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Etica, Cidadania e Sustentabilidade - SENAC

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Leia o texto a seguir:
“Na verdade, a ideologia impessoal do liberalismo democrático jamais se naturalizou entre nós. Só assimilamos efetivamente esses princípios até onde coincidiram com a negação pura e simples de uma autoridade incômoda, confirmando nosso instintivo horror às hierarquias e permitindo tratar com familiaridade os governantes” (HOLANDA, S. B. de. Raízes do Brasil, p. 160. São Paulo: Companhia das Letras, 1995).
O trecho de Raízes do Brasil ilustra a interpretação de Sérgio Buarque de Holanda sobre a tradição política brasileira. A esse respeito, considere as afirmativas a seguir.
I. As mudanças políticas no Brasil ocorreram conservando elementos patrimonialistas e paternalistas que dificultam a consolidação democrática.
II. A cordialidade expressa relações afetuosas que acabam por mascarar conflitos no interior da sociedade brasileira.
III. A cordialidade representa o caráter bondoso, generoso e caridoso amplamente difundido na sociedade brasileira.
IV. A cordialidade possibilitou que se enraizassem, no país, práticas sociais opostas aos princípios do personalismo e formalismos nas relações sociais
Assinale a alternativa correta.
Resposta Selecionada:	
Corretaa. 
Somente as afirmativas I e II são corretas.
Respostas:	
Corretaa. 
Somente as afirmativas I e II são corretas.
b. 
Somente as afirmativas I e III são corretas.
c. 
Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d. 
Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.
e. 
Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
Comentário da resposta:	
Resposta correta: A) Somente as afirmativas I e II são corretas.
A cordialidade caracteriza-se pelo personalismo (supervalorização do indivíduo e desvalorização das regras e interesses coletivos), relações afetuosas e informais (pessoais, familiares e de amizade) que, segundo Sérgio Buarque de Holanda, acabam por mascaram os conflitos sociais.
Pergunta 2
1 em 1 pontos
“O vício enorme e radical na construção da Confederação atual está no princípio da legislação para Estados ou governos em seu caráter de corporações ou coletividades, em contraposição à legislação para os indivíduos que os compõem. Embora não se estenda a todos os poderes conferidos à União, esse princípio invade e governa aqueles de que depende a eficácia dos demais. Exceto no tocante à honra de rateio, os Estados Unidos têm direito ilimitado a requisitar homens e dinheiro; mas não têm autoridade para mobilizá-los por meio de normas que se estendam aos cidadãos da América. A consequência é que, embora em teoria as resoluções da União referentes a essas questões sejam leis que se aplicam constitucionalmente aos seus membros, na prática elas são meras recomendações que os Estados podem escolher observar ou desconsiderar” (MADISON, James; HAMILTON, Alexander; JAY, John. Os artigos federalistas, 1787-1788, pp. 160-161. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993).
O pensamento federalista norte-americano constitui no século XVIII um importante marco para a consolidação da democracia. Leia abaixo as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta:
I. Os princípios fundamentais do federalismo consistem na ampliação da participação política, divisão dos poderes e eleição dos ocupantes dos cargos legislativo e executivo.
II. Montesquieu concebe a divisão dos poderes e, assim como Locke, concebeu instituições que fossem capazes de limitar a ação do Estado contra as liberdades individuais.
Resposta Selecionada:	
Corretab. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e I é consequência da II.
Respostas:	
a. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma consequência da I.
Corretab. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e I é consequência da II.
c. 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
d. 
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
e. 
As asserções I e II são proposições falsas
Comentário da resposta:	
Resposta correta: b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a I é consequência da II. 
Deve-se considerar que o pensamento de Locke e Montesquieu são anteriores à Revolução Americana, a qual foi influenciada pelos princípios desses filósofos. 
Pergunta 3
1 em 1 pontos
Os direitos fundamentais que originam os direitos humanos passaram por processos de evolução ao longo da história. Dividem-se os períodos por gerações ou dimensões, que conduziram até hoje a diferentes conquistas. De acordo com essa perspectiva, é possível considerar que os direitos humanos estabelecem regulações 
“[...] cuja garantia é necessária a satisfazer o valor das pessoas e a realizar-lhes a igualdade. Diferentemente dos direitos patrimoniais – do direito de propriedade aos direitos de crédito -, os direitos fundamentais não são negociáveis e dizem respeito a 'todos' em igual medida, como condições da identidade de cada um como pessoa e/ou como cidadão” (Ferrajoli, Los fundamentos de los derechos fundamentales, p. 727. Madrid: Trotta, 2009,– tradução nossa). 
