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04_SPE_CURSO_EXT_8_POR_B

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1
Oração Reduzida
Português
8B29
Aula 
Antes de iniciarmos o estudo das orações reduzidas, recordemos os três grupos de orações subordinadas vistas 
anteriormente:
 1º) Um aluno que escreve constantemente melhora sua redação.
 oração subordinada adjetiva (restritiva)
 2º) A natureza sinaliza que está se transformando radicalmente.
 oração subordinada substantiva (objetiva direta)
 3º) Se houver paciência, venceremos este momento terrível.
 oração subordinada adverbial (condicional)
Você sabe: um indicador formal de uma oração subordinada é o conectivo. Assim, nos exemplos anteriores tería-
mos
 1º) “que” > pronome relativo (conector das orações adjetivas);
 2º) “que” > conjunção integrante (conectivo próprio das orações substantivas);
 3º) “se” > conjunção subordinativa (conector típico da oração adverbial).
Agora, portanto, podemos descrever uma oração reduzida, que nada mais é do que uma construção menor, dimi-
nuta, daquelas que seriam as orações subordinadas naturalmente desenvolvidas.
Para que haja a possibilidade desse tipo de redução, duas condições serão necessárias à construção de uma oração 
reduzida.
1º) ausência de conector entre as orações;
2º) verbo utilizado em sua forma nominal
Ao se eliminar o conector na relação entre as orações, elas passam a ficar “lado a lado”, exigindo de nossa capaci-
dade de leitura a percepção para o sentido possível exposto pelo enunciado. Essa operação ainda contará com o verbo 
na formal nominal.
Recorde-se das formas nominais do verbo:
INFINITIVO GERÚNDIO PARTICÍPIO
aprovar aprovando aprovado
escrever escrevendo escrito
partir partindo partido
O uso das reduzidas, você verá, permitirá maneiras de condensação da informação de um período no momento de 
construção da frase. Trata-se de um recurso de síntese em algum momento, por exemplo, em que você note repetições 
possíveis ou indesejadas em suas frases.
Tentemos, então, aplicar a redução aos períodos que abriam esta aula.
Um aluno que escreve constantemente melhora sua redação.
 oração subordinada adjetiva (restritiva)
2 Extensivo Terceirão
Seria bem possível, neste caso, lançarmos mão de um gerúndio a fim de reduzir a oração.
Um aluno ESCREVENDO constantemente melhora sua redação.
Diz-se, então, que a redução aqui se dá pela forma do gerúndio. Em exames muito tradicionais, a redação con-
vertida seria classificada como ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA REDUZIDA DE GERÚNDIO (!!!) Por mais esdrúxula 
que possa parecer a classificação, ela é bem racional, pois mantém a nomenclatura inicial (oração adjetiva) e apenas 
acrescenta a informação sobre a redução e a forma nominal que dela participa. 
Assim, para o segundo exemplo teríamos
A natureza sinaliza que está se transformando radicalmente.
 oração subordinada substantiva (objetiva direta)
que passaria à seguinte forma reduzida de infinitivo
A natureza sinaliza ESTAR se transformando radicalmente.
Observe que a forma verbal no infinitivo ocupa o espaço em que figurava o conectivo “que”. A oração em destaque, 
nesse último exemplo, continua sendo subordinada substantiva objetiva direta - como se classificava inicialmente -, 
mas agora lembramos que ela está reduzida de infinitivo.
‘Reconhecer essa manobra significa aumentar nossa capacidade de leitura e de escrita, certo? A mesma possibili-
dade se dará com o terceiro dos exemplos:
Se houver paciência, venceremos este momento terrível.
 oração subordinada adverbial (condicional)
em que transformaríamos a forma desenvolvida na seguinte construção reduzida de gerúndio.
HAVENDO paciência, venceremos este momento terrível.
E o caminho inverso?
Logicamente é possível nos defrontarmos com enunciados na forma reduzida que possam ser desdobrados em 
orações desenvolvidas. 
DISCURSANDO daquele modo, mostrou todo o seu despreparo.
 oração subordinada adverbial temporal oração principal
 reduzida de gerúndio
Caberá neste caso, como se observará, a ideia temporal. Para explicitarmos tal relação, basta inserirmos o conector 
que dará conformidade a essa relação.
Quando discursou daquele modo, mostrou todo o seu despreparo
 oração subordinada adverbial temporal oração principal
Obviamente seria possível imaginar a frase desenvolvida com “assim que”, “depois que”, expressões temporais.
Veja, agora, como seria a conversão de uma reduzida de particípio para a sua forma desenvolvida.
