fazendo com que pareça inevitável o uso de óculos com o aumento da idade. A 
audição do idoso sem exceção apresenta um decréscimo em função de problemas 
mecânicos causados pela calcificação das articulações do ouvido médio (SIMÕES, 
11 
 
 
1998). Geralmente afetados ao grande índice de barulho ouvido durante a vida. 
Devido à área de estudo proposta nos atentaremos mais as alterações fisiologias do 
aparelho locomotor, sistema muscular e sistema cardiovascular. 
 Com o envelhecimento os músculos tendem a perder força e massa 
muscular, em torno de 10% a 20%, diminuindo a eficiência em sua capacidade de 
executar algum trabalho (WENGEN, 1995), afetando diretamente o aparelho 
locomotor e sistema muscular. Entretanto eles permanecem em boas condições, até 
uma idade bem avançada, sempre que não se manifestem situações traumáticas. 
Comumente acontece a calcificação dos ossos, ou seja, a perda de cálcio dos 
ossos, sendo mais prematuro nas mulheres que nos homens, segundo alguns 
autores há uma perda de 0,3% ao ano nos homens e nas mulheres essa perda é da 
ordem de 1% ao ano, acentuando no período pós-menopausa (REBELLATO e 
MORELLI, 2004). Aumento de doenças relacionadas com as articulações, segundo 
Astrand e Rodahl (1987), com o envelhecimento elas sofrem uma perda de 
estabilidade e mobilidade, e a inatividade é a principal causa da redução da área de 
movimento das articulações e diminuição da flexibilidade. O processo artrósico 
(lesões degenerativas nas articulações) pode afetar um número elevado de 
articulações, refletindo-se em algumas lesões como: a osteoporose que é a mais 
comum e ocorrem com maior incidência nas mulheres, a artrite, a artrose, e outras. 
Nesta idade é muito comum a ocorrência de fraturas, normalmente no fêmur, 
decorrentes de quedas, pois a capacidade de equilibrar-se é reduzida pela fraqueza, 
o que poderia em muito ser prevenido com prática regular de atividade física. 
 Com o passar dos anos o sistema cardiovascular sofre um declínio, pois os 
vasos sanguíneos apresentam-se menos elásticos, tornando-se mais estreitos e em 
contrapartida aumenta a resistência ao fluxo sanguíneo e por consequência 
acontece o aumento da pressão arterial, um dos principais fatores associados ao 
desenvolvimento de doenças cardiovasculares, pois a Hipertensão Arterial pode ser 
o primeiro passo para um enfarto do miocárdio ou um acidente vascular cerebral. 
 O endurecimento das paredes dos vasos sanguíneos (artérias, veias e 
capilares) ocasiona alterações no abastecimento de nutrientes aos vários sistemas e 
órgãos do corpo, (coração, pulmão), inclusive o sistema nervoso central (cérebro), 
(SIMÕES, 1998), com estas alterações que ocorrem, pode surgir várias doenças 
nesta fase, em decorrência da diminuição da capacidade funcional do coração e da 
circulação sanguínea. 
12 
 
 
Hipertensão Arterial 
A Hipertensão Arterial (HA) ou hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma das 
doenças com maior prevalência no mundo moderno e é caracterizada pelo aumento 
da Pressão Arterial (PA). A HA caracteriza-se quando a pressão que o sangue faz 
na parede das artérias e veias para se movimentar, é muito forte, ficando acima dos 
limites normais, ou seja, o comum para a maioria da população saudável, que é 120 
mmHg para Pressão Arterial Sistólica (PAS) e 80 mmHg para a Pressão Arterial 
Diastólica (PAD) - tendo como causa algumas variáveis: hereditariedade, sexo, 
obesidade, sedentarismo, alcoolismo, estresse, problemas renais, sal e fatores 
socio-econômicos, de acordo com a V Dieretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 
(BRASIL, 2006). Tendo uma maior incidência com o aumento da idade. 
A Hipertensão Arterial comumente chamada de pressão alta representa um 
dos principais fatores de risco à saúde a nível nacional, conforme o manual de HAS 
do Ministério da Saúde (BRASIL, 2006). É preciso tercautela antes de rotular 
alguém como hipertenso, tanto pelo risco de um diagnóstico falso-positivo, como 
pela repercussão na própria saúde do indivíduo e o custo social resultante. Em 
indivíduos sem diagnóstico prévio e níveis de PA elevada em uma aferição, ou seja, 
a PAS maior ou igual a 140 mmHg e a PAD maior ou igual a 90 mmHg, - o que 
caracteriza ser hipertenso - recomenda-se repetir a aferição da pressão arterial em 
diferentes períodos, antes de caracterizar a presença de HA, sendo estas aferições 
feitas várias vezes e horários diferenciados em consultório médico (BRASIL, 2006). 
Segundo o Caderno de Atenção Básica nº 15 do Ministério da Saúde (2006), 
no Brasil 35% da população de 40 anos e mais - cerca de 17 milhões- são 
hipertensos. É importante salientar que a HA acomete de 50% a 70% das pessoas 
da terceira idade, dados estes que não devem ser considerados uma consequência 
normal e natural do envelhecimento. O número de pessoas com HA é crescente e 
seu aparecimento está cada vez mais precoce e estima-se que cerca de 4% das 
crianças e adolescentes também já desenvolveram esta doença. A incidência de 
morbidade e morbimortalidade devido a esta doença é muito alta e por tudo isso a 
HA é um problema grave de saúde pública no Brasil e no mundo (BRASIL, 2006). 
No Brasil, a HA é um dos problemas de saúde pública de maior prevalência 
na população e representa o maior e mais perigoso fator de risco para a progressão 
e/ou desenvolvimento de doenças cardiovasculares (OMS, 2000). De acordo com o 
III Consenso Brasileiro de Hipertensão (1998) a HA é capaz de levar 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Obesidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sedentarismo
13 
 
