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Matemática Discreta Prof. Júlio Silveira Apresentação • Objetivos – Introduzir conceitos matemáticos relativos a problemas que envolvam conjuntos discretos, utilizando definições, demonstrações e aplicações. • Competências – Resolver problemas, implementar soluções, e demonstrar afirmações decorrentes de Conjuntos Discretos, Análise Combinatória e Funções Recorrentes. Apresentação • Ementa – Conjuntos; Conjuntos Discretos e Contínuos; Relações e operações envolvendo conjuntos. – Contagem (combinatória) • Princípios fundamentais da Contagem; Permutações, Arranjos, Combinações; Princípio das Casas de Pombo – Recorrências • Definições recorrentes: Sequências e Conjuntos; Algoritmos recursivos. – Indução matemática (indução finita) Bibliografia • Básica • GERSTING, J. L. Fundamentos matemáticos para a ciência da computação. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001. • SCHEINERMAN, Edward R. Matemática Discreta – Uma Introdução. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. • SANTOS, José Plínio O.; MELLO, Margarida P.; MURARI, Idani T.C. Introdução à análise combinatória. 2. ed. Campinas, SP: UNICAMP, 1998. Bibliografia • Complementar • DOMINGUES, Hygino H. e Iezzi, Gelson. Álgebra Moderna. Rio de Janeiro: Atual, 2003. • LIPSCHUTZ, S.; LIPSON, M. Teoria e problemas de matemática discreta. 2. ed. Porto Alegre, RS: Bookman, 2004. • MELLO, M. P.; SANTOS, J. P.; MURARI, I. T. C. Introdução à Análise Combinatória. 1. Ed. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2008. • MENEZES, Paulo B. Matemática Discreta para Computação e Informática. Série Livros Didáticos, número 16, Instituto de Informática da UFRGS, Porto Alegre, RS: Sagra Luzzatto, 2004. • SCHEINERMAN, Eduard R.. Matemática Discreta: uma introdução. SP, São Paulo: Thomson Learning, 2006. Aula 1 • Conjuntos – Conceitos; definições; formas de representação – Propriedades; terminogia – Conjuntos Discretos e Contínuos – Relações: Pertinência e Inclusão Conjuntos • Objeto atômico • letra, número, animal, pessoa, palavra (?) • Conjunto: coleção não-ordenada de objetos distintos – Todo conjunto é caracterizado pela totalidade de seus elementos DOIS CONJUNTOS SÃO IGUAIS SE E SOMENTE SE TÊM EXATAMENTE OS MESMOS ELEMENTOS – Notação: • Elementos atômicos: letras minúsculas • Conjuntos: LETRAS MAIÚSCULAS Conjuntos • Formas de representação 1. Enumeração • A = { mamão, kiwi, melão } = { kiwi, melão, mamão } • B = { a, e, i, o, u } = { o, a, i, u, e } • C = { 1, 2, 3, , 10 } = { 10, 9, 8, , 1 } = { 2, 10, 1, 5, 3, 9, 6, 4, 8, 7 } • IN = { 0, 1, 2, 3, 4, } Conjuntos • Formas de representação 1. Enumeração • A = { mamão, kiwi, melão } = { kiwi, melão, mamão } 2. Diagrama de Venn mamão melão kiwi A Conjuntos • Formas de representação 1. Enumeração • B = { a, e, i, o, u } = { o, a, i, u, e } • C = { 1, 2, 3, , 10 } = { 10, 9, 8, , 1 } = { 2, 10, 1, 5, 3, 9, 6, 4, 8, 7 } 3. Por compreensão (propriedade ou condição) • B = { x | x é uma vogal minúscula do alfabeto brasileiro } • C = { x ∊ IN | 1 ≤ x ≤ 10 } Conjuntos • Exercício ENUMERAÇÃO { } { 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, } { 1, 4, 9, 16, 25, } { 1, 4, 9, 16, 25, 36, 64, 72, 81, 100 } { } { } { } { 1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128, } PROPRIEDADE = { x ∊ IN | 1 ≤ x ≤ 10 } = { } = { } = { } = { x | x = 2n; n ∊ IN } = { x | ∃ n ∊ IN e x = 3n } = { x | x = 2n+1; n IN } = { } Conjuntos • Cardinalidade Notação |X| ou n(X) • Exemplos A = { mamão, kiwi, melão } ⇒ n(A) = 3 | { 1, 2, 3, , 10 } | = 10 | { 123 } | = 1 | IN | = ∞ Conjuntos • Conjunto vazio { } ou ∅ ⇒ | { } | = 0 • Conjunto unitário M = { x ∊ IN | 1 < x < 3 } = { 2 } ⇒ | M | = 1 • Atenção! { ∅ } NÃO É vazio! ⇒ | { ∅ } | = 1 Conjuntos Numéricos • Conjuntos discretos Números naturais ℕ = { 0, 1, 2, 3, ... } Naturais positivos ℕ∗ = { 1, 2, 3, ... } Números inteiros ℤ = { ..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, ... } Inteiros não-negativos ℤ+ = { 0, 1, 2, 3, ... } Inteiros não-positivos ℤ− = { ..., -3, -2, -1, 0 } Inteiros positivos ℤ ∗ + = { 1, 2, 3, ... } Inteiros negativos ℤ ∗ − = { -1, -2, -3, ... } Conjuntos - Relações • Pertinência A = { a, b, c } a A b A c A d A 12 A b a c A Conjuntos - Relações • Inclusão (relação entre dois conjuntos) X ⊂ Y X está contido em Y ou X é subconjunto de Y X ⊂ Y se e somente se ∀x: x ∊ X x ∊ Y Desta forma X ⊄ Y se e somente se ∃x: x ∊ X e x Y Conjuntos - Relações • Inclusão X = { a, b, c } Y = { a, b, c, d } a ∊ X b ∊ X c ∊ X X ⊂ Y a ∊ Y b ∊ Y c ∊ Y b a d c Y X Conjuntos - Relações • Inclusão X = { a, b, c, d } Y = { a, b, c } a ∊ X b ∊ X c ∊ X d ∊ X X ⊄ Y a ∊ Y b ∊ Y c ∊ Y d Y b a dc Y X Conjuntos - Relações • Inclusão ∅ ⊂ { a, b, c } ? x ∊ { } e x { a, b, c } ? S I M! b a c Não existe x que atenda esta condição! Conjuntos - Relações • Inclusão Qualquer que seja o conjunto X ∅ ⊂ X X ⊂ X • Atenção a ⊄ { a, b, c } ⇒ a NÃO É SUBCONJUNTO de { a, b, c } Conjuntos - Relações • Notas de Aula Verifique: Conjuntos - Relações • Notas de Aula Exercício Obrigado! Aula 2 • Conjuntos – Conjuntos das Partes – Operações com conjuntos – Cardinalidade da diferença – Princípio da Inclusão e Exclusão Conjunto das partes • Para todo conjunto X (X): Conjunto das partes (subconjuntos) de X S X S (X) Conjunto das partes • (X): Conjunto das partes (subconjuntos) de X Exemplos • A = { } (A) = { { } } ou (A) = { ∅ } • B = { a } (B) = { ∅, { a } } • C = { a, b } (C) = { ∅, { a } , { b } , { a, b } } • ( {a,b,c} ) = { ∅, { a } , { b } , { c } , { a, b } , { a, c } , { b, c } , { a, b, c } } Conjunto das partes • (X): Conjunto das partes (subconjuntos) de X Exemplos • A = { } |A| = 0 |(A)| = 1 • B = { a } |B| = 1 |(B)| = 2 • C = { a, b } |C| = 2 |(C)| = 4 • |{a,b,c}| = 3 |( {a,b,c} )| = 8 |X| = n |(X)| = 2n Conjunto das partes • (X): Conjunto das partes (subconjuntos) de X – Exemplos • A = { } (A) = { { } } ou (A) = { ∅ } • B = { a } (B) = { ∅, { a } } • C = { a, b } (C) = { ∅, { a } , { b } , { a, b } } • ( {a,b,c} ) = { ∅, { a } , { b } , { c } , { a, b } , { a, c } , { b, c } , { a, b, c } } Operações com conjuntos • União: X Y = { x | x X OU x Y } X Y Operações com conjuntos • Interseção: X Y = { x | x X E x Y } IMPORTANTE Quando X Y = X e Y são ditos DISJUNTOS X Y Operações com conjuntos • Diferença: X – Y = { x | x X E x Y } • Se Y X, temos C YX : complemento de Y em relação a X X Y X Y Operações com conjuntos • Complemento: XC = X’ = U – X = { x | x U E x X } X U Operações com conjuntos • Exemplo A = { 1, 3, 5, 7, 9 } B = { 3, 5, 6, 10, 11 } A B = { 1, 3, 5, 6, 7, 9, 10, 11 } A B = { 3, 5 } A – B = { 1, 7, 9 } 5 7 1 6 10 A 3 9 B 11 Operações com conjuntos • Exemplo A = { 1, 3, 5, 7, 9 } | A | = 5 B = { 3, 5, 6, 10, 11 } | B | = 5 A B = { 1, 3, 5, 6, 7, 9, 10, 11 } | A B | = 8 A B = { 3, 5 } | A B | = 2 A – B = { 1, 7, 9 } | A – B | = 3 5 7 1 6 10 A 3 9 B 11 Operações com conjuntos • Propriedades Comutatividade A B = B A A B = B A Associatividade (A B) C = A (B C) (A B) C = A (B C) Distributividade A (B C) = (A B) (A C) A (B C) = (A B) (A C) Elemento NeutroA = A = A A U = U A = A Complemento A A’ = U A A’ = Operações com conjuntos • Cardinalidade da diferença | A | = 5 | A – B | = 3 | B | = 5 | A B | = 2 | A – B | = | A | – | B | ? | A | – | B | = 0 5 7 1 6 10 A 3 9 B 11 Não (nem sempre)! Operações com conjuntos • Cardinalidade da diferença | A | = 5 | A – B | = 3 | B | = 5 | A B | = 2 | A – B | = | A | – | A B | | A | – | A B | = 5 – 2 = 3 5 7 1 6 10 A 3 9 B 11 Operações com conjuntos • Princípio da Inclusão e Exclusão | A | = 5 | A B | = 8 | B | = 5 | A B | = 2 | A B | = | A | + | B | ? | A | + | B | = 10 5 7 1 6 10 A 3 9 B 11 Não (nem sempre)! Apenas se A e B são disjuntos. Operações com conjuntos • Princípio da Inclusão e Exclusão | A | = 5 | A B | = 8 | B | = 5 | A B | = 2 | A B | = | A | + | B | – | A B | | A | + | B | – | A B | = 5 + 5 – 2 = 8 5 7 1 6 10 A 3 9 B 11 Operações com conjuntos • Exercícios Notas de Aula 1.13, do 1) ao 9) Operações com conjuntos • Princípio da Inclusão e Exclusão para três conjuntos | A B C | = | A ( B C ) | = = | A | + | B C | – | A ( B C ) | = = | A | + | B | + | C | – | B C | – | A ( B C ) | = | A | + | B | + | C | – | B C | – | (A B) (B C) | = | A | + | B | + | C | – | B C | – ( | A B | + | B C | – | A B C | ) = | A | + | B | + | C | – | A B | – | A C | – | B C | + | A B C | Operações com conjuntos • Princípio da Inclusão e Exclusão para três conjuntos d c a f g A e j B k n C h i l m b | A B C ) | = 14 + | A | = 8 a b c d e h i j + | B | = 8 d e f g h i k n + | C | = 7 h i j k l m n – | A B | = – 4 d e h i – | A C | = – 3 h i j – | B C | = – 4 h i k n + | A B C | = – 2 h i Operações com conjuntos • Exercícios - AVA – Na seção MATERIAL DIDÁTICO • Notas de Aula - Conjuntos, Pág 10 – EXERCÍCIOS 1.13 – Na seção ATIVIDADES • Exercícios MatDisc - Conjuntos – Na seção MIDIATECA • Conjuntos Discretos: Teoria e Exercícios Obrigado! Aula 3 • Contagem (Combinatória) – Princípio da Multiplicação – Princípio da Adição – Princípio da Inclusão e Exclusão Contagem • Princípio da Multiplicação – Exemplo: Batalha Naval • L = { a, b, c, d, e } C = { 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 } Quantas opções de tiro? 1 2 3 4 5 6 7 8 a b c d e 5 x 8 = 40 Contagem • Princípio da Multiplicação – Exemplo: Batalha Naval • L = { a, b, c, d, e } C = { 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 } • Tiros: pares ordenados – T = L C = { (l, c) | l L e c C } 1 2 3 4 5 6 7 8 a b c d e (b,4) T Contagem • Princípio da Multiplicação – Exemplo: Batalha Naval • L = { a, b, c, d, e } C = { 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 } • Quantos tiros? | T | = | L C | = | L | | C | Assim: |T| = 5 8 = 40 1 2 3 4 5 6 7 8 a b c d e Contagem • Princípio da Multiplicação – Para dois conjuntos X e Y | X Y | = |X| |Y| Se temos n1 diferentes resultados para um evento E1 , e n2 diferentes resultados para um 2º evento E2 , temos então n1 n2 resultados distintos para a sequência dos dois eventos. Princípio da Multiplicação • Exemplo 1) Gisele deseja formar um conjunto de calça-blusa para vestir-se. Se ela dispõe de 6 calças e 10 blusas para escolher, de quantos modos ela pode formar o conjunto? Resp. (c,b) C B |C| = 6 |B| = 10 | C B | = 6 10 = 60 conjuntos Princípio da Multiplicação • Vale para mais conjuntos: | X Y Z | = |X||Y||Z| • Exemplo 2) Gisele deseja formar um conjunto de calça-blusa-sapato para vestir-se. Se ela dispõe de 6 calças, 10 blusas e 8 sapatos para escolher, de quantos modos ela pode formar o conjunto? Resp. (c,b,s) C B S |C| = 6 |B| = 10 |B| = 8 | C B S | = 6 10 8 = 480 conjuntos Princípio da Multiplicação • Exemplos 3) Quantas placas de automóveis distintas podem existir no Brasil? Resp. L L L – D D D D 26 26 26 10 10 10 10 = 263 104 placas distintas 263 10 9 8 7 4) Quantas placas de automóveis possuem todos os dígitos distintos? Resp. L L L – D D D D Princípio da Multiplicação • Exemplos 5) Quantas placas de automóveis possuem letras e dígitos distintos? Resp. L L L – D D D D 26 25 24 10 9 8 7 26 1 1 10 10 10 10 = 26 104 ou 260000 placas possíveis. 6) Quantas placas de automóveis possuem todas as letras iguais? Resp. L L L – D D D D Princípio da Multiplicação • Exemplos 7) Quantas placas de automóveis possuem todas as letras iguais e todos os dígitos distintos? Resp. L L L – D D D D 26 1 1 10 9 8 7 = 26 10 9 8 7 Contagem • Princípio da Adição – Para dois conjuntos disjuntos X e Y (X Y = ) | X Y | = |X| + |Y| • Sejam dois eventos E1 e E2 disjuntos, com respectivamente n1 e n2 resultados distintos. Então temos n1 + n2 resultados distintos para o evento “E1 ou E2”. Princípio da Adição • Exemplo 8) Gisele mudou de ideia e resolveu usar um vestido. Como opções, ela tem 5 vestidos curtos e 8 vestidos longos. Quantas opções de vestido ela possui? Resp. curto ou longo |C| = 5 | L | = 8 | C B | = | C | + | L | = 5 + 8 = 13 opções Como C L = Princípio da Adição • Exemplos 9) Quantas placas de veículos começam com a letra A ou com a letra B? Resp. L L L – D D D D Conjunto A = placas que começam com A: A L L – D D D D = 262 104 placas Conjunto B = placas que começam com B: B L L – D D D D = 262 104 placas Como A e B são disjuntos, pelo