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Ilana Maria Maia S. |5° Período, Medicina. Disciplina: SOI V Preceptor(a): Ana Rachel Oliveira de Andrade. Aluno (a): Ilana Maria Maia Santos. 5º Período, Medicina. TIC´S SEMANA 03 Qual a diferença entre a Esclerose Múltipla e as Leucodistrofias? Parnaíba-PI 28/02/2022 Ilana Maria Maia S. |5° Período, Medicina. Para entendermos a diferenciação entre essas patologias devemos entender primeiro o que se trata essas afecções desmielinizantes caracterizam-se pela destruição da mielina que foi normalmente produzida. As doenças que resultam de distúrbios metabólicos da produção da mielina são mais infrequentes e estão além dos objetivos deste manual. A mielina é um componente essencial do Sistema Nervoso, ela faz o revestimento dos axônios dos neurônios e permite uma condução rápida e eficiente – através dos chamados Potenciais Saltatórios. Algumas afeções acabam por destruir essa substância tão fundamental do neurônio e trazem comprometimento funcional dos indivíduos, como déficit motor e sensitivo. Esclerose Múltipla É uma condição de destruição autoimune da bainha de mielina que envolve os axônios dos neurônios do nosso sistema nervoso. A bainha se apresenta desgastada, destruída, como se fosse carcomida. A causa exata é desconhecida, mas pode estar relacionada com infecções (como herpevírus ou retrovírus) que vão causar uma reação de autoimunidade que resulta em inflamação e consequente destruição da mielina em diversas zonas do sistema nervoso. Há, também, fatores genéticos em cerca de 5% dos casos, sendo 5 vezes mais comum em zonas temperadas do que nas tropicais. Envolvem sintomas de acordo com os tipos de nervos mais afetados, sensoriais • Quadro Clínico: Sintomas de diminuição da acuidade visual (amaurose) que pode ser acompanhada de dor à movimentação ocular. Ocorre também disfunção medular (na chamada Mielite Transversa), com sintomas de fraqueza, diminuição da sensibilidade e da função de controle vesical/intestinal. Tal quadro pode ser temporário ou permanente, além disso podeser Monofásico (aparecer uma vez apenas), recorrente ou progressivo (instação com piora ao longo do tempo). à Diagnóstico: Critérios básicos para diagnosticar Esclerose Múltipla • Evidência de múltiplas lesões no Sistema Nervoso Central (SNC). • Evidência (clínica ou paraclínica) de pelo menos dois episódios de distúrbio neurológico em um indivíduo entre 10 e 59 anos de idade. Exames solicitados pelo Médico Neurologista para auxiliar no diagnóstico • Ressonância Magnética de crânio e coluna em níveis cervical, torácico e lombar (em alguns casos). • Líquor onde o fluído que banha o SNC é retirado para exame. • Potencial evocado que mede a condução nervosa no seu trajeto visual, auditivo, motor e sensorial. Ilana Maria Maia S. |5° Período, Medicina. Leucodistrofias Caracterizam-se por serem um grupo heterogêneo de doenças hereditárias, cerca de dez diferentes formas, todas geneticamente determinadas e de herança autossômica recessiva ou ligada ao X, apresentando um distúrbio metabólico genético progressivo na formação e na preservação da mielina, levando a alterações motoras, visuais, auditivas e cognitivas, como espasticidade, ataxia, atrofia óptica, neuropatia periférica, convulsões e demência. A desmielinização é facilmente detectável por exames de imagem,como a tomografia e a ressonância magnética. Nesse sentido, entre os principais tipos estão a adrenoleucodistrofia, que também apresenta o comprometimento das glândulas suprarrenais; a leucodistrofia de Krabbe (leucodistrofia de células globoides), definida pela presença de células globoides em áreas desmielinizadas do cérebro; a doença de Perlizaeus-Merzbacher, diferenciada por início precoce, evolução longa e ilhotas de mielina preservada nas áreas desmielinizadas; a leucodistrofia metacromática é uma lipidose autossômica recessiva causada por deficiência da enzima arilsulfatase-A, sendo um distúrbio autossômico recessivo do metabolismo da mielina, caracterizado por acúmulo de um cérebro sídeo (galactosilsulfatídeo) na substância branca do cérebro e em nervos periféricos.O diagnóstico etiológico das leucodistrofias depende da realização de investigações especiais, que incluem a dosagem de ácidos graxos de cadeia muito longa (elevada na adreno loeucodistrofia) e a determinação da atividade de determinadas enzimas lissosomiais, Há poucas opções de tratamento, o transplante de células-tronco hematopoéticas (transplante de medula óssea) parece ajudar em certas determinadas formas da doença. Referências: 1-DA SILVA, Marina Pires Ferreira et al. Esclerose Múltipla, Qualidade de vida e independência motora, quando realmente se correlacionam. Brazilian Journal of Health Review, v. 3, n. 6, p. 18572-18576, 2020. 2-DE ESCLEROSE MÚLTIPLA, SPEM Sociedade Portuguesa. O que é a Esclerose Múltipla. Lisboa: SPEM, 2018. 3-Fonte: https://abcdamedicina.com.br 4-RUFINO, Shayane Kelly Gomes et al. LEUCODISTROFIA MATACROMÁTICA E A SÍNTESE BIOQUÍMICA DO ÓLEO DE LORENZO. Fórum Regional de Pesquisa e Intervenção (FOR-PEI), n. 2, 2020. 5-NITRINI, Ricardo; BACHESCHI, Luiz Alberto. A neurologia que todo médico deve saber. In: A neurologia que todo médico deve saber. 2005. p. 490-490.
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