 
aproximadamente ao óbito cerca de 40% dos acometidos, apresentando altos 
índices de morbimortalidade pelo acometimento dos chamados órgãos-alvo 
(cérebro, rins, coração e vasos sanguíneos), mas quando adequadamente 
controlada, reduz significativamente as limitações funcionais e a incapacidade dos 
idosos (BRASIL, 2006). 
Quadro 1 - Classificação da pressão arterial em adultos 
Fonte: Brasil (2006) 
O quadro 1 mostra a Classificação da PA da para indivíduos com mais de 18 
anos, de acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2006). Os valores limites de 
pressão arterial normal para crianças e adolescentes de 1 a 17 anos constam de 
tabelas especiais que levam em consideração a idade e o percentil de altura em que 
o indivíduo se encontra (BRASIL, 2006). 
Segundo o Ministério da Saúde existem basicamente duas abordagens 
terapêuticas para o controle da HA: o tratamento baseado em modificações do estilo 
de vida (perda de peso, incentivo às atividades físicas, alimentação saudável, etc.) e 
o tratamento medicamentoso. Principalmente nas últimas três décadas, a atividade 
física associada a uma mudança do estilo de vida vem sendo uma estratégia não 
farmacológica relevante no tratamento e na prevenção da hipertensão arterial. 
 
Atividade Física, Exercício Físico e Envelhecimento 
A relação entre atividade física, saúde, qualidade de vida e envelhecimento 
vem sendo cada vez mais discutida e analisada cientificamente. Atualmente é 
praticamente um consenso entre os profissionais da área da saúde que a atividade 
física é um fator determinante no sucesso do processo do envelhecimento desde 
que realizado com prescrição médica e sob a orientação de um profissional de 
educação física (MATSUDO et al, 2001). Nesta perspectiva é importante 
esclarecermos algumas definições em torno da atividade física: 
CLASSIFICAÇÃO PAS (mmHg) PAD (mmHg) 
Pressão ótima <120 < 80 
Pré-hipertensão 120-139 80-89 
HIPERTENSÃO 
Estágio 1 140-159 90-99 
Estágio 2 ≥160 ≥100 
14 
 
 
a) Atividade física: qualquer movimento corporal produzido em consequência da 
contração muscular que resulte em gasto calórico. 
b) Exercício físico: subcategoria da atividade física que é planejada, estruturada e 
repetitiva; resultando na melhora ou manutenção de uma ou mais variáveis da 
aptidão física. 
c) Aptidão física: característica que o indivíduo possui ou atinge, como a potência 
aeróbica, endurance muscular, força muscular, composição corporal e flexibilidade 
(MATSUDO et al, 2001). 
Todos os autores que estudam a relação atividade física e terceira idade 
concordam que a prática de atividade física produz grandes benefícios à saúde, 
melhora a capacidade cardíaca e pulmonar, flexibilidade, tônus muscular, equilíbrio 
contribuindo para que todos cheguem à terceira idade, saudáveis (BOUCHARD e 
SHEPHARD, 1994; FARIA JÚNIOR, 1997; MAZO, et al, 2001). 
O hábito de exercitar-se bem em todas as idades é aconselhável 
principalmente às pessoas idosas e somando com um estilo de vida ativo é capaz de 
diminuir vários fatores de risco à saúde, o que refletirá em uma melhor qualidade de 
vida. Os idosos praticantes de atividades físicas e exercícios físicos, além de se 
sentirem bem, de terem mais disposição dentro e fora da família, são indivíduos 
menos dependentes e redescobrem suas potencialidades, ultrapassando limites e 
barreiras muitas vezes auto-impostas (NERI, 2005). 
A atividade física regular ou exercício físico pode contribuir e muito para evitar 
as incapacidades associadas ao envelhecimento. Seu enfoque principal deve ser na 
promoção da saúde, mas em indivíduos com patologias já instaladas a prática de 
atividades físicas orientadas pode ser importante para controlar a doença, evitar sua 
progressão, e/ou reabilitar pessoa idosa como Guedes e Guedes consideram; 
“As atividades físicas corretamente prescritas e orientadas 
desempenham importante papel na prevenção, conservação e 
recuperação da capacidade funcional dos indivíduos, repercutindo 
positivamente em sua saúde. Estes não farão parar o processo de 
envelhecimento, mas, poderão retardar o aparecimento de 
complicações, interferindo positivamente no seu bem estar”. (1995) 
 
Entendemos que o Sistema Cardiovascular do idoso é um dos sistemas mais 
beneficiado com a prática de atividade física sistemática e orientada por um 
profissional de educação física. Para Neri (2005), os benefícios que as pessoas mais 
velhas podem ter no sistema cardiovascular são: aumento do volume sistólico, 
aumento no volume sanguíneo total. A atividade física melhora o metabolismo de 
15 
 
 
maneira geral; mas sabe-se que o coração é um dos órgãos mais beneficiados: pois 
passa a bombear mais quantidade de sangue, permitindo melhor oxigenação de 
outros órgãos vitais como o cérebro, os pulmões e os rins. O aumento do HDL é 
também um dos resultados positivos o qual funciona como um antídoto do LDL, que 
se acumula nas paredes das artérias, obstruindo coronárias e vasos cerebrais, 
provocando enfartes e derrames. A redução dos níveis de triglicérides no sangue, 
redução dos riscos de acidentes vasculares cerebrais e automaticamente diminuindo 
a ocorrência da HA, pois sua causa e agravantes como a obesidade são reduzidos 
consideravelmente com a prática de atividade física regularmente aliada a uma 
reeducação alimentar. 
A atividade física é fundamental no controle do peso e da gordura corporal 
durante o processo de envelhecimento, podendo também contribuir na prevenção e 
no controle de algumas condições clínicas associadas a esses fatores, como 
doenças cardiovasculares e hipertensão entre outras. Nesta mesma linha Matsudo 
(2004) resume: 
“investir na prevenção é decisivo não só para garantir a qualidade de 
vida como também para evitar a hospitalização e os consequentes 
gastos, principalmente, quando se considera o alto grau de 
sofisticação da medicina moderna.” 
 
