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ESTETICA 02

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Estética
Aula 2: Experiência estética – beleza e critérios de valor
Apresentação
A mudança da produtividade altera a forma de se apresentar. O per�l por meio da fotogra�a, a comunicação via WhatsApp
ou Instagram de�nem talentos, características, lançamentos de atividades e suas formas de atuação.
O estudo da estética abordará informações iniciais sobre as principais correntes, suas modulações frente a outras formas
de conhecimento.
Veremos que as imagens têm valência, trazem lembranças, nossas experiências estéticas e evocam emoções.
Objetivo
Identi�car as obras artísticas e a formulação de juízos estéticos;
Explicar as funções das imagens;
Analisar a dimensão atual da imagem, em forma de design.
Arte – percepção estética
A arte surge no mundo como forma de transformar a experiência vivida em objetos de conhecimento que demonstram
sensação, percepção e imaginação e, desse modo, acompanha a evolução pela qual o mundo passa.
Platão a�rmava que as coisas que nos rodeiam são apreendidas pelos nossos sentidos e estão em constante mudanças. Todo
“espaço de comunicação midiática” se constitui, de forma estética, em “espaço simbólico”.
A percepção estética na arte está em tudo aquilo que a envolve:
• Questões ontológicas 
• Social 
• Comportamental 
• Linguística 
• Ética 
• Estética 
• Política
Transformações: Objetivação do conhecimento — sociais, culturais, tecnológicas, estética e comportamentais (hábitos, formas
de agir e pensar); 
O conhecimento se desenvolve por meio do mundo das sombras e aparências.
Objetivação: 
• A atividade física ou mental dos seres humanos transfere-se para os produtos. 
• Produção e reprodução da cultura humana, da vida em sociedade. 
• Leitura do mundo e das atividades humanas.
Exemplo
A diagramação de uma capa de revista apresenta uma percepção estética. Observe a disposição da imagem na capa da Revista
Quatro Rodas.
CAPA DA REVISTA — Os elementos visuais e verbais estão distribuídos de forma equilibrada, criam um texto sincrético
harmônico. Destaca o lançamento do Dodge, �gurativizado em fotogra�a que ocupa grande parte da superfície da revista.
APRESENTAÇÃO — Linhas simétricas; �guras de carros em cenário urbanizado, sem curvas ou detalhes so�sticados; textos
linguísticos ordenados segundo sua importância, ou seja, do geral para o particular; valorização pelo formato e cromatismo das
letras.
A superfície total da capa divide-se topologicamente em três faixas (central, sobreposta e inferior).
1
FAIXA CENTRAL – Base em azul. Inicia-se com as letras maiúsculas, O FUTURO CHEGOU, as maiores de toda a capa, na
cor branca, seguidas da informação, em tamanho menor. A �gura do novo Dodge, amarelo com faixa preta, é valorizado
pelo espaço que ocupa, pela cor e pelo ângulo.
2 FAIXA INFERIOR — Ocupa toda a largura da página, com uma foto pequena de dois carros, colocados abaixo a do Dodge.
3
Faixa sobreposta — O nome da revista Quatro Rodas encontra-se centralizado, destacado em letras brancas e pretas, em
tamanho maior e itálico, sobre um retângulo, fundo vermelho.
O mundo material e o mundo das ideias
De sujeitos a objetos
Quando se refere ao homem, entende-se o ser eterno e universal que habita o mundo da luz racional, da realidade pura dos
signos.
Como material, este modela o caráter individual e imutável do ser que mora no mundo das sombras: pensamentos, conduta,
relações, sensações, aparências e ilusões.
Para Platão, o mundo que conhecemos, percebido pelos cinco sentidos, não é totalmente verdadeiro. A realidade, tal qual
achamos que a compreendemos, não é a que vemos, tocamos, ouvimos ou percebemos.
Cada registro cria sentidos e estilos, e assume novas formas que denunciam que a verdade está no mundo das ideias, no
mundo imutável, permanente, eterno.
