Exercício 7 A ORIGEM E TEORIAS MODERNAS SOBRE A CULTURA

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1.
		O ponto a enfocar agora é somente que a etnografia é uma descrição densa. O que o etnógrafo enfrenta, de fato " a não ser quando (como deve fazer, naturalmente) está seguindo as rotinas mais automatizadas de coletar dados " é uma multiplicidade de estruturas conceptuais complexas, muitas delas sobrepostas ou amarradas umas às outras, que são simultaneamente estranhas, irregulares e inexplícitas, e que ele tem que, de alguma forma, primeiro apreender e depois apresentar. E isso é verdade em todos os níveis de atividade do seu trabalho de campo, mesmo o mais rotineiro: entrevistar informantes, observar rituais, deduzir os termos de parentesco, traçar as linhas de propriedade, fazer o censo domestico... escrever seu diário. Fazer a etnografia é como tentar ler (no sentido de 'construir uma leitura de') um manuscrito estranho, desbotado, cheio de elipses, incoerências, emendas suspeitas e comentários tendenciosos, escrito não com os sinais convencionais do som, mas com exemplos transitórios de comportamento modelado (GEERTZ, 1989, p 20). Do ponto de vista de Geertz o trabalho do antropólogo:
	
	
	
	Passa pela classificação das culturas em sociedades primitivas e civilizadas.
	
	
	É fazer o censo anual da sociedade estudada.
	
	
	É o resultado da simples observação e coleta de dados sobre a cultura do outro.
	
	
	Não envolve simplesmente o registro da cultura, mas também um esforço interpretativo.
	
	
	Consiste em escrever manuscritos estranhos e cheios de elipses.
		
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		2.
		O antropólogo francês Lévi-Strauss considerava as culturas como sistemas simbólicos que a mente humana criou num processo de acumulação. As "estruturas mentais inconscientes" seriam universais, e estariam subjacentes a todas as culturas, cujas diferenças estariam no nível das manifestações concretas. Tomando a classificação das teorias da cultura elaborada por Keesing, a obra de Levi-Stauss corresponde a qual abordagem?
	
	
	
	Cultura como sistemas funcionais.
	
	
	Cultura como sistemas estruturais.
	
	
	Cultura como sistemas cognitivos.
	
	
	Cultura como sistemas simbólicos.
	
	
	Cultura como sistemas caoticos.
	
	
	
	 
		
	
		3.
		O que temos de neandertal. Eles foram os europeus durante dezenas de milênios, até que se extinguiram, há 30.000 anos. Mas aqueles neandertais, ao mesmo tempo tão humanos e diferentes de nossa espécie, não partiram sem deixar rastro, e esse rastro o carregamos agora em nossos genes. Pelo menos os europeus e os asiáticos têm um pouquinho de neandertais. As técnicas genéticas que permitem agora, e cada vez mais, revirar a intimidade das células revelaram que houve cruzamentos entre as duas espécies humanas, e elas inclusive lançam luz sobre onde ficaram em nosso genoma os genes daqueles primitivos europeus, ajudando-nos a nos adaptar ao entorno não africano. Duas equipes de pesquisa que apresentaram seus resultados nesta semana salientam que os europeus e os asiáticos atuais têm em torno de 1,3% de genes de neandertal, frente a 0,08% nos africanos, e que esses genes têm a ver com os olhos e com a pele, mas também com doenças como a cirrose biliar, o lúpus e a doença de Crohn. (Jornal El Pais, 29/01/2014) As pesquisas em genética e as descobertas arqueológicas tem trazido novas informações que auxiliam a antropologia biológica em seus estudos sobre o proceso de evolução do homem. Por outro lado, os estudos de antropologia cultural enfatizam como nesse processo evolutivo a cultura teve um papel fundamental, principalmente a partir do momento em que:
	
	
	
	Os neandertais foram extintos há 300.000 anos.
	
	
	O homem inventou a roda e o fogo.
	
	
	Deus criou o homem à sua imagem e semelhança.
	
	
	A linguagem oral tornou-se linguagem escrita.
	
	
	O cérebro do ser humano foi capaz de gerar símbolos.
		
