Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
NATAL DA SILVA Pró-Reitoria de Graduação Curso de Educação Física Trabalho de Conclusão de Curso HIPOTENSÃO PÓS-EXERCÍCIO EM IDOSAS HIPERTENSAS CONTROLADAS, APÓS UMA AULA DE GINÁSTICA LOCALIZADA Autor: Natal da Silva Orientador: Prof. PhD Cesar Roberto Silva Brasília - DF 2010 HIPOTENSÃO PÓS-EXERCÍCIO EM IDOSAS HIPERTENSAS CONTROLADAS, APÓS UMA AULA DE GINÁSTICA LOCALIZADA Artigo apresentado ao Curso de Graduação em Educação Física da Universidade Católica de Brasília como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Educação Física. Orientador: Prof. PhD Cesar Roberto Silva Brasília 2010 Artigo de autoria de Natal da Silva intitulado, “HIPOTENSÃO PÓS- EXERCÍCIO EM IDOSAS HIPERTENSAS CONTROLADAS, APÓS UMA AULA DE GINÁSTICA LOCALIZADA”, apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em Educação Física da Universidade Católica de Brasília, em 12 de junho de 2010, defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada: Prof. PhD Cesar Roberto Silva Orientador Assessor do Curso de Educação Física - UCB Prof. Dr. Ricardo Bernardo Mayolino Brasília 2010 Dedico essa obra à minha esposa, Silvânia de S. M. da Silva, que está sempre ao meu lado, “Quando nós trocamos o primeiro olhar. O meu coração pediu pra se apaixonar. Igual ao sol que nasce e só pertence ao dia. Quando nasci o meu amor já te pertencia...” (Dalvimar Gallo) À minha mãe Maria do Carmo da Silva, de quem me orgulho ser filho... Dedico este trabalho a vocês, especialmente porque são meu alicerce, e sem vocês não teria conseguido completar mais esta etapa da minha vida. AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus e Nossa Senhora, por me abençoar com mais essa conquista. À minha esposa, maravilhosa mulher, parceira, incentivadora e sócia, sem a qual, certamente, seria impossível manter o equilíbrio e superar os obstáculos e dificuldades do dia a dia. Á minha mãe, pelo amor, dedicação, incentivo e ensinamentos, em todos os momentos da minha vida, aos meus irmãos (José Fernando, Cristiane e Cleidiane), pelo companheirismo, amizade, torcida e força, à minha sobrinha e afilhada Lorenna e ao meu sobrinho Kevyn, por tudo que representam para mim. Ao meu tio Sinvaldo e família sem o qual eu não teria conseguido e demais tios, primos e afilhados por todo amor e carinho. Ao meu sogro e minha sogra pela confiança depositada, pela torcida e pela filha e aos meus cunhados e cunhadas. Aos meus amigos e incentivadores, em especial ao Alessandro e Alisson (Ministério de Música Mãe Admirável) que sempre me incentivaram, me auxiliaram e me abriram inúmeras portas, obrigado por tudo. Ao meu orientador Prof. PhD Cesar Roberto Silva, pela acolhida, incentivo, paciência e por mostrar que é possível superar. Ao Prof. Dr. Ricardo B. Mayolino, pelo apoio e palavras sábias. E a todos os que não citei, mas que são sempre lembrados e os guardo no coração, meus sinceros agradecimentos, pois, certamente, sem o apoio de cada um de vocês, essa obra não se realizaria. A Igreja pede aos fiéis leigos para, guiados pela coragem e criatividade intelectual, estarem presentes nos lugares privilegiados da cultura, como sejam o mundo da escola e universidade, nos centros de pesquisa científica e técnica, nos lugares de criação artística e da reflexão humanista. (Christifidelis Laici, n.44) NATAL DA SILVA Resumo: O presente estudo teve como objetivo avaliar a Hipotensão pós-exercício em idosas hipertensas com pressão arterial controlada por medicamentos anti- hipertensivos, em uma aula de ginástica localizada de intensidade moderada de acordo com a escala de Borg. Para tanto, a amostra foi composta por 13 idosas ativas do CCI (Centro de Convivência do Idoso) do Recanto das Emas/DF, as quais foram aplicadas um questionário contendo 10 questões, com o intuito de conhecer a vida pregressa do indivíduo em questão. Foi Aferido a PA e a FC, após 5 minutos de repouso antes do exercício e após o exercício no 5º, 15º, 30º, 45º e 60º minutos da recuperação. Os resultados do presente estudo demonstraram que uma sessão de 45 minutos de ginástica localizada de intensidade moderada promoveu a hipotensão pós-exercício, ou seja, reduções significativas na PAD e PAD nos 60 minutos subquentes à atividade, em idosas hipertensas controladas. E, com a redução da PA, ocorre uma diminuição da sobrecarga ao aparelho cardiovascular o que pode diminuir a ocorrência de várias doenças, principalmente infarto agudo do miocárdio e doenças coronarianas. Palavras-chave: Envelhecimento. Hipertensão. Atividade Física. Hipotensão pós- exercício. 8 INTRODUÇÃO A longevidade é sem dúvida um triunfo (BRASIL, 2007), e nas últimas décadas têm-se observado o ritmo acelerado em que vem ocorrendo no crescimento da população idosa, o que afeta diretamente os serviços de saúde e mais especificamente os atendimentos geriátricos (específicos para o atendimento de idosos). Neste caso torna-se necessário o empenho da sociedade em todos os seguimentos na criação e adoção de políticas públicas que busquem o atendimento às necessidades básicas da pessoa idosa. Considerando os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE, 2005) é preocupante o elevado custo da assistência ao idoso, que chega a ser de 3 a 7 vezes maior que o custo médio da assistência à população em geral, o que torna claro o porquê do grande interesse da comunidade científica no estudo do fenômeno do envelhecimento. O envelhecimento populacional era considerado um fenômeno, hoje é uma realidade em quase toda sociedade (BRASIL, 2007). E se segundo dados do IBGE de 2000, foram encontrados aproximadamente 14 milhões de idosos no país, o que representa 8,6 da população nacional, enquanto que em 1950 a participação deste grupo era de apenas 4,2% da população brasileira, ou seja, teve um crescimento maior do que o dobro. Projeta-as para 2020 uma participação da população idosa no total da população brasileira em torno de 14% (BELTRÃO, et al, 2004). Ou seja, a população idosa é o grupo da população que mais cresce no mundo, no Brasil e no Distrito Federal, o qual, segundo dados do IBGE/2006; havia no DF uma população de 2.383.784, sendo que 127.418 desses habitantes eram pessoas idosas, representando aproximadamente 6 % da população do DF. Em geral a literatura classifica didaticamente, os indivíduos acima de 60 anos como idosos, segundo a OMS - Organização Mundial da Saúde. No ano de 2001 o Congresso Nacional Brasileiro criou e aprovou o Estatuto do Idoso, o qual se destina a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, geralmente chamados como idosos, Terceira Idade, melhor idade. Processo do envelhecimento Segundo Meirelles (1999), envelhecimento é um processo sequencial, individual, acumulativo, irreversível, não patológico, de deterioração de um organismo maduro, próprio a todos os membros de uma espécie, de maneira que o 9 tempo o torne menos capaz de fazer frente ao estresse do meio-ambiente e, portanto, aumente sua possibilidade de morte. Enquanto Dantas (1999) compreende o envelhecimento como um processo complexo, o qual envolve inúmeras variáveis: fatores genéticos, estilo de vida, doenças crônicas, entre outros dados, até por isso, a longevidade é um triunfo. O envelhecimento é um fenômeno fisiológico, natural que acontece com todos independentemente, mas não uniformemente, (RAMOS, 2002). No entanto, a velhice envolve vários aspectos: biológicos, psicológicoseconômicos, sociais, culturais e existenciais (ALMEIDA, et al, 2005). Compreende os processos de transformação do organismo que ocorre após a maturação sexual e que implicam a diminuição gradual da probabilidade de sobrevivência, tendo como característica principal o declínio, geralmente