A dependência é o problema que mais afeta a qualidade de vida dos idosos 
(bem estar), tanto para realizar as Atividades da Vida Diária (AVDs) como alimentar-
se, ter continência, locomover-se, tomar banho, vestir-se, usar o banheiro, andar nos 
arredores de casa, subir e descer escadas e cortar as unhas, e quanto às atividades 
instrumentais de vidadiária (AIVDs) que compreendem atividades mais complexas 
que permitem a vida independente na comunidade, incluindo, por exemplo: fazer 
compras, cozinhar, arrumar a casa, telefonar, usar o transporte, lavar roupa, tomar 
remédio e ter habilidade para lidar com as próprias finanças, e comprovadamente a 
prática de atividades físicas beneficiam e muito a pessoa idosa na realização de tais 
atividades físicas, traz benefícios maiores quando se pratica. Em suma os autores 
convergem com relação aos incontestáveis benefícios que a atividade física 
coordenada pode trazer para um envelhecimento com qualidade de vida (saúde) na 
minimização e prevenção dos efeitos comuns decorrentes do aumento da idade. 
 
 
 
16 
 
 
Ginástica localizada 
Todas as bibliografias analisadas entendem que um dos aspectos que devem 
ser considerados na relação atividade física e qualidade de vida é a escolha do tipo 
de atividade física a ser prescrito na terceira idade. Os autores sintetizam que tanto 
exercícios aeróbicos quanto exercícios resistidos são bons às pessoas desta faixa 
etária, o mais importante é o objetivo, para assim prescrever a atividade física. 
Segundo Matsudo e colaboradores (2001), os dois tipos de treinamento melhoram a 
densidade mineral óssea, a homeostase da glicose e o risco de queda; porém, se o 
objetivo for melhorar o condicionamento cardiovascular, diminuir a hipertensão 
arterial, melhorar o perfil de lipoproteínas plasmáticas ou amenizar a hipertrofia do 
ventrículo esquerdo, o treinamento aeróbico parece ser o método mais eficaz. 
De acordo com o nosso objetivo, optamos pela ginástica a qual vem sendo 
praticada desde tempos recuados na Ásia, porém, foi no norte da Europa que 
observou um desenvolvimento mais significativo, já no séc. XIX, sendo que a 
ginástica localizada tem seu início nos EUA no início dos anos 80 do sec. XX 
(MARTINOVICK, 2009). A escolha desta modalidade se deu por ser considerada 
multidisciplinar, poder ser praticada em grupo e que é suficientemente abrangente 
na sua ação, satisfazendo dessa forma o objetivo proposto. Pois, além disso, por ela 
propiciar a melhoria do estado de saúde dos praticantes, o equilíbrio físico e mental 
e a coordenação motora, entrando na sua prática em jogo o movimento, o ritmo, a 
alegria, o que torna a sua prática uma ação muito agradável, além de ser bem 
benéfica e o grupo já a realiza desde algum tempo. 
O principal objetivo da Ginástica Localizada consiste no treino da força de 
resistência, fortalecimento e tonificação muscular, combater a flacidez, alongar as 
estruturas músculo-tendinosas e melhorar a postura. Sendo que desse trabalho 
resultam como principais benefícios para a saúde à melhoria do funcionamento do 
sistema cardiovascular, a alteração salutar da composição corporal e a prevenção 
das alterações metabólicas que acompanham o processo de envelhecimento. 
 
Hipotensão pós-exercício 
 Hipotensão pós-exercício caracteriza-se pela redução da PA durante o 
período de recuperação, fazendo com que os valores pressóricos observados pós-
exercícios permaneçam inferiores àqueles medidos antes do exercício (BRUM, 
2004). Segundo Cunha et al (2006), “tem sido demonstrado que a realização uma 
17 
 
 
única sessão de exercícios físicos pode promover queda pressórica abaixo dos 
valores observados no período pós-exercício em relação ao repouso no pré-
exercício, fenômeno este denominado como hipotensão pós-exercício (HPE)”. 
 Alguns estudos a HPE eram apenas evidências, (LIZARDO e SIMÕES, 2005; 
PRICHER et al, 2004; BROWNLEY et al, 2003; MACDONALD, 2002), e nesta 
mesma perspectiva é interessante fazer-se algumas observações acerca das 
diferenciações da HPE em tipos diferentes de atividades. Tanto em atividades 
aeróbicas, a qual os autores em suma concordam que tem um HPE significativo 
(FORJAZ et al, 1998; MACDONALD et al, 1999; BERMUDES et al, 2004), para Arrol 
e Beaglehole (1992) e UCHIDA et al (2003) existe a redução da PA, no pós-
exercício, sendo que hoje existem vários estudos abordando esta variável, como o 
estudo de Terra e colaboradores (2008) que encontraram resultados bem 
interessantes sobre hipertensão e exercício resistido. 
 Segundo Polito e Farinatti (2006) a documentação da HPE não é recente, 
com primeiro relato sobre este fenômeno no final do século XIX, mais 
especificamente Hill publicou em 1897, resultado de um estudo no qual foi descrita a 
redução da PA durante 90min, após uma corrida rápida em uma distância de 
aproximadamente 360m. Vale ressaltar que as investigações relevantes sobre a 
HPE tornaram-se mais sólidas em se tratando de prescrição de exercício a partir de 
1980 (POLITO E FARINATTI, 2006). 
Em se tratando de relevância clínica este comportamento de queda da 
pressão arterial no pós-exercício tem sido sugerido como um tratamento não 
farmacológico para a HA, contudo, é imprescindível que a duração seja a maior 
possível. Nesse sentido, de acordo com Pescatello e colaboradores (1991) a HPE 
chega a mais de 12h após um exercício, chegando até 24 h, no entanto existem 
controvérsias a respeito da HPE devido a vários fatores. Segundo Polito e Farinatti 
(2006) como: duração do exercício (MACDONALD et al, 2000), intensidade 
(FORJAZ et al, 1998), sexo e estado de treinamento (SENITKO et al, 2002), faixa 
etária (TAYLOR-TOLBERT, 2000; VRIZ et al, 2002), raça (PESCATELLO et al, 
2003) e massa muscular (MACDONALD et al, 2000). Em se tratando de intensidade 
alguns estudos têm demonstrado que a intensidade do esforço não influencia a 
resposta hipotensora pós-exercício (MACDONALD et al, 1999; FORJAZ C. L. et al. 
1898; BROWN et al, 1994). Em contrapartida, outras investigações demonstraram 
18 
 
