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APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 1 APG 11 –Osso fraco 1) ANALISAR A ANATOMOFISIOLOGIA DA PELVE E ESTRUTURAS ❖ CINTURA PÉLVICA OU CÍNGULO DO MEMBRO INFERIOR → Os ossos do quadril direito e esquerdo em conjunto com o sacro, que faz parte da coluna vertebral, formam a cintura pélvica (pelve), também chamada de CÍNGULO DO MEMBRO INFERIOR. → A cintura pélvica tem como principais funções: ✓ Sustentação: A cintura pélvica promove sustentação do peso das partes superiores do corpo nas posições sentada e ortostática (ereto, sobre os pés e braços paralelos). ▪ Sustenta as vísceras abdominopélvicas e o útero gravídico. ✓ Fixação: É ponto de fixação para os músculos da locomoção, postura e da parede abdominal. ▪ Serve de fixação também para os corpos eréteis dos órgãos genitais; ▪ É ponto de fixação para músculos e membranas que formam o assoalho pélvico. ✓ Proteção e contenção: Fornece proteção para as vísceras pélvicas e abdominais inferiores, e permite a passagem dessas até suas partes terminais. ▪ Fornece passagem para o feto a termo; ▪ Transfere o peso do esqueleto axial (coluna vertebral, caixa torácica e crânio) para o esqueleto apendicular (membros) inferior para ficar de pé e caminhar. → O quadril é formado por três ossos primários unidos por articulações, que são o ísquio, o ílio e o púbis. Em lactentes e crianças, esses ossos são unidos por uma cartilagem hialina trirradiada no acetábulo. Com a puberdade, esses ossos se unem formando o quadril e na fase adulta não há mais divisão entre eles, sendo a nomenclatura utilizada apenas para localização. → A pelve é dividida em PELVE MAIOR (FALSA) e PELVE MENOR (VERDADEIRA). ✓ PELVE MAIOR: é localizada entre à abertura superior da pelve e o plano das cristas ilíacas. Ela é ocupada por vísceras abdominais. ✓ PELVE MENOR: é localizada entre as aberturas da pelve e inclui a cavidade pélvica verdadeira e partes do períneo. Possui maior importância ginecológica e obstétrica. → Pelve, pelve menor e cavidade pélvica não são sinônimos, visto que PELVE é a cintura pélvica, a CAVIDADE é o local demarcado pela cintura pélvica e a PELVE MENOR é a região por onde o bebê atravessa durante o parto vaginal. → As relações de tamanho da pelve são importantes para determinar se uma mulher pode ou não ter parto normal. ➢ ÍLIO → O ílio forma a maior parte do osso do quadril e compõe a parte SUPERIOR do acetábulo, que é a cavidade com a qual o fêmur se articula com o quadril. → Suas partes mediais são espessas, servindo principalmente para sustentação do peso, enquanto as porções laterais (asas), que são mais finas, servem para a fixação dos músculos glúteos. → Anteriormente, o ílio tem as espinhas ilíacas anterossuperiores (EIAS) e anteroinferiores (EIAS), onde se fixam os ligamentos e tendões dos músculos dos membros inferiores, e entre elas há a crista ilíaca, que é o limite da pelve maior e serve como um “para-choque”, protegendo contra possíveis impactos sofridos nessa região. → Uma proeminência externa da crista ilíaca forma o tubérculo ilíaco. → A face lateral da asa do ílio possui três linhas, que são as linhas glúteas, onde se inserem as fixações proximais dos três grandes músculos glúteos, o máximo, o médio e o mínimo. → Na face medial, essa asa possui a fossa ilíaca, onde se insere a fixação proximal do músculo ilíaco, e a tuberosidade ilíaca, que se articula com o sacro na articulação sacroilíaca. APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 2 ➢ ÍSQUIO → O ísquio compõe a porção posteroinferior do osso do quadril, sendo formado basicamente pelo corpo e ramo. → A parte superior do corpo do ílio participa da formação do acetábulo, enquanto o ramo do ísquio se une ao ramo inferior do púbis formando o ramo isquiopúbico, que constitui o limite inferomedial do forame obturado. → Outros importantes componentes do ísquio são as incisuras isquiáticas maior e menor, a espinha isquiática e o túber isquiático. A incisura isquiática menor funciona como uma tróclea ou polia para um músculo que se inicia na pelve óssea e o túber isquiático é o local onde o peso do corpo se apoia na posição sentada, e é local da fixação proximal dos músculos da coxa. → O forame obturado é uma abertura irregular no osso do quadril, limitado