RESOLVIDOS os problemas pessoais, terá mais calma na hora da prova.
 oração subordinada adverbial condicional oração principal
 reduzida de particípio
sendo que a forma desenvolvida seria esta:
SE (CASO) resolver os problemas pessoais, terá mais calma na hora da prova.
 oração subordinada adverbial condicional oração principal
Aula 29
3Português 8B
Você não precisa se assustar com a nomenclatura. Atente, isso sim, à relação semântica. A classificação sob essa 
específica terminologia tem sido cobrada cada vez menos. Vale muito mais perceber a relação de sentido entre as 
orações e valer-se das diferentes possibilidades de organização de escrita que a sintaxe nos oferece. 
Usar as formas reduzidas de oração, por exemplo, pode fazer com que você “economize” muitos conectivos, evitan-
do, por vezes, repetições desnecessárias. Isso também é saber usar bem os mecanismos de coesão.
Não se esqueça, obviamente, de que também é possível haver reduções com formas no infinitivo e no particípio, certo?
Atenção!
A mera presença de uma forma nominal na frase não significa que haja no enunciado uma forma reduzida, 
certo? É preciso haver as condições morfossintáticas e semânticas para que se faça a conversão de forma precisa 
e se verifique, de fato, a oração reduzida.
Lembre-se de que as locuções verbais, em muitos casos, não permitirão as transformações vistas ao longo 
desta aula. Quando ocorrer isso, simplesmente não há oração reduzida em jogo.
Quase todas as pessoas que conheço GOSTAM DE VIAJAR.
COMEÇOU A CHORAR assim que viu a lista.
SAÍRAM FALANDO mal dos antigos amigos.
Ele HAVIA GOSTADO muito daqueles textos antigos.
Testes
Assimilação
29.01. Classifique as orações reduzidas:
a) Ao retornar à sala, fiquei em silêncio.
• Oração subordinada reduzida de .
b) Há muitos alunos reclamando do nível das provas.
• Oração subordinada reduzida de .
c) Aborrecido com a matéria, xingava o mundo.
• Oração subordinada reduzida de .
d) Feito por você, o resultado seria melhor.
• Oração subordinada reduzida de .
e) Por dizer a verdade, era leve e tranquilo.
• Oração subordinada reduzida de .
f ) Mesmo sendo inocente, foi preso.
• Oração subordinada reduzida de .
g) Trabalhe com afinco para aprender rapidamente.
• Oração subordinada reduzida de .
h) A melhor política é ser honesto.
• Oração subordinada reduzida de .
i) Escrevendo sem atenção, nada aprenderás.
• Oração subordinada reduzida de .
4 Extensivo Terceirão
29.02. Desenvolva as orações reduzidas:
a) Não há qualquer motivo para falar “off” em vez de 
“desconto”.
b) Mesmo sofrendo com a redação, tinha boas ideias.
c) Reconhecemos o problema lendo o texto.
d) Publicado o nome na lista, comece a comemoração.
e) Seria importante escrevermos muito ao longo do ano.
f ) Precisando de apoio, peça.
29.03. Leia o trecho a seguir:
O estudante de arte se deparou com uma tela 
antiquíssima visitando a galeria.
a) Qual o sentido absurdo que se pode depreender do 
período?
b) Desenvolva a oração reduzida destacada, evidenciando 
ora o sentido absurdo, ora o sentido lógico do texto.
c) É possível resolver o problema de sentido sem desenvol-
ver a oração reduzida e sem modificar drasticamente o 
período? Justifique. 
Instrução: Texto para a questão 29.04. 
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29.04. Destaque e classifique a oração reduzida que aparece 
em “- Tenho medo de abrir!”.
Aperfeiçoamento29.05. Assinale como VERDADEIROS os períodos que apre-
sentam ORAÇÃO REDUZIDA e como FALSOS aqueles em 
que isso não ocorre. 
( ) Uma das melhores maneiras de amar e odiar as pesso-
as é esta: convivendo com elas. 
( ) Encontramos ontem, na mata, um animal que cavava 
a terra. 
( ) É de admirar que isso ainda acorra. 
( ) Feito por você, o trabalho certamente sairia perfeito. 
( ) Se prevalecer essa política de contribuição previden-
ciária, a nação estará arruinada. 
29.06. (IFSP) – Assinale a alternativa em que se desenvolveu 
a oração reduzida em destaque de forma coerente com o 
sentido do texto.