Princípio da Adição: 262 104 + 262 104 = 2 x 262 104 Princípio da Adição • Exemplos 9) Quantas placas de veículos começam com a letra A ou com a letra B? Resp. L L L – D D D D Outra solução: usamos direto o Princípio da Multiplicação P L L – D D D D onde P = { A, B } 2 x 262 104 Princípio da Adição • Exemplos 10) Quantas placas de veículos começam com vogal? Resp. A = placas que começam com A: ALL – DDDD = 262 104 placas E = placas que começam com E: ELL – DDDD = 262 104 placas I = placas que começam com I: ILL – DDDD = 262 104 placas O = placas que começam com O: OLL – DDDD = 262 104 placas U = placas que começam com U: ULL – DDDD = 262 104 placas Ou então: VLL – DDDD onde V = { A, E , I , O , U } 5 x 262 104 Princípio da Adição • Exemplos 11) Quantos diferentes sufixos de telefone são formados apenas com dígitos distintos? Resp. D1 D2 D3 D4 10 x 9 x 8 x 7 Princípio da Adição • Exemplos 12) Sufixos de telefone D1 D2 D3 D4 com todos os dígitos distintos, D1 é par E D2 5? {0,2,4,6,8} {5,6,7,8,9} 8 7 D1 D2 D3 D4 5 ? Solução: Princípio da Adição {0,2,4} {5,6,7,8,9} 8 7 D1 D2 D3 D4 OU {6,8} {5,6,7,8,9} 8 7 D1 D2 D3 D4 Resp.: 3 5 8 7 + 2 4 8 7. Contagem • Princípio da Inclusão e Exclusão – Para dois conjuntos não disjuntos X e Y | X Y | = |X| + |Y| + | X Y | Princípio da Inclusão e Exclusão • Exemplos 13) Gisele foi escolher o vestido.Cores dos vestidos curtos: rosa, verde, preto, branco, azul; Cores dos vestidos longos: marfim, preto, branco, verde, lilás, grafite, turquesa, ocre. Quantas opções de cores ela tem para escolher? Resp. C = { r, v, p, b, a } | C | = 5 L = { m, p, b, v, l , g, t, o } | L | = 8 | C | + | L| + | C L | = 5 + 8 – 3 = 10 opções distintas de cor. |C|+|I| = C: começam com par: 263 5 103 • Exemplos 14) Placas que começam com dígito par OU terminam com dígito ímpar? Resp. - |C ∩ I| Princípio da Inclusão e Exclusão 263 104 I : terminam com ímpar: 263 5 103 ABC – 2233 ABC – 2222 ABC – 3333 – 263 52 102 • Exercícios 15) Sufixos de telefone em que a soma dos dois dígitos iniciais é igual a 8? Resp. Contagem 9 1 102 = 900 D1 D2 D3 D4 D1 + D2 = 8 • Exercícios 16) Sufixos de telefone com dígitos distintos, a soma dos dois dígitos iniciais é igual a 8? Resp. Contagem 8 1 8 7 D1 D2 D3 D4 D1 + D2 = 8 • Exercícios 17) Gisele possui 2 calças claras e 4 escuras. Quanto às blusas, são 3 claras e 7 escuras. Gisele quer variar as cores, misturando as tonalidades claras com as escuras. De quantos modos ela pode formar o conjunto? Resp. Contagem 2 7 + 4 3 = 14 + 12 = 26 Contagem • Exercícios - AVA – MATERIAL DIDÁTICO • Notas de Aula MatDisc – Contagem; 1.13 – ATIVIDADES • Exercícios MatDisc - Contagem; 22) a 28) – MIDIATECA • Exercícios de Arranjos, Combinações e Permutações; 1) a 8) Obrigado! Aula 4 • Contagem (Combinatória) – Permutações simples • Fatorial – Permutações com repetições – Arranjos Simples • Exemplo 17) Quantos são os anagramas da palavra CONTAGEM? Resp. ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ Permutações simples 8 7 6 5 4 3 2 1 Anagramas: Permutações das 8 letras (distintas) Notação: P8 = 8! • Permutações simples – n objetos distintos – Arranjos ordenados • Os mesmos objetos dispostos em outra ordem = outra permutação – Notação • Pn ou P(n,n): número de permutações dos n objetos Permutações simples Pn = n (n–1) (n–2) ... 3 2 1 Pn = n! ou • Fatorial de n (n ∊ IN): n! • Definição 1 Permutações simples n! = 1 2 3 ... n ou n! = n (n–1) (n–2) ... 3 2 1 2! = 1 2 = 2 1! = 1 3! = 1 2 3 = 6 0! = ? 4! = 1 2 3 4 = 24 0! = 1 • Fatorial de n (n ∊ IN): n! • Definição 2 Permutações simples n! = n (n–1) (n–2) ... 3 2 1 0! = 1 1! = 3! = 3 2! = 4! = 4 3! = n! = n (n–1)! 2! = 2 1! = = 1 0! = 1 1 = 1 2 1 = 2 3 2 = 6 4 6 = 24 • Fatorial de n (n ∊ IN): n! • Definição 2 Permutações simples n! = n (n–1)! 𝑛 − 1 ! = 𝑛! 𝑛 Exemplo: 3! = 4! 4 = 4×3×2×1 4 Então 0! = 1! 1 = 1 1 = 1 • Fatorial de n (n ∊ IN): n! • Definição 2 – Definição por recorrência: Permutações simples n! = n (n–1)! 0! = 1 • Exemplo 18) Quantos anagramas da palavra CONTAGEM começam com vogal? Resp. { A,E,O } ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ Permutações simples 3 3 P7 = 3 7! 7 6 5 4 3 2 1 • Exemplo 19) Quantos anagramas da palavra CONTAGEM começam com as três vogais? Resp. ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ Permutações simples P3 P5 = 3! 5! 3 2 1 5 4 3 2 1 • Exemplo 20) Um grupo de 11 homens e 8 mulheres deve formar uma fila. De quantas formas isso é possível? Resp. Permutações simples P19 = 19! • Exemplo 21) O mesmo grupo com 11 homens e 8 mulheres deve forma uma fila. Quantas filas distintas podem ser formadas, estando os homens todos juntos, e as mulheres também? Resp. Permutações simples Homens depois mulheres: P11 P8 = 11! 8! ou Mulheres depois homens: P8 P11 = 11! 8! 2 P8 P11 = 2 11! 8! • Exemplo 22) Uma bibliotecária recebeu 5 livros de Algoritmos, 4 de Lógica, e 7 de Programação, todos distintos entre si. Ela tem que organizá-los em uma prateleira, mantendo todos os livros de um mesmo assunto agrupados. De quantas formas ela pode organizar os livros? Resp. Permutações simples |A1A2...|L1L2...|P1P2... | Mas... podemos trocar a ordem dos assuntos. Permutando os assuntos: ALP, APL, LAP, LPA, PAL, PLA 3! 5! 4! 7! = 5! 4! 7! • Exemplo – Quantos anagramas da palavra CASO? R.: 4! = 24 – Quantos anagramas da palavra CASA? Permutações com repetições CA1SA2 A1A2CS A1A2SC A1CA2S A1CSA2 A1SA2C A1SCA2 A2A1CS A2A1SC A2CA1S A2CSA1 A2SA1C A2SCA1 CA2SA1 CA1SA2 Resp: P4 2 = 4! 2 = 12 • Exemplo – Quantos anagramas da palavra ARARA? Permutações com repetições A1R1A2R2A3 A1R1A2R2A3 A1R1A3R2A2 A2R1A1R2A3 A2R1A3R2A1 A3R1A1R2A2 A3R1A2R2A1 Resp: P5 P2×P3 = 5! 2! ∙ 3! = 5×4×3! 2 ∙ 3! A1R2A2R1A3 A1R2A3R1A2 A2R2A1R1A3 A2R2A3R1A1 A3R2A1R1A2 A3R2A2R1A1 = 10 • Caso geral n objetos n1 ocorrências do mesmo objeto o1 n2 ocorrências no mesmo objeto o2 ... nk ocorrências do mesmo objeto ok. Permutações dos n objetos = P𝑛 P𝑛 1 ×P𝑛 2 × ⋯ ×P𝑛 𝑘 = 𝑛! 𝑛 1 !×𝑛 2 !×⋯×𝑛 𝑘 ! Permutações com repetições • Exemplo 23) Existem quantos anagramas da palavra PROPORCIONAL? Resp. Permutações com repetições 12 Letras: 2 P, 2 R, 3 O 12! 