físico, que levam à alterações sociais e psicológicas (SIMÕES, 1998: 27). Para se entender o envelhecimento é importante esclarecer alguns pontos como: envelhecimento cronológico, envelhecimento biológico, envelhecimento psicológico e envelhecimento social. Entender o envelhecimento, ao menos em algumas de suas facetas é um dos caminhos para se melhorar o relacionamento entre pessoas de faixas diferentes de idade, para aqueles que lidam com pessoas idosas, uma forma de tornar seu trabalho mais agradável e eficiente, e com certeza, pessoas que têm certo conhecimento sobre o processo do envelhecimento, aceitarão melhor a chegada desta fase da vida, refletindo assim, em grandes benefícios para a pessoa idosa. Envelhecimento cronológico é baseado na idade cronológica, ou seja, a idade de nascimento indica a idade cronológica, a qual „não afeta todos os órgãos e sistemas com a mesma intensidade e do mesmo tempo‟ (SIMÕES, 1998), no entanto, independentemente de fatores externos, internos e sociais toda e qualquer pessoa, desde que complete sessenta anos é considerada pessoa idosa. A Organização Mundial da Saúde classifica o envelhecimento em quatro estágios: Meia idade 45 a 59 anos Idoso 60 a 74 anos Ancião 75 a 90 anos Velhice externa 90 anos em diante. O envelhecimento biológico não está necessariamente, relacionados com a idade cronológica, pois o funcionamento biológico, desde o nível celular até o de 10 todo o organismo, tem um ritmo e uma duração, nos quais sofrem alterações diversas, de acordo com as situações vivenciadas e de como as vivenciou. Segundo Neri (2005) “Envelhecimento biológico ou senescência é assim, o processo que preside ou determina o potencial de cada individuo, para permanecer vivo, o qual diminui com o passar dos anos”, o decréscimo funcional com o aumento da idade é normal, no entanto de forma particular para cada individuo. É fundamental o esclarecimento a respeito de termos como senescência, que são as alterações próprias do envelhecimento as quais acontecem naturalmente e as implicações decorrentes, sendo elas alterações fisiológicas não precisam ser tratadas como patologias, pois velhice não é doença (REBELATTO e MORELI, 2004). E Senilidade que são as alterações produzidas por várias afecções, doenças que podem acometer o idoso, portanto faz-se necessário conhecer as alterações naturais que ocorrem no corpo idoso para não cometer equívocos, achando que todas as transformações sejam normais e não precisem de uma maior atenção. E sempre se atentando a individualidade, pois cada indivíduo é um ser único com características específicas e as quais devem ser respeitadas e valorizadas. E qualquer diagnóstico errado pode fazer com que os idosos não procurem o Sistema de Saúde, impedindo a detecção de certas ou prováveis doenças em seu início facilitando em muito o tratamento e possível cura (REBELATTO e MORELI, 2004). Alterações na composição corporal Uma vez que chega o envelhecimento, o organismo apresenta perdas em sua estatura, para Rebelatto e Moreli, no livro “Fisioterapia Geriátrica: a prática da assistência ao idoso” (2004), essa perda chega a 1 cm por década aproximadamente e começa a ocorrer por volta dos 40 anos de idade. Para alguns autores essa perda se deve principalmente, à diminuição dos arcos dos pés e ao aumento da curvatura da coluna. A perda de água no organismo resulta em uma perda de massa corporal, afetando vários órgãos como os rins, o fígado, no entanto o que mais sofre alterações são os músculos. A pele com a perda da elasticidade, aparecimento de rugas e pigmentação. Os cabelos que tornam mais quebradiços e diminuem podendo levara calvície, mais comuns em homens. A visão diminui fazendo com que pareça inevitável o uso de óculos com o aumento da idade. A audição do idoso sem exceção apresenta um decréscimo em função de problemas mecânicos causados pela calcificação das articulações do ouvido médio (SIMÕES, 11 1998). Geralmente afetados ao grande índice de barulho ouvido durante a vida. Devido à área de estudo proposta nos atentaremos mais as alterações fisiologias do aparelho locomotor, sistema muscular e sistema cardiovascular. Com o envelhecimento os músculos tendem a perder força e massa muscular, em torno de 10% a 20%, diminuindo a eficiência em sua capacidade de executar algum trabalho (WENGEN, 1995), afetando diretamente o aparelho locomotor e sistema muscular. Entretanto eles permanecem em boas condições, até uma idade bem avançada, sempre que não se manifestem situações traumáticas. Comumente acontece a calcificação dos ossos, ou seja, a perda de cálcio dos ossos, sendo mais prematuro nas mulheres que nos homens, segundo alguns autores há uma perda de 0,3% ao ano nos homens e nas mulheres essa perda é da ordem de 1% ao ano, acentuando no período pós-menopausa (REBELLATO e MORELLI, 2004). Aumento de doenças relacionadas com as articulações, segundo Astrand e Rodahl (1987), com o envelhecimento elas sofrem uma perda de estabilidade e mobilidade, e a inatividade é a principal causa da redução da área de movimento das articulações e diminuição da flexibilidade. O processo artrósico (lesões degenerativas nas articulações) pode afetar um número elevado de articulações, refletindo-se em algumas lesões como: a osteoporose que é a mais comum e ocorrem com maior incidência nas mulheres, a artrite, a artrose, e outras. Nesta idade é muito comum a ocorrência de fraturas, normalmente no fêmur, decorrentes de quedas, pois a capacidade de equilibrar-se é reduzida pela fraqueza, o que poderia em muito ser prevenido com prática regular de atividade física. Com o passar dos anos o sistema cardiovascular sofre um declínio, pois os vasos sanguíneos apresentam-se menos elásticos, tornando-se mais estreitos e em contrapartida aumenta a resistência ao fluxo sanguíneo e por consequência acontece o aumento da pressão arterial, um dos principais fatores associados ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, pois a Hipertensão Arterial pode ser o primeiro passo para um enfarto do miocárdio ou um acidente vascular cerebral. O endurecimento das paredes dos vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares) ocasiona alterações no abastecimento de nutrientes aos vários sistemas e órgãos do corpo, (coração, pulmão), inclusive o sistema nervoso central (cérebro), (SIMÕES, 1998), com estas alterações que ocorrem, pode surgir várias doenças nesta fase, em decorrência da diminuição da capacidade funcional do coração e da circulação sanguínea. 12 Hipertensão Arterial A Hipertensão Arterial (HA) ou hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma das doenças com maior prevalência no mundo moderno e é caracterizada pelo aumento da Pressão Arterial (PA). A HA caracteriza-se quando a pressão que o sangue faz na parede das artérias e veias para se movimentar, é muito forte, ficando acima dos limites normais, ou seja, o comum para a maioria da população saudável, que é 120 mmHg para Pressão Arterial Sistólica (PAS) e 80 mmHg para a Pressão Arterial Diastólica (PAD) - tendo como causa algumas variáveis: hereditariedade, sexo, obesidade, sedentarismo, alcoolismo, estresse, problemas renais, sal e fatores socio-econômicos, de acordo com a V Dieretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, (BRASIL, 2006). Tendo uma maior incidência com o aumento da idade. A Hipertensão Arterial comumente chamada de pressão alta representa um dos principais fatores de risco à saúde a nível nacional, conforme o manual de HAS do Ministério da Saúde (BRASIL, 2006). É preciso tercautela antes de rotular alguém como hipertenso, tanto pelo risco de um diagnóstico falso-positivo, como pela repercussão na própria saúde do indivíduo e o custo social resultante. Em