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1 GIOVANA MELQUE – MEDICINA VETERINÁRIA RUFIÃO São machos com instinto genesíaco normal, capazes de identificar a fêmea no cio, mas são incapazes de fecundar. Machos preparados através da interrupção das vias normais do ejaculado • Estimular o estro e a ovulação, além de detectá-lo OBJETIVOS • Controle de matrizes no estro • Estimular o estro e a ovulação, além de detectá-lo • Determinar o momento adequado para cobertura • Favorecer a prática da inseminação • Evitar a exposição de reprodutores à traumatismos A inseminação é proibida em equinos de corrida, pois corre o risco de cruzamentos com raças diferentes. SELEÇÃO DE RUFIÃO • Animais sadios • Teste de comportamento (libido destacado) diante de uma fêmea no cio • Animais de origem europeia (mais precoces) o Taurinos e zebuínos • Incapacidade de promover a fecundação Bos taurus taurus (taurinos) X Bos indicus (zebuínos) Técnicas que permitem a exposição do pênis, com penetração na vagina, impedindo a expulsão de espermatozoides • Vasectomia (deferenctomia) – remove pedaço do ducto deferente • Epididimectomia – remove pedaço do epidídimo • Ligadura do epidídimo Preparo Cirúrgico do Rufião 2 GIOVANA MELQUE – MEDICINA VETERINÁRIA Técnicas que permitem a exposição do pênis, sem penetração na vagina, na tentativa de impedir a cópula Não impede o curso do espermatozoide • Desvio lateral do pênis • Reflexão retrógrada do pênis (dorsalmente à base do escroto) • Novo óstio prepucial (1/3 médio lateral do conduto prepucial) • Amputação do ligamento apical do pênis Técnicas que não permitem a exposição do pênis • Fixação da flexura sigmoide caudal do pênis • Retroflexão do pênis • Aderência da túnica albuginea do pênis • Encurtamento dos músculos retratores do pênis • Colocação de cânula de metal no óstio prepucial • Amputação do pênis (perineal / pré escrotal) CONTROVERSAS Exposição do pênis com penetração a vacina • Transmissão de doenças em rebanhos não controlados • Trauma durante a monta Exposição do pênis sem penetração na vagina • Lesão do pênis (atrito) • Possibilidade do animal aprender a introduzir o pênis Sem exposição do pênis • Aderências podem apresentar sensibilidade dolorosa, com diminuição da libido do rufião ANATOMIA Pênis bovino (fibroelástico) A protusão é efetuada mediante extensão das flexuras sigmoide (“S” peniano) 3 GIOVANA MELQUE – MEDICINA VETERINÁRIA Músculo retrator: leva e traz o pênis (exposição) TÉCNICAS x ANATOMIA bovino 4 GIOVANA MELQUE – MEDICINA VETERINÁRIA PROTOCOLO ANESTÉSICO GERAL Bovino • Xilazina (0,1 – 0,2mg/Kg, IV ou IM) • Quetamina (2 – 3mg/Kg, IV) Ovinos / Caprinos • Xilazina (0,01 – 0,02mg/Kg, IV ou IM) ou Quetamina (2 - 4mg/Kg) • Acepromazina (0,03mg/Kg, IM) + Morfina (0,1mg/Kg, IM) Bloqueio local Lidocaína 2% VASECTOMIA É a remoção de uma porção do ducto deferente • Realizada também em equinos • Contenção física e química adequadas • Decúbito lateral direito com membros pélvicos tracionados em direção caudal o Decúbito lateral direito por conta do rúmen Bloqueio local • 3 – 5ml em cada cordão espermático • 2ml na linha de incisão o Cranial à bolsa escrotal Técnica Cirúrgica • Incisão de pele (2 – 3cm) em orientação vertical sobre o cordão espermático, cranial ao escroto • Incisão sobre a túnica vaginal comum • Palpar e identificar o ducto deferente (consistência firme) • Ligadura (material inabsorvível) • Ressecção bilateral de aproximadamente 5cm da porção funicular do ducto deferente, seguida de dermorrafia (PSS com material inabsorvível) 5 GIOVANA MELQUE – MEDICINA VETERINÁRIA EPIDIDIMECTOMIA • Ressecção da cauda do epidídimo • Contenção física e química adequadas • Decúbito lateral direito, dorsal ou estação (depende da ocasião) Bloqueio local • 1 – 2ml na linha de incisão Técnica Cirúrgica • Incisão