Na avaliação de profissionais que atuam no 
campo da adoção, as pessoas começaram a reava-
liar seus sonhos de maternidade e paternidade ao 
perceber que aquele bebê loiro e de olhos azuis 
não existe nos abrigos. 
a) ... depois que percebessem... 
b) ... quando perceberam... 
c) ... ainda que tenham percebido... 
d) ... embora houvessem percebido... 
e) ... à medida que perceberão... 
Aula 29
5Português 8B
29.07. (UNISC – RS) – Quanto às possibilidades de reescrita 
para os enunciados a seguir, aponte a(s) afirmativa(s) que 
avalia(m) adequadamente as alterações.
I. Nesse sentido, apregoa tal teoria que, se não forem 
reprimidos, os pequenos delitos ou contravenções 
conduzem, inevitavelmente, a condutas criminosas 
mais graves, em vista do descaso estatal em punir os 
responsáveis pelos crimes menos graves.
Reescrita: Nesse sentido, apregoa tal teoria que, em sendo 
reprimidos, os pequenos delitos (...).
Consideração: a substituição da construção com o uso de 
condicional pela forma reduzida não gera modificação 
alguma no sentido original do enunciado.
II. Se admitirmos atitudes violentas como algo normal no 
desenvolvimento das crianças, o padrão de desenvol-
vimento será de maior violência quando essas crianças 
se tornarem adultas.
Reescrita: Caso sejam admitidas atitudes violentas (...).
Consideração: a reescrita proposta mantém a relação original 
de condição, tendo sido feitas alterações, de forma adequada, 
na forma verbal.
III. Se for aplicada de modo unilateral, pode facilmente ser 
usada como instrumento opressor pela autoridade fascista 
de plantão, tal como um ditador ou uma força policial dura.
Reescrita: Aplicando-a de modo unilateral, (...).
Consideração: a reescrita com emprego de uma oração 
reduzida de gerúndio manteve o mesmo grau de condi-
cionalidade para que a afirmação a seguir seja sustentada.
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente a afirmativa I está correta. 
b) Somente as afirmativas II e III estão corretas. 
c) Somente a afirmativa III está correta. 
d) Somente a afirmativa II está correta. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
29.08. Leia o trecho abaixo:
Mesmo sem saber quem está do outro lado, os 
usuários de aplicativos de encontros viram ami-
gos ou até mesmo namorados virtuais.
a) Destaque a oração reduzida.
b) Substitua-a por uma oração desenvolvida (introduzida 
por conjunção e com o verbo no modo indicativo ou 
subjuntivo), sem produzir alteração do sentido.
c) Reescreva a oração “os usuários de aplicativos de encon-
tros viram amigos ou até mesmo namorados virtuais” sem 
mudar-lhe o sentido e sem provocar incorreção, apenas 
substituindo o verbo. 
Instrução: Texto para a questão 29.09. 
Casou Margarida, finalmente, aos 22 anos, já 
morto o velho Venceslau. Naquele sertão havia 
por esse tempo muita abastança, 1por modo que 
um grande pecúlio não era lá nenhum desses en-
godos. Os mancebos, que frequentavam a casa, 
frequentavam-na sem dúvida por causa da moça, 
2por via de ser ela muito de liberalidades, mui-
to amiga de agradar, não poupando nem mesmo 
as pequenas carícias que uma donzela senhora 
de si pode conceder sem prejuízo da sua física 
inteireza. Aconteceu a uns dois se lhe apegarem 
de rijo, porém as respectivas famílias, com a im-
posão que então os pais ainda abocanhavam, os 
desviaram; um deles, até à força bruta, quase 
amarrado, foi recambiado para Olinda, onde se 
ordenou.
Todavia, contando-se este caso ao Rev. Visi-
tador, que nesse tempo era o cura de Russas do 
Jaguaribe, balançou a cabeça em ar de motejo e 
de antigo entendedor de mulheres e de namoros:
– Feiosa, baixa, entroncada, carrancuda ao 
menor enfado, disse ele, não admito que homem 
algum se apaixone pela filha do capitão-mor, sal-
vo se não é aquela que eu tenho visto no Poço 
da Moita, onde cheguei a passar mais de uma 
semana com as febres. Vão ver que ela usou de 
feitiçaria... Ora se não é isso! Vão ver.
– O Rev. Visitador ainda acredita em urucu-
bacas?
– Se creio! O Inimigo do gênero humano não 
dorme. E mulheres? Mulheres! mulheres! A nos-
sa mãe Eva que não me deixe mentir.