 
que a intensidade do exercício pode influenciar a magnitude e duração de tal 
resposta (HAGBERG et al, 1987; HARDY e TUCKER, 1998; POLITO et al, 2003). 
Segundo Polito e Farinatti (2006), os mecanismos fisiológicos que podem 
explicar a HPE permanecem obscuros. Contudo, a redução da resistência vascular 
por substâncias endoteliais parece ter relevante participação no fenômeno, 
independentemente. 
Tomando por base os estudos supracitados e de vários outros, este trabalho 
tem como objetivo, avaliar a Hipotensão pós-exercício em uma aula de ginástica 
localizada de intensidade moderada de acordo com a escala de Borg, e a partir dos 
resultados avaliar, se a atividade proposta tem efeito positivo ou não como auxílio no 
controle da hipertensão arterial, através da hipotensão causada pelo exercício físico. 
A motivação se deu pelo fato que apesar do aumento de estudos com esta temática, 
existem muitas controvérsias a este respeito e que realmente um tema interessante 
e de extrema importância, pois SegundoTerra (2008), tem sido demonstrado que a 
redução de apenas 5 mmHg na pressão arterial diminui em 40% o risco de acidentes 
vasculares cerebrais e em 15 % o risco de infarto agudo do miocárdio. Esperamos 
com este estudo cooperar na construção de algumas respostas a questões 
relacionadas com esta temática. 
 
MATERIAIS E MÉTODOS 
 
A população do estudo foi composta por idosas voluntárias com idade 
superior a 60 anos, moradoras do Recanto das Emas/DF. O recrutamento foi feito no 
CCI (centro de Convivência do Idoso) da mesma cidade satélite. Todas foram 
convidadas a participar da pesquisa, contudo, apenas aquelas que se dispuseram a 
participar e que se enquadraram nos critérios de inclusão foram selecionadas. 
O universo da pesquisa foi composto de 13 idosas frequentadoras do CCI 
(Centro de Convivência do Idoso) do Recanto das Emas - DF, todas praticantes de 
alguma atividade física a mais de 1 ano e a mais de 6 meses da atividade em 
questão, ou seja, idosas ativas, todas acima dos 60 anos, hipertensos com 
medicação anti-hipertensiva conforme prescrição médica em dias e com PA 
controlada, segundo orientação médica. 
Antes de realizarmos o teste, o pesquisador observou asaulas por 6 meses e 
após recrutar as idosas voluntárias foi feito inicialmente um questionário composto 
19 
 
 
de 10 questões, o qual abordou vários quesitos, principalmente em relação à prática 
da atividade física em questão, tempo de prática e frequência, e perguntas 
relacionadas com o fator saúde, medicamentos e doenças associadas. 
Os critérios de inclusão foram: idade igual ou superior a 60 anos, hipertensão 
arterial previamente diagnosticada e controlada com o uso de medicação anti-
hipertensiva. Participarem da atividade avaliada a no mínimo 6 meses. Todas 
apresentaram liberação médica pra a prática da atividade em questão. 
Os critérios de exclusão foram considerados as contraindicações médicas à 
realização da atividade em questão, como: hipertensão não controlada 
(consideramos para este estudo PAS > 180 mmHg e PAD ≥ 120 mmHg), não ter 
tomado o medicamento anti-hipertensivo, problemas cardíacos e outras 
enfermidades que pudessem comprometer as respostas cardiovasculares. Ter 
realizado outra atividade física além das AVDs a menos de 48 h. 
A pesquisa constituiu-se por uma combinação de pesquisa bibliográfica e de 
campo, caracterizando-se por ser uma pesquisa qualitativa. A pesquisa de campo 
utilizou um questionário de entrevista estruturado, contendo 10 questões, com o 
intuito de conhecer a vida pregressa do indivíduo em questão e foi aplicado com 
uma semana de antecedência, juntamente o termo de consentimento livre e 
esclarecido (TCLE), momento em que todas as participantes assinaram o termo. O 
TECLE continha todas as informações referentes aos procedimentos a serem 
realizados no estudo. 
Foi uma aula de 45 minutos de duração, sendo dividida em três momentos, 
sendo 10 minutos de aquecimento, parte principal compreendida de 30 minutos e 5 
minutos de alongamentos com intuito de volta à calma. Com intuito de trabalhar 
todos os grandes grupos musculares na aula de ginástica foi utilizado o método 
indireto que segundo, Martinovick (2009), é quando há uma alternância de 
grupamentos musculares, levando a um trabalho generalizado desses vários grupos 
musculares ao mesmo tempo, de forma equilibrada, ou seja, sem sobrecarregá-los, 
sendo que o exercício foi realizado sem carga adicional, somente a peso do próprio 
corpo. 
Para aferição da PA e FC, utilizou-se o aparelho digital automático Microlife®, 
modelo BP3BTO-A, validado de acordo com os critérios da Associação Britânica de 
Cardiologia para medidas de repouso (CUKSON et al, 2002). As medidas foram 
realizadas sempre pelo mesmo pesquisador e todas ao mesmo tempo. 
20 
 
