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Anamnese para queixas de voz, avaliação multidimensional da voz

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voz
MENINAFONO
 
Entrevista/anamnese para uma criança/adolescente com queixa de voz;
Os principais sintomas podem ser agrupados em 7 categorias.
ANAMNESE 
A anamnese inicia primeiramente com os dados de identificação pessoal, em que vai ocorrer a coleta
do nome, idade, DN, profissão, endereço, telefone e afins...
QUEIXA E DURAÇÃO
Iniciamos perguntando qual a queixa, a duração e os sintomas desse paciente. A queixa é o motivo da
consulta e representa o sintomas da disfonia. Por isso é importante aprofundar na queixa, buscando
saber o motivo qual levou lá, há quanto tempo vem com aquele sintoma. 
Sintomas de alterações na qualidade vocal: Para o paciente tudo é rouquidão ou afonia. E nisso deve-
se procurar identificar o que mudou na qualidade vocal habitual do indivíduo. Esses sintomas estão
frequentemente associados à lesões de massa nas pregas vocais.
Sintomas de fadiga e esforço vocais: para muitos pacientes a alteração vocal não é tão importante, mas
o esforço ou o cansaço na produção da voz modificam o comportamento vocal: o paciente pode referir
cansaço progressivo, esforço para melhorar a projeção ou ainda piora a voz em determinados
períodos.
Esses sintomas vão estar associados às fendas glóticas ou disfonia por tensão muscular.
Avaliação corporal básica: com relação ao corpo e a voz
Para a avaliação fonoaudiologica clínica São consideradas a anamnese completa, análise
perceptivo-auditiva de qualidade vocal
medidas fontorias: tempo máximo de fonação de uma vogal, tempo de números e relação s/z
A anamnese trata-se de uma série de procedimentos, é uma entrevista que busca conhecer o
comportamento vocal de um indivíduo. A partir dela vai identificar os prováveis fatores casuais,
desencadeantes e mantedores da disfonia, descrevendo as características de perfil vocal do indivíduo,
hábitos adequados e inadequados à saúde vocal.
O que avaliar depende do objetivo da avaliação e da hipótese diagnóstica.
Para a triagem vocal fonoaudiologica básica é feita uma análise: 
perceptivo-auditiva de qualidade vocal
Medidas fonatórias: tempo máximo de fonação de uma vogal, tempo de número e relação s/z
Ainda na história pregressa é importante que o paciente fale sobre sua própria voz, além da impressão
dos outros sobre a voz, além de fazer uma autoavaliação vocal indicando o impacto que essa disfonia
causou na vida particular, profissional e social.
Hábitos inadequados
Essa investigação deve ser concentrada em dois grupos:
Fatores de natureza externa: como tabagismo, etilismo, uso de ar-condicionado 
Comportamento vocal: o fonotrauma devido ao abuso ou o mau uso vocal.
Nisso é quando perguntamos se fuma, se ingere álcool em excesso, se pigarreia, grita muito. 
INVESTIGAÇÃO COMPLEMENTAR
Procura levantar uma série de alterações que podem ter influenciado o estabelecimento do quadro, e
podem estar contribuindo para a manutenção ou para a recorrência das crises disfônicas. As principais
alterações são distúrbios alérgicos, faríngicos, bucais, nasais, otológicos, pulmonares, digestivos,
hormonais e neurovegetativos.
Sintomas de sensação desagradáveis a emissão: queixas de dor a produção da voz, dor muscular em
áreas da cintura escapular ou de face após fala prolongada, sensação de ardor, queimação ou corpo
estranho na laringe
HISTÓRIA PREGRESSA DA DISFONIA
Buscar saber sobre quem encaminhou e porquê, saber de onde veio é importante para saber como
fazer o acolhimento e tratamento com esse paciente. A instalação da alteração se for de forma abrupta
pode ser decorrente de um processo psicogênico, se for gradual piorando com o tempo pode ser uma
questão comportamental, se for lenta uma questão neurológica.