indivíduos sem diagnóstico prévio e níveis de PA elevada em uma aferição, ou seja, a PAS maior ou igual a 140 mmHg e a PAD maior ou igual a 90 mmHg, - o que caracteriza ser hipertenso - recomenda-se repetir a aferição da pressão arterial em diferentes períodos, antes de caracterizar a presença de HA, sendo estas aferições feitas várias vezes e horários diferenciados em consultório médico (BRASIL, 2006). Segundo o Caderno de Atenção Básica nº 15 do Ministério da Saúde (2006), no Brasil 35% da população de 40 anos e mais - cerca de 17 milhões- são hipertensos. É importante salientar que a HA acomete de 50% a 70% das pessoas da terceira idade, dados estes que não devem ser considerados uma consequência normal e natural do envelhecimento. O número de pessoas com HA é crescente e seu aparecimento está cada vez mais precoce e estima-se que cerca de 4% das crianças e adolescentes também já desenvolveram esta doença. A incidência de morbidade e morbimortalidade devido a esta doença é muito alta e por tudo isso a HA é um problema grave de saúde pública no Brasil e no mundo (BRASIL, 2006). No Brasil, a HA é um dos problemas de saúde pública de maior prevalência na população e representa o maior e mais perigoso fator de risco para a progressão e/ou desenvolvimento de doenças cardiovasculares (OMS, 2000). De acordo com o III Consenso Brasileiro de Hipertensão (1998) a HA é capaz de levar http://pt.wikipedia.org/wiki/Obesidade http://pt.wikipedia.org/wiki/Sedentarismo 13 aproximadamente ao óbito cerca de 40% dos acometidos, apresentando altos índices de morbimortalidade pelo acometimento dos chamados órgãos-alvo (cérebro, rins, coração e vasos sanguíneos), mas quando adequadamente controlada, reduz significativamente as limitações funcionais e a incapacidade dos idosos (BRASIL, 2006). Quadro 1 - Classificação da pressão arterial em adultos Fonte: Brasil (2006) O quadro 1 mostra a Classificação da PA da para indivíduos com mais de 18 anos, de acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2006). Os valores limites de pressão arterial normal para crianças e adolescentes de 1 a 17 anos constam de tabelas especiais que levam em consideração a idade e o percentil de altura em que o indivíduo se encontra (BRASIL, 2006). Segundo o Ministério da Saúde existem basicamente duas abordagens terapêuticas para o controle da HA: o tratamento baseado em modificações do estilo de vida (perda de peso, incentivo às atividades físicas, alimentação saudável, etc.) e o tratamento medicamentoso. Principalmente nas últimas três décadas, a atividade física associada a uma mudança do estilo de vida vem sendo uma estratégia não farmacológica relevante no tratamento e na prevenção da hipertensão arterial. Atividade Física, Exercício Físico e Envelhecimento A relação entre atividade física, saúde, qualidade de vida e envelhecimento vem sendo cada vez mais discutida e analisada cientificamente. Atualmente é praticamente um consenso entre os profissionais da área da saúde que a atividade física é um fator determinante no sucesso do processo do envelhecimento desde que realizado com prescrição médica e sob a orientação de um profissional de educação física (MATSUDO et al, 2001). Nesta perspectiva é importante esclarecermos algumas definições em torno da atividade física: CLASSIFICAÇÃO PAS (mmHg) PAD (mmHg) Pressão ótima <120 < 80 Pré-hipertensão 120-139 80-89 HIPERTENSÃO Estágio 1 140-159 90-99 Estágio 2 ≥160 ≥100 14 a) Atividade física: qualquer movimento corporal produzido em consequência da contração muscular que resulte em gasto calórico. b) Exercício físico: subcategoria da atividade física que é planejada, estruturada e repetitiva; resultando na melhora ou manutenção de uma ou mais variáveis da aptidão física. c) Aptidão física: característica que o indivíduo possui ou atinge, como a potência aeróbica, endurance muscular, força muscular, composição corporal e flexibilidade (MATSUDO et al, 2001). Todos os autores que estudam a relação atividade física e terceira idade concordam que a prática de atividade física produz grandes benefícios à saúde, melhora a capacidade cardíaca e pulmonar, flexibilidade, tônus muscular, equilíbrio contribuindo para que todos cheguem à terceira idade, saudáveis (BOUCHARD e SHEPHARD, 1994; FARIA JÚNIOR, 1997; MAZO, et al, 2001). O hábito de exercitar-se bem em todas as idades é aconselhável principalmente às pessoas idosas e somando com um estilo de vida ativo é capaz de diminuir vários fatores de risco à saúde, o que refletirá em uma melhor qualidade de vida. Os idosos praticantes de atividades físicas e exercícios físicos, além de se sentirem bem, de terem mais disposição dentro e fora da família, são indivíduos menos dependentes e redescobrem suas potencialidades, ultrapassando limites e barreiras muitas vezes auto-impostas (NERI, 2005). A atividade física regular ou exercício físico pode contribuir e muito para evitar as incapacidades associadas ao envelhecimento. Seu enfoque principal deve ser na promoção da saúde, mas em indivíduos com patologias já instaladas a prática de atividades físicas orientadas pode ser importante para controlar a doença, evitar sua progressão, e/ou reabilitar pessoa idosa como Guedes e Guedes consideram; “As atividades físicas corretamente prescritas e orientadas desempenham importante papel na prevenção, conservação e recuperação da capacidade funcional dos indivíduos, repercutindo positivamente em sua saúde. Estes não farão parar o processo de envelhecimento, mas, poderão retardar o aparecimento de complicações, interferindo positivamente no seu bem estar”. (1995) Entendemos que o Sistema Cardiovascular do idoso é um dos sistemas mais beneficiado com a prática de atividade física sistemática e orientada por um profissional de educação física. Para Neri (2005), os benefícios que as pessoas mais velhas podem ter no sistema cardiovascular são: aumento do volume sistólico, aumento no volume sanguíneo total. A atividade física melhora o metabolismo de 15 maneira geral; mas sabe-se que o coração é um dos órgãos mais beneficiados: pois passa a bombear mais quantidade de sangue, permitindo melhor oxigenação de outros órgãos vitais como o cérebro, os pulmões e os rins. O aumento do HDL é também um dos resultados positivos o qual funciona como um antídoto do LDL, que se acumula nas paredes das artérias, obstruindo coronárias e vasos cerebrais, provocando enfartes e derrames. A redução dos níveis de triglicérides no sangue, redução dos riscos de acidentes vasculares cerebrais e automaticamente diminuindo a ocorrência da HA, pois sua causa e agravantes como a obesidade são reduzidos consideravelmente com a prática de atividade física regularmente aliada a uma reeducação alimentar. A atividade física é fundamental no controle do peso e da gordura corporal durante o processo de envelhecimento, podendo também contribuir na prevenção e no controle de algumas condições clínicas associadas a esses fatores, como doenças cardiovasculares e hipertensão entre outras. Nesta mesma linha Matsudo (2004) resume: “investir na prevenção é decisivo não só para garantir a qualidade de vida como também para evitar a hospitalização e os consequentes gastos, principalmente, quando se considera o alto grau de sofisticação da medicina moderna.” A dependência é o problema que mais afeta a qualidade de vida dos idosos (bem estar), tanto para realizar as Atividades da Vida Diária (AVDs) como alimentar- se, ter continência, locomover-se, tomar banho, vestir-se, usar o banheiro, andar nos arredores de casa, subir e descer escadas e cortar as unhas, e quanto às atividades instrumentais de vidadiária (AIVDs) que compreendem atividades mais complexas que permitem a vida independente na comunidade, incluindo, por exemplo: fazer compras, cozinhar, arrumar a casa, telefonar, usar o transporte, lavar roupa, tomar remédio e ter habilidade para lidar com as próprias finanças, e comprovadamente a prática de atividades físicas beneficiam e muito a pessoa idosa na realização de tais atividades físicas, traz benefícios maiores quando se pratica. Em suma os autores convergem com relação aos incontestáveis benefícios que a atividade física coordenada pode trazer para um envelhecimento com qualidade de vida (saúde) na minimização e prevenção dos efeitos comuns decorrentes do aumento da idade. 