3! 2! 2! • Exemplo 24) Quantos anagramas da palavra PROPORCIONAL começam com vogal? Resp.: usar o Princípio Aditivo Permutações com repetições A_____ = 11 Letras: 2 P, 2 R, 3 O 11! 2! 2! 2! + 2 ∙ 11! 2! 2! 3! I______ = 11 Letras: 2 P, 2 R, 3 O O_____ = 11 Letras: 2 P, 2 R, 2 O • Desafios! – Quantos anagramas da palavra PROPORCIONAL começam com todas as vogais na frente das consoantes? – Quantos anagramas da palavra PROPORCIONAL contêm todas as vogais agrupadas, e também todas as consoantes agrupadas? – Quantos anagramas da palavra PROPORCIONAL contêm todas as vogais agrupadas? Permutações com repetições • Exemplo – Quantos diferentes sufixos (de números) de telefone com todos os dígitos distintos existem? Resp. ___ ___ ___ ___ Arranjos (ou Arranjos simples) 10 9 8 7 Outra forma de resposta = 10×9×8×7×𝟔×𝟓×𝟒×𝟑×𝟐×𝟏 𝟔×𝟓×𝟒×𝟑×𝟐×𝟏 = 𝟏𝟎! 𝟔! • Arranjos – ou Arranjos Simples – n objetos distintos – Seleção de r objetos • Sem reposição – A ordem da seleção influi • Variação na ordem = arranjos distintos. Ex.: 1289 1298 – Dizemos arranjos de n tomados r : 𝑨 𝒓 𝒏 ou 𝐏 𝒓 𝒏 ou 𝐏(𝒏, 𝒓) Arranjos • Arranjos – ou Arranjos Simples – de n objetos tomados r – Notação 𝐴 𝑟 𝑛 ou P 𝑟 𝑛 ou P 𝑛, 𝑟 • n objetos distintos entre si • Seleção de r objetos • Seleção sem reposição • A ordem da seleção influi. Ex.: 1289 1298 Arranjos 𝐴 𝑟 𝑛 = 𝑛! (𝑛 − 𝑟)! • Voltando ao exemplo anterior – Quantos diferentes sufixos (de números) de telefone com todos os dígitos distintos existem? Resp. • n = 10 • r = 4 • Sem repetição • A ordem influi Arranjos 𝐴 4 10 = 10! 10 − 4 ! = 10! 6! = 10 ∙ 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 𝟔! 𝟔! = 10 × 9 × 8 × 7 • Exemplo 25) Quantas placas de automóveis possuem letras e dígitos distintos? Resp.: usar o Princípio Multiplicativo com dois eventos Escolher as letras e depois escolher os dígitos. Arranjos P 26,3 × P 10,4 = 26 × 25 × 24 × 23! 23! × 10 × 9 × 8 × 7 • Exemplo 26) Quantos números de 3 algarismos distintos podem ser escritos com os dígitos 1, 3, 4, 5, 6, 8, e 9? Resp.: Arranjos 210567 !4 !4567 )!37( !7 )3,7(37 3 7 PPA Arranjos com n = 7 er = 3 • Exemplo 27) Temos uma prova olímpica individual com 10 competidores. De quantas formas distintas as medalhas de ouro, prata e bronze podem ser distribuídas? Arranjos Resposta nas Notas de Aula Obrigado! Aula 5 • Contagem (Combinatória) – Combinações simples – Exercícios • Exemplo – Conjunto com 5 estudantes { Ana, Bruno, Carlos, Diana, Edna } A. Montar chapa (Presidente, Vice-presidente, Secretário) para o grêmio • Seleção sem repetição • A ordem influi: ABC é uma chapa; BAC é outra chapa • Solução: arranjos de 5 tomados 3 Combinações Simples Resp.: 𝐴 3 5 = 5 × 4 × 3 = 𝟔𝟎 chapas distintas • Exemplo – Conjunto com 5 estudantes { Ana, Bruno, Carlos, Diana, Edna } B. Selecionar 3 alunos para representar a faculdade em uma gincana de Matemática Discreta. Quantas equipes podem ser formadas? • Seleção sem repetição • A ordem NÃO influi: ABC e BAC são a mesma equipe. • Solução: combinações de 5 tomados 3 Combinações Simples n! = 1 2 3 ... n ou n! = n (n–1) (n–2) ... 3 2 1 Notação: 𝐂 𝟑 𝟓 ou 𝐂 𝟓, 𝟑 • Exemplo – E = { A, B, C, D, E }. Selecionar uma equipe com 3 alunos. Vamos enumerar os 60 arranjos: Combinações Simples Com ABC: Com ABD: Com ABE: ABE AEB BAE BEA EAB EBA 3! arranjos Com ACD: ABC ACB BAC BCA CAB CBA 6 arranjos ABD ADB BAD BDA DAB DBA 6 arranjos Com ACE: Com BCD: Com BCE: Com BDE: Com CDE: Com ADE: Cada combinação “está relacionada” a um grupo de 3! arranjos contendo os mesmos alunos. Número de combinações (grupos): 60 / 3! • Exemplo – E = { A, B, C, D, E }. Selecionar uma equipe com 3 alunos. Vamos dividir os 60 arranjos em grupos de 3! arranjos (grupos com os mesmos alunos). Quantos grupos (combinações) existem? Resp.: Combinações Simples C 3 5 = 𝐴 3 5 3! = 60 6 = 10 combinações • Exemplo – E = { A, B, C, D, E }. Selecionar uma equipe com 3 alunos. Vamos calcular de outra forma? Resp.: Combinações Simples C 3 5 = 𝐴 3 5 3! = 5! 2! ⋅ 1 3! = 5×4× 3! 2 ⋅ 3! = 20 2 = 10 combinações • Caso geral – n objetos distintos – Selecionar r objetos, sem repetição – A ordem NÃO influi – Combinações de n tomados r Combinações Simples C 𝑟 𝑛 = 𝐴 𝑟 𝑛 𝑟! = 𝒏! (𝒏−𝒓)! ⋅ 𝒓! • Exemplo 28) De um grupo de 5 pessoas, quantas equipes com 3 componentes podem ser formadas? Resp.: já utilizamos a fórmula Combinações Simples C 3 5 = 𝐴 3 5 3! = 5! 2! ⋅ 3! = 5×4× 3! 2 ⋅ 3! = 20 2 = 10 combinações • Exemplo 29) De um grupo de 11 homens e 8 mulheres, queremos formar um júri com 4 membros. De quantas formas distintas o júri pode ser formado? Resp.: Combinações Simples C 4 19 = 19! 15! ⋅4! = 19×18×17×16× 15! 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 15! = 19 × 6 × 17 × 2 combinações Obs.: nas Notas de Aula as simplificações foram diferentes • Exemplo 30) Grupo de 11 homens e 8 mulheres, júri com 4 membros. De quantas formas distintas o júri pode ser formado somente com membros do mesmo sexo? Resp.: Combinações Simples C 4 11 = 11! 7! ⋅4! + 8! 4! ⋅4! = 11×10×9×8× 7! 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 7! + 8×7×6×5× 4! 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 4! = 11 × 10 × 3 C 4 8 + + 7 × 2 × 5 combinações • Exemplo 31) Grupo de 11 homens e 8 mulheres, júri com 4 membros. De quantas formas distintas o júri pode ser formado contendo metade de cada sexo? Resp.: Combinações Simples C 2 11 = 11! 9! ⋅ 2! × 8! 6! ⋅ 2! = 11×10× 9! 2 ⋅ 9! × 8×7× 6! 2 ⋅ 6! = 11 × 5 C 2 8 × × 4 × 7 combinações • Exemplo 32) Grupo de 11 homens e 8 mulheres, júri com 4 membros. De quantas formas distintas o júri pode ser formado contendo mais homens do que mulheres? Resp.: Combinações Simples C 3 11 = 11! 8! ⋅3! × 8! 7! ⋅1! = 11×10×9× 8! 3 ⋅ 2 ⋅ 8! × 8× 7! 1 ⋅ 7! C 1 8 × = 11 × 5 × 3 × 8 + 11 × 10 × 3 combinações C 4 11 = 11! 7! ⋅ 4! = 11 × 10 × 3 C 0 8 × ou • Vamos trabalhar? 33) Gisele tem 12 amigos, mas ela só pode convidar 6 deles para a sua festa. De quantas formas distintas ele pode formar a lista de convidados? 34) Imagine que, dentre os 12 amigos de Gisele, 2 não se falam, e ela não pode convidar ambos. De quantas formas distintas ele pode formar a lista de convidados sem que ambos estejam presentes? 