Sintomas de presença de ar na voz: O paciente pode referir ar constante, ar no final das emissões ou
ar nos agudos, quando canta. Nestes casos, geralmente observa-se fendas glóticas do tipo triangulares,
nos quadros de tensão muscular, ou fusiformes, nas alterações estruturais mínimas.
Sintomas de perda de frequências de extensão vocal: Tais sintomas de extensão vocal reduzida, tanto
na região dos agudos como na região dos graves, são bastantes comuns entre os profissionais da
voz e podem estar relacionados à quadros inflamatórios agudos, à presença de edemas ou ainda,
após o uso excessivo da voz, apesar da técnica adequada
Sintoma de descontrole na frequência da voz: Os pacientes podem apresentar desvios, como quebras,
falta de modulação, modulação excessiva ou voz trêmula. Esses desvios são frequentemente
encontrados em alterações neurológicas, mas podem ainda indicar distúrbios vocais, emocionais
ou problemas de mutação fisiológica da voz.
sintomas de descontrole na intensidade vocal: o paciente pode apresentar desvios, quebras com
perda total de sonorização ou dificuldade em modular a intensidade vocal. Tais sintomas geralmente
indicam abuso ou fadiga vocal, porém também são encontradas em distúrbios neurológicos.
 
ANTECEDENTES PESSOAIS E FAMILIARES
Ainda na anamnese é necessário fazer uma investigação sobre os antecedentes pessoais e familiares.
Saber se é um caso recorrente de inadaptações fônicas, alterações mínimas como o sulco vocal,
malformações congênitas. É importante saber se já fez tratamentos anteriores com fono,
medicamentos, cirúrgico, psicológico.
QUALIDADE VOCAL 
A qualidade vocal é o termo empregado para designar o conjunto de características e identificar uma
voz. A qualidade vocal é a principal avaliação perceptiva e relaciona-se a impressão total criada por
uma voz e embora a qualidade vocal varie de acordo com o contexto de fala e as condições físicas e
psicológicas do indivíduo, há sempre um padrão básico de emissão que o identifica.
 
AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL DA VOZ;
A avaliação multidimensional da voz compreende um conjunto de análises que se complementam
(BEHLAU et al., 2001). Alguns métodos são subjetivos, os quais podem ser mensurados por meio da
aplicação de protocolos e outros objetivos mensurados por meio de métodos computacionais. As
ferramentas computacionais desenvolvidas para atender a necessidade clínica da avaliação vocal
compreendem a análise de sinais acústicos e de imagens laríngeas. 
AVALIAÇÃO PERCEPTIVO-AUDITIVA DA VOZ 
É um instrumento básico na atuação fonoaudiologica clínica da voz por onde vai perceber as nuanceas
da qualidade vocal do indivíduo pra estar fazendo uma avaliação sobre aquela voz e dando um grau a
respeito da severidade ou normalidade da qualidade vocal. Na prática clínica a análise perceptivo-
auditiva é a ferramenta mais utilizada para a avaliação do comportamento vocal e é considerada
soberana em relação aos demais métodos de avaliação por oferecer informações qualitativas do
aparato laríngeo. 
Ela é uma avaliação subjetiva da gente, uma vez que considero severa pra outra pessoa pode ser
moderada. Referente ao grau é possível ter uma divergência
Como escala de avaliação temos a GRBASI que foi iniciada por Hirano em 1981 e foi atualizada por
Djenocker em 1996
A escala é utilizada internacionalmente, é um método simples de avaliação do grau global de disfonia
pela identificação da contribuição de fatores independentes que são
O grau geral vai representar o grau geral da disfonia.
G grau geral
R indicativo de rugosidade, rugosidade é uma instabilidade, irregularidade na vibração das ppvv.
B soprosidade é indicativo de um escape de ar na glote, sensação de ar na ppvv "chiado"
A astenia é uma fraqueza vocal, com pouca potência 
S tensão indicativo de uma hiperfuncionalidade, frequência mais aguda
I instabilidade vai apresentar uma flutuação na voz seja na frequência fundamental ou na qualidade
vocal.