16 Ginástica localizada Todas as bibliografias analisadas entendem que um dos aspectos que devem ser considerados na relação atividade física e qualidade de vida é a escolha do tipo de atividade física a ser prescrito na terceira idade. Os autores sintetizam que tanto exercícios aeróbicos quanto exercícios resistidos são bons às pessoas desta faixa etária, o mais importante é o objetivo, para assim prescrever a atividade física. Segundo Matsudo e colaboradores (2001), os dois tipos de treinamento melhoram a densidade mineral óssea, a homeostase da glicose e o risco de queda; porém, se o objetivo for melhorar o condicionamento cardiovascular, diminuir a hipertensão arterial, melhorar o perfil de lipoproteínas plasmáticas ou amenizar a hipertrofia do ventrículo esquerdo, o treinamento aeróbico parece ser o método mais eficaz. De acordo com o nosso objetivo, optamos pela ginástica a qual vem sendo praticada desde tempos recuados na Ásia, porém, foi no norte da Europa que observou um desenvolvimento mais significativo, já no séc. XIX, sendo que a ginástica localizada tem seu início nos EUA no início dos anos 80 do sec. XX (MARTINOVICK, 2009). A escolha desta modalidade se deu por ser considerada multidisciplinar, poder ser praticada em grupo e que é suficientemente abrangente na sua ação, satisfazendo dessa forma o objetivo proposto. Pois, além disso, por ela propiciar a melhoria do estado de saúde dos praticantes, o equilíbrio físico e mental e a coordenação motora, entrando na sua prática em jogo o movimento, o ritmo, a alegria, o que torna a sua prática uma ação muito agradável, além de ser bem benéfica e o grupo já a realiza desde algum tempo. O principal objetivo da Ginástica Localizada consiste no treino da força de resistência, fortalecimento e tonificação muscular, combater a flacidez, alongar as estruturas músculo-tendinosas e melhorar a postura. Sendo que desse trabalho resultam como principais benefícios para a saúde à melhoria do funcionamento do sistema cardiovascular, a alteração salutar da composição corporal e a prevenção das alterações metabólicas que acompanham o processo de envelhecimento. Hipotensão pós-exercício Hipotensão pós-exercício caracteriza-se pela redução da PA durante o período de recuperação, fazendo com que os valores pressóricos observados pós- exercícios permaneçam inferiores àqueles medidos antes do exercício (BRUM, 2004). Segundo Cunha et al (2006), “tem sido demonstrado que a realização uma 17 única sessão de exercícios físicos pode promover queda pressórica abaixo dos valores observados no período pós-exercício em relação ao repouso no pré- exercício, fenômeno este denominado como hipotensão pós-exercício (HPE)”. Alguns estudos a HPE eram apenas evidências, (LIZARDO e SIMÕES, 2005; PRICHER et al, 2004; BROWNLEY et al, 2003; MACDONALD, 2002), e nesta mesma perspectiva é interessante fazer-se algumas observações acerca das diferenciações da HPE em tipos diferentes de atividades. Tanto em atividades aeróbicas, a qual os autores em suma concordam que tem um HPE significativo (FORJAZ et al, 1998; MACDONALD et al, 1999; BERMUDES et al, 2004), para Arrol e Beaglehole (1992) e UCHIDA et al (2003) existe a redução da PA, no pós- exercício, sendo que hoje existem vários estudos abordando esta variável, como o estudo de Terra e colaboradores (2008) que encontraram resultados bem interessantes sobre hipertensão e exercício resistido. Segundo Polito e Farinatti (2006) a documentação da HPE não é recente, com primeiro relato sobre este fenômeno no final do século XIX, mais especificamente Hill publicou em 1897, resultado de um estudo no qual foi descrita a redução da PA durante 90min, após uma corrida rápida em uma distância de aproximadamente 360m. Vale ressaltar que as investigações relevantes sobre a HPE tornaram-se mais sólidas em se tratando de prescrição de exercício a partir de 1980 (POLITO E FARINATTI, 2006). Em se tratando de relevância clínica este comportamento de queda da pressão arterial no pós-exercício tem sido sugerido como um tratamento não farmacológico para a HA, contudo, é imprescindível que a duração seja a maior possível. Nesse sentido, de acordo com Pescatello e colaboradores (1991) a HPE chega a mais de 12h após um exercício, chegando até 24 h, no entanto existem controvérsias a respeito da HPE devido a vários fatores. Segundo Polito e Farinatti (2006) como: duração do exercício (MACDONALD et al, 2000), intensidade (FORJAZ et al, 1998), sexo e estado de treinamento (SENITKO et al, 2002), faixa etária (TAYLOR-TOLBERT, 2000; VRIZ et al, 2002), raça (PESCATELLO et al, 2003) e massa muscular (MACDONALD et al, 2000). Em se tratando de intensidade alguns estudos têm demonstrado que a intensidade do esforço não influencia a resposta hipotensora pós-exercício (MACDONALD et al, 1999; FORJAZ C. L. et al. 1898; BROWN et al, 1994). Em contrapartida, outras investigações demonstraram 18 que a intensidade do exercício pode influenciar a magnitude e duração de tal resposta (HAGBERG et al, 1987; HARDY e TUCKER, 1998; POLITO et al, 2003). Segundo Polito e Farinatti (2006), os mecanismos fisiológicos que podem explicar a HPE permanecem obscuros. Contudo, a redução da resistência vascular por substâncias endoteliais parece ter relevante participação no fenômeno, independentemente. Tomando por base os estudos supracitados e de vários outros, este trabalho tem como objetivo, avaliar a Hipotensão pós-exercício em uma aula de ginástica localizada de intensidade moderada de acordo com a escala de Borg, e a partir dos resultados avaliar, se a atividade proposta tem efeito positivo ou não como auxílio no controle da hipertensão arterial, através da hipotensão causada pelo exercício físico. A motivação se deu pelo fato que apesar do aumento de estudos com esta temática, existem muitas controvérsias a este respeito e que realmente um tema interessante e de extrema importância, pois SegundoTerra (2008), tem sido demonstrado que a redução de apenas 5 mmHg na pressão arterial diminui em 40% o risco de acidentes vasculares cerebrais e em 15 % o risco de infarto agudo do miocárdio. Esperamos com este estudo cooperar na construção de algumas respostas a questões relacionadas com esta temática. MATERIAIS E MÉTODOS A população do estudo foi composta por idosas voluntárias com idade superior a 60 anos, moradoras do Recanto das Emas/DF. O recrutamento foi feito no CCI (centro de Convivência do Idoso) da mesma cidade satélite. Todas foram convidadas a participar da pesquisa, contudo, apenas aquelas que se dispuseram a participar e que se enquadraram nos critérios de inclusão foram selecionadas. O universo da pesquisa foi composto de 13 idosas frequentadoras do CCI (Centro de Convivência do Idoso) do Recanto das Emas - DF, todas praticantes de alguma atividade física a mais de 1 ano e a mais de 6 meses da atividade em questão, ou seja, idosas ativas, todas acima dos 60 anos, hipertensos com medicação anti-hipertensiva conforme prescrição médica em dias e com PA controlada, segundo orientação médica. Antes de realizarmos o teste, o pesquisador observou asaulas por 6 meses e