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PARECER JURÍDICO. Interessada: João. Referente à: Direito de posse. Trata-se de consulta feita por Mariana, onde seu amigo João sabia que seu vizinho, Luciano, estava realizando uma longa viagem e mesmo assim invadiu a casa que era de propriedade de Luciano e passou a residir no imóvel com seus familiares, sem o consentimento do proprietário. Luciano cultivava em seu terreno inúmeras hortaliças, as quais João passou a comercializar. Com o lucro auferido em razão da venda das hortaliças, João instalou uma piscina no quintal de Luciano e uma rampa para cadeirantes próxima à porta de entrada da residência, já que ele sabia que Luciano tinha uma filha usuária de cadeira de rodas. Luciano retornou ao imóvel e retomou sua posse por ação judicial. É relatório, passo a fundamentar. FUNDAMENTAÇÃO. Foi consultado a respeito dos direitos do possuidor do imóvel, ao caso concreto descrito. O artigo 1.216 do Código Civil dispõe: Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio. O possuidor de má fé (João) deve responder por todos os frutos colhidos e percebidos bem como pelos que por culpa deixou de perceber desde o momento que se constituiu de má-fé; Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio. Terá direito às despesas de produção e custeio (no caso da manutenção do cultivo das hortaliças). Somente serão ressarcidas as benfeitorias necessárias (a piscina é benfeitoria voluptuária e a rampa é benfeitoria útil). Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias. Dessa forma, João tem direito às despesas de manutenção do cultivo das hortaliças, podendo optar entre seu valor atual e o seu custo, nos termos do artigo 1.222 do Código Civil. Art. 1.222 – o reivindicante, obrigado a indenizar as benfeitorias ao possuidor de má-fé, tem o direito de optar entre o seu valor atual e o seu custo; ao possuidor de boa-fé indenizará pelo valor atual. Andressa Knop. Brenda Katherine Moroski. Juliana Hansen. Luane Victoria do Prado. Marcela Neidorf. Paola Gabrieli Kmiecik. Rafaela da Silva Portella.
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