 
Os procedimentos para a medida da PA foram baseados no VII Joint National 
Committee on Prevention, detection, Evalution, and Treatment of High Blood 
Pressure (CHOBANIAN, et al, 2003), que recomenda a posição sentada do 
indivíduo com os pés descruzados e apoiados no chão, e o braço apoiado no nível 
do coração, sendo feita no braço esquerdo. 
A intensidade da aula foi mensurada de acordo com a escala ou tabela de 
Borg - tabela criada pelo fisiologista sueco Gunnar Borg - que avalia a percepção 
subjetiva de esforço (PSE). É um método simples, prático e não invasivo composto 
de 6 a 20 pontos que indicam qual a percepção do indivíduo ao exercício (Tab. 1). 
Esta mensuração foi feita depois da primeira aferição na recuperação, foi feito 
individualmente o seguinte pedido mostrando a escala de Borg para o indivíduo. 
“Mostre o número que melhor demonstra a intensidade da atividade que você 
acabou de realizar”. 
Tabela 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para mensurar se existia ou não e qual a intensidade desta HPE, foi 
verificado a PA e a FC no aparelho supracitado, após 5 minutos de repouso antes do 
exercício e após o exercício no 5º, 15º, 30º, 45º e 60º minutos da recuperação. 
Sendo que os avaliados permaneceram em repouso. 
Para ser mais preciso nos dados, os dados foram coletados no mesmo dia em 
uma só aula, e com todos ao mesmo tempo, para tal, foram colaboradores na 
pesquisa 7 Agentes Comunitário de Saúde do PACS2 do Recanto das Emas D/F, 
PERCEPÇÃO SUBJETIVA DE ESFORÇO (Borg e Noble, 1974) 
6 - 
7 MUITO FÁCIL 
8 - 
9 FÁCIL 
10 - 
11 RELATIVAMENTE FÁCIL 
12 - 
13 LIGEIRAMENTE CANSATIVO 
14 - 
15 CANSATIVO 
16 - 
17 MUITO CANSATIVO 
18 - 
19 EXAUSTIVO 
20 - 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fisiologista
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sueco
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Gunnar_Borg&action=edit&redlink=1
21 
 
 
todos com experiência no manuseio do Aparelho de PA especificado anteriormente 
e devidamente preparados. 
A pesquisa bibliográfica possibilitou além de ampliar as informações 
referentes ao tema estudado, a formulação de um diagnóstico da situação estudada, 
em conformidade com a posição de Silva e Schappo (2002). Optamos por utilizar na 
pesquisa de campo um questionário com questões fechadas, pois o mesmo 
segundo GIL (1999), esta é uma técnica que permite que as pessoas tenham sua 
privacidade e confidencialidade garantidas e não expõe os entrevistados à influência 
ou opiniões do pesquisador, bem como é instrumento de fácil aplicação e 
dimensionamento dos dados encontrados. 
Concordamos que todo trabalho intelectual deve ser uma contribuição, por 
menor que seja para o progresso da ciência e em benefício da coletividade e 
pesquisar não é repetir, transcrever ou parafrasear o que outros estudiosos já 
disseram sobre o assunto, mas, utilizando a tradição cultural já existente, 
acrescentar algo de novo que aprofunde ou esclareça o tema em pauta (MINAYO, et 
al, 1994: GIL, 1999; RICHARDSON et al, 1999). 
 
RESULTADOS 
 Todas as senhoras voluntárias que participaram do grupo amostral da 
pesquisa, tinham mais de 60 anos, sendo a mais idosa com 76 anos, e possuíam em 
média 66 anos; hipertensas a mais de 2 anos; com pressão controlada por 
medicamentos e haviam tomado o medicamento antes do teste. Todas praticavam a 
atividade em questão a mais de 6 meses e com atestados médicos atualizados; as 
que praticavam outra atividade física, as quais somavam 54 % do grupo em questão, 
o que mostra a figura 1, não haviam realizado no dia anterior com o intuito de não 
interferir nos resultados encontrados, pois definimos que deveriam estar sem 
praticar outra atividade a no mínino 48 horas (Gráf. 1). Todas realizaram a mesma 
atividade e tiveram as mesmas condiçoes de repouso, em relação a recuperação. 
 Podemos observar no gráfico 2 a ocorrência de doenças associadas o que 
poderia alterar ao menos em parte o resultado do teste, e observamos que 46% 
tinham Diabetes Mellitus tipo II, mas devidamente controladas por medicamentos e 
somente 8% tinham Asma, mas sem estar em crises e o mais interessante é que 
não teve a presença de cardíacos. 
22 
 
 
 
Gráfico 1 Gráfico 2 
 
 Os gráficos 3 e 4 mostra a PAS e PAD respectivamente nos 5 primeiros 
minutos de repouso no pós-exercício (recuperação) podemos observar que a 
pressão sistólica em sua maioria manteve-se igual (46%) ou aumentou (46%) e em 
somente 8% ouve queda. 
 Gráf. 3 Gráf. 4 
 
A partir do 15º minuto de recuperação já pode-se observar uma queda 
considerável, nos níveis pressóricos, tanto na pressão sistólica quanto na diastólica, 
sendo assim até o final da observação para o estudo, ou seja, o 60º minutos de 
recuperação. Sendo neste momento o que na média teve o maior índice de queda, 
nos níveis pressóricos, é que podemos observar nos gráficos 5 e 6, respecrivamente 
e até na frequencia cardíaca, no 60º minutos de recuperação foi onde encontramos 
os menores índices de aumento das váriáveis observadas. 
 
Gráf. 5 Gráf. 6 
 
Um dadoimportante que foi observado é que todas as participantes durante o 
teste e observação, não houveram reclamações quanto à intensidade da atividade, 
23 
 
 
acharam um pouco cansativa, mas que estava ótima, dentro do limites individuais. 
De acordo com apercepção de esforço de BORG, todas responderam o número 13 
(ligeiramente cansativo), o que é considerado dentro da zona de segurança, para a 
prescrição e benefícios de uma tividade física. 
 