35) Imagine que exista um casal entre os 12 amigos de Gisele, e ela não pode convidar um deles apenas. De quantas formas distintas ele pode formar a lista de convidados com esta restrição? Combinações Simples Contagem • Exercícios - AVA – MATERIAL DIDÁTICO • Notas de Aula MatDisc – Exercícios 33) a 35) – ATIVIDADES • Exercícios MatDisc - Contagem; 29) a 47) – MIDIATECA • Exercícios de Arranjos, Combinações e Permutações; 9) a 33) Obrigado! Aula 6 • Contagem (Combinatória) – Princípio das Casas de Pombo • Se existem n pombos para ocupar k casas, e n > k, então pelo menos uma casa será ocupada por mais de 1 pombo. De outra forma • Se mais de n itens são colocados em k caixas, e n > k, então pelo menos uma caixa conterá mais de um item. Princípio das Casas de Pombo • Exemplo 43 (livro-texto, pág. 165) – Quantas pessoas precisam estar presentes em uma sala para garantir que duas delas tenham nomes começando com a mesma letra. • Resposta: no mínimo 27 pessoas • Justificativa As casas (ou caixas) são as letras do alfabeto = 26. Os pombos (ou itens) são as pessoas = 27. Associamos cada pessoa à letra inicial do seu prenome Com 26 pessoas, é possível que uma pessoa tenha nome iniciado por A, outra por B, e assim por diante. Ou seja, uma pessoa associada a cada uma das 26 letras do alfabeto. A chegada de uma 27ª pessoa impõe que pelo menos 2 delas tenham nomes iniciados com mesma letra. Princípio das Casas de Pombo • PROBLEMA PRÁTICO 29 (livro-texto, pág. 165) – Quantas vezes é preciso jogar um dado de modo a garantir que um mesmo valor apareça duas vezes. • Casas: Pombos: • Resposta: Princípio das Casas de Pombo no mínimo 7 tentativas número de faces de um dado = número de tentativas. 6 Com apenas 6 tentativas, podemos ter cada uma dela associada a um dos seis possíveis valores, e diferente dos outros cinco. Ou seja, cada valor ocorrerá exatamente uma vez. Uma 7ª tentativa impõe que seu valor, sendo um dos 6 possíveis, já tenha sido obtido antes. Assim, teremos necessariamente um valor repetido. • Exemplo 44 (livro-texto, pág. 165) – Estude; e depois... Explique como resolver! Princípio das Casas de Pombo • Exemplo (material do prof. Ricardo Mesquita) Princípio das Casas de Pombo • Exemplo (material do prof. Ricardo Mesquita) Princípio das Casas de Pombo • Outro exemplo (material do prof. Ricardo Mesquita) Princípio das Casas de Pombo • Princípio das Casas de Pombo – versão geral – Se 𝑛 objetos devem ser colocados em 𝑘 caixas, então existirá pelo menos uma caixa contendo, no mínimo, 𝑛/𝑘 objetos. 𝑛/𝑘 ⇒ função “teto”. 2 = 2 2.0 = 2 2.0001 = 3 2.999 = 3 Princípio das Casas de Pombo • Outro exemplo (material do prof. Ricardo Mesquita) Resposta: Sendo 5 o número de casas (cada conceito permitido). Com 25 estudantes (pombos) poderemos ter cada conceito associado a 𝟐𝟓/𝟓 = 𝟓. 𝟎 = 5. Ou seja 5 estudantes em cada conceito. Com 26 estudantes, podemos garantir que pelo menos um dos conceitos foi obtido por 26/5 = 𝟓. 𝟐 = 6 alunos. Princípio das Casas de Pombo Contagem • Exercícios - AVA – MIDIATECA • Material do prof. Ricardo Mesquita. • Princípio das Casas de Pombos I Livro-texto: pág. 167, exercícios 13 a 21. • Princípio das Casas de Pombos II Obrigado! Aula 7 •Indução Matemática ou Indução Finita Indução Matemática • Exemplo 1 – Considere a seguinte igualdade 𝑖 𝑛 𝑖=1 = 𝑖 𝑛 𝑖=1 = 𝑛 𝑛 + 1 2 , ∀𝑛 ∈ ℕ ∗ = 𝑛 𝑛 + 1 2 1 + 2 + 3 + ⋯+ 𝑛 ou seja Indução Matemática • Vamos conferir a igualdade para alguns valores? 𝒊 𝒏 𝒊=𝟏 = 𝒏 𝒏 + 𝟏 𝟐 • n = 1 ⇒ • n = 2 ⇒ • n = 3 ⇒ 𝑖 𝟐 𝑖=1 = 1 + 𝟐 = 𝟑 𝑖 𝟏 𝑖=1 = 𝟏 𝑖 𝟑 𝑖=1 = 1 + 2 + 𝟑 = 𝟔 𝟑 ⋅ 3 + 1 2 = 𝟑 ∙ 2 = 𝟑 ∙ 2 = 𝟔 𝟐 ⋅ 2 + 1 2 = 𝟐 ∙ 3 2 = 𝟑 𝟏 ⋅ 1 + 1 2 = 𝟏 ∙ 2 2 = 𝟏 Indução Matemática • Vamos conferir a igualdade para alguns valores? 𝒊 𝒏 𝒊=𝟏 = 𝒏 𝒏 + 𝟏 𝟐 𝑖 𝟐𝟎 𝑖=1 = 1 + 2 + 3 + ⋯𝟐𝟎 = 𝑖 𝟏𝟎 𝑖=1 = 1 + 2 + 3 + ⋯𝟏𝟎 = 𝟓 ⋅ 5 + 1 2 = 5 ∙ 6 2 = 5 ∙ 3 = 𝟏𝟓 𝑖 𝟓 𝑖=1 = 1 + 2 + 3 + 4 + 𝟓 = • n = 5 ⇒ • n = 10 ⇒ • n = 20 ⇒ Confira! Calcule! 𝟏𝟎 ⋅ 11 2 = 5 ∙ 11 = 𝟓𝟓 Indução Matemática • Como provar? Primeiro Princípio de Indução 𝑖 𝑛 𝑖=1 = 𝑛 𝑛 + 1 2 , ∀𝑛 ∈ ℕ ∗ Prof. Ricardo Mesquita Indução Matemática – Imagine que você esteja subindo uma escada infinitamente alta. Como você será capaz de saber se será capaz de chegar a um degrau arbitrariamente alto? 03/20 Primeiro Princípio da Indução – Prof. Ricardo Mesquita – Você pode inicialmente fazer as seguintes hipóteses sobre a sua capacidade de subir: 1. Você consegue alcançar o primeiro degrau. 2. Uma vez chegado a um degrau, você sempre será capaz de chegar ao próximo. – Se a proposição 1 e a condicional 2 são verdadeiras, então, pela proposição 1, você consegue chegar no primeiro degrau e, portanto, pela 2, consegue chegar no segundo. Novamente pela 2, consegue chegar no terceiro. Mais uma vez, pela 2, chega no quarto degrau e assim por diante. – Assim, podemos concluir que você poderá subir tão alto quanto quiser. 05/20 Primeiro Princípio da Indução – Prof. Ricardo Mesquita – Note que, no exemplo, ambas as hipóteses são necessárias. • Se apenas a primeira fosse verdadeira, não teríamos a garantia de passar do primeiro degrau. • Por outro lado, se apenas a segunda fosse verdadeira, poderíamos não ser capazes de começar nunca!... – Numerando os degraus... • Vamos considerar uma propriedade que cada degrau identificado possa ter... 06/20 Primeiro Princípio da Indução – Prof. Ricardo Mesquita – Vamos usar a notação P(n) para dizer que o inteiro positivo n tem a propriedade P. – Por analogia, vamos usar a mesma “técnica” usada para subir a escada, para provar que, qualquer que seja o inteiro positivo n, temos P(n). – Precisamos provar as proposições: 1. P(1) [ Ou seja, 1 tem a propriedade P. ] 2. Para qualquer inteiro positivo k, P(k) P(k+1) [ Se qualquer número tem a propriedade P, o próximo também tem. ] – Se pudermos provar ambas as proposições, 1 e 2, então P(n) e válida para qualquer inteiro positivo n. 07/20 Primeiro Princípio da Indução – Prof. Ricardo Mesquita – O primeiro princípio de indução matemática é uma condicional, com uma conclusão na forma “P(n) e verdade para todo inteiro positivo n”. • A técnica da indução se mostra mais apropriada para provarmos que alguma coisa é verdade para todo inteiro positivo n (conjunto dos números naturais). • Estrutura: 1. P(1) 2. k ( P(k) é verdade P(k + 1) também é verdade ) provar provar supor 08/20 Primeiro Princípio da Indução – Prof. Ricardo Mesquita Indução Matemática • Provar por indução – Base: – Passo: n = 1 𝑖 𝟏 𝑖=1 = 𝟏 1 ⋅ 1 + 1 2 = 1 ∙ 2 2 = 𝟏 ∀𝑘 𝑖 𝑘 𝑖=1 = 𝑘 𝑘 + 1 2 ⟹ 𝑖 𝑘+1 𝑖=1 = 𝑘 + 1 𝑘 + 2 2 𝑖 𝑛 𝑖=1 = 𝑛 𝑛 + 1 2 , ∀𝑛 ∈ ℕ ∗ ? – Passo: hipótese de indução 1 + 2 + 3 + ⋯+ 𝑘 + 𝒌 + 𝟏 = 1 + 2 + 3 + ⋯+ 𝑘 𝑖 𝑘+1 𝑖=1 = Indução Matemática 𝑖 𝑘 𝑖=1 = 𝑘 𝑘 + 1 2 𝑖 𝑘+1 𝑖=1 = 𝑖 𝑘+1 𝑖=1 = 𝒌 𝑘 + 1 + 𝟐 𝑘 + 2 2 = 𝑘 𝑘 + 1 2 + 𝑘 + 1 = Pela hipótese de indução ⇒ Com (k+1) em evidência ⇒ 𝑖 𝑘 𝑖=1 + 𝑘 + 1 𝑘 𝑘 + 1 + 2 𝑘 + 1 2 1 + 2 + 3 + ⋯+ 𝑘 + 𝒌 + 𝟏 𝑘 + 1 𝑘 + 2 2 Indução Matemática • Exemplo 2: 𝑖 ⋅ 𝑖! 