pelo púbis e ísquio. → Este forame é fechado pela membrana obturadora, exceto no local de passagem para o nervo e vasos obturatórios, conhecido como canal obturatório. A importância desse forame é que ele diminui a massa óssea e com isso o peso do quadril, enquanto a membrana obturadora serve de local para fixação de músculos. ➢ PÚBIS → O púbis forma a parte anteromedial do osso do quadril, compondo a parte anterior do acetábulo e onde se fixa os músculos mediais da coxa. O púbis é dividido em corpo e ramos superior e inferior. Na parte medial, possui a face sinfisial, onde os púbis direito e esquerdo formam a sínfise púbica, cuja margem anterossuperior compõe a crista púbica, que é local de fixação para músculos abdominais. → Nas laterais, o púbis possui os tubérculos púbicos, que são importantes pontos de referência das regiões inguinais. Na margem posterior do ramo superior, o púbis possui a linha pectínea, que forma a parte da abertura superior da pelve. → O acetábulo, composto pelos três ossos primários do quadril, é uma cavidade que se articula com a cabeça do fêmur formando a articulação do quadril. Ele possui basicamente três regiões: incisura, fossa e face semilunar, que é a face que recebe propriamente dito a cabeça do fêmur. ➢ ARTICULAÇÕES DO QUADRIL → Além das articulações que unem os ossos primários do quadril, a qual o torna um osso único, ou seja, não há movimento entre suas partes, o quadril possui as seguintes articulações: sacroilíacas, coxofemoral (articulação do quadril) e a sínfise púbica. → A ARTICULAÇÃO SACROILÍACA é uma articulação sinovial especial por possuir mobilidade limitada, consequência de seu papel na transmissão do peso da maior parte do corpo para os ossos do quadril, principalmente através dos ligamentos sacroilíacos interrósseos. → Muitas vezes o movimento da articulação sacroilíaca é limitado a leves movimentos de deslizamento e rotação pelo entrelaçamento dos ossos que se articulam e os ligamentos sacroilíacos. Além dos ligamentos sacroilíacos interrósseos, esta articulação é composta pelos ligamentos sacroilíacos anteriores e posteriores. → A SÍNFISE PÚBICA é o disco interpúbico fibrocartilagíneo, que une anteriormente os ossos do quadril, sendo geralmente mais largo em mulheres. Anteriormente, essa articulação é reforçada pelos músculos reto e oblíquo externo do abdome. APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 3 → Em mulheres em trabalho de parto, as sínfises púbicas ficam mais elastecidas pelo efeito do hormônio relaxina. Esta articulação também auxilia movimento da articulação sacroilíaca com a distribuição do peso da marcha. → A ARTICULAÇÃO COXOFEMORAL, também chamada de articulação do quadril, é sinovial do tipo esferoide e fica entre a cabeça do fêmur e o acetábulo. → Depois da articulação do ombro (glenoumeral), é a mais móvel do corpo, realizando papel semelhante à glenoumeral. → A coxofemoral é composta por quatro ligamentos: iliofemoral, pubofemoral, isquiofemoral (externos) e o ligamento da cabeça do fêmur (interno): ✓ O ligamento isquiofemoral é mais fraco dos três ligamentos externos, enquanto o ligamento iliofemoral é o mais forte, o qual atua impedindo a hiperextensão da articulação do quadril durante a postura ereta. ✓ Já o ligamento pubofemoral é responsável por impedir a abdução excessiva do quadril,sendo tensionado durante a abdução e extensão dessa articulação. ✓ O ligamento da cabeça do fêmur é basicamente uma prega sinovial que conduz um vaso sanguíneo, ou seja, é importante na nutrição sanguínea dessa região, sendo assim um ligamento fraco e com pouca importância no fortalecimento da articulação do quadril. → A articulação do quadril (coxofemoral) é a mais estável do corpo, graças à sua arquitetura, à resistência de sua cápsula e às fixações de músculos que atravessam a articulação. → O grau de flexão/extensão possível nessa articulação depende da posição do joelho. Se o joelho estiver fletido, relaxando os músculos isquiotibiais, o quadril é capaz de fletir até a coxa tocar o abdome. Parte desse movimento resulta da flexão da coluna vertebral, por isso a dor percebida no quadril pode ser referida da coluna. → A partir da posição anatômica, a amplitude de abdução é maior que a de adução do quadril. Além disso, a rotação lateral é muita