 DISCUSSÃO 
O documento aprovado em reunião conjunta da Sociedade Brasileira de 
Medicina do Esporte e Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, (NOBREGA 
et al, 1999) afirma que a atividade física regular melhora a qualidade e expectativa 
de vida do idoso. Nesta mesma linha existe também um consenso entre os estudos 
realizados, os quais concluíram que a atividade física constante traz benefícios 
incontestáveis para a prolongação dos anos de vida com uma melhor qualidade de 
vida e não há seguimento da população mais beneficiada com a prática de atividade 
física que as pessoas com maior idade (OTTO, 1987; SHARKEY, 1998; NIEMAN, 
1999; JADER e COLS apud WEINECK, 2000; MATSUDO e MATSUDO, 2001). A 
atividade física é fundamental no controle de peso e gordura corporal durante o 
processo de envelhecimento, podendo também contribuir na prevenção e no 
controle de algumas condições clínicas associadas a esses fatores, como 
hipertensão, doenças cardiovasculares, entre outras. 
 Foi observada na maioria do grupo amostral uma diminuição da queda da 
PAS e PAD em todos os minutos da recuperação observados. 
 Gráf.7 Média da PAS, PAD e FC 5 mim. Rec. Gráf.8 Média da PAS, PAD e FC 15 e 30 mim. Rec. 
No 5º minuto de recuperação foi observado um dado importante, a pressão 
sistólica em sua maioria manteve-se igual (46%) ou aumentou (46%) e em somente 
8% ouve queda (gráficos 3 e 4, respectivamente), o que é pode se considerado 
normal devido a vários fatores, como aumento do débito cardíaco e o organismo 
78,8 77,5
50
60
70
80
90
100
110
120
130
140
150
PAS PAD FC
78,8 75,1 74,8
50
60
70
80
90
100
110
120
130
140
150
PAS PAD FC
24 
 
 
ainda ter voltado a homeostase, no entanto, não foi um aumento muito grande, o 
aumento da PAS girou em torno de 1 mmHg a 17 mmHg (1 indivíduo), mas na 
maioria ficou em torno de 8 mmHg e a PAD girou entre 1mmHg e 7 mmHg. 
 É importante salientar que na média em comparação com os níveis 
pressóricos de repouso no pré-exercício, mesmo tendo uma maior incidência de 
igualdade ou aumento da pressão arterial, nesta primeira verificação, na média 
houve uma queda devido o índice real de diminuição da pressãoarterial, apesar de 
ter sido em número menor da amostra a queda foi muito substancial, chegando um 
indivíduo a ter uma diminuição de 50 mmHg na PAS e 20 mmHg na PAD. Os dados 
obtidos estão de acordo com alguns autores (ARROL e BEAGLEHOLE, 1992; 
MACDONALD, 2002; BROWNLEY et al, 2003; PRICHER et al, 2004) que relataram 
em seus estudos que a PA tende a aumentar durante a prática de exercício, sendo 
praticamente unânime esta afirmação e permanecendo assim no final do exercício 
(LIZARDO e SIMÕES, 2005; POLITO e FARINATTI, 2006), no entanto, estes 
mesmos autores e muitos outros concordam que na recuperação há uma queda da 
pressão arterial. 
A partir da verificação feita no 15º minuto de recuperação foi detectada uma 
queda considerável das variáveis em questões, variando entre 1mmHg e 48mmHg 
(PAS) e de 3 mmHg a 20 mmHg (PAD), vale ressaltar que neste momento houve 
uma maior porcentagem de permanência ou ligeiro aumento desta variável, em torno 
de 38%, entretanto o número final (média) foi bastante significativo é o que podemos 
observar no gráfico 7. A sua maioria dos resultados obtidos estão de acordo com os 
estudos de Brum (2004) e de Cunha e colaboradores (2006), que concordam que 
apenas uma sessão de exercício é suficiente para abaixar os níveis pressóricos, 
abaixo dos valores obtidos com o indivíduo em repouso no pré-exercício. 
Os resultados obtidos nos 15º e 30º minutos de recuperação foram bastante 
semelhantes (Gráf.8), mas com uma ligeira queda dos níveis pressóricos, tendo 
durante o tempo observado como a segunda menor média dos níveis pressóricos, 
129,23 mmHg e 85,15 mmHg, PAS e PAD respectivamente. O que de acordo com a 
Classificação da Sociedade Européia de Hipertensão e Sociedade Européia de 
Cardiologia (MANCIA, et al, 2007), OMS e Ministério da Saúde, poderiam enquadrá-
las como indivíduos com níveis de pressão normal, ou seja, um grande benefício 
para a saúde deste grupo sem gastos adicionais. Reforçando os estudos de Lizardo 
e Simões (2005), Polito e Farinatti (2006), Macdonald (2002), Brownley e 
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sociedade_Europ%C3%A9ia_de_Hipertens%C3%A3o&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sociedade_Europ%C3%A9ia_de_Cardiologia&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sociedade_Europ%C3%A9ia_de_Cardiologia&action=edit&redlink=1
25 
 
 
colaboradores (2003), que também encontraram resultados semelhantes aos 
descritos neste estudo, a hipotensão pós-exercício nos 30 minutos da recuperação 
foi muito evidente. 
Tabela 2 – Dados encontrados na pesquisa 
 