𝑛 𝑖=1 = 𝑛 + 1 ! − 1, ∀𝑛 ∈ ℕ ∗ 4 + 1 ! − 1 = 5! − 1 𝑖 ⋅ 𝑖! 𝟒 𝑖=1 = 1 ⋅ 1! + 2 ⋅ 2! + 3 ⋅ 3! + 4 ⋅ 4! • n = 4 = 1 + 2 ⋅ 2 + 3 ⋅ 6 + 4 ⋅ 24 = 1 + 4 + 18 + 96 = 𝟏𝟏𝟗 120−1 = 𝟏𝟏𝟗 Indução Matemática • Provar por indução – Base: – Passo: n = 1 𝑖 ⋅ 𝑖! 𝟏 𝑖=1 = 1 ⋅ 1! = 𝟏 1 + 1 ! − 1 = 2! − 1 = 𝟏 ∀𝑘 𝑖 ⋅ 𝑖! 𝑘 𝑖=1 = 𝑘 + 1 ! − 1 ⟹ 𝑖 ⋅ 𝑖! 𝑘+1 𝑖=1 = 𝑘 + 2 ! − 1 ? 𝑖 ⋅ 𝑖! 𝑛 𝑖=1 = 𝑛 + 1 ! − 1, ∀𝑛 ∈ ℕ ∗ – Passo: hipótese de indução 𝑖 ⋅ 𝑖! 𝑘 𝑖=1 = 𝑘 + 1 ! − 1 1 ⋅ 1! + 2 ⋅ 2! + 3 ⋅ 3! + ⋯+ 𝑘 ⋅ 𝑘! + 𝒌 + 𝟏 ⋅ 𝒌 + 𝟏 ! = 𝑖 ⋅ 𝑖! 𝑘+1 𝑖=1 = Indução Matemática 𝑖 ⋅ 𝑖! 𝑘+1 𝑖=1 = 𝑖 ⋅ 𝑖! 𝑘+1 𝑖=1 = 𝒌 + 𝟏 + 𝟏 𝑘 + 1 ! + 1 = 𝒌 + 𝟏 ! − 𝟏 + 𝑘 + 1 𝑘 + 1 ! = Pela hipótese de indução ⇒ Com (k+1)! em evidência ⇒ 𝑖 ⋅ 𝑖! 𝑘 𝑖=1 + 𝒌 + 𝟏 𝒌 + 𝟏 ! 𝒌 + 𝟏 𝑘 + 1 ! + 𝑘 + 1 ! − 1 𝑘 + 2 𝑘 + 1 ! -1 𝑖 ⋅ 𝑖! 𝑘+1 𝑖=1 = 𝒌 + 𝟐 ! − 1 1 ⋅ 1! + 2 ⋅ 2! + 3 ⋅ 3! + ⋯+ 𝑘 ⋅ 𝑘! + 𝒌 + 𝟏 ⋅ 𝒌 + 𝟏 ! 1 ⋅ 1! + 2 ⋅ 2! + 3 ⋅ 3! + ⋯+ 𝑘 ⋅ 𝑘! + 𝒌 + 𝟏 ⋅ 𝒌 + 𝟏 ! Indução Matemática • Exemplo 3: 1 𝑖 ⋅ 𝑖 + 1 𝒏 𝑖=1 = 𝒏 𝑛 + 1 , ∀𝑛 ∈ ℕ ∗ 1 𝑖 ⋅ 𝑖 + 1 𝟑 𝑖=1 = 1 1 ⋅ 2 + 1 2 ⋅ 3 + 1 𝟑 ⋅ 4 = • n = 3 1 2 + 1 6 + 1 12 = 6 + 2 + 1 12 = 9 3 12 4 = 𝟑 4 Indução Matemática • Provar por indução – Base: – Passo: n = 1 1 𝑖 ⋅ 𝑖 + 1 𝟏 𝑖=1 = 1 𝟏 ⋅ 2 = 𝟏 𝟐 𝟏 𝟏 + 1 = 𝟏 𝟐 ∀𝑘 1 𝑖 ⋅ 𝑖 + 1 𝑘 𝑖=1 = 𝒌 𝒌 + 1 ⟹ 1 𝑖 ⋅ 𝑖 + 1 𝑘+1 𝑖=1 = 𝒌 + 𝟏 𝑘 + 2 ? 1 𝑖 ⋅ 𝑖 + 1 𝒏 𝑖=1 = 𝒏 𝑛 + 1 , ∀𝑛 ∈ ℕ ∗ – Passo: hipótese de indução 1 1 ⋅ 2 + 1 2 ⋅ 3 + 1 3 ⋅ 4 + ⋯+ 1 𝑘 ⋅ 𝑘 + 1 + 𝟏 𝒌 + 𝟏 ⋅ 𝒌 + 𝟐 = 1 1 ⋅ 2 + 1 2 ⋅ 3 + 1 3 ⋅ 4 + ⋯+ 1 𝑘 ⋅ 𝑘 + 1 + 𝑖 𝑖 ⋅ 𝑖 + 1 𝑘+1 𝑖=1 = Indução Matemática 𝑘 𝑘 + 1 + 1 𝑘 + 1 ⋅ 𝑘 + 2 = Pela hipótese de indução ⇒ 1 𝑖 ⋅ 𝑖 + 1 𝑘 𝑖=1 + 𝟏 𝒌 + 𝟏 ⋅ 𝒌 + 𝟐 1 1 ⋅ 2 + 1 2 ⋅ 3 + 1 3 ⋅ 4 + ⋯+ 1 𝑘 ⋅ 𝑘 + 1 + 1 𝑖 ⋅ 𝑖 + 1 𝑘 𝑖=1 = 𝒌 𝒌 + 1 𝑖 𝑖 ⋅ 𝑖 + 1 𝑘+1 𝑖=1 = 𝑘 ⋅ 𝑘 + 2 + 1 𝑘 + 1 ⋅ 𝑘 + 2 = 𝑘2 + 2𝑘 + 1 𝑘 + 1 ⋅ 𝑘 + 2 𝑘 + 1 2 𝑘 + 1 ⋅ 𝑘 + 2 = 𝑘 + 1 ⋅ 𝑘 + 1 𝑘 + 1 ⋅ 𝑘 + 2 𝑖 𝑖 ⋅ 𝑖 + 1 𝑘+1 𝑖=1 = = 𝒌 + 𝟏 𝑘 + 2 Indução Matemática • AVA: Exercícios – MATERIAL DIDÁTICO • Slides: Indução Matemática – prof. Ricardo Mesquita • Slides: Demonstrações por Indução – prof. Ricardo Mesquita – MIDIATECA • Princípio de Indução Matemática - Livro-texto: págs. 76 – 88. Exercícios 2.2: págs. 84 a 88. Indução Matemática • AVA: MIDIATECA • Princípio de Indução Matemática – Livro-texto: págs. 76 – 88. Obrigado! Aula 8 • Recorrências – Sequências – Conjuntos – Operações e funções (matemáticas) – Algoritmos ou funções (computacionais) Recorrências • Conceito de Recorrência – Definição de algo que se “autorreferencia” • Contextos – Operações ou funções (matemáticas) recorrentes – Algoritmos ou funções (computacionais) recursivos(as) – Sequências definidas por recorrência – Conjuntos definidos por recorrência • Fatorial f(n) = 1 2 3 ... n ou n! = 1 2 3 ... n De outra forma: n! = n (n–1) (n–2) ... 3 2 1 Recorrências: operações/funções (matemáticas) 2! = 1 2 = 2 1! = 1 3! = 1 2 3 = 60! = 1 4! = 1 2 3 4 = 24 • Exemplo 1 Fatorial: definição por recorrência n! = n (n–1) (n–2) ... 3 2 1 0! = 1 1! = 1 0! = 3! = 3 2! = 4! = 4 3! = n! = n (n–1)! 2! = 2 1! = 1 1 = 1 2 1 = 2 3 2 = 6 4 6 = 24 (n–1)! Recorrências: operações/funções (matemáticas) 0! = 1 , n > 0 CONDIÇÃO DE PARADA BASE PASSO • Operações/funções definidas por Recorrência – BASE • Definição “direta” (não recorrente) do valor da função • Função definida para um ou mais valores “iniciais” • Condição de parada – PASSO • Definição “recorrente” da operação • Operação/função será definida a partir dos resultados previamente obtidos pela aplicação de si mesma para outros valores (em geral, menores) Recorrências: operações/funções (matemáticas) • Exemplo 2 f (m,0) = 1, m ∊ ℝ* f (2,0) = f (2,2) = 2 ⋅ f (2,1) = f (2,3) = 2 ⋅ f (2,2) = f (m, n) = m ⋅ f (m, n–1), m ∊ ℝ* e n ∊ ℕ* f (2,1) = 2 ⋅ f (2,0) = Recorrências: operações/funções (matemáticas) 1 2 ⋅ 1 = 2 2 ⋅ 2 = 22 2 ⋅ 22 = 23 f (m,n) = mn, m ∊ ℝ* e n ∊ ℕ Faltar provar ⇒ Resolução de Recorrências! BASE PASSO • Exemplo 2: outras notações m0 = 1, m ∊ ℝ* mn = m ⋅ mn–1, m ∊ ℝ* e n ∊ ℕ* Recorrências: operações/funções (matemáticas) 1, n = 0 m ⋅ mn–1, n > 0 mn = m ∊ ℝ* e n ∊ ℕ BASE PASSO BASE PASSO • Exemplo 3 f (m,0) = 0, m ∊ ℝ f (2,0) = f (2,2) = 2 + f (2,1) = f (2,3) = 2 + f (2,2) = f (m, n) = m + f (m, n–1), m ∊ ℝ e n ∊ ℕ* f (2,1) = 2 + f (2,0) = Recorrências: operações/funções (matemáticas) 0 2 + 0 = 2 2 + 2 = 2 ⋅ 2 2 + 2 ⋅ 2 = 2 ⋅ 3 Faltar provar ⇒ Resolução de Recorrências! f (m,n) = m ⋅ n, m ∊ ℝ e n ∊ ℕ BASE PASSO • Exemplo 3: outras notações Recorrências: operações/funções (matemáticas) m ⋅ 0 = 0, m ∊ ℝ m ⋅ n = m + m ⋅ (n–1), m ∊ ℝ e n ∊ ℕ* 0, n = 0 m + m ⋅ (n–1), n > 0 m ⋅ n = m ∊ ℝ* e n ∊ ℕ BASE PASSO BASE PASSO • Exemplo: S = 2, 9, 16, 23, 30, ... Recorrências: sequências S7 = S100000 = ? 42325 S ? n ℕ | Sn = 42325 ? ou 44 S1: 1º termo S1 = 2 Sn: n-ésimo termo ou termo geral S2: 2º termo S2 = 9 • Sequências – Formas de especificação 1. Por enumeração: S = 2, 9, 16, 23, 30, ... 2. Fórmula fechada para o termo geral: Sn = 7n – 5 S7 = 7 7 – 5 = 44 Recorrências: sequências S100000 = 7 100000 – 5 = 699995 • Sequências – Formas de especificação 2. Fórmula fechada para o termo geral: Sn = 7n – 5 Recorrências: sequências n ℕ | Sn = 42325 ? 7n – 5 = 42325 7n = 42325 + 5 n = 42330 / 7 6047,14 … n ∉ ℕ 42325 ∉ S Recorrências: sequências • Sequências – Formas de especificação 1. Por enumeração: S = 2, 9, 16, 23, 30, ... 