Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
GUSTAVO MORENO T19 TROMBOCITOPATIAS: Doença plaquetária relacionada com problemas quantitativo ou qualitativo Quantitativas → Trombocitose / trombocitopenia → primária (imune)e secundária ( infecção, colagenoses infiltração, drogas, MAHA) Qualitativas → disfunções plaquetárias Valor de referência das plaquetas: Normal: 150.000 - 400.000 (até > 100.00 é normal) Aumento / trombocitose: >450.000 Trombocitopatias: Trombocitose → Plaquetas aumentadas em números Primária - relacionada com neoplasia mieloproliferativas crônicas, mielofibrose, leucemia mieloide crônica, trombocitopenia essencial (doenças de medula óssea) Secundária - relacionada a inflamação, infecção, neoplasia (semelhante a anemia de doença crônica) Anemia ferropriva leva a trombocitose Plaquetas acima de 450 mil Trombocitopenia primária: Primária: imune Secundária: infecções, colagenases, infiltração medular, drogas e MAHA (anemia hemolítica angiopática) TROMBOCITOPENIA IMUNE: Redução na contagem das plaquetas causada por algum distúrbio da imunidade. É adquirida. 1:10000 pessoas 3-5 anos de idade (crianças) Mais comum em adultos Adultos → 4 década de vida (30 a 40 anos) Mais frequente em mulheres Responsável por 0,2% das internações Fisiopatogenia: Desequilíbrio do sistema imunológico → cria anticorpos Auto anticorpos dirigidos contra antígenos da membrana plaquetária Anticorpos –: opsonização das plaquetas Destruição do baço e figado - macrogágo Clínica: diferença entre crianças (abrupto) e adultos Crianças → antecedente viral e vacinação frequente, doença associada incomum, início abrupto e recuperação frequente (entre 6 a 12 semanas) Adultos → antecedente viral e vacinação incomum, doença associada eventual, início crônico, recuperação rara Obs - mancha roxa → equimose ou púrpura!! Manifestação - equimose ou púrpura O paciente pode ter mais ou menos manifestações hemorrágicas – isso vai depender da quantidade de plaquetas que o paciente tem de no momento Trombocitopenia → Queda de plaquetas (< 10.000 plaquetas) → sangramento difuso eventual, epistaxe, menorragia, gengivorragia 10 000 - 20 000 petéquias e equimoses 30 000 - 50 000 equimoses 20.000 sangramento leve < 20.000 sangramento chamativo < 10.000 sangramento importante Graves → abaixo de 10 000 ou 5 000 → grandes manifestações hemorrágicas, normalmente em crianças. Lembrar que a trombocitopenia só sangra, Não tem visceromegalia, febre ou dor. Paciente pode chegar um pouco anêmico, assim, dependendo do quanto está sangrando. Importante – não tem icterícia Investigação e Diagnóstico: Diagnóstico → exclusão (exclusão de HIV, hepatite B, hepatite C, Lúpus, doenças hepáticas -cirrose-, infecções crônicas, colagenose, uso de drogas, AR) → todos fazem trombocitopenia** Hemograma → geralmente só trombocitopenia, anemia só reflete sangramento Medula óssea - normal (não é necessário esse exame - trombocitopenia isolada não é indicação desse exame) Adultos → avaliar alfa - HIV e avaliar uso de drogas (quininas [para malária], obs ~ possui quinina em refrigerantes - pequena quantidade; medicações, antibióticos - cefalosporinas, anti-inflamatórios) Tratamento: Objetivo → manter as plaquetas acima de 20.000 Não é todos que vão ser tratados, apenas aqueles pacientes que estão sangrando!! Menos de 20.000 plaquetas mesmo que não esteja sangrando, deve tratar Tratamento de primeira linha: Corticoide (imunossupressão)!!! Prednisona 1-2mg/kg - SID - por 3 semanas Metilprednisolona 40 md/dia, por 4 dias Glibulina anti-RH 50-75 ug/kg Dexametasona 40 mg por 4 dias (ou pulsos de dexametasona 40 mg por 4 dias) Torno de 30 a 40% dos pacientes não respondem ao tratamento com corticóide, sendo chamados de refratários Normal → 4 a 5 dias após o início do tratamento as plaquetas sobem. Caso não suba até 3 semanas, elas não vão mais subir Torno de 60 a 70% dos pacientes respondem ao tratamento com corticoide Metade deles vão ter diminuição das plaquetas quando retirar o corticóides, sendo esses, chamados de Dependentes Tratamento de segunda linha: Esplenectomia, Rituximab e Eltrombopag (análogo de receptor de trombopoietina) Tratamento para os pacientes dependentes ou refratários Imunossupressores pulsos de globulina anti-RH Resposta sustentada → 85% 1º Esplenectomia → (cuidar com os pacientes com lúpus) Vantagens: barato (SUS), correção rápida da trombocitopenia Não terá local para a plaqueta morrer, então ela vai durar mais tempo. Mas partes delas vão fazer apoptose no fígado. Desvantagens: invasivo, risco (hematoma e óbito), risco de sepse para o paciente, pois ele não vai ter mais baço — risco para o resto da vida!!