Em todo caso, razão tivesse ou não o sacerdo-
te, é certo que o começo do tirano amor é sem-
pre de umas exterioridadezinhas, pontinhas de 
dotes profundos, que, em faltando, a mulher pa-
rece antes um homem, ou antes um animal sem 
sexo. Margarida era muitíssimo do seu sexo, mas 
das que são pouco femininas, pouco mulheres, 
pouco damas, e muito fêmeas. Mas aquilo tinha 
artes do Capiroto. Transfigurava-se ao vibrar de 
não sei que diacho de molas.
6 Extensivo Terceirão
Esposando ao Major Joaquim Damião de Bar-
ros, uns dezesseis anos mais avançado que ela 
na idade, passou a chamar-se Margarida Reginal-
do de Oliveira Barros. Se, recebendo o nome do 
marido, ela fez tudo o mais que ordena a Santa 
Madre Igreja, a Deus pertence.
PAIVA, Manuel de Oliveira. Dona Guidinha do Poço. 
São Paulo: Ática, 2000, 4ª ed. p.16-17
29.09. (UFCE) – Avalie o que se afirma sobre as expressões 
POR MODO QUE e POR VIA DE e, a seguir, assinale a alter-
nativa correta.
I. POR MODO QUE (ref. 1) e POR VIA DE (ref. 2) são sintática 
e semanticamente equivalentes.
II. POR MODO QUE introduz uma oração desenvolvida e 
POR VIA DE, uma oração reduzida.
III. A substituição por POR ISSO e POR, respectivamente, 
subtrai das construções parte do seu caráter regionalista. 
a) Apenas I é verdadeira. 
b) Apenas II é verdadeira. 
c) Apenas III é verdadeira. 
d) Apenas I e II são verdadeiras. 
e) Apenas II e III são verdadeiras. 
Instrução: Texto para a questão 29.10. 
Segundo a crença popular do Nordeste, quan-
do morrem anjinhos, ainda não acostumados com 
as coisas da vida e quase sem conhecer as coisas 
de Deus, é preciso que os seus olhos sejam manti-
dos abertos para que possam encontrar com mais 
facilidade o caminho do céu. Pois, com os olhos 
fechados, os anjinhos errariam cegamente pelo 
limbo, sem nunca encontrar a morada do Senhor.
(Sebastião Salgado)
29.10. (MACK – SP) – Assinale a alternativa correta. 
a) A oração “que os seus olhos sejam mantidos abertos” é 
subordinada substantiva objetiva direta. 
b) No primeiro período há duas orações reduzidas, cuja 
função é caracterizar o sujeito da oração anterior, a qual 
é, por sua vez, subordinada adverbial temporal. 
c) A conjunção “pois” que inicia o segundo período dá ideia 
de conclusão. 
d) A terceira pessoa do plural de “sejam mantidos abertos” 
indica a indeterminação do sujeito. 
e) Quanto à predicação, o verbo “encontrar”, da última ora-
ção, é transitivo direto e indireto. 
Aprofundamento
Instrução: Leia o fragmento do romance O Cabeleira, abaixo, 
e responda à questão 29.11.
O Cabeleira entretanto atravessava matos, ria-
chos e tabuleiros por novos caminhos que, infati-
gável e ousado, ia abrindo, em direitura ao lugar 
do seu nascimento.
Sentia-se atraído para esse lugar por uma sau-
dade infinda, por uma confiança enganosa e fatal.
Parecia-lhe que ninguém, nem a justiça dos 
homens nem a de Deus, na qual desde os mais 
verdes anos o tinham ensinado a não acreditar, 
teriam poder para arrancá-lo desses sombrios e 
protetores esconderijos, dessas grutas insondá-
veis, perpetuamente abertas às onças e a ele, per-
petuamente fechadas ao restante dos animais e 
dos homens que não se animavam a transpor-lhes 
o escuro limiar 1com receio de ficarem sepultados 
para sempre em tão medonhos sarcófagos.Tendo-se afastado do pé da mata onde haviam 
sido vencidos e capturados em seus redutos os 
outros malfeitores, descreveu uma oblíqua de cer-
ca de uma légua no rumo do ocidente e desceu 
depois a uma distância donde pudesse ter debai-
xo das vistas o Tapacurá, que lhe servia de guia 
através do sertão.
(TÁVORA, F. O Cabeleira. São Paulo: Martin Claret, 2003. p. 133.)
29.11. (UEL – PR) – No trecho “com receio de ficarem sepul-
tados para sempre em tão medonhos sarcófagos”(referência 
1), há uma oração reduzida 
a) subordinada adverbial final. 
b) subordinada adverbial temporal. 
c) subordinada substantiva objetiva indireta. 
d) subordinada substantiva completiva nominal. 
e) subordinada substantiva predicativa. 
