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RESOLUÇÃO DO CASO N1 DIREITO APLICADO A NEGÓCIOS Essa dissertativa tem como objetivo “analisar a responsabilidade por eventuais débitos trabalhistas e tributários que as empresas, tanto sucessora quanto sucedida, possam vir a ter, por meio da análise da legislação trabalhista, empresarial e tributária vigente e dos princípios que informam o direito”. Na ocasião de uma sucessão trabalhista, onde ocorre a transferência de titularidade da empresa sucedida (e consequentemente, de suas obrigações) para a empresa sucessora, também são transferidas as dívidas trabalhistas em tal movimentação. Neste processo, é necessário que sejam respeitados alguns princípios fundamentais: ● Princípio da Continuidade: determina que os contratos de trabalho por tempo indeterminado continuem da forma que estavam pré-estabelecidos; ● Princípio da Despersonalização do Empregador: aponta que parte da noção de que o contrato de trabalho só será irrenunciável em face do empregado, visto que a alteração da figura do empregador não será impeditivo para a existência contínua do contrato de trabalho; ● Princípio da Intangibilidade Objetiva do Contrato de Trabalho: veda qualquer alteração ou modificação dos aspectos objetivos do contrato de trabalho. As obrigações do empregador face seus empregados, portanto, devem permanecer as mesmas - ainda que a pessoa jurídica que deu início à relação de emprego seja substituída por outra no curso do contrato. Com o advento da "Reforma Trabalhista" (lei 13.467/17) e a edição do artigo 448-A da CLT, fica definido que a responsabilidade dos débitos da empresa sucedida ficam de responsabilidade da empresa sucessora, não apenas quanto às obrigações posteriores à sucessão, mas também no que tange a eventuais direitos dos trabalhadores referentes ao momento que antecedeu a sucessão. Também se definiu a responsabilização solidária das empresas envolvidas em uma sucessão fraudulenta, de modo que, tanto a empresa sucessora como a empresa sucedida podem responder por débitos trabalhistas originados em processos anteriores à referida operação, à condição da prova cabal da fraude na sucessão. Essa nova regulamentação da sucessão de empregadores veio estabelecer parâmetros claros para a garantia do credor trabalhista, até limitando o alcance de uma eventual responsabilização solidária. Portanto, podemos entender uma sucessão empresarial como sendo um procedimento de alteração na organização das companhias, com a passagem de poder e capital para uma outra empresa que continuará executando as atividades da empresa anterior, levando em consideração a desnecessidade de formalização, de modo que pode ocorrer a sucessão empresarial mesmo sem um ato específico ou voluntário das empresas nesse sentido.
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