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GUSTAVO MORENO T19 AULA 03 - HEMATOLOGIA - TALASSEMIAS ANEMIAS MICROCÍTICAS: Doenças da hemoglobina (alterações) · Quantitativas → síntese reduzida ou ausente de 1 ou mais cadeias da hemoglobinas →Talassemias · Estruturais → alterações nos aminoácidos formadores das cadeias da hemoglobina → Hemoglobinopatias Revisão - Hemoglobina: · Proteína complexa - tetrâmero · Formada por 4 cadeias polipeptídicas → 2 do DNA da mãe e 2 do DNA do pai · 2 cadeias são sempre alfas e 2 complementares (beta [formando hemoglobina A], delta [formando hemoglobina A2] ou gama [formando hemoglobina fetal]) · 4 ligamento heme em cada cadeia, cada um deles tem um átomo de ferro → protoporfirina IX + ferro · Síntese do grupamento heme é feito pela mitocôndria (grupamento heme) · Cromossomos 11 e 16 - formam cadeias somadoras da hemoglobina (alfa, beta, gama, delta) Cromossomos 11 e 16 → hemoglobina · Tabela - genes da hemoglobina · Beta - produzido no embrião → mais importante no nascimento a diante · Obs → Embrionária → a criança nasce já não tem mais a embrionária Hemoglobinas humanas normais: · Primeiros meses de vida → hemoglobina fetal despenca · Adulta → alfa 2 beta 2 · Fetal → alfa 2 gama 2 → RM 80 ; adulto <1 · Gower 1 e 2 TALASSEMIAS - Anemia Microcítica: · Doenças hereditárias autossômicas (ambos sexos) · VCM < 80 · Envolve a síntese defeituosa de 1 ou + cadeias das 4 que formam a hemoglobina (= o talassêmico produz 1 ou mais cadeias em quantidade reduzida ou, eventualmente, não produz, então gera hemoglobina anormal, sendo uma alteração de modo quantitativo) · Talassêmicos → co-dominantes · Recessivas → talassemia major · Mais grave · Co-dominantes → associação talassemias + hemoglobinopatias · Geralmente é co-dominantes · Pode estar associados com doenças falciformes · Toda talassemia envolve a síntese de 1 ou + cadeias defeituosas · Gera hemoglobina anormal · Talassemias → de acordo com a cadeia que falta · Se falta a cadeia alfa → alfa talassemia · se falta a cadeia beta → beta talassemia · Classificação clínica:*** · Minor / menor - talassemia não dependente de transfusão · Intermédia / intermediária - talassemia não dependente de transfusão /// talassemia dependente de transfusão · major / maior - talassemia dependente de transfusão *Maior se não transfundir morre · Essa classificação mede a gravidade da talassemia · Alfa talassemia → continente europeu,sudoeste asiática · Beta talassemia → macedônia, grécia, itália, norte da áfrica Hemoglobina - separação pela gravidade pelo defeito genético · Síntese reduzida da hemoglobina → talassemia minor (menores) alfa e beta / talassemia intermedia alfa ou beta · Síntese ausente da hemoglobina → talassemia major (maior) beta / talassemia intermedia beta · Não existe alfa talassemia major (maior)!! · Talassemia major é sinônimo de beta** · Talassemia intermédia → altamente complexa · Pode desenvolver por muito defeitos genéticos · Mae (tal-minor) pai (tal-minor) → filho 1 (normal) filho 2 (tal-minor) filho 3 (tal major) · Cromossomo 11 sem beta da mãe e cromossomo 11 sem beta do pai → Talassemia major → transfusão dependente ou transfusão de medula · Talassemia → eritropoiese ineficaz → hemácia que não consegue chegar na corrente sanguínea** · A hemácia tem dificuldade de amadurecer · Células morrem antes de atingir a corrente sanguínea · Cuidar com o acúmulo de ferro → aumento do ferro → consequência da destruição precoce da hemácia · Eritropoese ineficaz: · Causa básica da talassemia beta maior e intermédia; · Morte precoce (apoptose), de precursores eritropoiéticos na medula óssea · Maior responsável pelas morbidades nas talassemias major e intermedia · Síntese reduzida de hemoglobina: (talassemia beta maior e intermédia) · Redução ou ausência na síntese de uma ou mais cadeias da hemoglobina · Tem menor sobrevida eritrocitária por que possui hemolise (talassemia beta maior e