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GINECOLOGIA - SEMIOLOGIA DA MAMA

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AULA 4 – GINECOLOGIA - SEMIOLOGIA DA MAMA 
Diagnóstico em mastologia 
 
Manifestações Clínicas: 
 
Nodularidade (percebida 
pela paciente ou achado de 
exame) 
Descarga mamilar 
Dor 
Alterações de pele (estática 
ou dinâmica) 
Alterações de mamilo/aréola 
Nódulo axilar 
 
Anamnese especializada: 
 
 
Descrição detalhada da 
queixa mamária 
Tempo de aparecimento 
Evolução desde o 
aparecimento (crescimento, 
estável, regressão, outras 
manifestações) 
Fatores de piora e melhora 
(relacionar com ciclo 
menstrual, atividade física = 
movimento de membros 
superiores, etc...) 
Exames e/ou terapias prévias 
(resultados obtidos) 
 
Anamnese especializada -
complementar: 
Aspectos hormonais 
relevantes: 
Menacme/climatério 
Uso de TH/ACO (idade de uso 
e tempo de utilização) 
Perfil menstrual 
Idade da 
menarca/menopausa 
Método contraceptivo 
Distúrbios endócrino-
ginecológicos (diagnóstico e 
tratamentos) 
 
 
 
 
Antecedentes mamários: 
 
Doenças mamárias prévias: 
Diagnóstico e 
tratamento 
Cirurgias mamárias prévias: 
Indicação 
Anatomopatológico 
Plástica (redução, 
mastopexia, prótese). 
 
Antecedentes Familiares: 
 
Câncer de mama na família 
(grau de parentesco – 1º grau 
– mãe irmã e filha), idade de 
aparecimento do câncer nas 
parentes, câncer bilateral, 
câncer de mama masculino) 
Câncer de ovário na família 
(grau de parentesco, tipo 
histológico) 
Outros casos de câncer na 
família (prioridade para 
intestino, pâncreas, 
endométrio, estômago, 
próstata) 
Outras doenças mamárias 
em parentes próximas 
 
Dados clínicos 
complementares: 
Doenças metabólicas –
obesidade (IMC) > Risco 
Perfil nutricional –ingesta de 
gorduras – mesmo q não seja 
obesa 
Tabagismo e etilismo 
Atividade física – tipo de 
atividade (aeróbica x 
musculação), regularidade 
(dias por semana/ horas por 
dia), tempo de atividade (idade 
de início) – fator de proteção, 
sedentárias tem 2X+ chance de 
desenvolver CA de mama. 
Outras doenças e aspectos 
epidemiológicos relevantes 
 
 
 
 
 
 
Exame clínico: 
 
Inspeção estática 
Inspeção dinâmica 
Palpação (clavícula -m. reto-
abdominal -linha axilar média 
–linha esternal média) 
Expressão (?) X Palpação 
peri-areolar(gatilhos) 
Axila e cadeias linfonodais 
supra e infra-claviculares 
 
Inspeção Estática: 
 
Posição da paciente: sentada 
pela lateral da maca, com as 
pernas pendentes, braços 
relaxados ao lado do corpo 
 
 
 
Dados clínicos: 
Simetria das mamas: 
comparativa –simétricas ou 
assimétricas (volume, 
posição de complexo aréolo-
mamilar 
Alterações da 
pele/aréola/mamilo: 
descrição detalhada com 
posição pelo lado 
comprometido e horas do 
relógio, exemplo: mama 
direita às 3 horas 
Abaulamentos ou 
Retrações -pele ou mamilo 
(unilateral ou bilateral) – 
grave 
Hiperemia ou pigmentação 
alterada (focal ou difusa) 
Edema de pele 
(PeauD’Orange -aspecto de 
casca de laranja) 
Ulcerações 
Cicatrizes – avaliar e 
posicionar 
 
Inspeção mamária – Achados 
clínicos 
 
Abaulamento prolongamento 
axilar de mama bilateral 
Mama supranumerária 
 
 
Hiperemia mamária completa 
Mastite na gestação 
 
 
 
Ulceração mama 
Câncer de mama avançado 
 
 
 
Peau D’Orange edema de pele 
Carcinoma inflamatório de mama 
 
 
 