após recrutar as idosas voluntárias foi feito inicialmente um questionário composto 19 de 10 questões, o qual abordou vários quesitos, principalmente em relação à prática da atividade física em questão, tempo de prática e frequência, e perguntas relacionadas com o fator saúde, medicamentos e doenças associadas. Os critérios de inclusão foram: idade igual ou superior a 60 anos, hipertensão arterial previamente diagnosticada e controlada com o uso de medicação anti- hipertensiva. Participarem da atividade avaliada a no mínimo 6 meses. Todas apresentaram liberação médica pra a prática da atividade em questão. Os critérios de exclusão foram considerados as contraindicações médicas à realização da atividade em questão, como: hipertensão não controlada (consideramos para este estudo PAS > 180 mmHg e PAD ≥ 120 mmHg), não ter tomado o medicamento anti-hipertensivo, problemas cardíacos e outras enfermidades que pudessem comprometer as respostas cardiovasculares. Ter realizado outra atividade física além das AVDs a menos de 48 h. A pesquisa constituiu-se por uma combinação de pesquisa bibliográfica e de campo, caracterizando-se por ser uma pesquisa qualitativa. A pesquisa de campo utilizou um questionário de entrevista estruturado, contendo 10 questões, com o intuito de conhecer a vida pregressa do indivíduo em questão e foi aplicado com uma semana de antecedência, juntamente o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), momento em que todas as participantes assinaram o termo. O TECLE continha todas as informações referentes aos procedimentos a serem realizados no estudo. Foi uma aula de 45 minutos de duração, sendo dividida em três momentos, sendo 10 minutos de aquecimento, parte principal compreendida de 30 minutos e 5 minutos de alongamentos com intuito de volta à calma. Com intuito de trabalhar todos os grandes grupos musculares na aula de ginástica foi utilizado o método indireto que segundo, Martinovick (2009), é quando há uma alternância de grupamentos musculares, levando a um trabalho generalizado desses vários grupos musculares ao mesmo tempo, de forma equilibrada, ou seja, sem sobrecarregá-los, sendo que o exercício foi realizado sem carga adicional, somente a peso do próprio corpo. Para aferição da PA e FC, utilizou-se o aparelho digital automático Microlife®, modelo BP3BTO-A, validado de acordo com os critérios da Associação Britânica de Cardiologia para medidas de repouso (CUKSON et al, 2002). As medidas foram realizadas sempre pelo mesmo pesquisador e todas ao mesmo tempo. 20 Os procedimentos para a medida da PA foram baseados no VII Joint National Committee on Prevention, detection, Evalution, and Treatment of High Blood Pressure (CHOBANIAN, et al, 2003), que recomenda a posição sentada do indivíduo com os pés descruzados e apoiados no chão, e o braço apoiado no nível do coração, sendo feita no braço esquerdo. A intensidade da aula foi mensurada de acordo com a escala ou tabela de Borg - tabela criada pelo fisiologista sueco Gunnar Borg - que avalia a percepção subjetiva de esforço (PSE). É um método simples, prático e não invasivo composto de 6 a 20 pontos que indicam qual a percepção do indivíduo ao exercício (Tab. 1). Esta mensuração foi feita depois da primeira aferição na recuperação, foi feito individualmente o seguinte pedido mostrando a escala de Borg para o indivíduo. “Mostre o número que melhor demonstra a intensidade da atividade que você acabou de realizar”. Tabela 1 Para mensurar se existia ou não e qual a intensidade desta HPE, foi verificado a PA e a FC no aparelho supracitado, após 5 minutos de repouso antes do exercício e após o exercício no 5º, 15º, 30º, 45º e 60º minutos da recuperação. Sendo que os avaliados permaneceram em repouso. Para ser mais preciso nos dados, os dados foram coletados no mesmo dia em uma só aula, e com todos ao mesmo tempo, para tal, foram colaboradores na pesquisa 7 Agentes Comunitário de Saúde do PACS2 do Recanto das Emas D/F, PERCEPÇÃO SUBJETIVA DE ESFORÇO (Borg e Noble, 1974) 6 - 7 MUITO FÁCIL 8 - 9 FÁCIL 10 - 11 RELATIVAMENTE FÁCIL 12 - 13 LIGEIRAMENTE CANSATIVO 14 - 15 CANSATIVO 16 - 17 MUITO CANSATIVO 18 - 19 EXAUSTIVO 20 - http://pt.wikipedia.org/wiki/Fisiologista http://pt.wikipedia.org/wiki/Sueco http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Gunnar_Borg&action=edit&redlink=1 21 todos com experiência no manuseio do Aparelho de PA especificado anteriormente e devidamente preparados. A pesquisa bibliográfica possibilitou além de ampliar as informações referentes ao tema estudado, a formulação de um diagnóstico da situação estudada, em conformidade com a posição de Silva e Schappo (2002). Optamos por utilizar na pesquisa de campo um questionário com questões fechadas, pois o mesmo segundo GIL (1999), esta é uma técnica que permite que as pessoas tenham sua privacidade e confidencialidade garantidas e não expõe os entrevistados à influência ou opiniões do pesquisador, bem como é instrumento de fácil aplicação e dimensionamento dos dados encontrados. Concordamos que todo trabalho intelectual deve ser uma contribuição, por menor que seja para o progresso da ciência e em benefício da coletividade e pesquisar não é repetir, transcrever ou parafrasear o que outros estudiosos já disseram sobre o assunto, mas, utilizando a tradição cultural já existente, acrescentar algo de novo que aprofunde ou esclareça o tema em pauta (MINAYO, et al, 1994: GIL, 1999; RICHARDSON et al, 1999). RESULTADOS Todas as senhoras voluntárias que participaram do grupo amostral da pesquisa, tinham mais de 60 anos, sendo a mais idosa com 76 anos, e possuíam em média 66 anos; hipertensas a mais de 2 anos; com pressão controlada por medicamentos e haviam tomado o medicamento antes do teste. Todas praticavam a atividade em questão a mais de 6 meses e com atestados médicos atualizados; as que praticavam outra atividade física, as quais somavam 54 % do grupo em questão, o que mostra a figura 1, não haviam realizado no dia anterior com o intuito de não interferir nos resultados encontrados, pois definimos que deveriam estar sem praticar outra atividade a no mínino 48 horas (Gráf. 1). Todas realizaram a mesma atividade e tiveram as mesmas condiçoes de repouso, em relação a recuperação. Podemos observar no gráfico 2 a ocorrência de doenças associadas o que poderia alterar ao menos em parte o resultado do teste, e observamos que 46% tinham Diabetes Mellitus tipo II, mas devidamente controladas por medicamentos e somente 8% tinham Asma, mas sem estar em crises e o mais interessante é que não teve a presença de cardíacos. 