intermédia) Talassemia beta maior: · “Sem alfa não tem vida” → não existe alfa talassemia major · Sem intervenção da talassemia major beta → morte do paciente aos 8 - 10 anos de idade, devido ao acúmulo de ferro, pois o ferro destruiu os órgãos e tecidos · Eritropoese ineficaz, hemólise, transfusões sanguíneas → sobrecarga de ferro = hemocromatose secundária → consequência clinicamente: cirrose*, hepatoesplenomegalia* (hipertensão portal), insuficiência cardíaca, endocrinopatias (criança não cresce, desenvolve diabetes e osteoporose) · Morte 8 - 10 anos (muito acúmulo de ferro!!) · Eritropoese ineficaz, hemólise → anemia grave (sem produção de hemoglobina A [beta]) → eritropoese extramedular → Deformidades ósseas, compressões neurais · Expansão medular → deformidades ósseas, hepato-esplenomegalia · Diagnóstico é feito aos 3 - 4 meses de idade com anemia grave, paciente pode ficar ictérico (destruição precoce das hemácias) - bilirrubina indireta (pode ocasionar pedra na vesícula), se nao tratar, podendo ir a óbito por hepatopatia, cirrose e insuficiência cardíaca. · Teste do pezinho (teste que suspeita) · Lembrar que o pouco sangue que o paciente produz é tóxico para ele mesmo, ou seja, tem que impedir que esse paciente produza o próprio sangue, por esse motivo que se realiza a transfusão sanguínea; · Transfusões programadas ( 3 a 4 vezes por semana por toda a vida) · Objetivo: evitar que a pessoa morra de anemia e que o indivíduo não produz hemácia (pois a produção de hemácia do paciente é tóxico) · Tratamento: . Terapia de quelação de ferro (terapia que retira ou quelam ferro nas fezes e na urina), assim o paciente pode sobreviver em torno dos 40 anos de idade; . Transplante de medula óssea - para eliminar o problema, mas a genética continua . Criança não pode baixar de 10, tem que ser em torno de 13/14 (na transfusão) e baixa 1 grama por semana, por isso que a transfusão é média a cada 3 semanas . Acima de 9,5 e 10 → a medula óssea não produz hemácias · Sem tratamento → morte aos 10 anos *Esses pacientes possuem anemia grave, por não produzir 97% das hemoglobinas, por não terem a hemoglobina beta *Se não transfundir morre, mas se transfundir morre também (mas aos 10 anos) *No nascimento a criança está bem, pois 80% das hemoglobinas são fetais (gama), em torno dos 4 meses começa a apresentar sintomas, pois não produz mas a hemoglobina fetal e nessa idade vai precisar de transfusão, mesmo sem diagnóstico. *Início de alterações óssea - local da medula óssea (restrição de expansão) → alterações morfológicas das mãos, da face, início da expansão da hematopoese para a produção de sangue (tudo isso ocorre pois tem necessidade de produzir sangue em ossos que produzem muito pouco sangue) · Hemograma do paciente com talassemia major · Anemia grave (3-4 g/dl) · Microcitose (produz menor hemoglobina) · VCM 40-50 fl · Hipocromia (hemácia pálida pela baixa de hemoglobina) · Poiquilocitose · Células em alvos · Leptócitos** · Precursor de hemácia no sangue → eritroblasto · HbA ausente na eletroforese de hemoglobina: · Diagnóstico · Boa para rastreamento · Separa a hemoglobina em seus constituintes do sangue · A hemoglobina A ausente na eletroforese é diagnóstico para talassemia Talassemia Minor → alfa e beta · É uma talassemia prevalente · Anemia leve - pode aumentar em infecções e gestantes · Muitos tem e não sabem que têm - muitas vezes são assintomáticos · Podem ser oligossintomáticos · A hemácia nessa talassemia vive em torno de 60 dias · Hemoglobina muito próximo ao normal e presença e aumento na produção de reticulócitos → devido ao sistema de compensação · Hemoglobina <10 que começa a ter sintomas · Diagnóstico frequente em → alguma intercorrência: · Avaliação de familiares de portador de talassemia, anemia leve e microcítica identificada em exame de rotina · Anemia em gestante maior do que a anemia gestacional habitual · Colecistopatia calculosa em jovens · Ferritina elevada