Se mamilo for invertido 
constitucional, ok. Se for 
recente sinal de alerta! 
Exame Clínico -Inspeção 
Dinâmica 
 
Posicionamento: mantida a 
posição da inspeção estática 
Paciente deve ser orientada 
a movimentar os braços para 
cima em um arco amplo até 
juntar as mãos acima da 
cabeça 
Mãos na cintura realizando 
deslocamento anterior do 
ombro com força – mov suave 
Pendência assistida das 
mamas – médico 
anteriormente à paciente 
segura as mãos da mesma que 
pende para frente 
 
 
 
 
 
Pendência mamária 
 
Observa-se movimento natural 
e simétrico de ambas as 
mamas com elevação e 
lateralização 
 
 
Complexo aureolo-mamilar 
tem o mesmo padrão de 
mobilização com 
deslocamento delicado em 
direção às axilas 
Alterações mais evidentes: 
Intensificação de 
alterações de retração de 
pele ou mamilo vistas na 
inspeção estática 
Novas áreas de retração 
de pele ou mamilo (mais 
comuns) ou abaulamento 
(menos frequente) 
As retrações “apontam” 
para a área tumoral em 
casos de câncer 
 
Exame Clínico – Palpação 
Mamária – Primeiro Tempo: 
 
Paciente deitada em decúbito 
dorsal com braços dobrados e 
mãos apoiadas abaixo da 
cabeça, com ombros 
relaxados. 
Examinador se posiciona 
lateralmente à mesa de 
exame, podendo realizar a 
palpação de ambas as mamas 
por um único lado, ou se 
deslocar ao lado contrário 
após o exame da primeira 
mama. 
Área de palpação para cada 
mama: quadrado delimitado 
pela clavícula, linha axilar 
média, linha do mm. reto 
abdominal e linha esternal 
média 
Ambas as mamas devem ter 
toda sua área palpada 
 
Várias técnicas palpatórias 
com a mais utilizada sendo o 
dedilhamento em dois eixos: 
 
 
 
em linha no sentido 
medial até lateral 
descendo 
gradativamente da 
clavícula ao músculo 
reto-abdominal 
em linha no sentido 
craniocaudal indo da 
porção esternal da mama 
até a linha axilar média 
Outras técnicas utilizadas 
incluem palpação radial em 
relação ao mamilo e ainda 
palpação circular da mama –
não há incremento na 
utilização de múltiplas técnicas 
 
 
Posição do examinador 
 
Delimitação da área de 
palpação 
 
 
Linha de palpação crânio 
caudal 
 
 
 
Variações técnicas 
 
Exame Clínico –Palpação 
Mamária –Segundo Tempo: 
 
Paciente sentada na mesma 
posição da inspeção estática e 
dinâmica; 
Palpação da mama apoiada 
pela outra mão do examinador 
Aumento da sensibilidade a 
nodulações profundas pré-
peitorais; 
Melhora do exame de 
pacientes com prótese 
mamária. 
 
 
Stanford Medicine 
Program for Bedside Medicine. The 
Breast Exam . 
 
Exame Clínico –Palpação 
Mamária –Achados Clínicos: 
 
Nodularidades: áreas focais 
de padrão palpatório alterado, 
não necessariamente 
correspondendo a nódulos 
verdadeiros (cistos,abcessos, 
adenose, etc). 
 
 
 
 
 
 
 
Espessamento: áreas 
difusamente espessadas em 
relação ao parênquima 
mamário, podendo 
corresponder a um setor da 
mama (delimitado pela 
demarcação do relógio), a um 
quadrante da mama, ou ainda 
à mama inteira (em 
comparação à outra mama) 
Espessamento ductal 
(periareolar) com aspecto de 
um cordão espessado. 
 
Exame Clínico –Palpação 
Mamária –Descrição: 
 
Localização:direita/esquerda
posição no esquema do 
relógio, distância do mamilo). 
Por exemplo: direita, 4 cm do 
mamilo as 15 h. 
Forma – arredondado, 
ovalado, formas específicas 
(feijão, amendoim), - mansos 
macrolobulado, 
microlobulado ou irregular 
(perigo) 
Consistência –em 
comparação ao parênquima 
mamário (cístico, amolecido, 
parenquimatoso, endurecido, 
pétreo – perigo) 
Mobilidade –móvel, pouco 
móvel ou firmemente aderido 
à pele e/ou ao músculo 
peitoral, se móvel - grave 
Delimitação –bordas nítidas, 
imprecisas ou totalmente 
apagadas. 
 
