ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA

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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA – LITERATURA INFANTIL
Alexandra Francisca da Silveira Araújo
Matrícula: 11033332
Curso: Pedagogia
Primeiramente, cumpre destacar a distinção entre alfabetização e letramento. A primeira é o processo de aprendizagem onde se desenvolve a capacidade de ler e escrever, já o segundo consiste na função social da leitura e da escrita, ou seja, é a condição que um indivíduo ou grupo social conquista depois de se familiarizar com essas duas práticas, desenvolvendo melhor as formas de sua utilização nos mais diversos contextos sociais. Essas temáticas devem ser indissociáveis tanto na teoria, como na prática pedagógicas.
Consequentemente, estudos e pesquisas constatam que uma pessoa é considerada alfabetizada e letrada quando não só conhece o código, mas também, consegue utilizá-lo diante das mais variadas demandas sociais da leitura e da escrita. Assim, ela se torna capaz de organizar seus próprios discursos para ser compreendida e compreender seu emissor diante de um diálogo. Por esse motivo, o professor deve atentar, desde cedo, para a linguagem oral da criança, pois esta serve de suporte para o aprendizado de sua linguagem escrita. 
Outro ponto importante a ressaltar, é a ênfase que dever ser dada no trabalho com textos desde o início da alfabetização, tendo em vista que eles favorecem a criação da consciência fonológica da criança, aumentando sua aptidão para as habilidades utilizadas na escrita. A literatura infantil no processo de alfabetização e letramento, objetiva um ensino contextualizado, lúdico e prazeroso, posto que ela é de suma importância no campo educacional e social. 
Indispensável salientar, que o livro de literatura infantil contribui para a formação crítica e ativa, onde a criança explora a sua criatividade e imaginação, dando significado ao meio quem que vive, fazendo ela diferenciar valores perdidos hoje em dia pela coletividade. Nesse sentido, imprescindível alargar as experiências com a literatura infantil, procurando equiparar a criatividade dos textos com a prática pedagógica, desenvolvendo o entendimento e o entrosamento das crianças por meio de atividades e temas prazerosos, estimulando a formação completa dos alunos.
Histórias da literatura infantil brasileira, tais como: “Marcelo, Marmelo, Martelo”, “O meu pé de laranja lima”, “A bolsa amarela” etc devem ser exibidas às crianças através de metodologias concretas, buscando sempre desenvolver o imaginário, visando desenvolver sentimentos de curiosidade, interpretação, interesse, afeto, magia e coragem. Também as lendas, as fábulas e os contos de fadas trazem para o cotidiano da escola uma prática cheia de conteúdos e exercícios responsáveis por um eficiente ensino–aprendizagem, não somente na linguagem oral, mas também escrita e visual, já que para a criança as histórias são fonte de aprendizagem, inspiração e desenvolvimento.
Relativamente à questão proposta, importante frisar que é um enorme desafio envolver estudantes do sexto ano do ensino fundamental na produção textual, porque, muitas vezes, eles se acostumaram a escrever redações sem nenhuma função comunicativa. Infelizmente, muitos ainda relatam que consideram que escrever é uma chatice e são mais resistentes. Outro ponto agravante e triste de se verificar é que os alunos que terminam o quinto ano pouco sabem quais são os gêneros textuais o que acaba por agravar ainda mais a produção da escrita nos anos seguintes. 
Tal realidade é muito grave, pois os gêneros textuais remetem aos diferentes formatos que os textos assumem para desempenhar as mais diversas funções, com suas propriedades sociocomunicativas de funcionalidade e de intencionalidade. Eles apresentam diferentes caracterizações, com vocabulários específicos e empregos sintáticos apropriados. Nesse contexto, compete ao docente da disciplina de redação criar oportunidades para que seu aluno estude os mais diversos gêneros textuais, sua estrutura e funcionalidade, para que se tornem capazes não só de reconhecê-los e compreendê-los, mas também de construí-los de modo adequado. 
Visando que os alunos elaborem textos de qualidade, os docentes devem estimulá-los a ler muito, ensinando que antes de redigir, eles devem fazer os seguintes questionamentos: o que querem dizer, para quem escrevem e qual o gênero que exprime melhor suas ideias. Levar a criança a participar de atividades da vida em sociedade que envolvam ler e escrever também colabora para que elas se aproximem de um texto de qualidade. 
Objetivando solucionar as dificuldades sofridas pela professora Mônica, em suas aulas de redação para alunos do sexto ano do ensino fundamental, propõe-se que ela monte uma oficina de redação, com práticas diversificadas e semanais de leitura, interpretação e escrita, sendo a literatura infantil uma das bases para o aprendizado da escrita. A cada semana ela pode abordar uma prática diferente de tipologia textual.
Para começar, a docente poderá indicar livro de literatura infantil para a leitura individual pelos alunos, em casa, pelo prazo de uma semana. Após, será realizado, em sala de aula, um debate sobre texto e qual a mensagem que ele quis transmitir para o leitor. Os debates servirão para que as crianças aprendam a argumentar e ouvir variadas opiniões e posicionamentos, ampliando sua percepção sobre o assunto, trazendo a mensagem do livro para a realidade atual delas. Depois dos debates, cada uma deverá elaborar seu próprio texto, diante de seu entendimento, de sua interpretação e conclusão sobre ele, utilizando o gênero textual mais adequado.
Quando se tratar do gênero textual reportagem, por exemplo, a professora Mônica, após a leitura, em sala de aula, de um trecho escolhido de um livro de literatura infantil, poderá formar grupos e, em seguida, entregar imagens desse texto, bem como, perguntas relativas a mensagem passada, que deverão ser respondidas por funcionários da escola. A seguir, cada grupo sairá da sala de aula e fará uma entrevista, em que a pessoa escolhida deverá responder às perguntas e dar sua opinião sobre a ilustração. Ao retornar à sala, cada grupo irá explicar como foi sua experiência e discutir o tema proposto. Finalizando a atividade, cada aluno deverá escrever sua própria reportagem, onde cada parágrafo corresponderá as respostas e impressões do seu entrevistado sobre a temática abordada.
Portanto, praticar a leitura é a melhor maneira de formar bons escritores, pois ela aumenta a capacidade de interpretação e argumentação, aumentando o senso crítico do indivíduo, bem como, o seu vocabulário, desenvolvendo a sua criatividade. O aluno precisa ser um leitor assíduo e dedicado, capaz de entender, interpretar e conhecer a leitura coerente e habitual trabalhada em sala de aula, somente assim, ele aprenderá a questionar e a entender o que o autor quer passar nos textos. Dessa forma, o docente exerce a função de indicar e incentivar a leitura propondo exercícios de interpretação e criação em cima do que foi lido, sendo esses uma excelente forma de incentivar a relação entre leitura e escrita.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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GURGEL, Thais. Produção de texto: como ensinar os alunos a escrever de verdade. NOVA ESCOLA, 2018. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/231/producao-de-texto-como-ensinar-os-alunos-a-escrever-de-verdade>. Acesso em: 12 de nov. de 2021.
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