No 45º minutos da recuperação, houve uma queda da PA se comparado ao 
repouso pré-exercício, muito significativo, mas em relação aos 30 minutos houve um 
ligeiro aumento (Graf. 9). No entanto o objetivo do trabalho é ver a resposta da 
hipotensão pós-exercício, em relação ao período antes do exercício, sendo assim, a 
queda da PA nesta observação, mostrou que ainda está ocorrendo, na média uma 
 Variável Rep. Rec. 5 Rec. 15 Rec. 30 Rec. 45 Rec. 60 
Indivíduo 1 
PAS 179 154 155 164 178 156 
PAD 105 112 105 114 115 94 
FC 55 58 55 55 56 55 
Indivíduo 2 
PAS 140 140 141 141 151 135 
PAD 90 95 99 96 99 89 
FC 80 81 77 73 80 70 
Indivíduo 3 
PAS 140 129 123 122 115 125 
PAD 90 84 83 78 73 79 
FC 80 87 80 80 81 82 
Indivíduo 4 
PAS 120 130 110 110 120 120 
PAD 80 80 70 70 90 80 
FC 109 101 100 102 103 96 
Indivíduo 5 
PAS 130 100 120 110 120 120 
PAD 90 70 80 80 90 80 
FC 78 73 70 68 67 66 
Indivíduo 6 
PAS 149 158 148 139 146 138 
PAD 92 96 95 88 93 90 
FC 91 87 85 81 81 85 
Indivíduo 7 
PAS 109 109 109 100 100 100 
PAD 70 60 70 60 70 60 
FC 71 69 71 68 71 70 
Indivíduo 8 
PAS 170 173 174 171 168 151 
PAD 120 121 129 126 110 99 
FC 81 81 76 78 78 81 
Indivíduo 9 
PAS 153 105 97 113 106 132 
PAD 80 63 63 75 67 77 
FC 81 86 83 82 79 84 
Indivíduo10 
PAS 169 166 155 148 166 148 
PAD 99 104 98 85 88 81 
FC 60 54 54 54 54 55 
Indivíduo11 
PAS 128 130 125 127 125 120 
PAD 80 80 82 86 83 73 
FC 89 89 85 87 89 83 
Indivíduo12 
PAS 143 160 129 135 123 134 
PAD 90 93 83 89 80 85 
FC 71 64 67 68 63 63 
Indivíduo13 
PAS 140 100 100 100 120 110 
PAD 80 60 60 60 70 60 
FC 78 76 75 76 84 78 
Média 
PAS 143,85 134,92 129,69 129,23 133,69 129 
PAD 89,69 86 85,92 85,15 86,77 80,54 
FC 78,77 77,54 75,08 74,77 75,85 74,46 
26 
 
 
queda de 10 mmHg na PAS e 3 mmHg na PAD, o que é um número considerável e 
de grande significância. Vale ressaltar que a atividade durou 45 minutos, e a 
hipotensão já dura o tempo de duração da atividade, os estudos não relatam 
precisamente o tempo ideal de uma atividade para se ter uma melhor resposta neste 
efeito (MACDONALD et al, 2000). Mesmo que seja apenas 45 minutos, mas já é um 
bom tempo de menor pressão na parede das veias, portanto menor probabilidade de 
um rompimento (aneurismas) das mesmas, diminuição da sobrecarga no coração e 
melhora na qualidade de vida. 
 Gráf.9 Média da PAS, PAD e FC 45 mim. Rec. Graf.10 Média da PAS, PAD e FC 60 mim. Rec. 
 
Na última verificação foi observada uma queda ainda bem acentuada (Graf. 
10), em concordância com os estudos de (POLITO e FARINATTI, 2006; 
PESCATELLO et al, 1991), o que mostra que o exercício tem um efeitopositivo na 
diminuição da PA, até uma hora após a realização do mesmo, com tendência a 
perdurar por mais tempo. 
Segundo Terra (2008), uma redução de apenas 5 mmHg na PA diminui em 
40% o risco de acidentes vasculares cerebrais e em 15 % o risco de infarto agudo 
do miocárdio. O nosso estudo obteve na ultima aferição (60º rec.) uma redução de 8 
mmHg na PAD na média, o que é mais que o citado pela autora e ainda mais 
significante quando observado a PAS onde obtivemos uma diferença de 14 mmHg 
na média quando comparado com a mesma variável em repouso, ou seja, 
praticamente 3 vezes o valor supracitado. 
Os resultados do estudo são relevantes, pois foi observada a redução da PAS 
e PAD, durante todo o período do estudo. O qual nos demonstrou através da média, 
que este grupo de Hipertenso durante o período observado manteve os valores 
pressóricos de normotenso, ou ligeiramente entrando em um quadro de pré-
hipertensão (Gráf. 11). 
78,8 74,5
50
60
70
80
90
100
110
120
130
140
150
PAS PAD FC
78,8 75,9
50
60
70
80
90
100
110
120
130
140
150
PAS PAD FC
27 
 
 
 Gráfico 11 Média da PAS, PAD e FC em todos os momentos observados. 
 
Vale ressaltar que o estudo não buscou o efeito crônico somente o agudo (em 
seguida ao exercício), mas mesmo assim é um dado bastante relevante. Devido a 
limitação da amostra, apesar dos resultados serem interessantes, sugere-se novos 
estudos em torno desta temática, principalmente com o objetivo de avaliar o efeito 
crônico da HPE no controle e tratamento da hipertensão. 
 
CONCLUSÃO 
Os resultados do presente estudo demonstraram que uma sessão de 45 
minutos de ginástica localizada de intensidade moderada promoveu reduções 
significativas na PAD e PAD em idosas hipertensas controladas nos 60 minutos 
subquentes à atividade. Propiciando uma diminuição de sobrecarga ao aparelho 
cardiovascular o que pode diminuir a ocorrência de várias doenças, principalmente 
infarto agudo do miocárdio e doenças coronarianas. Sendo assim, a ginástica de 
intensidade moderada parece ser segura e pode ser utilizada como coadjuvante no 
tratamento e controle da HA e terá uma melhor eficiência se estiver associada a uma 
alimentação saudável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
78,8 77,5 75,1 74,8 75,9 74,5
50
60
70
80
90
100
110
120
130
140
150
PAS
PAD
FC
28 
 
 
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V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol. São Paulo, 
Fevereiro de 2006. 
 