ou esplenomegalia identificada em avaliação de rotina · Hemograma com reticulócitos terá hemoglobina pequena · Pode terbaço aumentado, ferritina alta (ao longo da vida) · Tratamento: . Não precisa → expectativa de vida normal . Pode dar ácido fólico para pacientes que não tem dieta muito apropriada, pois se produz muito sangue e precisa de uma suplementação adequada . Ácido fólico tem reserva de 8 semanas . B12 → reserva para anos Talassemia intermédia → alfa e beta · Criança que nasce mas não consegue crescer, devido a anemia grave · Pior das talassemias, pois o paciente pode estar com esplenomegalia, hepatomegalia e disfun~]a cardíaca devido ao acúmulo de ferro e nao esta tirando (destruindo as hemácias antes da hora e não há reposição) · Não dependente de transfusão pode evoluir para dependente de transfusão · Expressão clínica variável, pois mecanismo genético é variável, possuindo fatores ambientais que modificam · Anemia moderada e leve - 7 a 10 g/dl · Não dependente de transfusão · Transfusão eventual · Podem ter uma anemia intensa · Anemia mais intensa · Necessidade transfusional frequente · Comorbidades mais importante · Tromboses, hipertensão pulmonar, úlceras de pernas → mais frequentes que na talassemia major · O intermédio não tem tratamento (há controvérsia na medicina) . Promover qualidade de vida · O paciente intermédio não tem acesso a medicações (quelação de ferro) · Paciente vive em torno de 50 anos (com consequência de acúmulo de ferro) Laboratório da talassemia minor e major: · Minor: . anemia leve, hemoglobina 1-2 abaixo do referencia, microcitose importante (60 - 70 fl), hipocromia, HCM menor de 26pg, reticulócitos aumentado; . Eletroforese da hemoglobina → >3,5 hemoglobina A2 (acima) - talassemia menor (fechou diagnóstico) . Major: . Anemia grave, hemoglobina entre 3 - 5 g/dl, microcitose importante, VCM abaixo de 26pg, reticulócitos não estão aumentados Diagnostico: · Eletroforese de hemoglobina · Cromatografia liquida (HPLC) · Focagem isoelétrica · Estudos moleculares Conclusão: · Menor não depende de transfusão, quando precisa é raro · Maior se não transfundir morre · Intermédio - conceito não depende de transfusão, mas algumas vezes necessita, podendo se tornar sintomático Alfa - talassemia: · Maior complexidade e mais comum do que as beta talassemias · Não existe talassemias alfa maior · Maior tendência a ser em asiáticos · Há 4 genes codificadores da cadeia alfa ( 2 em cada cromossomo 16) · Herança genéticas: · 1) Gene alfa disfuncional → carreador alfa → assintomático / exames normais · 2) Gene alfa disfuncionais → talassemia minor → clínica = à beta-talassemia minor / não é identificada pela eletroforese · 3) Gene alfa disfuncionais → talassemia intermedia · 4) Gene alfa ausente → talassemia major → incompatível com a vida, morte intra-útero ou primeiros dias de vida · “clínica não define a cadeia” · Diagnóstico → hemograma (menor → microcitose (VCM); reticulocitose; hemácia pálida (devido a pouca quantidade de hemoglobina) · Alfa talassêmico menor → eletroforese fica normal (nao tem como fazer diagnóstico · Não aumenta a hemoglobina A2 · Diagnóstico apenas com o teste genético · Anemia leve · Alfa talassemia maior → se for gerado um feto nessa situação, começa assim … → hipóxia (quando estiver formando os órgãos) → malformações → muitos poucos fetos conseguem chegar ao parto → se chega a criança não passa de 2 a 3 meses no máximo!!! · Óbito do feto devido às malformações - incompativel com a vida · Sem tratamento!!! · Indivíduo correador: Paciente pode ter defeito na codificação de 1 cadeia, daí ele não tem sintomas e é impossível descobrir que ele tem algum defeito. Apenas irá saber se caso tiver um filho com problema; · Hemograma: . Microcitose (VCM 60 - 65) “pouca anemia” . Reticulocitose (55%) . Hemácia pálida - todo talassêmico tem hemácia pálida, pois tem menos hemoglobina
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