mais forte que a medial. ➢ COMPARAÇÃO ENTRE AS PELVES FEMININA E MASCULINA → As pelves masculinas e femininas apresentam diferenças estruturais. Isso se deve principalmente ao fato de que a pelve feminina precisa permitir a passagem do bebê durante o parto sem que haja prejuízos às estruturas ósseas de ambos. As principais diferenças são: ✓ Estrutura geral: A pelve masculina é mais compacta e mais pesada, enquanto a feminina é mais leve e delgada. ✓ Pelve maior: Profunda nos homens e rasa nas mulheres. ✓ Pelve menor: Estreita e profunda, afunilada nos homens e larga, rasa e cilíndrica nas mulheres. ✓ Abertura superior: Em forma de coração nos homens e oval, arredondada e larga nas mulheres. ✓ Abertura inferior: Pequena nos homens e grande nas mulheres. ✓ Arco púbico e ângulo subpúbico: Estreito nos homens (< 70º) e largos nas mulheres (> 80º). ✓ Forame obturado: Redondo nos homens e oval nas mulheres. ✓ Acetábulo: Grande nos homens e pequeno nas mulheres. ✓ Incisura isquiática maior: Estreita nos homens (~70º) e mais aberta nas mulheres (~90º). APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 4 2) ENTENDER A DENSIDADE ÓSSEA E OS FATORES RELACIONADOS NA PERDA SENIL DE MASSA ÓSSEA → A densidade mineral óssea (DMO) é o resultado de um processo dinâmico de formação e reabsorção do tecido ósseo, conhecido como remodelação. → A manutenção da DMO é muito importante para a prevenção da osteoporose, que se caracteriza por uma diminuição acentuada da DMO, na qual a matriz e os minerais ósseos são perdidos devido ao excesso de reabsorção óssea em relação à formação. → Para que ocorra uma adequação da mineralização óssea, três prováveis fatores devem se inter-relacionar: os níveis de hormônios circulantes que agem no processo de calcificação, a sobrecarga mecânica imposta ao esqueleto, além da ingestão adequada de cálcio e vitamina D, e sua produção. → A massa óssea muda consideravelmente durante as várias fases da vida, e a perda dela é uma consequência universal do envelhecimento. Na infância até os 35 anos de idade, a massa óssea está em contínua formação. Nessa fase, atinge- se o pico de massa óssea e, a partir daí, inicia-se um processo lento de perda óssea, equivalente a 1,5% ao ano. → No início da menopausa, 25% das mulheres iniciam uma perda bem mais intensa (3% a 4% ao ano), passando a apresentar osteoporose. Entre homens, a perda se inicia por volta dos 50-60 anos, a uma taxa de 0,3% ao ano. Na mulher, pode ocorrer mais precocemente, a uma taxa de 1% ao ano dos 45 aos 75 anos. Entretanto, essa perda está relacionada não somente ao envelhecimento, mas também à genética, estado hormonal, nutricional e nível de atividade física. → A perda de massa óssea com o avanço da idade, quando não tratada, pode prejudicar a independência e causar prejuízos, como a osteoporose. Tais condições aumentam os riscos de quedas e fraturas, tornando os idosos mais suscetíveis ao desenvolvimento de limitações de mobilidade ou deficiências graves. → Portanto, é necessário ter uma alimentação equilibrada e praticar atividades físicas por toda a vida, independentemente da idade. Com o envelhecimento, é importante que o aporte de nutrientes como cálcio, vitamina D e proteínas atendam à necessidade de cada indivíduo. 3) ESTUDAR A PREVENÇÃO DE ACIDENTES DOMÉSTICOS EM IDOSOS → A prevenção de fraturas em caso de osteoporose já configurada, por outro lado, é feita através da prática de exercícios que ajudem a melhorar a condição cardiorrespiratória, o equilíbrio e a massa muscular. → Estes exercícios são benéficos tanto na prevenção quanto na reposição do osso, assim, o idoso, consequentemente, passa a absolver melhor o cálcio. REFERÊNCIAS: • MOORE, L. Keith, et al. Anatomia orientada para Clínica. 7ªed. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2014. • NETTER F. H. Atlas De Anatomia Humana - 7ª Ed. 2019. • TORTORA, G. J; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia humana. 14ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. • SANTOS, Hugo José Xavier; AMORIM, Shirley Vidal. Fatores que influenciam na prevenção e tratamento da osteoporose. Rev Digital Vida Saúde, v. 1, 2002. • KUMAR, V. et al. Robbins patologia básica.9ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
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