Mas, como encontrar essa verdade?
Por meio do pensamento, de operações cognitivas e interativas.
Não se busca veri�car se há ou não uma verdade na referência, mas re�etir sobre os detalhes que constituem ou explicam o
que percebemos ao nosso entorno, chamados de simulacros (cópias malfeitas) e descrevê-los.
As pessoas e a natureza são caracterizadas como cópias, modelos que só existem no mundo das ideias.
Por meio do intelectual, podemos interpretar o mundo das ideias?
A intenção é veri�car como ocorre a liberdade de criação, como os usos sociais e as formas inabituais são reproduzidos. Além
disso, é necessário elucidar algumas passagens históricas de criação.
Podemos de�nir essa ação de elucidar como práxis enunciativa ,
pertinente no fazer interpretativo dos objetos do mundo natural. Distinguir a
verdade do falso, o igual do distinto, a essência da aparência.
O sistema oferece aos indivíduos meios para que nos libertemos da sedução
dos sentidos.
Saiba mais
Dois mundos criados por Platão (“mundo sensível e mundo inteligível ou mundo das ideias”). 
 
Platão percebeu que alguns fenômenos estavam em constantes mudanças, mas, havia algo que nunca se modi�cava. 
 
Mundo dos sentidos — Não podemos ter senão um conhecimento aproximado ou imperfeito, já que fazemos uso de nossos
sentidos; tudo "�ui" as coisas simplesmente surgem e desaparecem. 
 
Mundo inteligível — Mundo das ideias gerais, "das essências imutáveis, que o homem atinge pela contemplação e pela depuração
dos enganos dos sentidos”.
O mundo das ideias
Episteme – da verdade absoluta.
É imutável, eterno e real: 
• Conhecimento seguro; 
• Seres perfeitos – justiça,
bondade, coragem, sabedoria; 
• Ideias (formas) eternas,
imutáveis e reais; 
• Explica como se desenvolve o
conhecimento humano.
Mundo
sensível/inteligível
Da aparência, instável: 
• Traçado pela doxa (opinião); 
• Os objetos são passageiros,
traçados do mundo ideal; 
• Caracterizados pela
mutabilidade; 
• Ilusórios; 
• Cópias do mundo das ideias; 
• O que aprendemos, sentimos,
vivemos; 
• As coisas surgem e
desaparecem; 
• Conhecimento aproximado,
imperfeito; 
• Métodos experimentais,
dedutivos.
Vamos testar seu nível de conhecimento sobre o pensamento de
Platão?
O homem observa objetos e questões da lógica, mas também contempla os aspectos subjetivos e sensíveis de ver e
compreender o mundo. Essas mudanças afetam a articulação da educação com o campo da arte, pois, a educação é uma
prática social que visa à formação do ser humano, contribui e amplia possibilidades cognitivas, e também afetivas e
expressivas, daí a necessidade de um conhecimento que estabeleça conexões entre o processo mental e a educação dos
sentidos.
Algumas imagens são arranjadas de modo a nos fazer esquecer, relembrar ou colocar-nos em contato direto com o que elas
representam.
Nossas memórias são formadas por conexões temporárias, ou permanentes, entre os neurônios.
Exemplo
Quando você vai a um museu e se depara com uma imagem, talvez vista apenas por meio de um desenho ou fotogra�a em
revista, o seu cérebro passa a contemplar esta imagem e processar informações. Ele está usando os neurônios para fortalecer as
ligações.
Em silêncio, você busca fazer ligações com outras imagens, outros quadros para interpretar a obra. Uma busca pela beleza ou
pela correção de imperfeições, o que chamamos de estética.
Em outro momento, processamos informações com a �nalidade de perceber, integrar, compreender e responder
adequadamente aos estímulos do ambiente.