A respeito das características das gerações dos direitos humanos, assinale a alternativa correta:
Resposta Selecionada:	
Corretac. 
Os princípios da solidariedade ou fraternidade são características dos direitos de terceira geração. Correspondem às conquistas a partir do final do século XX em termos de proteção ambiental, defesa da cultura de povos tradicionais e difusão dos direitos humanos a partir das perspectivas heterogêneas presentes nas diferentes sociedades.
Respostas:	
a. 
A primeira geração relaciona-se às liberdades clássicas e enfatiza o princípio da liberdade, configura os direitos civis e políticos. Estes surgiram nos finais do século XX com a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
b. 
A segunda geração surge com as pressões dos movimentos ambientalistas no final do século XIX. Procurou estabelecer critérios jurídicos para a defesa do meio ambiente, além de produzir o debate sobre a aquisição de direitos sociais de grupos considerados minoritários. 
Corretac. 
Os princípios da solidariedade ou fraternidade são características dos direitos de terceira geração. Correspondem às conquistas a partir do final do século XX em termos de proteção ambiental, defesa da cultura de povos tradicionais e difusão dos direitos humanos a partir das perspectivas heterogêneas presentes nas diferentes sociedades.
d. 
Os direitos de quarta geração estão relacionados às recentes conquistas dos movimentos negro e feministas, alcançando igualdade de direitos no âmbito do mercado de trabalho.
e. 
Os direitos de quinta geração sintetizam as conquistas das quatro gerações anteriores por meio da afirmação da Declaração Universal dos Direitos Humanas, promulgada em 1789 por meio da Revolução Francesa.
Comentário da resposta:	
Resposta correta: c) Os princípios da solidariedade ou fraternidade são características dos direitos de terceira geração. Correspondem às conquistas a partir do final do século XX em termos de proteção ambiental, defesa da cultura de povos tradicionais e difusão dos direitos humanos a partir das perspectivas heterogêneas presentes nas diferentes sociedades.
A primeira geração relaciona-se com os princípios do contratualismo, sobretudo as liberdades políticas e jurídicas. Foram formalizadas com as revoluções Francesa e Americana no século XVIII. A segunda geração está relacionada à Segunda Revolução Industrial, a partir da segunda metade do século XIX. Envolve a conquista do sufrágio universal, expandindo direitos dos trabalhadores e mulheres. No século XX, a segunda geração promoveu também os direitos econômicos por meio do estado de bem-estar social. A terceira geração corresponde aos direitos ambientais e das minorias políticas. A quarta se relaciona com a engenharia genética e a quinta com os chamados direitos virtuais.
Pergunta 4
0 em 1 pontos
“[...] a Polis encarnava uma realidade política, um programa social e religioso,
que agrupava de maneira indissolúvel os homens, os deuses e o Estado em uma religião cívica. Nesse sentido, constituía uma entidade de natureza totalitária, na qual o pertencimento e a participação no corpo político eram a própria essência da cidadania. Da Polis surgiam todos os direitos e obrigações dos cidadãos, sua autoridade cobria todas as esferas do comportamento humano [...]. A Polis não só refletia uma entidade política, constituía ela mesma um ideal e uma aspiração, como se vê na própria descrição de Aristóteles: ‘a Polis é o espaço de debate e de reflexão onde os homens podem desenvolver suas virtudes essenciais’” (GOBBI, Hugo Javier. Integração e liberdade: uma reflexão histórica. Revista Brasileiras Política Internacional, Brasília, v. 44, n. 1, 2001, p. 156, 2001).
A respeito da concepção de cidadania existente na polis ateniense, considere as afirmações abaixo:
I. Em Atenas tratou-se do exercício da cidadania ativa, pois havia participação dos indivíduos considerados cidadãos nas decisões políticas envolvendo os interesses coletivos.
II. A democracia ateniense é conceituada a partir da noção de liberdade positiva, pois todos os cidadãos eram dotados do direito à fala em praça pública para propor soluções para o destino da cidade.
III. Ser livre na Antiguidade, ou seja, exercer a liberdade, significava participar e se submeter a todas as decisões coletivas, não existindo a concepção de liberdade individual.