22 Gráfico 1 Gráfico 2 Os gráficos 3 e 4 mostra a PAS e PAD respectivamente nos 5 primeiros minutos de repouso no pós-exercício (recuperação) podemos observar que a pressão sistólica em sua maioria manteve-se igual (46%) ou aumentou (46%) e em somente 8% ouve queda. Gráf. 3 Gráf. 4 A partir do 15º minuto de recuperação já pode-se observar uma queda considerável, nos níveis pressóricos, tanto na pressão sistólica quanto na diastólica, sendo assim até o final da observação para o estudo, ou seja, o 60º minutos de recuperação. Sendo neste momento o que na média teve o maior índice de queda, nos níveis pressóricos, é que podemos observar nos gráficos 5 e 6, respecrivamente e até na frequencia cardíaca, no 60º minutos de recuperação foi onde encontramos os menores índices de aumento das váriáveis observadas. Gráf. 5 Gráf. 6 Um dadoimportante que foi observado é que todas as participantes durante o teste e observação, não houveram reclamações quanto à intensidade da atividade, 23 acharam um pouco cansativa, mas que estava ótima, dentro do limites individuais. De acordo com apercepção de esforço de BORG, todas responderam o número 13 (ligeiramente cansativo), o que é considerado dentro da zona de segurança, para a prescrição e benefícios de uma tividade física. DISCUSSÃO O documento aprovado em reunião conjunta da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, (NOBREGA et al, 1999) afirma que a atividade física regular melhora a qualidade e expectativa de vida do idoso. Nesta mesma linha existe também um consenso entre os estudos realizados, os quais concluíram que a atividade física constante traz benefícios incontestáveis para a prolongação dos anos de vida com uma melhor qualidade de vida e não há seguimento da população mais beneficiada com a prática de atividade física que as pessoas com maior idade (OTTO, 1987; SHARKEY, 1998; NIEMAN, 1999; JADER e COLS apud WEINECK, 2000; MATSUDO e MATSUDO, 2001). A atividade física é fundamental no controle de peso e gordura corporal durante o processo de envelhecimento, podendo também contribuir na prevenção e no controle de algumas condições clínicas associadas a esses fatores, como hipertensão, doenças cardiovasculares, entre outras. Foi observada na maioria do grupo amostral uma diminuição da queda da PAS e PAD em todos os minutos da recuperação observados. Gráf.7 Média da PAS, PAD e FC 5 mim. Rec. Gráf.8 Média da PAS, PAD e FC 15 e 30 mim. Rec. No 5º minuto de recuperação foi observado um dado importante, a pressão sistólica em sua maioria manteve-se igual (46%) ou aumentou (46%) e em somente 8% ouve queda (gráficos 3 e 4, respectivamente), o que é pode se considerado normal devido a vários fatores, como aumento do débito cardíaco e o organismo 78,8 77,5 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 PAS PAD FC 78,8 75,1 74,8 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 PAS PAD FC 24 ainda ter voltado a homeostase, no entanto, não foi um aumento muito grande, o aumento da PAS girou em torno de 1 mmHg a 17 mmHg (1 indivíduo), mas na maioria ficou em torno de 8 mmHg e a PAD girou entre 1mmHg e 7 mmHg. É importante salientar que na média em comparação com os níveis pressóricos de repouso no pré-exercício, mesmo tendo uma maior incidência de igualdade ou aumento da pressão arterial, nesta primeira verificação, na média houve uma queda devido o índice real de diminuição da pressãoarterial, apesar de ter sido em número menor da amostra a queda foi muito substancial, chegando um indivíduo a ter uma diminuição de 50 mmHg na PAS e 20 mmHg na PAD. Os dados obtidos estão de acordo com alguns autores (ARROL e BEAGLEHOLE, 1992; MACDONALD, 2002; BROWNLEY et al, 2003; PRICHER et al, 2004) que relataram em seus estudos que a PA tende a aumentar durante a prática de exercício, sendo praticamente unânime esta afirmação e permanecendo assim no final do exercício (LIZARDO e SIMÕES, 2005; POLITO e FARINATTI, 2006), no entanto, estes mesmos autores e muitos outros concordam que na recuperação há uma queda da pressão arterial. A partir da verificação feita no 15º minuto de recuperação foi detectada uma queda considerável das variáveis em questões, variando entre 1mmHg e 48mmHg (PAS) e de 3 mmHg a 20 mmHg (PAD), vale ressaltar que neste momento houve uma maior porcentagem de permanência ou ligeiro aumento desta variável, em torno de 38%, entretanto o número final (média) foi bastante significativo é o que podemos observar no gráfico 7. A sua maioria dos resultados obtidos estão de acordo com os estudos de Brum (2004) e de Cunha e colaboradores (2006), que concordam que apenas uma sessão de exercício é suficiente para abaixar os níveis pressóricos, abaixo dos valores obtidos com o indivíduo em repouso no pré-exercício. Os resultados obtidos nos 15º e 30º minutos de recuperação foram bastante semelhantes (Gráf.8), mas com uma ligeira queda dos níveis pressóricos, tendo durante o tempo observado como a segunda menor média dos níveis pressóricos, 129,23 mmHg e 85,15 mmHg, PAS e PAD respectivamente. O que de acordo com a Classificação da Sociedade Européia de Hipertensão e Sociedade Européia de Cardiologia (MANCIA, et al, 2007), OMS e Ministério da Saúde, poderiam enquadrá- las como indivíduos com níveis de pressão normal, ou seja, um grande benefício para a saúde deste grupo sem gastos adicionais. Reforçando os estudos de Lizardo e Simões (2005), Polito e Farinatti (2006), Macdonald (2002), Brownley e http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sociedade_Europ%C3%A9ia_de_Hipertens%C3%A3o&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sociedade_Europ%C3%A9ia_de_Cardiologia&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sociedade_Europ%C3%A9ia_de_Cardiologia&action=edit&redlink=1 25 colaboradores (2003), que também encontraram resultados semelhantes aos descritos neste estudo, a hipotensão pós-exercício nos 30 minutos da recuperação foi muito evidente. Tabela 2 – Dados encontrados na pesquisa No 45º minutos da recuperação, houve uma queda da PA se comparado ao repouso pré-exercício, muito significativo, mas em relação aos 30 minutos houve um ligeiro aumento (Graf. 9). No entanto o objetivo do trabalho é ver a resposta da hipotensão pós-exercício, em relação ao período antes do exercício, sendo assim, a queda da PA nesta observação, mostrou que ainda está ocorrendo, na média uma Variável Rep. Rec. 5 Rec. 15 Rec. 30 Rec. 45 Rec. 60 Indivíduo 1 PAS 179 154 155 164 178 156 PAD 105 112 105 114 115 94 FC 55 58 55 55 56 55 Indivíduo 2 PAS 140 140 141 141 151 135 PAD 90 95 99 96 99 89 FC 80 81 77 73 80 70 Indivíduo 3 PAS 140 129 123 122 115 125 PAD 90 84 83 78 73 79 FC 80 87 80 80 81 82 Indivíduo 4 PAS 120 130 110 110 120 120 PAD 80 80 70 70 90 80 FC 109 101 100 102 103 96 Indivíduo 5 PAS 130 100 120 110 120 120 PAD 90 70 80 80 90 80 FC 78 73 70 68 67 66 Indivíduo 6 PAS 149 158 148 139 146 138 PAD 92 96 95 88 93 90 FC 91 87 85 81 81 85 Indivíduo 7 PAS 109 109 109 100 100 100 PAD 70 60 70 60 70 60 FC 71 69 71 68 71 70 Indivíduo 8 PAS 170 173 174 171 168 151 PAD 120 121 129 126 110 99 FC 81 81 76 78 78 81 Indivíduo 9 PAS 153 105 97 113 106 132 PAD 80 63 63 75 67 77 FC 81 86 83 82 79 84 Indivíduo10 PAS 169 166 155 148 166 148 PAD 99 104 98 85 88 81 FC 60 54 54 54 54 55 Indivíduo11 PAS 128 130 125 127 125 120 PAD 80 80 82 86 83 73 FC 89 89 85 87 89 83 Indivíduo12 PAS 143 160 129 135 123 134 PAD 90 93 83 89 80 85 FC 71 64 67 68 63 63 Indivíduo13 PAS 140 100 100 100 120 110 PAD 80 60 60 60 70 60 FC 78 76 75 76 84 78 Média PAS 143,85 134,92 129,69 129,23 133,69 129 PAD 89,69 86 85,92 85,15 86,77 80,54 FC 78,77 77,54 75,08 74,77 75,85 74,46 26 queda de 10 mmHg na PAS e 3 mmHg na PAD, o que é um número considerável e de grande significância. Vale ressaltar que a atividade durou 45 minutos, e a hipotensão já dura o tempo de duração da atividade, os estudos não relatam precisamente o tempo ideal de uma atividade para se ter uma melhor resposta neste efeito (MACDONALD et al, 2000). Mesmo que seja apenas 45 minutos, mas já é um bom tempo de menor pressão na parede das veias, portanto menor probabilidade de um rompimento (aneurismas) das mesmas, diminuição da sobrecarga no coração e melhora na qualidade de vida. Gráf.9 Média da PAS, PAD e FC 45 mim. Rec. Graf.10 Média da PAS, PAD e FC 60 mim. Rec. Na última verificação foi observada uma queda ainda bem acentuada (Graf. 10), em concordância com os estudos de (POLITO e FARINATTI, 2006; PESCATELLO et al, 1991), o que mostra que o exercício tem um efeitopositivo na diminuição da PA, até uma hora após a realização do mesmo, com tendência a perdurar por mais tempo. Segundo Terra (2008), uma redução de apenas 5 mmHg na PA diminui em 40% o risco de acidentes vasculares cerebrais e em 15 % o risco de infarto agudo do miocárdio. O nosso estudo obteve na ultima aferição (60º rec.) uma redução de 8 mmHg na PAD na média, o que é mais que o citado pela autora e ainda mais significante quando observado a PAS onde obtivemos uma diferença de 14 mmHg na média quando comparado com a mesma variável em repouso, ou seja, praticamente 3 vezes o valor supracitado. Os resultados do estudo são relevantes, pois foi observada a redução da PAS e PAD, durante todo o período do estudo. O qual nos demonstrou através da média, que este grupo de Hipertenso durante o período observado manteve os valores pressóricos de normotenso, ou ligeiramente entrando em um quadro de pré- hipertensão (Gráf. 11). 