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QUADRO SINÓTICO AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO

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QUADRO SINÓTICO – AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO 
BASE JURÍDICA 
• Art. 226, § 6º da CF/88. 
• Arts. 1.571 a 1.582 do CC/02. 
COMPETÊNCIA 
Juiz Estadual Especializado – Com o advento do CPC/2015, o foro competente na ação de divórcio, não será 
mais, obrigatoriamente, o foro de domicílio da mulher, podendo ser o de domicílio do guardião de filho 
incapaz; o do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz; OU o de domicílio do réu, se nenhuma 
das partes residir no antigo domicílio do casal; Deverá a ação ser endereçada à Vara de Família e Sucessões. 
Competência de natureza especial e relativa – Por ser relativa a competência, a mulher poderá renunciar 
ao foro de sua residência, propondo a ação no foro de domicílio do marido, bem como poderá permitir a 
prorrogação de competência ao não apresentar a exceção de incompetência caso o marido venha a propor 
a ação no foro de seu próprio domicílio, ou em qualquer outro que não seja o foro da mulher. 
LEGITIMIDADE 
Como é litigioso o divórcio, a ação será proposta por um dos cônjuges em face do outro. 
CABIMENTO 
O divórcio é a dissolução da sociedade conjugal (art. 1.571, IV do CC/02), podendo se dar de forma 
consensual ou litigiosa. 
Divórcio litigioso – Será litigioso o divórcio quando: 1) um dos cônjuges não quer a separação; 2) os cônjuges 
não chegam a um acordo sobre os direitos de cada um; ou 3) houve descumprimento dos deveres conjugais. 
Impossibilidade da comunhão de vida – O CC/02 elenca como motivos que podem impossibilitar a 
comunhão de vida: 1) o adultério; 2) a tentativa de morte; 3) a sevícia ou a injúria grave; 4) o abandono 
voluntário do lar conjugal, durante um ano contínuo; 5) a condenação por crime infamante; 6) a conduta 
desonrosa. Ainda, o juiz poderá considerar outros fatos quetornem evidente a impossibilidade da vida em 
comum (art. 1.573 do CC/02). 
PEDIDOS CUMULADOS 
À ação de divórcio litigioso, podem ser cumulados os pedidos de: 1) separação de corpos; 2) arrolamento 
e partilha de bens; 3) pensão alimentícia; 4) regulamentação de visitas; 5) guarda dos filhos; 6) afastamento 
de um dos cônjuges da residência do casal; 7) busca e apreensãode menores. 
PEÇA 
Formato – Petição inicial. 
Conteúdo – Exposição de fatos, fundamentos jurídicos e pedidos. 
Pedido – Devem ser formulados os seguintes requerimentos: 
 
a) a citação do réu, por oficial de justiça (art. 247, I, CPC/2015), para que compareça à audiência de 
conciliação ou de mediação, a ser designada (art. 319, VII, CPC/2015); 
b) a procedência total do pedido, decretando-se o divórcio do casal nos termos pleiteados e sendo o réu 
condenado a arcar com os ônus da sucumbência; 
c) a intimação do representante do Ministério Público para intervir no feito; 
d) a expedição de mandado determinando a averbação da sentença de divórcio junto ao cartório de registro 
civil competente, para fins de direito; 
e) ante a autorização para que a requerente volte a usar o nome de solteira, nos termos do art. 1.578, § 2º 
do CC/02, a expedição de mandado para a alteração no cartório competente; 
f) a concessão dos benefícios da gratuidade, com fundamento no art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal e 
dos artigos 98 e seguintes CPC/2015, uma vez que a requerente é pessoa pobre e não tem condições de 
arcar com as despesas do processo sem prejuízo de sua subsistência (se for o caso); 
g) a produção de todos os meios de prova admitidos em direito, especialmente pela juntada de 
documentos, pela oitiva de testemunhas e depoimento pessoal do réu. 
VALOR DA CAUSA 
Deve ser indicado o valor da causa, o qual corresponderá ao valor dos bens objeto da partilha, no caso de 
haver cumulação com pedido de partilha de bens. Se não houver bens a serem partilhados, a ação terá um 
valor para efeitos fiscais, nos termos do art. 291 do CPC/2015. Ainda, havendo cumulação de pedidos, o 
valor da causa corresponderá à soma dos valores de todos eles, conforme art. 292, VI, do CPC/2015. 
PARTICULARIDADES 
• Deve-se mencionar, na narração dos fatos, o regime de bens em que o casamento ocorreu (a 
questão fornecerá este dado). Esta informação é indispensável ao pedido de divisão de bens, que 
apenas não será feito se não existirem bens a serem partilhados. 
• Em casos de adultério, infidelidade e traição, o cônjuge traído poderá pedir indenização moral pelo 
dano sofrido, visto que o adultério é considerado uma injúria grave. 
• É possível que o divórcio seja concedido sem que haja prévia partilha de bens (art. 1.581 do CC/02). 
• A intimação de representante do Ministério Público apenas será necessária nos termos da lei, como 
nas hipóteses que envolvem filhos menores ou pessoa incapaz.

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