Exame Clínico –Expressão 
Mamilar: 
Conduta padrão no passado, 
realizada em todas as 
mulheres através da expressão 
retroareolarem ordenha –
atualmente é contra-
indicadaem rotina 
 
Expressão é realizada 
mediante queixa específica de 
descarga, com priorização de 
gatilhos 
Realização de palpação direta 
de gatilhos periareolares, 
mediante palpação 
unidigitalcom leve pressão na 
aréola em toda sua 
circunferência 
 
Expressão mamilar 
 
 
 
 
Expressão retroareolar ordenha 
 
 
 
Descarga espontânea- gatilho em 
palpação unidigital às 12 hs da 
aréola 2 ductos com conteúdos 
distintos 
 
Exame Clínico –Palpação 
Linfonodal: 
 
Paciente em posição sentada 
(mesma da inspeção) com 
examinador apoiando o 
membro superior 
correspondente e a mão 
contralateral entrando no cavo 
axilar com compressão da 
gordura contra a parede 
torácica lateral e deslizamento 
palpatório 
 
Avaliação de nodulações 
descritas em número, 
consistência 
(amolecida/endurecida), 
coalescência (nódulos 
aderidos uns aos outros,aderência à parede torácica) 
 
Posição do examinador - 
lateral à paciente 
Um braço do examinador 
segura o membro superior da 
paciente enquanto a mão 
contralateral espalmada 
comprime a gordura axilar 
abaixo do músculo peitoral 
maior, contra a parede 
torácica 
Avaliar número e 
características dos linfonodos 
palpáveis 
 
 
 
 
Exame Clínico –Palpação 
Linfonodal: 
 
Cadeias supra e infra-
claviculares: sempre são 
examinadas: 
Examinador pode estar 
anterior à paciente ou 
posterior 
Mão espalmada com polpas 
digitais no cavo clavicular 
(supra) e abaixo da clavícula 
(infra) 
Mesmos critérios de 
contagem e descrição de 
linfonodos utilizados na axila 
Cadeias cervical anterior e 
outras cervicais: casos 
selecionados (câncer tratado 
ou acometimento axilar 
evidente em caso inicial) 
 
Exame Clínico Palpação 
Linfonodal Supra e Infra 
Clavicular 
 
 
Supra 
clavicular 
 
 
 
Infra 
Clavicular 
 
 
Exame Clínico –Sequência do 
Exame = Conforto da 
Paciente: 
 
Paciente sentada: 
Inspeção estática 
Inspeção dinâmica 
Palpação linfonodal 
Palpação com mama 
pendente (2º tempo) 
Paciente deitada: 
Palpação completa (1º 
tempo) 
Expressão e palpação 
de gatilhos areolares 
 
 
Achados clínicos relacionados 
prioritariamente a quadros 
benignos: 
Idade abaixo de 30 anos 
de idade 
Longa duração da queixa 
clínica 
Queixas clínicas de dor 
Nódulos palpáveis 
arredondados, ovalados, 
formas especiais (feijão, 
amendoim), lisos, móveis, 
crescimento lento (ou 
estáveis), eventual dor 
associada ao ciclo 
menstrual 
Descarga mamilar láctea, 
bilateral, variável em 
quantidade ao longo do 
ciclo menstrual em 
múltiplos ductos 
Axilas sem linfonodos 
 
 
Achados clínicos relacionados 
prioritariamente a quadros 
malignos*: 
Idade acima de 50 anos 
de idade 
Curta duração da queixa 
clínica 
Sem queixas clínicas de 
dor 
Nódulos palpáveis 
irregulares, bordas 
imprecisas, pouco móveis 
ou aderidos a planos 
profundos e/ou à pele, 
crescimento rápido 
(principalmente após 2 
cm) 
Descarga mamilar 
sanguinolenta, unilateral, 
de aparecimento 
espontâneo (sem 
expressão), por ducto 
isolado 
Axilas com linfonodos

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