32 
 
 
Anexo 1 
 
 
 
 
 
TÍTULO DA PESQUISA: “Hipotensão Pós-Exercício em idosas hipertensas 
controladas, após uma aula de ginástica localizada”. 
 
Questões gerais 
1. Idade: ____Anos 
 
2. Toma medicamentos para Hipertensão? ( ) Sim ( ) Não 
 
3. Caso sim. Quais?___________________________________________________________ 
 
 4. Está tomando os medicamentos corretamente? ( ) Sim ( ) Não 
5 Nenhuma Uma Duas Três Quatro ou mais 
Pratica outra atividade física? 
 
6 Uma Duas Três Cinco Seis 
Quantas vezes por semana 
pratica atividade física? 
 
 
7 
 Menos de 
1 ano 
Entre 1 e 
2 anos 
Entre 2 e 
3 anos 
Entre 3 e 
5 anos 
Mais de 
10 anos 
Há quanto tempo descobriu 
que era hipertenso (a)? 
 
 
8. Tem outra doença crônica? ( ) Sim ( ) Não 
 
9. Caso tenha outra doença crônica. Qual (is)? _____________________________________ 
 
10. Qual a percepção de esforço? Mostre o número que melhor demonstra a intensidade da 
atividade que você acabou de realizar”._________________ 
 
11. Pressão Arterial 
Repouso Rec 5’ Rec 15’ Rec 30’ Rec 45’ Rec 60’ 
____x___mmgh ____x___mmgh ____x___mmgh ____x___mmgh ____x___mmgh ____x___mmgh 
 
12. Frequência Cardíaca 
Repouso Rec 5’ Rec 15’ Rec 30’ Rec 45’ Rec 60’ 
_______Bpm _______Bpm _______Bpm _______Bpm _______Bpm _______Bpm 
 
 
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - UCB 
COORDENAÇÃO GERAL DE ESTÁGIO 
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
QUESTIONÁRIO ESTRUTURADO DO TCC 
 
33 
 
 
Anexo 2 
 
 
 
 
 
 
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 
 
 Você está sendo convidada a participar, como voluntária, de uma pesquisa. Esta pesquisa faz 
parte do Trabalho de Conclusão do Curso de Educação Física da Universidade Católica de Brasília 
com o título: “Hipotensão Pós-Exercício em idosas hipertensas controladas, após uma 
aula de ginástica localizada” . 
 Eu, Natal da Silva, acadêmico, realizarei este trabalho sob a orientação do Prof. PhD Cesar 
Roberto Silva e podemos ser contatados pelo e-mail nsilva.mus@gmail.com e cesars@ucb.br, 
respectivamente. 
 Precisamos de sua colaboração para a realização desta pesquisa que tem como objetivo 
avaliar a Hipotensão pós-exercício em uma aula de ginástica localizada de intensidade moderada de 
acordo coma a escala de Borg. Sua permissão para realizar esta pesquisa é voluntária. Você 
receberá todos os esclarecimentos necessários antes e no decorrer da pesquisa, sendo assegurado 
que seu nome não aparecerá e será mantido o mais rigoroso sigilo e anonimato, através da omissão 
total de quaisquer informações que permitam identificá-la. 
A sua participação será de duas formas: 
1ª) Através de um questionário estruturado, de auto-aplicação, sobre aspectos correlacionados à 
saúde-doença e a prática de atividade física. Sendo este instrumento um questionário criado pelo 
pesquisador. Não existe obrigatoriamente um tempo pré-determinado para responder o questionário, 
sendo respeitado o tempo de cada um para respondê-lo. Informamos que você pode se recusar a 
responder a qualquer questão que lhe traga constrangimento. 
2ª) Para mensurar se existe ou não e qual a intensidade da Hipotensão Pós-Exercício, será verificado 
a Pressão Arterial e a Frequência Cardíaca em aparelho digital automático, após 5 minutos de 
repouso antes da atividade e após o exercício no 5º, 15º, 30º, 45º e 60º minuto da recuperação, 
sendo que as aferições serão realizadas com você devidamente sentada e em repouso. As aferições 
da PA e FC serão realizadas sempre pelo mesmo pesquisador. 
As respostas são anônimas e confidenciais. Sua participação é voluntária, cabendo-lhe o 
direito de não consenti-la. Ressaltamos que, caso opte por participar, você tem o direito e a liberdade 
de desistir e retirar seu consentimento neste ou em qualquer outro momento, sem que lhe seja 
acarretado qualquer tipo de prejuízo e/ou penalidade. 
Não há risco direto ao participante Trata-se de uma oportunidade única para que você possa 
contribuir para o melhor entendimento da hipotensão pós-exercício e seus benefícios ou não. 
Os resultados obtidos serão analisados estatisticamente e utilizados para atividade de 
pesquisa e de ensino podendo, inclusive serem publicados posteriormente. Ratificamos o 
compromisso do pesquisador de utilizar os dados e o material coletado somente para esta pesquisa. 
Este documento foi elaborado em duas vias, de iguais teor e forma. Uma ficará com o 
pesquisador responsável e a outra com o sujeito da pesquisa. 
Agradecemos sua gentileza em contribuir com nossa pesquisa e nos colocamos à sua 
disposiçãopara quaisquer esclarecimentos. 
Eu _____________________________________, RG _____________________, declaro 
estar ciente da pesquisa e afirmo meu consentimento em participar da mesma. 
 
 
 
 Brasília/DF, ____ de ____________________de 2010 
 
 
 
Nome/ Assinatura Pesquisador - Fone: 85147445 
 
 
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - UCB 
COORDENAÇÃO GERAL DE ESTÁGIO 
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
mailto:nsilva.mus@gmail.com
mailto:cesarr@ucb.br
mailto:cesarr@ucb.br
http://www.ucb.br/

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