3. Por recorrência: BASE PASSO Sn = Sn–1 + 7 S1 = 2 2. Fórmula Fechada ? R. “Resolver” a recorrência • Resolvendo recorrências ⇒ fórmula fechada – Exemplo 4: S(1) = 2 S(n) = S(n–1) + 7 Recorrências: sequências • Encontrar a fórmula fechada 1ª Forma Recorrências: sequências S(1) = 2 S(n) = S(n–1) + 7 S(3) = S(2) + 7 S(2) = S(1) + 7 S(1) = 2 S(n) = S(n–1) + 7 S(n–1) = S(n–2) + 7 S(n–2) = S(n–3) + 7 ... Somando todos os termos de cada lado; e cancelando os que estejam nos dois lados: ∑ ∑ S(n) = 2 + 7(n–1) S(n) = 7n – 5 • Encontrar a fórmula fechada 2ª Forma: expandido os termos Recorrências: sequências S(1) = 2 S(n) = S(n–1) + 7 S(1) = 2 S(2) = S(1) + 7 = S(3) = S(2) + 7 = 2 + 7 2 + 7 + 7 = S(4) = S(3) + 7 = 2 + 2 ∙ 7 + 7 = 2 + 2 ∙ 7 2 + 3 ∙ 7 S(5) = S(4) + 7 = 2 + 3 ∙ 7 + 7 = 2 + 4 ∙ 7 S(6) = S(5) + 7 = 2 + 4 ∙ 7 + 7 = 2 + 5 ∙ 7 S(n) = 2 + (n–1) ∙ 7 S(n) = 7n – 5 ... • Encontrar a fórmula fechada 3ª Forma: expandindo os termos Recorrências: sequências S(n) = S(n–1) + 7 S(n) = S(n–2) + 7 + 7 = S(1) = 2 S(n) = S(n–1) + 7 = S(n–2) + 2 ∙ 7 S(n) = S(n–3) + 7 + 2 ∙ 7 = = S(n–3) + 3 ∙ 7 S(n) = S(n–4) + 7 + 3 ∙ 7 = = S(n–4) + 4 ∙ 7 ⋮ S(n) = S(n–k) + k ∙ 7 • Encontrar a fórmula fechada 3ª Forma: (cont.) Recorrências: sequências S(1) = 2 S(n) = S(n–1) + 7 Para n – k = 1 S(n) = S(n–k) + 7k ⇒ k = n –1, temos S(n) = S( n – (n –1) ) + 7(n –1) = = S(1) + 7(n –1) S(n) = 2 + 7(n–1) S(n) = 7n – 5 • Encontrar a fórmula fechada – Exemplo 5: T(1) = 1 T(n) = 2T(n–1) + 1 Recorrências: sequências T = 1, 3, 7, 15, 31, 63, ... Por enumeração: • Encontrar a fórmula fechada – Exemplo 5: Recorrências: sequências ... T(n) = 2 T(n–1) + 1 T(n) = 2 ( 2T(n–2) + 1 ) + 1 T(1) = 1 T(n) = 2T(n–1) + 1 = 4 T(n–2) + 1 + 2 T(n) = 4 ( 2T(n–3) + 1 ) + 2 + 1 = 8 T(n–3) + 4 + 2 + 1 T(n) = 16 T(n–4) + 8 + 4 + 2 + 1 = 16 T(n–4) + 1 + 2 + 4 + 8 ⋮ T(n) = 2k T(n–k) + 1 + 2 + 4 + ... + 2k–1 • Encontrar a fórmula fechada – Exemplo 5: Recorrências: sequências Para n – k = 1 ⇒ k = n –1, temos T(n) = 2n –1 ⋅ T( n – (n –1) ) + 1 + 2 + 4 + ... + 2n–2 = 2n –1 ⋅ T(1) + 1 + 2 + 4 + ... + 2n–2 = = 1 + 2 + 4 + ... + 2k–2 + 2n –1 T(1) = 1 T(n) = 2T(n–1) + 1 T(n) = 2k T(n–k) + 1 + 2 + 4 + ... + 2k–1 • Encontrar a fórmula fechada – Exemplo 5: Recorrências: sequências T(1) = 1 T(n) = 2T(n–1) + 1 T(n) = 1 + 2 + 4 + 8 + ... + 2n –1 T(n) = 20 + 21 + 22+ 23 + ... + 2n –1 Soma dos n termos da PG: 1 + q + q2 + q3 + ... + qn –1 (veja exercícios de indução) S = 𝑞𝑛−1 𝑞−1 Para q = 2, temos T(n) = 2n – 1 • Encontrar a fórmula fechada – Exemplo 5: Recorrências: sequências T(1) = 1 T(n) = 2T(n–1) + 1 Provar, por indução, que 1 + 𝑞 + 𝑞2 + 𝑞3 + ⋯+ 𝑞𝑛−1 = 𝑞𝑛 − 1 𝑞 − 1 Obrigado! Aula 9 • Recorrências (cont.) – Sequências – Conjuntos – Operações e funções (matemáticas) – Algoritmos ou funções (computacionais) • Sequências definidas por Recorrência – BASE • Definição “direta” (não recorrente) • Um ou mais termos, usualmente termos iniciais – ATENÇÃO: pode-se definir vários termos iniciais na base da recorrência – PASSO • Definição “recorrente” do “termo geral” • Definido em função de um ou mais termos anteriores – ATENÇÃO: um termo pode ser definido a partir de “vários” outros Recorrências: sequências • Exemplo 6 – Sequência de Fibonacci (duas definições equivalentes) • F0 = 0 • Fn = Fn–1 + Fn–2 n > 1 F = 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, ... • F1 = 1 • Fn = n 0 ≤ n ≤ 1 • Fn = Fn–1 + Fn–2 n > 1 OU Recorrências: sequências • Exemplo 6 – Sequência de Fibonacci (outra definição) • F(1) = F(2) = 1 • F(n) = F(n-1) + F(n-2) n > 2 F = 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, ... Recorrências: sequências • Exemplo 6 – Sequência de Fibonacci: FÓRMULA FECHADA • F(1) = F(2) = 1 • F(n) = F(n-1) + F(n-2) n > 2 Recorrências: sequências 𝐹 𝑛 = 5 5 1 + 5 2 𝑛 − 5 5 1 − 5 2 𝑛 1. Escreva os 8 termos iniciais de cada sequência a seguir (mostre os cálculos) Identifique quais são definidas por recorrências e quais por fórmula fechada a. S(1) = 1 S(n) = S(n–1) + n2, n > 1 b. R(n) = 2n + n2, n ≥ 1 c. R(n) = 2n – n, n ≥ 1 Exercícios de Recorrências: sequências 1. Escreva os 8 termos iniciais de cada sequência a seguir (mostre os cálculos) Identifique quais são definidas por recorrências e quais por fórmula fechada d. T(1) = 1 T(2) = 2 T(n) = T(n–1) + T(n–2) + n, n ≥ 3 e. R(n) = 2 (n+1)2 – 2n, n ≥ 1 f. S(1) = 3 S(n) = S(n–1) + (n–1)2, n > 1 Exercícios de Recorrências: sequências 2. Para a sequência S = 7, 13, 19, 25, a. Defina S por recorrência b. Encontre a fórmulafechada para S c. Utilizando a fórmula fechada, responda (justifique sua resposta) 59995 S ? Exercícios de Recorrências: sequências 3. Escreva a recorrência – BASE E PASSO – que defina cada sequência a. S = 1, 3, 6, 10, 15, 21, … b. S = 1, 3, 8, 22, 60, 164, … c. S = 2, 3, 7, 13, 27, … d. S = 2, 3, 12, 13, 22, 23, 32, 33… e. S = 1, 2, 6, 24, 120, 720, … f. S = 1, 3, 7, 15, 31, 63, 127, … Exercícios de Recorrências: sequências Gabarito 1. Apenas os 5 iniciais Exercícios de Recorrências: sequências a) S(1) = 1 S(2) = S(1) + 22 = 1 + 4 = 5 S(3) = S(2) + 32 = 5 + 9 = 14 S(4) = S(3) + 42 = 14 + 16 = 30 S(5) = S(4) + 52 = 30 + 25 = 55 b) R(1) = 21 + 12 = 2 + 1 = 3 R(2) = 22 + 22 = 4 + 4 = 8 R(3) = 23 + 32 = 8 + 9 = 17 R(4) = 24 + 42 = 16 + 16 = 32 R(5) = 25 + 52 = 32 + 25 = 57 c) R(1) = 21 – 1 = 2 – 1 = 1 R(2) = 22 – 2 = 4 – 2 = 2 R(3) = 23 – 3 = 8 – 3 = 5 R(4) = 24 – 4 = 16 – 4 = 12 R(5) = 25 – 5 = 32 – 5 = 27 d) T(1) = 1 T(2) = 2 T(3) = T(2) + T(1) + 3 = ... = 6 T(4) = T(3) + T(2) + 4 = ... = 12 T(5) = T(4) + T(3) + 5 = ... = 23 e) R(1) = ... = 6 R(2) = ... = 14 R(3) = ... = 24 R(4) = ... = 34 R(5) = ... = 40 f) S(1) = 3 S(2) = ... = 4 S(3) = ... = 8 S(4) = ... = 17 S(5) = ... = 33 Gabarito 2. Exercícios de Recorrências: sequências a) S(1) = 7 S(n) = S(n–1) + 6, n 1 b) Expandir os termos S(n) = 7 + 6 (n–1) S(n) = 6n + 1 c) S(n) = 59995 = 6n +1 ... n = 59999 / 6 = 9999 S(9999) = 59995 59995 S Gabarito 3. Exercícios de Recorrências: sequências a) S(1) = 1 S(n) = S(n–1) + n n ≥ 2 b) S(1) = 1 S(2) = 3 S(n) = 2 [ S(n–1) + S(n–2) ] n > 2 c) S(1) = 2 S(2) = 3 S(n) = S(n–1) + 2 S(n–2) n > 2 d) S(1) = 2 S(2) = 3 S(n) = S(n–2) + 10 n > 2 Gabarito 3. Exercícios de Recorrências: sequências e) S(1) = 1 S(n) = n ∙ S(n–1), n > 1 f) S(1) = 1 S(n) = 2 ∙ S(n–1) + 1, n > 1 Exercícios: slides prof. Ricardo Encontre uma forma recorrente para as sequências abaixo. Depois encontre suas fórmulas fechadas. 