Ela é uma escala que varia de 0 a 3 pontos, assim eles permite classificar a voz em
Normal com valor de 0 
1 leve 
2 moderado 
3 severo.
A rugosidade engloba características de aspereza, rouquidão, crepitação e bitonalidade.
Aspereza é uma voz arranhada, tem a presença de dois focos de ressonância (um na laringe e outro de
compensação) pobre em harmônicos e rica em ruídos. Ataque vocal brusco, rigidez de mucosa.
Rouquidãoqualidade vocal ruidosa que significa um indicativo de irregularidade na vibração das ppvv,
frequência e intensidade diminuídas, presença de ruídos. Pode apresentar intensidade elevada.
Disfonias comportamentais. Voz típica da gripe.
Crepitação aperiodicidade na vibração que pode apresentar tom grave, que é característico de uma
pvv encurtada e com um maior aumento de massa.
Bitonalidade é como se a gente tivesse duas vozes, com frequência, intensidade e qualidade vocal
diversa. Desnivelamento da prega vocal, irregularidade na vibração da mucosa das ppvv.
Erika tomou um suco de amora
Sonia sabe sambar sozinha 
Grau de severidade global, impressão global sa alteração global
rugosidade que é característico da irregularidade na fonte sonora
soprosidade que é o escape de ar
tensão que é o esforço 
pitch que é a sensação da frequência fundamental (se ela é grave ou aguda)
Laudness que é a percepção da intensidade se é forte ou fraco.
A escala RASATI é uma adaptação da escala GRBASI pra versão brasileira feita por Pinho e Pontes e foi
atualizada em 2008 e ela vai trazer os parâmetros de rouquidão, aspereza, soprosidade, astonia,
tensão, instabilidade e a graduação de resposta é de 0 que é ausente 1 grau leve 1-2 de leve a
moderado 2 moderado 2-3 moderado a intenso e 3 intenso.
Tanto pra escala GBRASI e RASATI é preciso que o paciente faça a vogal sustentada A e e a emissão da
vogal E. E também uma fala encadeada que pode ser a contagem de números, uma frase específica...
CAPE-V foi desenvolvida por Asha em 2003
ela avalia seis parâmetros e pode adicionar mais dois que perceber na qualidade vocal do indivíduo.
Ele vai trazer tarefas de fala que são 
vogais sustentadas
Frases específicas
e falas espontâneas
frases específicas que avalia por meio da vogal sustentada como 
resultado é dado a partir da escala analógica linear
O CAPE-V tem o valor discreto, moderado, acentuado
Os parâmetros observados são;
E tem dois parâmetros extras a instabilidade e astenia. Também sobre as características de
ressonância do indivíduo
Dentro das tarefas de fala tem a vogal A e a vogal I
o paciente deve estar sentado confortavelmente em um ambiente silencioso e com microfone 4cm da
boca e um ângulo de 45⁰.
CAPE-V tem um item para estar respondendo que se chama consistente quando está presente em
todas as tarefas de fala que o indivíduo faz. Vogal sustentada, fala encadeada, fala espontânea
Intermitente quando apresenta em uma tarefa, mas não apresenta em outra
PRINCIPAIS AVALIAÇÕES CLÍNICAS VOCAIS;
A avaliação do comportamento vocal tem como objetivo básico oferecer um diagnóstico da função
vocal e identificar os candidatos a disfonia. Este procedimento vai envolver três aspectos: 
1. A avaliação dos parâmetros vocais: tipo da voz, sistema de ressonância , frequência, intensidade,
medidas fonatórias e coordenação pneumofonoarticulatória, considerando o tipo e a magnitude do
desvio.
2. A descrição dos ajustes de trato vocal e do corpo empregados na produção da voz: alinhamento
vertebral, posição do tórax e da cabeça, posição da laringe no pescoço, participação do vestíbulo
laringeo na produção da voz, grau de abertura de boca e zonas específicas de hipertonia muscular.
3. Identificação dos comportamentos vocais negativos em situações externas à da avaliação clínica,
com a descrição do perfil da comunidade do indivíduo, que inclui a descrição de hábitos vocais; o
emprego de diferentes tipos de vozes e a identificação das habilidades gerais de comunicação.