Assinale a alternativa correta abaixo:
Resposta Selecionada:	
Incorretac. 
Apenas as afirmações II e III são corretas.
Respostas:	
a. 
Apenas a afirmação I é correta.
b. 
Apenas as afirmações I e II são corretas.
c. 
Apenas as afirmações II e III são corretas.
d. 
Apenas as afirmações I e III são corretas.
Corretae. 
I, II e III estão corretas.
Comentário da resposta:	
Resposta correta: e) I, II e III estão corretas.
A noção de cidadania em Atenas é considerada ativa por envolver a participação dos cidadãos nas questões públicas a partir de uma concepção positiva de liberdade (considerando essa ampla participação). Não havia liberdade individual na Antiguidade, devendo o sujeito participar e se sujeitar às decisões coletivas.
Pergunta 5
1 em 1 pontos
Leia as asserções abaixo:
I. Deve-se considerar que os direitos humanos não se apresentam como direitos absolutos ou fixos. Eles têm conteúdo variável no tempo e no espaço, ou seja, variam conforme demandas sociais e políticas dadas em cada período histórico.
II. A verdadeira consolidação do Direito Internacional dos Direitos Humanos surge em meados do século XX, em decorrência da Revolução Tecnológica e Cibernética, por isso o moderno Direito Internacional dos Direitos Humanos é um fenômeno que surgiu na passagem dos séculos XX e XXI.
Resposta Selecionada:	
Corretac. 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
Respostas:	
a. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma consequência da I.
b. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e I é consequência da II.
Corretac. 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
d. 
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
e. 
As asserções I e II são proposições falsas.
Comentário da resposta:	
Resposta correta: c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
Os direitos humanos estão em permanente transformação porque surgem a partir das demandas sociais que variam conforme as circunstâncias históricas. A afirmação e a legitimação dos direitos humanos ocorreram logo após a Segunda Guerra Mundial por meio da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU.
Pergunta 6
0 em 1 pontos
A noção de estado de natureza está vinculada à noção de direito na teoria contratualista. Estado de natureza era a condição em que os seres humanos se achavam antes da formação da sociedade. Na filosofia política concebe-se que alguns desses direitos devem ser mantidos no estado civil. Tais concepções foram lapidares para a constituição dos chamados direitos humanos. A respeito dos direitos naturais, há três grandes tendências:
1. Os seres humanos são naturalmente egoístas no estado de natureza, encontram-se na condição de guerra de todos contra todos. Devido ao medo de uns dos outros, aceitam renunciar à liberdade e constituir um Soberano, o estado, que garanta a paz.
2. Os direitos à propriedade, igualdade e liberdade devem ser mantidos no estado civil a fim de garantir a existência dos direitos individuais.
3. No estado de natureza os seres humanos viviam felizes. O homem nasceu bom, mas a propriedade privada o corrompeu, conduzindo a humanidade às desigualdades sociais.
Pode-se atribuir essas três concepções, respectivamente, a: 
Resposta Selecionada:	
Incorretac. 
Locke, Hobbes e Rousseau.
Respostas:	
a. 
Rousseau, Hobbes e Locke.
b. 
Maquiavel, Hobbes e Locke.
c. 
Locke, Hobbes e Rousseau.
Corretad. 
Hobbes, Locke e Rousseau.
e. 
Hobbes, Rousseau e Locke.
Comentário da resposta:	
Resposta correta: d) Hobbes, Locke e Rousseau.
Hobbes defendeu como direitos fundamentais a segurança, a vida e a paz; Locke defendeu a propriedade privada ao lado da liberdade e igualdade; Rousseau afirma apenas a liberdade e igualdade como naturais, sendo a propriedade privada uma invenção humana que deu origem ao fim do estado de natureza e originou as desigualdades entre os seres humanos. 