de pele na região ventral do escroto • Dissecar a cauda do epidídimo • Ligadura e ressecção da cauda do epidídimo • Dermorrafia 6 GIOVANA MELQUE – MEDICINA VETERINÁRIA DESLOCAMENTO / DESVIO LATERAL DO PREPÚCIO E PÊNIS • Animais jovens (até 1 ano), raças leiteiras ou zebuínas, com prepúcio curto • Contenção física e química adequadas • Decúbito lateral direito ou posição de supino (dorsal) • Preparo da região pré retro umbilical, pré- púbica e lateral esquerda Bloqueio local Infiltração linear subcutânea na linha média, na formação do túnel subcutâneo, circunferencial ao óstio prepucial e local da implantação Técnica Cirúrgica • Lavagem antisséptica do prepúcio com posterior colocação de um tubo de borracha rígido, de 4cm de diâmetro, em seu interior (guia opcional) • Marcação da parte ventral do óstio prepucial (ponto de sutura), evitando a rotação sobre seu eixo longitudinal • Incisão em forato circular a 4cm da transição mucoepidérmica do óstio prepucial, incluindo a pele e tecido conjuntivo subcutâneo (hemostasia) • Utilizando o tubo (guia opcional), incisa-se longitudinalmente a pele na linha media ventral, a partir da incisão em anel até 6cm da base escrotal anterior • Tal incisão inclui pele e fáscias, até localizar a face externa da mucosa prepucial • Divulsão sem traumatizar os músculos prepuciais - o mais próximo possível da parede abdominal • Após separar o saco prepucial, deve direcioná-lo para um dos lados (30 – 45º), localizando o local onde será implantado o novo óstio prepucial • Secção em forma elíptica na pele, correspondente ao tamanho do óstico (abaixo e a frente da articulação FTP – femuro-tibio-patelar), de aproximadamente 4cm de raio • Tunelização do espaço subcutâneo (tesoura Metzenbaum) desde o anel de pele extraído até o vértice posterior da ferida aberta • Liberação do prepúcio pela frente do escroto • Introdução do óstio prepucial pelo túnel recém formado o Auxilio com pinça Kocher ou clamp intestinal • Evitar o giro do prepúcio Sutura Padrão simples interrompido, com fio inabsorvível (Nylon 0 ou 1) do óstio prepucial e da ferida longitudinal de pele 7 GIOVANA MELQUE – MEDICINA VETERINÁRIA 8 GIOVANA MELQUE – MEDICINA VETERINÁRIA SUTURA DA FLEXURA SIGMOIDE DO PÊNIS • Contenção física e química adequadas • Animal em decúbito lateral direito com membros unidos • Até 12 meses de idade Bloqueio local • Lidocaína 2% (30ml) em zona perineal profunda ventral o 20cm abaixo do arco isquiático e até 3cm da inserção posterior do escroto • Epidural Técnica Cirúrgica • Incisão da pele seguida pela divulsão do órgão (tesoura ou dedos) até palpar a curvatura do “S” peniano • Separação do pênis e isolamento como os dedos polegar e indicador, com posterior tração • Ponto de fixação sobre a face dorsolateral (mais próximo possível da parte cranial da curvatura dorsal) • Substituição do ponto de fixação por pinça Backhaus • Após a fixação, realizar 2 incisões (4cm) na túnica albugínea (localizadas lateralmente das porções dorsal e ventral da flexura) • Início da síntese em “U” (ponto wolff interrompido) ingressando na borda dorsal da incisão dorsal da túnica albugínea e penetrando parcialmente a estrutura peniana • Deixa livre a borda ventral da incisão superior e a borda dorsal da incisão inferior 9 GIOVANA MELQUE – MEDICINA VETERINÁRIA Desta maneira é possível unir as estruturas penianas que formam a flexura sigmoide, provocando sua cicatrização Sutura Sutura de pele em padrão simples interrompido, com material inabsorvível (Nylon 0 ou 1) PROTOCOLO PÓS CIRÚRGICO GERAL • Antibioticoterapia sistêmica • Antibioticoterapialocal (?) • AINEs sistêmicos o Princípio ativo: flunixin • Limpeza da ferida cirúrgica • Aplicação de spray repelente (spray repele a mosca) o Sempre lavar o local antes de reaplicar Sem cirurgia Com cirurgia Mais caudal