Instrução: Texto para a questão 29.12. 
Como percepção da sociedade moderna, não 
há nada que se compare a ‘O Capital’, ao ‘Manifes-
to Comunista’ e aos escritos sobre a luta de classes 
na França. A potência da formulação e da análise 
até hoje deixa boquiaberto. Dito isso, os prog-
nósticos de Marx sobre a revolução operária não 
se realizaram, o que obriga a uma leitura distan-
ciada. Outros aspectos da teoria, entretanto, fica-
ram de pé, mais atuais do que nunca, tais como a 
mercantilização da existência, a crise geral sempre 
pendente e a exploração do trabalho. Nossa vida 
intelectual seria bem mais relevante se não fechás-
semos os olhos para esse lado das coisas.
 (Roberto Schwarz, “Por que ler Marx”, Folha de S.Paulo, 22.02.2013) 
Aula 29
7Português 8B
29.12. (ESPM – SP) – No trecho: “Dito isso, os prognós-
ticos de Marx sobre a revolução operária...”, a vírgula 
separa uma oração reduzida e isso também ocorre na frase: 
a) Nada influencia mais a mortalidade infantil, no Brasil de 
hoje, do que o baixo nível de escolaridade dos adultos. 
b) Nem a falta de dinheiro, de água ou de esgoto têm um 
impacto maior na mortalidade infantil. 
c) Se 1% dos adultos de uma cidade é alfabetizado, mais 47 
crianças em média sobrevivem à primeira infância. 
d) O pesquisador do IBGE Celso Simões, autor do estudo, 
afirma que educação importa mais que saneamento. 
e) Tendo a mãe um pouco de educação, consegue-se que 
o filho tenha acesso aos programas sociais do governo. 
Instrução: Texto para a questão 29.13. 
O cajueiro já devia ser velho quando nasci. Ele 
vive nas mais antigas recordações de minha infân-
cia: belo, imenso, no alto do morro, atrás de casa. 
Agora vem uma carta dizendo que ele caiu.
Eu me lembro do outro cajueiro que era me-
nor, e morreu há muito mais tempo. Eu me lembro 
dos pés de pinha, do cajá-manga, da grande tou-
ceira de espadas-de-são-jorge (que nós chamáva-
mos simplesmente “tala”) e da alta saboneteira que 
era nossa alegria e a cobiça de toda a meninada 
do bairro, porque fornecia centenas de bolas pretas 
para o jogo de gude. Lembro-me da tamareira, e de 
tantos arbustos e folhagens coloridas, lembro-me 
da parreira que cobria o caramanchão, e dos can-
teiros de flores humildes, “beijos”, violetas. Tudo 
sumira; mas o grande pé de fruta-pão ao lado de 
casa e o imenso cajueiro lá no alto eram como ár-
vores sagradas protegendo a família. Cada menino 
que ia crescendo ia aprendendo o jeito de seu tron-
co, a cica de seu fruto, o lugar melhor para apoiar 
o pé e subir pelo cajueiro acima, ver de lá o telhado 
das casas do outro lado e os morros além, sentir o 
leve balanceio na brisa da tarde.
(Rubem Braga: Cajueiro. In: O VERÃO E AS MULHERES. 
5ª ed. Rio de Janeiro: Record, 1991, p.84-5.)
29.13. (UFSCAR – SP) – Há no texto orações reduzidas de 
gerúndio e de infinitivo. Assinale a alternativa em que a forma 
verbal da oração reduzida está DESENVOLVIDA corretamente, 
entre parênteses. 
a) ... protegendo a família (QUE PROTEGIAM A FAMÍLIA). 
b) ... para apoiar o pé... (PORQUE APOIARIA O PÉ). 
c) ... e subir pelo cajueiro acima... (E QUE SUBIRIA PELO 
CAJUEIRO ACIMA). 
d) ... ver de lá o telhado das casas do outro lado e os morros 
além... (PARA QUE VEJA DE LÁ O TELHADO DAS CASAS DO 
OUTRO LADO E OS MORROS ALÉM). 
e) ... sentir o leve balanceio da brisa da tarde (QUANDO 
SENTISSE O LEVE BALANCEIO DA BRISA DA TARDE). 
29.14. (IMED – RS) – Em relação ao período Como os ne-
gros não trabalhavam mais nas lavouras, os imigrantes 
começaram a ocupar seus lugares, plantando e colhen-
do, mas cobravam pelos trabalhos realizados, são feitas 
as seguintes afirmações:
I. É um período composto, formado por orações subor-
dinadas e coordenadas.