Exemplo
Você está diante de uma igreja, entra, vê a imagem de uma santa, contempla e avalia como cumprir uma busca pela estética da
imagem. Ajoelha-se ao pé da imagem com a plena convicção de que tem diante de si, de fato, a presença concreta da Virgem
Maria.
Principais correntes que lidam com a questão estética da imagem
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Classicismo e Barroco
No �m da Idade Média, houve o renascimento da cultura grega e da sua arte. Os artistas signi�cativos do período foram
Michelangelo e Botticelli (estátuas gregas, revivendo o platonismo).
 David – Michelangelo
 Nascimento de Vênus – Botticelli
Arte da Contrarreforma(Barroco)
Expressão dos sentimentos de �nitude diante da morte.
 Deposição de Cristo  Deposição de Cristo
 Êxtase de Santa Teresa
Neoclassismo no Brasil (Século XVIII)
Modelo grego sob a in�uência dos ideais iluministas. Os artistas brasileiros de destaque são Victor Meirelles e Pedro Américo.
 Degolação de S. João Batista 
(Victor Meirelles)
 Esquartejamento de Tiradentes 
(Pedro Américo)
Impressionismo
Até 1870, uma imagem do mundo real era �xada no papel, madeira ou tela, por meio de desenho e pintura. Era a única maneira
de perpetuar determinada cena. Quando surgiu a câmara escura, a pintura pôde “livrar-se de ser obrigada a copiar o real”
(ABREU; MOURA; VIEIRA, 2019).
 Impression – Soleil levant 
(Claude Monet)
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Art Nouveau
Surgiu no século XIX, tinha como caraterísticas as formas sinuosas e ondulantes. Para o arquiteto e escultor catalão Antonio
Gaudí (Barcelona), a art nouveau é uma espécie de estilo orgânico, naturalista.
 Casa de Mila
 Catedral da Sagrada Família
 Figuras no teto da Casa de Milá (Figuras ao centro,
no teto, chaminés como cabeças revestidas de elmos).
 Stormtrooper, inspirado nas figuras de Gaudí. Inspiração da série Star Wars para a criação dds soldados do Império, os Stormtroopers.
Art déco
Em 1925, foi realizada a Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas, em Paris, onde foi apresentado
um estilo novo, decorativo, aplicado ao desenho industrial, com linhas simples. Tinha como características as formas
aerodinâmicas e geométricas.
Observe alguns exemplos de Arte déco. 
• Nova York: Empire State Building. 
• No Brasil (SP e RJ): Monumento às Bandeiras (Victor Brecheret); estátua do Cristo Redentor.
 Cristo Redentor
Expressionismo
O movimento cultural de vanguarda surgiu na Alemanha, no início do século XX, com os objetivos de interiorizar a criação
artística e projetar a arte por meio de uma re�exão individual e subjetiva.
É possível observar algumas características bastante especí�cas da arte expressionista: 
• Re�etir a arte de forma direta do mundo interior do artista; 
• Deformar a realidade; 
• Expressar subjetivamente a natureza humana; 
• Expressar os sentimentos e não a descrição objetiva da realidade.
O mais célebre quadro expressionista é o Grito, do pintor norueguês Edvard Munch (ABREU; MOURA; VIEIRA, 2019, p. 20-21).
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
 O Grito 
(Edvard Munch)
No Brasil, Anita Malfati foi precursora do movimento.
Saiba mais
Anita Malfati sempre esteve integrada aos movimentos expressionistas, nos Estados Unidos, na Alemanha ou no Brasil. Em
exposição de obras no Brasil, em 1917, foi criticada pelo escritor Monteiro Lobato, que atribui à sua produção um caráter
equivocado e desviante (ABREU; MOURA; VIEIRA, 2019, p. 21).
 A boba  Mulher de cabelos verdes
Expressionistas no Brasil
• Cândido Portinari 
• Lasar Segall
 Lavrador de Café 
(Portinari)
Surrealismo
Surgiu entre a Primeira Guerra e o início da Segunda Guerra Mundial, durante os chamados anos loucos. O nome tem origem no
francês surrealisme (sur le réel = sobre o real).