Ressonância 
É a forma como a nossa voz é amplificada, é como a gente consegue fazer com que o som saia da
nossa laringe e se projete no espaço. O sistema de ressonância vocal existe uma série de estruturas e
cavidades do aparelho aparelho fonador que são chamados de caixa de ressonância, são eles os
pulmões, a laringie, a faringe, a cavidade da boca, a cavidade nasal e os seios paranasais. Sendo as
principais as cavidades da laringe, da faringe, da boca e do nariz.
Ela pode ser classificadas de acordo com a região que ela ocorre. Vai ser classificadas em: equilibrada,
laringofaríngea, oral, hipernasal, hiponasal.
hiponasal acontece quando temos uma obstrução na cavidade nasal impedindo que o ar direcione
também para o nariz enquanto a gente fala, quando a gente tá falando estamos fazendo amplificação
do ar tanto no nariz, como na boca, quanto na laringe. E se estiver gripada, tá obstruído e não
consegue fazer esse foco.
Ressonância hipernasal é quando direciona todo o ar para essa região. A pessoa consegue sentir o ar
saindo pelo nariz
AUTOAVALIAÇÕES E AS AVALIAÇÕES PARENTAIS NOS CASOS DE DISFONIA EM
CRIANÇAS/ADOLESCENTES;
Protocolo de qualidade de vida em voz na população pediátrica QVV-P
Ele é uma versão adaptada para o português BR, foi traduzido por duas fonoaudiolgas. O questionário
busca avaliar a qualidade de vida relacionada à voz tanto de crianças como adolescentes que tenham
queixa vocal.
Ele possui 10 questões e apresenta dois domínios sendo eles o socioemocional e físico e vai ter 5
categorias, opções de respostas que são divididas em excelente, muito boa, boa, razoável e ruim.
É um protocolo simples e a participação dos pais pode ser permitida a depender da faixa etária da criança.
O questionário QVV-P vai possibilitar a verificação da eficiência da reabilitação vocal.
Índice de triagem para distúrbios de voz ITDV
É um protocolo de autoavaliação dos distúrbios da voz que tem como objetivo identificar os sujeitos que
tem algum risco para ter distúrbios de voz, mesmo nos estágios iniciais e assim detectar de forma precoce
e fazer o tratamento adequado. Por meio dele é possível obter dados relacionados com o uso de voz,
hábitos, estilo de vida e sintomas vocais. Ele abrage 12 sintomas vocais e ele é um instrumento curto, de
fácil aplicabilidade e tem uma sensibilidade em torno de 90%. É utilizado como uma triagem uma vez que
ele é rápido e prático.
Nele vai ter os possíveis sintomas que o paciente apresenta e ele ira responder de acordo com as opções
de nunca, raramente, as vezes ou sempre
Índice de desvantagem vocal IDV
é um protocolo que é utilizado para avaliar o impacto que a disfonia causa na voz, ele vai avaliar os aspectos
sociais, emocionais e físicos do indivíduo. O IDV é baseado na autoavaliação vocal que é um meio de avaliar
o impacto e a disfonia, problema de voz e o quanto as intervenções fonoaudiologica contrubuem
efetivamente nessa terapia.
O IDV funciona por meio de perguntas objetivas, no qua para cada pergunta é atribuída uma nota.
Ele contém 30 perguntas e são divididas em três domínios; emocional, físico e orgânico.
Escala urica-voz 
Adaptada a partir do modelo trasteorico MTT por 5 fonoaudiologos, é uma escala simples de ser aplicada. A
versão da escala urica voz possui 32 questões e vai avaliar o estágio de mudança de comportamento e
hábitos que o paciente está, esses estágios são de pré-contemplação, contemplação, ação e manutenção.
Ela mapeia os estágios de adesão a partir da autopercepção do paciente que tiver em tratamento. As
questões poderão ser respondidas de acordo com as alternativas discordo totalmente, discordo, não sei,
concordo e concordo totalmente e a pontuação vai variar de 1 a 5 pontos.

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