4. S = x, x + a, x + 2a, x + 3a, x + 4a, ... 5. S = 7, 9, 11, 13, 15, 17, ... Gabarito – slides do prof. Ricardo Exercícios de Recorrências: sequências Exercícios: Deduzir as fórmulas fechadas. 6. 𝑆 1 = 3 𝑆 𝑛 = 2 ∙ 𝑆 𝑛 − 1 , 𝑛 > 1 7. 𝑆 1 = 3 𝑆 𝑛 = 𝑆 𝑛 − 1 + 5, 𝑛 > 1 8. S = 1, 3, 7, 15, 31, 63, 127, … Exercícios de Recorrências: sequências Exercícios: Deduzir as fórmulas fechadas. 6. 𝑆 1 = 3 𝑆 𝑛 = 2 ∙ 𝑆 𝑛 − 1 , 𝑛 > 1 7. 𝑆 1 = 3 𝑆 𝑛 = 𝑆 𝑛 − 1 + 5, 𝑛 > 1 8. S = 1, 3, 7, 15, 31, 63, 127, … Gabarito 6. S(n) = 3 ∙ 2n-1 7. S(n) = 5n – 2 8. S(n) = 2n – 1 Exercícios de Recorrências: sequências Exercícios: Deduzir as fórmulas fechadas. 9. Especifique a recorrência para a sequência S. Depois calcule S(6). S = 1, 5, 12, 34, 92, ... Gabarito 9. S(6) = 252 Exercícios de Recorrências: sequências Obrigado! Aula 10 • Recorrências (cont.) – Sequências – Operações e funções (matemáticas) • Recursividade – Algoritmos ou funções (computacionais) Exercícios: Deduzir as fórmulas fechadas. 6. 𝑆 1 = 3 𝑆 𝑛 = 2 ∙ 𝑆 𝑛 − 1 , 𝑛 > 1 7. 𝑆 1 = 3 𝑆 𝑛 = 𝑆 𝑛 − 1 + 5, 𝑛 > 1 8. S = 1, 3, 7, 15, 31, 63, 127, … Exercícios sobre recorrências: sequências • Resolvendo recorrências 1ª Forma Exercícios sobre recorrências: sequências 6. 𝑆 1 = 3 𝑆 𝑛 = 2 ∙ 𝑆 𝑛 − 1 , 𝑛 > 1 S(3) = S(2) · 2 S(2) = S(1) · 2 S(1) = 3 S(n) = S(n–1) · 2 S(n–1) = S(n–2) · 2 S(n–2) = S(n–3) · 2 ... Multiplicando todos os termos de cada lado; cancelando os que estejam nos dois lados: ∏ ∏ S(n) = 3 · 2 n-1 • Resolvendo recorrências 2ª Forma: expandido os termos Exercícios sobre recorrências: sequências S(1) = 3 S(2) = S(1) · 2 = S(3) = S(2) · 2 = 3 · 2 3 · 2 · 2 = S(4) = S(3) · 2 = 3 · 22 · 2 = 3 ∙ 22 3 ∙ 23 S(5) = S(4) · 2 = 3 · 23 · 2 = 3 ∙ 24 S(6) = S(5) · 2 = 3 · 24 · 2 = 3 ∙ 25 S(n) = 3 ∙ 2n-1 6. 𝑆 1 = 3 𝑆 𝑛 = 2 ∙ 𝑆 𝑛 − 1 , 𝑛 > 1 Exercícios: Deduzir as fórmulas fechadas. 6. 𝑆 1 = 3 𝑆 𝑛 = 2 ∙ 𝑆 𝑛 − 1 , 𝑛 > 1 Resolva utilizando a expansão da 3ª forma 7. 𝑆 1 = 3 𝑆 𝑛 = 𝑆 𝑛 − 1 + 5, 𝑛 > 1 8. S = 1, 3, 7, 15, 31, 63, 127, … Veja Exemplo 5. Gabarito 6. S(n) = 3 ∙ 2n-1 7. S(n) = 5n – 2 8. S(n) = 2n – 1 Exercícios sobre recorrências: sequências • Recursividade – Fundamental em Matemática e Ciência da Computação • Função recorrente é definida em termos dela mesma • Programa recursivo é um programa que chama a si mesmo – Note: “recorrência” – Matemática, “recursividade” – Computação. – Exemplos: • Números naturais, Função fatorial, Árvore – Conceito poderoso: • Define conjuntos infinitos com comandos finitos! Recorrências: Algoritmos/funções recursivos prof. Ricardo Mesquita • Definição – A função “invoca” a si mesma • A função chama ou ativa outra “instância” de si mesma – Recorrência direta • A função A chama a própria função A – Recorrência indireta: • A função A chama uma função B que, por sua vez, chama a função A Recorrências: Algoritmos/funções recursivos prof. Ricardo Mesquita • Nenhum programa ou função pode ser exclusivamente definido por si – O programa entraria em um loop infinito – A função teria uma definição circular, infinita • Condição de parada – Permite determinar que o procedimento pare sua execução em algum momento • Exemplo: F(x) > 0, onde x é decrescente Recorrências: Algoritmos/funções recursivos prof. Ricardo Mesquita 09/31 Exemplo: Função Fatorial – prof. Ricardo Mesquita 10/31 Exemplo: Função Fatorial – prof. Ricardo Mesquita 11/31 Exemplo: Função Fatorial – prof. Ricardo Mesquita 12/31 Exemplo: Função Fatorial – prof. Ricardo Mesquita 13/31 Exemplo: Função Fatorial – prof. Ricardo Mesquita 14/31 Exemplo: Função Fatorial – prof. Ricardo Mesquita 15/31 Exemplo: Função Fatorial – prof. Ricardo Mesquita 16/31 Exemplo: Função Fatorial – prof. Ricardo Mesquita 17/31 Exemplo: Função Fatorial – prof. Ricardo Mesquita 18/31 Exemplo: Função Fatorial – prof. Ricardo Mesquita 19/31 Exemplo: Função Fatorial – prof. Ricardo Mesquita 20/31 Exemplo: Função Fatorial – prof. Ricardo Mesquita • Exemplo Função F(m: real, n: inteiro) // m ≠ 0 Se n = 0 então Retorne 1 Senão Retorne m * F(m, n-1) FimSe FimFunção Recursividade F(2,3) = 2 * F(2,2) = F(2,2) = F(2,0) = F(2,1) = 2 * F(2,1) = 2 * F(2,0) = 1 2 * 1 = 2 2 * 2 = 22 2 * 22 = 23 F(2,3) = 8 F(m,n) = mn • Exemplo Função F(m: real, n: inteiro) Se n = 0 então Retorne 0 Senão Retorne m + F(m, n-1) FimSe FimFunção Recursividade F(2,3) = 2 + F(2,2) = F(2,2) = F(2,0) = F(2,1) = 2 + F(2,1) = 2 + F(2,0) = 0 2 + 0 = 2 2 + 2 = 2 · 2 2 + 2 · 2 = 2 · 3 F(2,3) = 6 F(m,n) = m · n • Exercício Recursividade f (12) = 12 · f (11) = f (11) = f (10) = 11 · f (10) = 10 11 · 10 12 · 11 · 10 Seja a função 𝑓(𝑥) definida por: 𝑓 𝑥 = 𝑥 𝑥 ⋅ 𝑓(𝑥 − 1) se 0 ≤ 𝑥 ≤ 10 caso contrário Assinale qual o valor de 𝑓 12 ? a) 12! b) 12! /8! c) 12! / 9! d) 12! / 10! e) 12! / 11! c) 12! / 9! • Exemplo: sequência de Fibonacci int Fib(int n) // Versão Recursiva n >= 1 { if (n <= 0) return 0; // exception? if ((n == 1) || (n == 2)) return 1; else return Fib(n-1) + Fib(n-1); } Recursividade • Exemplo: valor máximo em um vetor com n elementos int MaxVet (int vet[], int n) // Versão ITERATIVA { int maximo = INT_MIN; // #include <limits.h> for (i = 0; i < n; i++) if (vet[i] > maximo) maximo = vet[i]; return maximo; } Recursividade • Exemplo: valor máximo em um vetor com n elementos int MaxVet2 (int vet[], int n) // Versão 2.0 - RECURSIVA { int maximo; if (n == 1) return vet[0]; maximo = MaxVet2 (vet, n-1); if (maximo > vet[n-1]) return maximo; else return vet[n-1]; } Recursividade • Exemplo: valor máximo em um vetor com n elementos int MaxVet3 (int vet[], int ini, int fim) // Versão 3.0 - RECURSIVA { int max1, max2, meio; if (ini == fim) return vet[ini]; meio = (ini + fim) / 2; max1 = MaxVet3 (vet, ini, meio); max2 = MaxVet3 (vet, meio+1, fim ); if (max1 > max2) return max1; else return max2; } Recursividade Obrigado! Obrigado!
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