78,8 74,5 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 PAS PAD FC 78,8 75,9 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 PAS PAD FC 27 Gráfico 11 Média da PAS, PAD e FC em todos os momentos observados. Vale ressaltar que o estudo não buscou o efeito crônico somente o agudo (em seguida ao exercício), mas mesmo assim é um dado bastante relevante. Devido a limitação da amostra, apesar dos resultados serem interessantes, sugere-se novos estudos em torno desta temática, principalmente com o objetivo de avaliar o efeito crônico da HPE no controle e tratamento da hipertensão. CONCLUSÃO Os resultados do presente estudo demonstraram que uma sessão de 45 minutos de ginástica localizada de intensidade moderada promoveu reduções significativas na PAD e PAD em idosas hipertensas controladas nos 60 minutos subquentes à atividade. Propiciando uma diminuição de sobrecarga ao aparelho cardiovascular o que pode diminuir a ocorrência de várias doenças, principalmente infarto agudo do miocárdio e doenças coronarianas. Sendo assim, a ginástica de intensidade moderada parece ser segura e pode ser utilizada como coadjuvante no tratamento e controle da HA e terá uma melhor eficiência se estiver associada a uma alimentação saudável. 78,8 77,5 75,1 74,8 75,9 74,5 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 PAS PAD FC 28 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, V. L. V. et al. Direitos Humanos e Pessoa Idosa: publicação de apoio ao Curso de Capacitação para a Cidadania: Atenção e Garantia dos Direitos da Pessoa Idosa. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2005. ARROL B.; BEAGLEHOLE, R. Does physical activity lower blood pressure: a critical review of the clinical trials. J Clin Epidemiol 1992;45:439-47. ASTRAND, P. O; RODAHL, K. Tratado de fisiologia do exercício. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Hipertensão Arterial Sistêmica para o Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. BRASIL, Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília: Ministério da Saúde, 2007. BELTRÃO, K. I. et al. Dinâmica populacional brasileira na virada do século XX. Rio de Janeiro: IPEA, 2004 (Texto para discussão N. 1034) BERMUDES, A.M.L.M, et al. Monitorização da pressão arterial em indivíduos normotensos submetidos a duas sessões únicas de exercícios: resistido e aeróbio. Arq. Bras. Cardio. 2004; 82:57-64. BORG, G. “The perception of physical performance”. In Shephard R.J. Frontiers of fitness. Springfield, IL: Charles C Thomas, p. 280-94, 1971. BROWNLEY, K.Y.A, et al. Sympathoadrenergic mechanisms in reduced hemodynamic stress responses after exercise. Med Sci Spots Exerc 2003. BROWN, S. P, et al. Effects of resistance exercise and cycling on recovery blood pressure. J Sports Science 1994; 12(5): 463-8. BOUCHARD, C.; SHERPHARD, R.Physical activity, fitnes and health:a model and concepts.In BOUCHARD, C. et al. Physical activity, fitnes and health: international proceedings and consensus statement. Champaign Il: Human Kinects, 1994. BRUM, P.C. et al. Adaptações agudas e crônicas do exercício físico no sistema cardiovascular. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. CHOBANIAN, et al. Seventh report of the Joint National Committee on Prevention, Detection, Evalution, and Treatment of High Blood Pressure. Hypertension. 2003; 42(6): 1206-52. CUKSON,A, et al.British Hypertension Society.Blood Press Monit,2002; 14(1):12-7 29 CUNHA, G. A. et al. Hipotensão pós-exercício em hipertensos submetidos ao exercício aeróbio de intensidades variadas e exercício de intensidade constante. Rev Bras Med Esporte _ Vol. 12, Nº 6 – Nov/Dez, 2006. DISTRITO FEDERAL (Brasil). Câmara Legislativa. Guia do Idoso: estatuto garante direitos e cidadania: lei n. 10.741, de 10 de outubro de 2003/-Brasília:CLDF,2004. DANTAS, E.H.M. Flexibilidade: Alongamento e Flexionamento. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Shape, 1999. FARIA JUNIOR, A. G. Envelhecimento e programas especiais de atividades físicas para idosos: o caso do projeto IMMA. In. GUEDES, O.C. Atividade física: uma abordagem multidimensional. (pp191-198) João Pessoa: Idéia, 1997. FORJAZ, C.L. et al. Pos-exercise changes in blood pressure, heart rate and rate pressure product at different exercise intensities in normotensive humans. Braz. J Med. Biol. Res. 1998;31:1247-55. GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 1999. GUEDES, D. P.; GUEDES, J. E. R. P. Exercício na promoção da saúde. Londrina: Midiograf, 1995. HAGBERG, J. M, et al. Blood pressure and hemodynamic responses after exercise in older hypertensive’s. J Appl Physiol 1987; 6(1) 3: 270-76. HARDY, D. O.; TUCKER, L. A. The effects of a single bout of strength training on ambulatory blood pressure levels in 24 mildly hypertensive men. Am J Health Promot 1998; 13(2): 69-72. HILL, L. Arterial pressure in man while sleeping, resting, working and bathing. J Physiol. (Lond) 1897; 22:26-9. IBGE. Microdados do Censo Demográfico de 2000 ....... Microdados do Censo Demográfico de 2005 ....... Microdados do Censo Demográfico de 2006 LIZARDO, J. H. F.; SIMÕES, H. G. Efeitos de diferentes sessões de exercícios resistidos sobre a hipotensão pós-exercício. Rev. bras. fisioter. Vol. 9, No. 3 (2005), 289-295 LOPES, M. A.; SIEDDLER, M. J. Atividade Física: agente de transformação dos idosos. Texto e contexto – A enfermagem e o envelhecer humano. Florianópolis: Capa-livro, 1997. LORDA, C. R.; SANCHEZ, C. D. Recreação na terceira idade. 2ª Ed. Rio de Janeiro: SPRINT, 1998. MACDONALD, J. R, et al. The effects of intensity on post exercise hypotension. J Hum Hypertens 1999; 13(8): 527-31. 30 MACDONALD, J. R., et al. The effects of exercising muscle mass on post exercise hypotension. J Hum Hypertens. 2000;14:317-20. MACDONALD, J.R., et al. The effects of exercise duration on post-exercise hypotension. J Hum Hypertens. 2000;14:125-9. MACDONALD, J. R. Potential causes, mechanisms and implications of post exercise hypotension. J Hum Hypertens 2002. MANCIA G, et.al. Guidelines for the Management of Arterial Hypertension - The Task Force for the Management of Arterial Hypertension of the European Society of Hypertension (ESH) and of the European Society of Cardiology.". Eur Heart J 28 (12): pp.1462–1536. 2007. DOI:10.1093/eurheartj/ehm236. PMID 17562668. MARTINOVICK, N. M. V. P. Apostila: Atividades em Academia, 2009. MATSUDO, S. M., et al. Atividade física e envelhecimento: aspectos epidemiológicos. Rev Bras Med Esporte. Vol. 7, Nº 1 – Jan/Fev, 2001 MATSUDO, S.M.M. Envelhecimento e Atividade Física. Londrina: Midiograf; 2004. MATSUDO, S. M. R.; MATSUDO, V. K. A atividade física e o idoso. São Paulo: Manole, 2001. MEIRELLES, M. A. E. AtividadeFísica na Terceira Idade. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Sprint, 1999. MINAYO, M. C. S. et al. pesquisa Social: teoria, métodos e criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994. NERI, A. L. Palavras-chave em gerontologia, 2ª Ed. Campinas-SP: Alínea, 2005. (Coleção Velhice e Sociedade). NOBREGA, A. C. L. et al. Posicionamento oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia: atividade física e saúde do idoso. Rev. Bras. de Med. do Esporte 1999; 5(6): 207.11. OTTO, E. Exercícios físicos para Terceira idade. São Paulo: Manole, 1987. PESCATELLO, L. S. et al. Short-term effect of dynamic exercise on arterial blood pressure. Circulation. 