Pergunta 7
1 em 1 pontos
“[...] acredito que a ‘política racial’ [do Brasil] não precisa seguir os rumos do mundo anglo-saxão. Os Estados Unidos vivem ‘surtos’ de universalismo dentro do seu particularismo histórico, como, por exemplo, no movimento dos direitos civis na década de 1960, e mesmo agora, vozes de pessoas que se consideram ‘misturadas racialmente’, ainda tímidas, surgem para reivindicar identidades sociais além das categorias ‘raciais’ existentes. O Brasil vive ‘surtos’ de particularismo dentro de seu universalismo constitucional e consentido: afinal, como reza o dito popular, ‘na prática a teoria é outra’. Mas nem por isso precisamos descartar a ‘democracia racial’ como ideologia falsa. Como mito, no sentido em que os antropólogos empregam o termo, é um conjunto de ideias e valores poderosos que fazem com que o Brasil seja o ‘Brasil’, para aproveitar a expressão de Roberto DaMatta. Como tal, é seguramente nada desinteressante num mundo assolado pelos particularismos ‘raciais’, ‘étnicos’ e ‘sexuais’ que alhures produzem sofrimento e morte no pretenso caminho da igualdade (FRY, Peter. O que a Cinderela Negra tem a dizer sobre a “política racial” no Brasil. Revista da USP, São Paulo, n. 28, p. 134, 1995/1996).
Leia as asserções abaixo:
I. Florestan Fernandes critica o pensamento de Gilberto Freyre sobre a formação do Brasil por apresentar o mito da democracia. Trata-se da ideia de que há uma ideologia entre os brancos que estabeleceu a falsa ideia de que a escravidão no período colonial foi pacífica, promovendo a integração da população negra na sociedade.
II. Gilberto Freyre é um crítico do racismo, por isso considera que as relações sociais no Brasil são marcadas por ampla violência, desigualdades e exclusão da população negra, sobretudo as mulheres. 
Indique abaixo a alternativa correta:
Resposta Selecionada:	
Corretac. 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
Respostas:	
a. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma consequência da I.
b. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e I é consequência da II.
Corretac. 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
d. 
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
e. 
As asserções I e II são proposições falsas.
Comentário da resposta:	
Resposta correta: C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
A crítica de Florestan
Fernandes a Gilberto Freyre se refere à elaboração do mito da democracia racial, o que significa dizer que Freyre nega a existência do racismo no Brasil e observa a integração entre brancos e negros como pacífica. Para Florestan, trata-se de uma ideologia do branqueamento promovido pelas elites brasileiras.
Pergunta 8
1 em 1 pontos
“Há alguns anos, em relato sobre o julgamento de Eichmann em Jerusalém, mencionei a banalidade do mal. Não quis, com a expressão, referir-me a teoria ou doutrina de qualquer espécie, mas antes a algo bastante factual, o fenômeno dos atos maus, cometidos em proporções gigantescas; atos cuja raiz não iremos encontrar em uma especial maldade, patologia ou convicção ideológica do agente; sua personalidade destacava-se unicamente por uma extraordinária superficialidade” (ARENDT, Hannah. A dignidade da política: ensaios e conferências. Trad. Antonio Abranches. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1993, p. 145).
A respeito do conceito de banalidade do mal elaborado por Hannah Arendt, indique a alternativa correta:
Resposta Selecionada:	
Corretaa. 
Demonstra a falta de responsabilidade e renúncia pela capacidade de pensar sobre os limites do uso da razão e da obediência cega e absoluta às leis.
Respostas:	
Corretaa. 
Demonstra a falta de responsabilidade e renúncia pela capacidade de pensar sobre os limites do uso da razão e da obediência cega e absoluta às leis.
b. 
Sugere que é legitimo e racional obedecer às leis sejam quais forem as circunstâncias.
c. 
Revela a apatia diante do mal, restrita aos grupos marginalizados da sociedade.
d. 
Afirma que não é possível responsabilizar indivíduos que realizam atos bárbaros, pois perderam a capacidade de refletir.
e. 
Representa uma dimensão religiosa, expressão do dualismo entre fé e pecado, bem e mal, paz e guerra, amor e ódio.
Comentário da resposta:	
Resposta correta: a) Demonstra a falta de responsabilidade e renúncia pela capacidade de pensar sobre os limites do uso da razão e da obediência cega e absoluta às leis.
Segundo Hannah Arendt, a banalidade do mal é o fenômeno da recusa do caráter humano do homem, alicerçado na negativa da reflexão e na tendência em não assumir a iniciativa própria de seus atos. Quando o indivíduo se afasta da responsabilidade e do domínio de suas atitudes, pensamentos e comportamento, fatalmente, não realiza o exercício da reflexão, desconectando-se do sentido do que é ser humano. O campo ético é “engolido” pela visão limitada e empobrecida dessa relação; está, portanto, instalado o estado de banalização do mal, no qual nem a violência nem a agressividade perturbam a ordem social. Partindo desse pressuposto, é possível compreender como a sociedade consegue se manter mesmo diante de situações caóticas, como foi o nazismo, as grandes guerras e, atualmente, a desigualdade social. A banalidade do mal, portanto, é fruto de uma sociedade inspirada num grau e defesa da racionalidade, seja ela moral ou jurídica, sem que se façam reflexões ou críticas contra essa racionalidade.