II. plantando e colhendo representam orações reduzidas 
de gerúndio.
III. a ocupar seus lugares poderia ser expandida, assumindo 
a forma a ocupação de seus lugares.
Quais estão corretas? 
a) Apenas I. 
d) Apenas I e II. 
b) Apenas II. 
e) Apenas II e III. 
c) Apenas III. 
Instrução: Texto para a questão 29.15. 
Desfazendo-se quase que inteiramente dos 
traços dos impressionistas, artistas como Van 
Gogh e Cézanne, explorando novas liberdades, 
fazem a arte ganhar novas técnicas e aproximar-
-se da abstração. A dimensão psicológica do artista 
transparece em seus quadros: o quarto modestíssi-
mo de Van Gogh sugere um cotidiano angustiado, 
seus campos de trigo parecem um dourado a saltar 
da tela. A Primeira Grande Guerra eliminará com-
preensões mais inocentes do mundo, e o século XX 
em marcha acentuará as cores dramáticas, convul-
sionadas, as formas quase irreconhecíveis de uma 
realidade fraturada. O cubismo, o expressionismo e 
o abstracionismo (Picasso, Kandinsky e outros) in-
terferem radicalmente na visão “natural” do mundo.
(BATISTA, Domenico, inédito) 
29.15. (PUCCAMP – SP) – Considerada a frase destacada no 
texto, comenta-se com propriedade:
a) As formas verbais de gerúndio Desfazendo-se e explo-
rando devem ser entendidas como correspondendo às 
seguintes ideias: “Quando se desfaziam” e “se exploravam”. 
b) Em artistas [...] fazem a arte ganhar novas técnicas e 
aproximar-se da abstração, “fazem ganhar” constitui uma 
locução verbal. 
c) Desenvolvendo as orações reduzidas presentes em artis-
tas [...] fazem a arte ganhar novas técnicas e aproximar-se 
da abstração, obtém-se “artistas [...] fazem que a arte 
ganha novas técnicas, se aproximando da abstração”. 
d) O emprego associado de quase e inteiramente, palavras 
que se excluem mutuamente, afeta a clareza da frase, cujo 
sentido pode ser apreendido apenas pelo conhecimento 
prévio do leitor acerca dos impressionistas. 
e) É aceitável admitir que as ações expressas pelos verbos 
“desfazer” e “explorar” se realizem em concomitância. 
8 Extensivo Terceirão
Instrução: Texto para a questão 29.16. 
REFLETINDO SOBRE 
APROPRIAÇÃO CULTURAL
Os efeitos desta supervalorização da cultu-
ra europeia é a existência de uma hierarquia 
cultural 
Já há algum tempo, acompanho esse debate so-
bre apropriação cultural e, 1lendo os artigos produ-
zidos (a favor ou contra), percebi que a maioria não 
consegue articular este debate com questões mais 
amplas: racismo e capitalismo. 
É preciso aceitar que há apropriação cultural. E que 
esta apropriação não é resultado de uma troca cultu-
ral. E por quê? A cultura predominante em nosso país 
é a ocidental que nos obriga a digerir a cultura euro-
peia. Isso é bem problemático numa sociedade mar-
cada pela diversidade étnico-cultural. Os efeitos desta 
supervalorização da cultura europeia é a existência de 
uma hierarquia cultural. E é aqui que racismo e capita-
lismo se articulam na apropriação da cultura do outro. 
Ninguém no Brasil é proibido de usar um tur-
bante, uma guia ou de pertencer a alguma religião 
de matriz africana. 2Porém, há um olhar diferen-
ciado quando negros ou negras usam um turbante, 
uma guia que os identificam com o candomblé em 
espaço público. Diferente de brancos. Os primeiros 
são logo tachados de macumbeiros e os segundos, 
na moda, estilo e tendência étnica. 
3O cerne da questão se dá quando a cultura africa-
na e afro-brasileira é apropriada por empresas e os pro-
tagonistas são excluídos do processo. Outro problema 
da assimilação cultural é seu retorno. Esta retornana 
forma de mercadoria esvaziada de sentido. A filósofa 
e feminista negra Djamila Ribeiro faz a provocação: 
4“A etnia Maasai não quer ser reparada pelo mundo 
da moda por apropriação, porque lucraram com sua 
cultura sem que eles recebessem por isso.” A relação 
entre capitalismo e racismo se manifesta desta forma. 