**, aumenta o risco de trombose (2 a 3x), hipertensão pulmonar; Grande eficácia → 60 a 70% 30 a 40% não vão ter seu problema resolvido e vão ter que ir para a terceira linha, sendo utilizado o Rituximab ou Eltrombopag 2º Rituximab → Faz apoptose e controle do linfócito B Eficiente e mais barato que o Eltrombopag Alto custo, imunodeprimido de alta data, possibilidade de reativar doença viral (hepatite), SUS não fornece 3º Eltrombopag → (análogo de receptor de trombopoetina) Droga nova, eficiente, alto custo Trombopoetina estimula a produção de plaquetas na medula óssea e isso vai compensar a destruição das plaquetas 3º linha de tratamento (quando não responde a esplenectomia): → rituximab ou eltrombopag Transfusão de plaquetas não é prescrito no tratamento de trombocitopenia imune, pois não é efetiva, apenas quando precisa, casos de sangramento / hemorragias Obs - infecção viral, dengue → baixa plaquetas Dengue → trombocitopenia imune secundária (não adianta colocar plaquetas) Riquetsiose → febre maculosa da montanha → trombocitopenia imune secundária Paciente que chega com trombocitopenia → se tiver emagrecimento, dor óssea e esplenectomia, artralgia … → não é trombocitopenia primária MICROANGIOPATIAS TROMBÓTICAS : Fazem anemia hemolítica microvascular!!!! Plaquetas são destruídas na periferia Grupo de desordens clínicas (não é uma doença só) Formação de trombos na microcirculação, porque a plaqueta é ativada e destruida ali mesmo 3 clássicas: microangiopatia: (idiopática) Púrpura trombocitopênica trombótica (TTP)** Síndrome hemolítica uremica (SHU) Síndrome hemolítica uremica atípica (SHUa) Possuem achados característicos, se não tem são outros achados Associada com toxinas Familiar Associada com drogas Outros: pode apresentar na gestação, HIV, neoplasias, drogas (quimioterápicas, imunossupressores, —maior complicação é trombose) Enzima – metaloproteinase (enzima que destrói proteínas) [individuo normal] Adams 13 – Função de quebra do fator de von Willebrand (vW) - grande*** (Cuidar o vW pode causar trombose) Quebra o fator vW em monômeros [indivíduo com alteração genética] → TTP crônica recidivante - metaloproteinase anormal!! → risco de trombose, por causa do fator vW não será quebrado TTP aguda idiopática - IgG Produção de anticorpo contra a metaloproteinase → acontece em lesões endotelial Qualquer lesões endotelial é fator de trombose (nesses casos)!!! Púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) Trombocitopenia microangiopática ou microangiopatia trombótica por deficiência na atividade do Adams 13 Deficiência na atividade da enzima Adams 13!!! Pode ser adquirida ou congênita → 90% é processo adquirido Não é comum na infância Comum em mulheres Mais rara que a trombocitopenia Pico na terceira década de vida (30 a 40 anos) 10 a 40% quadro inicial sugere doença viral Quadro – 40% dos pacientes → plaquetas baixas (trombocitopenia)*, hemólise microangiopática*, quadro neurológico flutuante* (micro coágulos, isquemias e infartos na micro circulação no cérebro, - cuidar óbito - manifestação proeminente), febre, disfunção renal 75% dos pacientes trombocitopenia , anemia hemolítica microangiopática e quadro neurológico Trombocitopenia trombotica (sangramento é desproporcional)** Sangramento com 40 000 plaquetas Várias causas Microangiopatias!! PTT AGUDA: Trombocitopenia SNC - confusão, cefaléia, paresia, afasia,disartria, distúrbios visuais Febre Renal (proteinuria, hematuria microscópica Cardíaco (dor torácica, insuficiência cardíaca, hipotensão) Gastrointestinal (dor) Inespecíficos (icterícia, palidez, astenia, artralgias) Diagnóstico: Hemograma- anemia (Hb 8 a 10), trombocitopenia, eritroblastos**, células em elmo*** (são hemácias fragmentadas - diagnóstico presuntivo de trombocitopênica trombótica), fragmentos Aumento de reticulócitos Coagulação - geralmente normal Bioquímico → aumento do LDH** Obs (o LDH aumenta tbm na megaloblástica) DAT negativo Considerar anti HIV, sorologia para HBV e HCV Dosagem do Adams 13!!**** (esse exame demora torno de 7 dias) Saber a causa da micropatia - separa o PTT do resto Coleta deve ser feita antes do tratamento TMA → ADAMS 13 Reduzido = TTP → esporádico auto-AC+ ou familial auto-AC Normal = HUS → Diarréia → + VTEC / - Idiopático, familial TMO Desconhecido = TTP - HUS → gestação, HIV, drogas, transplantes Obs - não esperar esse exame - fazer antes o diagnóstico presuntivo antes Diagnóstico diferencial de MAFA e trombo Tratamento: Plasma fresco (vai dar adams 13) Plasmaferese** (retira o fato vW - pela substituição do plasma)
Compartilhar