1991;83:1557-61. PESCATELLO, L. S. et al. Postexercise hypotension differs between white and black women. Am Heart J. 2003;145:364-70. POLITO, M. D.; FARINATTI P. T. V. Comportamento da pressão arterial após exercícios contra-resistência: uma revisão sistemática sobre variáveis determinantes e possíveis mecanismos. Ver. Bras. Med. Esporte _ Vol. 12, Nº 6 – Nov/Dez, 2006. http://pt.wikipedia.org/wiki/Digital_object_identifier http://dx.doi.org/10.1093/eurheartj/ehm236 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17562668?dopt=Abstract 31 POLITO, M. D, et al. Efeito hipotensivo do exercício de força realizado em intensidades diferentes e mesmo volume de trabalho. Rev Bras Med Esporte 2003; 9(2): 69-73. PRICHER, M. P, et al. Regional hemodynamics during postexercise hypotension I. Splanchnic and renal circulations. J Appl Physiol 2004. RAMOS, A. T. Atividade Física - diabéticos, gestantes, terceira idade, crianças e obesos. 3ª ed. Rio de Janeiro, RJ: Sprint, 2002. REBELATTO, J. R.; MORELLI, J. G. S.. Fisioterapia geriátrica: a prática da assistência ao idoso. Organizadores. Barueri-SP: Manoele, 2004. RICHARDSON, R. J et al. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo, SP: Atlas, 1999. SENITKO, A. N., et al. Influence of endurance exercise trainingstatus and gender on post-exercise hypotension. J Appl Physiol. 2002; 92: 2368-74. SILVA, M. B.; SCHAPPO, V. L. Introdução a Pesquisa em Educação. Florianópolis: UDESC, 2002. (Caderno Pedagógico - 1). SIMÕES, R. Corporeidade e terceira idade: a marginalização do corpo idoso. Prefácio de Wagner Wey Moreira. 3ª ed. Piracicaba: UNIMEP, 1998. TAYLOR-TOLBERT, N. S. et al. Ambulatory blood pressure after acute exercise in older men with essential hypertension. Am J Hypertens. 2000;13:44-51. TERRA, D, F. et al. Redução da Pressão Arterial e do Duplo Produto de Repouso após Treinamento resistido em Idosas Hipertensas. Arq Bras Cardiol 2008; 91(5):299-305 UCHIDA, M. C. et al. Manual de Musculação: uma abordagem teórico-prática ao treinamento de força. São Paulo: Phorte, 2003. VRIZ, O. et al. Effects of physical exercise on clinic and 24-hour ambulatory blood pressure in young subjects with mild hypertension. J Sports Med Phys Fitness. 2002;42:83-8. WENGEN, N. K. Exercise and the heart. Philadelphia: Daws, 1995. WEINECK, J. Biologia do esporte. São Paulo: Manoele, 2000. III Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial – CBHA. Campos do Jordão, SP, Fev., 1998. V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol. São Paulo, Fevereiro de 2006. 32 Anexo 1 TÍTULO DA PESQUISA: “Hipotensão Pós-Exercício em idosas hipertensas controladas, após uma aula de ginástica localizada”. Questões gerais 1. Idade: ____Anos 2. Toma medicamentos para Hipertensão? ( ) Sim ( ) Não 3. Caso sim. Quais?___________________________________________________________ 4. Está tomando os medicamentos corretamente? ( ) Sim ( ) Não 5 Nenhuma Uma Duas Três Quatro ou mais Pratica outra atividade física? 6 Uma Duas Três Cinco Seis Quantas vezes por semana pratica atividade física? 7 Menos de 1 ano Entre 1 e 2 anos Entre 2 e 3 anos Entre 3 e 5 anos Mais de 10 anos Há quanto tempo descobriu que era hipertenso (a)? 8. Tem outra doença crônica? ( ) Sim ( ) Não 9. Caso tenha outra doença crônica. Qual (is)? _____________________________________ 10. Qual a percepção de esforço? Mostre o número que melhor demonstra a intensidade da atividade que você acabou de realizar”._________________ 11. Pressão Arterial Repouso Rec 5’ Rec 15’ Rec 30’ Rec 45’ Rec 60’ ____x___mmgh ____x___mmgh ____x___mmgh ____x___mmgh ____x___mmgh ____x___mmgh 12. Frequência Cardíaca Repouso Rec 5’ Rec 15’ Rec 30’ Rec 45’ Rec 60’ _______Bpm _______Bpm _______Bpm _______Bpm _______Bpm _______Bpm UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - UCB COORDENAÇÃO GERAL DE ESTÁGIO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA QUESTIONÁRIO ESTRUTURADO DO TCC 33 Anexo 2 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Você está sendo convidada a participar, como voluntária, de uma pesquisa. Esta pesquisa faz parte do Trabalho de Conclusão do Curso de Educação Física da Universidade Católica de Brasília com o título: “Hipotensão Pós-Exercício em idosas hipertensas controladas, após uma aula de ginástica localizada” . Eu, Natal da Silva, acadêmico, realizarei este trabalho sob a orientação do Prof. PhD Cesar Roberto Silva e podemos ser contatados pelo e-mail nsilva.mus@gmail.com e cesars@ucb.br, respectivamente. Precisamos de sua colaboração para a realização desta pesquisa que tem como objetivo avaliar a Hipotensão pós-exercício em uma aula de ginástica localizada de intensidade moderada de acordo coma a escala de Borg. Sua permissão para realizar esta pesquisa é voluntária. Você receberá todos os esclarecimentos necessários antes e no decorrer da pesquisa, sendo assegurado que seu nome não aparecerá e será mantido o mais rigoroso sigilo e anonimato, através da omissão total de quaisquer informações que permitam identificá-la. A sua participação será de duas formas: 1ª) Através de um questionário estruturado, de auto-aplicação, sobre aspectos correlacionados à saúde-doença e a prática de atividade física. Sendo este instrumento um questionário criado pelo pesquisador. Não existe obrigatoriamente um tempo pré-determinado para responder o questionário, sendo respeitado o tempo de cada um para respondê-lo. Informamos que você pode se recusar a responder a qualquer questão que lhe traga constrangimento. 2ª) Para mensurar se existe ou não e qual a intensidade da Hipotensão Pós-Exercício, será verificado a Pressão Arterial e a Frequência Cardíaca em aparelho digital automático, após 5 minutos de repouso antes da atividade e após o exercício no 5º, 15º, 30º, 45º e 60º minuto da recuperação, sendo que as aferições serão realizadas com você devidamente sentada e em repouso. As aferições da PA e FC serão realizadas sempre pelo mesmo pesquisador. As respostas são anônimas e confidenciais. Sua participação é voluntária, cabendo-lhe o direito de não consenti-la. Ressaltamos que, caso opte por participar, você tem o direito e a liberdade de desistir e retirar seu consentimento neste ou em qualquer outro momento, sem que lhe seja acarretado qualquer tipo de prejuízo e/ou penalidade. Não há risco direto ao participante Trata-se de uma oportunidade única para que você possa contribuir para o melhor entendimento da hipotensão pós-exercício e seus benefícios ou não. Os resultados obtidos serão analisados estatisticamente e utilizados para atividade de pesquisa e de ensino podendo, inclusive serem publicados posteriormente. Ratificamos o compromisso do pesquisador de utilizar os dados e o material coletado somente para esta pesquisa. Este documento foi elaborado em duas vias, de iguais teor e forma. Uma ficará com o pesquisador responsável e a outra com o sujeito da pesquisa. Agradecemos sua gentileza em contribuir com nossa pesquisa e nos colocamos à sua disposiçãopara quaisquer esclarecimentos. Eu _____________________________________, RG _____________________, declaro estar ciente da pesquisa e afirmo meu consentimento em participar da mesma. Brasília/DF, ____ de ____________________de 2010 Nome/ Assinatura Pesquisador - Fone: 85147445 UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - UCB COORDENAÇÃO GERAL DE ESTÁGIO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA mailto:nsilva.mus@gmail.com mailto:cesarr@ucb.br mailto:cesarr@ucb.br http://www.ucb.br/
Compartilhar