Pergunta 9
1 em 1 pontos
“Com a Revolução de 1930, inaugura-se uma nova ordem na política brasileira que permaneceria até a década de 1980, a saber: a ordem ou a cidadania regulada [...]” (MOREIRA, Marcelo S.; SANTOS, Ronaldo T. dos. Cidadania regulada e Era Vargas Estudos Históricos [Recurso Eletrônico]. Rio de Janeiro, v. 33, n. 71, p. 545, set./dez. 2020).
Sobre o conceito de cidadania regulada desenvolvido por Wanderley Guilherme dos Santos na obra Cidadania e justiça: a política social na ordem brasileira (1979), indique a resposta correta:
Resposta Selecionada:	
Corretae. 
A cidadania regulada permite identificar a construção de direitos de modo vertical pelo Estado em direção à sociedade, relacionando a cidadania com leis que regulamentam profissões.
Respostas:	
a. 
A cidadania regulada expressa a capacidade dos movimentos sociais brasileiros na organização de suas demandas políticas de forma autônoma ao governo.
b. 
A cidadania regulada revela a incapacidade das instituições governamentais em acompanhar o ritmo de transformações da sociedade, que passa a exigir a consolidação de novos direitos.
c. 
A cidadania regulada representa o equilíbrio da relação entre Estado e sociedade na construção de direitos cívicos, políticos e sociais. 
d. 
A cidadania regulada é sinônimo de direitos humanos, portanto está direcionada ao respeito da dignidade humana e à realização plena da própria cidadania.
Corretae. 
A cidadania regulada permite identificar a construção de direitos de modo vertical pelo Estado em direção à sociedade, relacionando a cidadania com leis que regulamentam profissões.
Comentário da resposta:	
Resposta correta: e) A cidadania regulada permite identificar a construção de direitos de modo vertical pelo Estado em direção à sociedade, relacionando a cidadania com leis que regulamentam profissões.
A cidadania regulada é definida a partir de um padrão vertical promovido pelo Estado, principalmente presente na Era Vargas. A cidadania passa a estar relacionada às ocupações reconhecidas e definidas em lei pelo próprio governo, de modo que o fato de um indivíduo estar empregado no Brasil o transforma simbolicamente como portador de cidadania. 
Pergunta 10
1 em 1 pontos
A leitura que Robert Henry Srour realiza das concepções éticas de Weber revela que: 
“Toda atividade orientada pela ética pode subordinar-se a duas máximas totalmente diferentes e irredutivelmente opostas. Ela pode orientar-se pela ética da responsabilidade ou pela ética da convicção. Isso não quer dizer que a ética da convicção seja idêntica à ausência de responsabilidade e a ética da responsabilidade à ausência de convicção. Não se trata evidentemente disso. Todavia, há uma oposição abissal entre a atitude de quem age segundo as máximas da ética da convicção – em linguagem religiosa, diremos: ‘O cristão faz seu dever e no que diz respeito ao resultado da ação remete-se a Deus’ – e a atitude de quem age segundo a ética da responsabilidade, que diz: Devemos responder pelas consequências previsíveis de nossos atos” (SROUR, Robert Henry. Ética empresarial p. 50. Rio de Janeiro: Campus, 2000).
Muitas ações humanas oscilam entre as éticas da convicção e da responsabilidade, como é o caso das indicações do texto acima. De acordo com o texto, é possível considerar a ética da convicção e a ética da responsabilidade respectivamente:
Resposta Selecionada:	
Corretaa. 
Deontologia e teleologia.
Respostas:	
Corretaa. 
Deontologia e teleologia.
b. 
Hedonismo e deontologia.
c. 
Teleologia e deontologia.
d. 
Teleologia e hedonismo.
e. 
Deontologia e hedonismo.
Comentário da resposta:	
Resposta correta: a) Deontologia e teleologia.
A ética da responsabilidade visa os fins, portanto é uma teleologia. A ética da convicção, por sua vez, não mede as consequências, muitas vezes pode ser tida como irracional, posto que os fins não são visados, senão os meios, o que pode ser interpretado como uma deontologia.

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