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AVALIAÇÃO CLÍNICA DA VOZ (resumos de artigos)

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Avaliação Vocal
Instrução: Na tabela abaixo faça um resumo dos pontos abordados nos vídeos
Nome: Franciane Lima Vieira
Vídeo 1: Avaliação da voz: o que dizem os especialistas e pesquisadores
Foi feito a partir de um levantamento de vários profissionais fonoaudiólogos que atuam
na área da voz e, a partir daí, foram apresentados os resultados. Foram selecionados 84
fonoaudiólogos de 19 estados brasileiros nas suas rotinas de atendimento. Na anamnese,
a maior parte dos fonoaudiólogos não usam software de apoio, mas a maior parte segue
um roteiro específico e usam sempre o mesmo instrumento para todos os pacientes.
Todos os participantes (100%) investigam a queixa, duração, história pregressa, sintomas
vocais e condições de saúde geral. Além da anamnese, no geral, foram encontrados os
seguintes resultados: 73,7% estão inseridos no setor privado, 93% usam protocolos de
autoavaliação IDV-10 (índice de qualidade de vida) e ESV (Escala de Sintomas Vocais),
sendo eles os mais frequentes; 93% fazem avaliação perceptivo-auditiva, 72,9% usam a
escala padronizada para realizar a APA; 75% fazem avaliação corporal básica e, por fim,
93% fazem análise acústica.
A avaliação vocal serve para observar o que está acontecendo no corpo como um
todo e pegar aqueles dados da anamnese para concluir se o problema vocal é causado
por fatores comportamentais ou por outros fatores independentes. Toda história muito
bem avaliada resolve grande parte do diagnóstico direcional. Esses aspectos ajudam
muito no raciocínio clínico e sucesso na terapia.
Isso quer dizer que, toda anamnese pode ser ampla, mas tem que ser direcionada a
um objetivo para definir a conduta adequada. No que se refere a avaliação
perceptivo-auditiva, observa-se que há questões culturais envolvidas na observação de
vozes, ou seja, certas características vocais são normais em uma nacionalidade e em
outras não são. O referencial teórico também é responsável pela sensibilidade do
profissional para perceber aspectos da voz como a rugosidade e a soprosidade.
As melhores tarefas da avaliação perceptivo-auditiva a serem feitas, portanto, seria
vogal aberta /a/ ou /e/ para avaliação da fonte glótica, fala encadeada com texto padrão
de leitura, contagem de 1 a 20 e relato do paciente sobre a própria voz. Dentro da clínica,
a espectrografia é a ferramenta mais poderosa na análise, pois revela muitas coisas que
não foram observadas antes e, além dessa ferramenta, a análise de dinâmica vocal
(glissando ou produção de som forte e fraco) também é fundamental. A diferença entre a
espectrografia e a avaliação auditiva, é a análise visual sonora para observação da
produção da voz do paciente.
Além dessas condutas do fonoaudiólogo, há também o trabalho em conjunto do
médico na avaliação laringológica, sendo essa crucial de extrema importância, porém não
define a conduta do tratamento fonoaudiológico.
Para concluir, a escuta do paciente em sua própria percepção vocal, é muito
importante para evitar que o fonoaudiólogo projete no paciente uma avaliação equivocada
de si mesmo, e assim, mostrar sua empatia clínica. Isso, até possibilita descobertas sobre
a projeção do paciente sobre suas vivências que influenciam no problema vocal.
Reunindo resumidamente os pontos dos profissionais da live assistida, uma boa
avaliação envolve a análise da dinâmica, percepção do paciente (IDV-10), anamnese do
impacto do comportamento vocal na disfonia, registro auditivo para analisar o nível de
desvio vocal, sensações de fadiga e desconforto, documentar o registro acústico, olhar a
linguagem corporal, fazer exame geral simples dos órgãos fonoarticulatórios e de tensão
corporal durante a fonação, medidas que achar essenciais e selecionar o protocolo que
possa responder a hipótese diagnóstica levantada na anamnese, e por fim, olhar o exame
otorrinolaringológico para fechamento do caso.
Vídeo 2: Avaliação perceptivo-auditiva da voz: reflexões sobre o nosso padrão ouro
na clínica vocal
Primeiramente, o profissional fonoaudiólogo precisa ter em mente as fases do
desenvolvimento da voz em cada etapa da vida, na qual aprendemos nas matérias
básicas da graduação sobre o desenvolvimento humano. A partir desse conhecimento,
fica muito mais fácil identificar uma voz normal de uma voz desviada. A partir de um
parâmetro vocal identificado e isolado, não significa que precisa de um tratamento
imediato. A voz de uma criança costuma ter soprosidade e tensão, porém não o suficiente
para uma intervenção. Isso só será possível se a criança relatar incômodo presente em
sua voz. Fora essas características, a voz na infância é muito fácil de se confundir
(feminino e masculino).
Sobre a tarefa vocal, deve-se considerar a vogal sustentada /a/ que é usada
normalmente na avaliação (fonte glótica) e fala encadeada (contagem, dias da semana e
leitura). Essas tarefas servem para extrair informações sobre a voz que está sendo
avaliada. Além da sustentação de vogal, é importante também aplicar a extensão na qual
pede-se ao paciente sustentar em variações de intensidade fraca e forte, grave e aguda.
A importância disso é a identificação de patologias como a paralisia de prega vocal, pois
há pacientes que não conseguem produzir um som agudo.
Assim como no vídeo número 1, o vídeo 2 reforça a importância da avaliação da dinâmica
vocal. Isso influencia na conduta final para o paciente avaliado e gera reflexões sobre os
achados da tarefa.
As principais escalas utilizadas pela maioria das pesquisas científicas é a Escala
GRBAS (Hirano, 1981) e o protocolo CAPE-V (Kempster et. al, 2009) por ser de alta
confiabilidade. Além dessas duas escalas, a EDV (Yamasaki et al, 2017) também pode
ser utilizada para analisar o desvio global, tendo uma escala de 0 a 100 mm.
O treinamento auditivo é muito importante para identificar cada parâmetro, criando um
padrão interno com o uso de repetições na escuta das vozes. A graduação é o lugar ideal
para começar o treinamento auditivo, pois o profissional precisa de uma segurança para
avaliar uma voz e não deixar nada para trás. A rugosidade e a soprosidade são os que
mais aparecem na clínica de voz, portanto cada parâmetro deve ser isolado para definir o
grau desses parâmetros identificados. O padrão de voz gravado na mente pelo
profissional de diferentes vozes, vai ser fundamental para a discriminação das alterações
vocais e o constante refinamento que é passível de estímulo contínuo que aprimora a
intervenção fonoaudiológica.
Para concluir, a avaliação perceptivo-auditiva é o padrão ouro na avaliação
fonoaudiológica, pois capta muitas características vocais do paciente que relata suas
queixas. Essa avaliação depende muito do aperfeiçoamento e confiança do
fonoaudiólogo na sua percepção na voz que está sendo analisada sendo sempre um
processo no sucesso do raciocínio clínico. É importante sempre verificar os 4
subsistemas da fala (sistema respiratório, fonatório, ressonantal ou articulatório), porque
em um deles pode estar presente alguma alteração para determinar se o paciente tem
disfonia.

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