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	Gabarito
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		4.
		O conceito de cultura enquanto fenômeno natural que possui causas e regularidades, cujo exame permite que se conheça o processo de evolução social, é característico de qual autor?
	
	
	
	Roque Laraia
	
	
	Edward Tylor
	
	
	Franz Boas
	
	
	Claude Lévi-Strauss
	
	
	Clifford Geertz
		
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		5.
		"Para [Clifford Geertz], a cultura é uma "hierarquia de estruturas significativas" feitas de ações, símbolos e sinais, assim como de manifestações verbais, conversações e solilóquios; uma teia de significados tecida pelas mesmas pessoas que nela vivem. (...) a análise da cultura é entendida como a interpretação dos padrões de significados presentes nessas formas. Uma interpretação de um mundo que já é descrito e interpretado pelas pessoas que fazem parte desse mundo." Tomando a classificação das teorias da cultura elaborada por Keesing, a obra de Geertz corresponde a qual abordagem?
	
	
	
	Cultura como sistemas simbólicos.
	
	
	Cultura como sistemas caoticos.
	
	
	Cultura como sistemas funcionais.
	
	
	Cultura como sistemas estruturais.
	
	
	Cultura como sistemas cognitivos.
		
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		6.
		A cultura é um processo acumulativo. O homem recebe conhecimentos e experiências acumulados ao longo das gerações que o antecederam e, se estas informações forem adequada e criativamente manipuladas, permitirão inovações e invenções. Assim, estas não são o resultado da ação isolada de um gênio, mas o esforço de toda uma comunidade. Roger Keesing, antropólogo, em seu artigo "Theories of Culture" (1974), define cultura de acordo com duas correntes: 1. As teorias que consideram a cultura como um sistema adaptativo: culturas são padrões de comportamento socialmente transmitidos que servem para adaptar as comunidades humanas ao seu modo de vida. 2. As teorias idealistas da cultura são divididas em três abordagens, que são:
	
	
	
	abordagem da cultura como sistemas cognitivos, estruturais e inatos.
	
	
	abordagem da cultura como sistemas cognitivos, naturais e simbólicos.
	
	
	abordagem da cultura como sistemas cognitivos, estruturais e simbólicos.
	
	
	abordagem da cultura como sistemas inatos, estruturais e simbólicos.
	
	
	abordagem da cultura como sistemas naturais, estruturais e simbólicos.
		
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	Gabarito
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		7.
		Há vários caminhos possíveis para iniciarmos uma reflexão sobre as relações entre natureza e cultura. Uma das vias privilegiadas pela antropologia tem sido a discussão sobre as origens da cultura. Os antropólogos têm oferecido diferentes explicações para o fenômeno do surgimento da cultura, para o processo em que o homem se diferencia dos outros primatas. Uma teoria, hoje completamente desacreditada, admitia, como explica Roque de Barros Laraia, a ocorrência de "um verdadeiro salto da natureza para a humanidade". A ideia é que em determinado momento o aparelho biológico humano sofreu alterações definitivas que permitiram o surgimento repentino da cultura. Esta teoria ficou conhecida como:
	
	
	
	Teoria do imediatismo
	
	
	Teoria do salto quântico
	
	
	Teoria do ponto crítico
	
	
	Teoria do salto para o futuro
	
	
	Teoria do ponto zero
		
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	Gabarito
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		8.
		Clifford Gecrtz (1926-2006) é um dos antropólogos que defendem que na história da carreira do homem de primata a hominídeo evoluído, a cultura não foi algo acrescentado apenas quando já havia se encerrado o processo de evolução anatômica e neurológica do homem, mas, de fato, correspondeu a uma atividade iniciada antes do surgimento do Homo sapiens, depreendendo-se disso que ela participou do processo de constituição deste homem. Nesse sentido é correto afirmar que: I - A cultura constitui uma faculdade adquirida pelo gênero humano. II - Os homens podem ser considerados o produto da cultura. III - A cultura surge com o Homo sapiens.
	
	
	
	As afirmações II e III estão certas.As afirmações I e II estão certas.
	
	
	Todas as afirmações estão certas.
	
	
	As afirmações I e III estão certas.
	
	
	Todas as afirmações estão erradas.
		
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