O debate sobre apropriação cultural propõe re-
fletir sobre o uso da cultura africana e afro-brasileira 
por empresas sem a presença e um retorno aos pro-
tagonistas. Para os que fazem este debate de forma 
ampla, há uma compreensão de que não é justo 
atingir pessoas. Estas não possuem um conhecimen-
to sobre tal problemática. É preciso atacar as empre-
sas que usam e abusam da cultura desses povos e a 
transformam em simples mercadoria. 
5Chamo atenção (finalizando) para o fato de 
alguns artigos que, sem entender ou por pura de-
sonestidade intelectual, procuram, ao combater os 
argumentos daqueles que escrevem sobre a apro-
priação cultural, desqualificar toda uma produção 
de conhecimento forjada a partir de uma longa ex-
periência no combate ao racismo. Penso que todo 
debate é válido, porém, sejamos éticos. 
FERREIRA, H. Refletindo sobre apropriação cultural. Disponível em: < http://
www.opovo.com.br/jornal/opiniao/2017/02/hilario-ferreira-refletindo-
sobre-apropriacao-cultural.html>. Acesso em: 09 maio 2017 (adaptado). 
29.16. (IFPE) – Com base nas estratégias lógico-discursivas 
mobilizadas no texto, considere as seguintes afirmativas. 
I. No trecho “lendo os artigos produzidos (a favor ou contra), 
percebi que a maioria não consegue articular este debate” 
(1º. parágrafo – referência 1), o verbo destacado institui 
uma oração subordinada reduzida de gerúndio e estabe-
lece, com a oração seguinte, uma relação de alternância. 
II. Em “Porém, há um olhar diferenciado” (3º. parágrafo – 
referência 2), a conjunção destacada introduz uma ideia 
de oposição com relação ao período anterior. 
III. Em “O cerne da questão se dá quando a cultura africana 
e afro-brasileira é apropriada por empresas” (4º. parágra-
fo – referência 3), a conjunção destacada introduz uma 
circunstância de tempo. 
IV. No trecho “A etnia Maasai não quer ser reparada pelo 
mundo da moda por apropriação, porque lucraram 
com sua cultura sem que eles recebessem por isso” 
(4º. parágrafo – referência 4), a expressão em destaque 
introduz a consequência do lucro do mundo da moda 
com a cultura Maasai. 
V. Em “Chamo atenção (finalizando) para o fato de alguns 
artigos que [...] procuram, ao combater os argumentos 
daqueles que escrevem sobre a apropriação cultural, 
desqualificar toda uma produção de conhecimento 
forjada” (6º. parágrafo – referência 5), a expressão verbal 
em destaque introduz uma oração reduzida de infinitivo 
que estabelece uma relação de conformidade com a 
oração anterior. 
Estão CORRETAS apenas as assertivas 
a) I e III. b) II e III. c) III e V. 
d) III, IV e V. e) I, II e IV. 
29.17. (ESPCEX – SP) – Marque a opção que justifica a colo-
cação do ponto e vírgula e da vírgula utilizados por José 
de Alencar no período.
“Depois Iracema quebrou a flecha homicida; 
deu a haste ao desconhecido, guardando consigo 
a ponta farpada.” 
a) O ponto e vírgula indica citação e a vírgula indica locução. 
b) O ponto e vírgula separa oração coordenada e a vírgula 
separa oração reduzida. 
c) O ponto e vírgula indica citação e a vírgula separa termos 
da oração. 
d) O ponto e vírgula separa oração coordenada e a vírgula 
marca mudança de sujeito. 
e) O ponto e vírgula indica enumeração e a vírgula separa 
termos da oração. 
Aula 29
9Português 8B
Instrução: Leia o trecho inicial do romance O Ateneu, de 
Raul Pompeia (1863-1895), para responder à questão 29.18. 
“Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à 
porta do Ateneu. Coragem para a luta.” Bastante 
experimentei depois a verdade deste aviso, que me 
despia, num gesto, das ilusões de criança educada 
exoticamente na estufa de carinho que é o regime 
do amor doméstico; diferente do que se encontra 
fora, tão diferente, que parece o poema dos cui-
dados maternos um artifício sentimental, com a 
vantagem única de fazer mais sensível a criatura à 
impressão rude do primeiro ensinamento, têmpe-
ra brusca da vitalidade na influência de um novo 
clima rigoroso. Lembramo-nos, entretanto, com 
saudade hipócrita dos felizes tempos; como se a 
mesma incerteza de hoje, sob outro aspecto, não 
nos houvesse perseguido outrora, e não viesse de 
longe a enfiada das decepções que nos ultrajam. 