Nas artes plásticas, era uma forma de trabalhar com o subconsciente. Principal artista desse movimento foi o espanhol
Salvador Dalí. Em seu famoso quadro Os elefantes, Dalí leva o observador a recriar, por meio da cognição e percepção, o som
dos trombones como se fossem os berros do elefante.
 As borboletas 
(Salvador Dali)
 Elefantes 
(Salvador Dali)
Podemos citar, ainda, na corrente surrealista, o artista espanhol Juán Miró. No Brasil, A grande representante do movimento foi
Tarsila do Amaral, com destaque para os quadros Abaporu, A Negra e A Cuca.
 Abaporu 
(Em Tupi = Homem que come gente)  A Negra
Saiba mais
O precursor do surrealismo teria sido o pintor holandês do século XV, Hieronymus Bosch, cujos quadros tinham o tema de
pecados e tentações.
 O Jardim das Delícias Terrenas 
Museu do Prado – Madri  Detalhe do quadro Jardim das Delícias
 Atividade
1) Caracterize as correntes que lidam com a questão estética da imagem: 
 
• Art nouveau; 
• Art déco.
2) Inspirado pela �loso�a da expressão e estética da arte, explique a a�rmação abaixo: 
 
“A bela arte é a ferramenta mais e�ciente para educar a faculdade da sensibilidade, capaz de uni�car a natureza (matéria) e a
moral (forma)” (SCHILLER, 2004a).
3) Faça um processo de diálogo entre o artista, o trabalho e o apreciador.
Referências
ABREU, A. S.; MOURA, M. F. de; VIEIRA, S. L. A. B. R. Estética da imagem. Rio de Janeiro: SESES, 2019.
BENJAMIN, Walter. Estética e sociologia da arte. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.
BROWN, Dan. Origin, New York: Doubleday, 2017.
DAMÁSIO, António. A Estranha Ordem das Coisas, Lisboa: Temas e Debates, 2017.
DESENCANNES.com (2012). Disponível em: //www.desencannes.com.br/oquesomos/ Acesso em: 3 jun. 2019.
DEFOE, Daniel. Robinson Crusoe. trad. Domingos Demasi e Heloísa Seixas, Rio: Record, 2004.
DUARTE, Rodrigo (Org.). O belo autônomo. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.
ENCYCLOPEDIA OF WORLD ART. Greek art. New York: McGraw-Hill, 1959-1987. Volume VII, p. 672.
ENGELMANN, Ademir Antonio. Filoso�a da arte. Curitiba: IBPEX, 2012.
FREUD, Sigmund. Sobre a transitoriedade, trad. J. Salomão. Em: Edição standard brasileira das obras completas de Sigmund
Freud (Vol. XIV). Rio de Janeiro: Imago. 1972 [1915].
ISAACSON, Walter. Steve Jobs: a Biogra�a, trad. Berilo Vargas, Denise Bottmann e Pedro Maia Soares, São Paulo: Cia das
Letras, 2017.
KANT, Immanuel. Critica da faculdade de julgar. Petrópolis: Vozes, 2016.
LAGO, Clenio. Experiência estética e formação a partir de Gadamer. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2014.
NOYAMA, Samon. Estética e Filoso�a da Arte. Curitiba: InterSaberes, 2016.
NUNES, Benedito. Introdução à Filoso�a da Arte. São Paulo: Ática, 1991.
PLATÃO. A República. trad. Pietro Nassetti, São Paulo: Martin Claret, 2006.
PLATÃO. Fédon: diálogos sobre a alma e a morte de Sócrates, trad. Carlos A. Nunes, São Paulo: Martin Claret, 2002.
WILDE, Oscar. O Retrato de Dorian Gray. trad. Doris Goettems, São Paulo: Landmark, 2014.
Próxima aula
História da criação artística;
Formação e evolução da arte;
Características, conceitos, imagens.
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