Eufemismo, os felizes tempos, eufemismo 
apenas, igual aos outros que nos alimentam, a 
saudade dos dias que correram como melhores. 
1Bem considerando, a atualidade é a mesma em 
todas as datas. 2Feita a compensação dos desejos 
que variam, das aspirações que se transformam, 
alentadas perpetuamente do mesmo ardor, sobre 
a mesma base fantástica de esperanças, a atualida-
de é uma. Sob a coloração cambiante das horas, 
um pouco de ouro mais pela manhã, um pouco 
mais de púrpura ao crepúsculo – a paisagem é a 
mesma de cada lado, beirando a estrada da vida. 
Eu tinha onze anos. 
(O Ateneu, 1999.) 
29.18. (FUVEST – SP) – 
I. “Bem considerando, a atualidade ...”. (referência 1)
II. “Feita a compensação dos desejos que…” (referência 2)
Desdobre as duas orações reduzidas, sem alterar o significado. 
Desafio
29.19. Classifique as orações dos períodos abaixo.
a) Dando bons conselhos, as pessoas dão aquilo de que 
mais necessitam.
b) A função mais comum que tem a boca é esconder a 
verdade.
c) É difícil julgar a beleza, por ser ela um enigma. (Dostoiévski)
d) Há homens cuja alma apenas é capaz de impedir que o 
corpo se putrefaça. (Holmes)
e) Ninguém concorda com as opiniões do próximo; concor-
damos apenas com nossas próprias opiniões expressas 
por outra pessoa.
29.20. Leia o trecho abaixo e faça o que se pede.
Certas vezes, as orações reduzidas de gerún-
dio apresentam uma característica mais livre de 
análise, limitando-se aos fatores de contexto.
a) Desenvolva a oração reduzida abaixo, dando a ela três 
sentidos distintos. Aponte a circunstância expressa em 
cada caso.
Não estando em sala o austero professor, 
falam animadamente os alunos.
1. 
 .
2. 
 .
3. 
 .
10 Extensivo Terceirão
Gabarito
29.01. a) Ao retornar à sala, fiquei em silêncio.
 Oração subordinada adverbial temporal reduzida de infinitivo.
b) Há muitos alunos reclamando do nível das provas.
 Oração subordinada adjetiva restritiva reduzida de gerúndio.
c) Aborrecido com a matéria, xingava o mundo.
 Oração subordinada adverbial causal reduzida de particípio.
d) Feito por você, o resultado seria melhor.
 Oração subordinada adverbial condicional reduzida de particípio.
e) Por dizer a verdade, era leve e tranquilo.
 Oração subordinada adverbial causal reduzida de infinitivo.
f ) Mesmo sendo inocente, foi preso.
 Oração subordinada adverbial concessiva reduzida de gerúndio.
g) Trabalhe com afinco para aprender rapidamente.
 Oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo.
h) A melhor política é ser honesto.
 Oração subordinada substantiva predicativa reduzida de infinitivo.
i) Escrevendo sem atenção, nada aprenderás.
 Oração subordinada adverbial condicional reduzida de gerúndio.
29.02. a) Não há qualquer motivo para que/a fim de que se fale “off” em 
vez de “desconto”.
b) Embora/Ainda que/Mesmo que sofresse com a redação, tinha 
boas ideias.
c) Reconhecemos o problema quando/depois que relemos (relía-
mos) o texto.
d) Quando/Assim que seu nome for publicado na lista, comece a 
comemoração.
e) Seria importante que escrevêssemos muito ao longo do ano.
f ) Se precisar de apoio/Caso precise de apoio.
29.03. a) Pode-se pensar que a tela, e não o estudante, visitava a galeria.
b) O estudante de arte se deparou com uma tela antiquíssima que 
visitava a galeria/O estudante de arte se deparou com uma tela 
antiquíssima quando ela visitava a galeria. (sentidos absurdos). 
 O estudante de arte se deparou com uma tela antiquíssimaquando ele visitava a galeria. (sentido lógico)
c) Sim, se alterarmos o posicionamento da oração reduzida, de 
maneira que ela desponte logo após o termo estudante de 
arte, é possível desfazer a ambiguidade. Valendo-se do uso de 
vírgulas e de ênclise, o período ficaria assim: O estudante de 
arte, visitando a galeria, deparou-se com uma tela anti-
quíssima.
29.04. Tenho medo DE ABRIR > Trata-se de uma oração subordinada subs-
tantiva completiva nominal reduzida de infinitivo (funciona como 
complemento do substantivo MEDO).
29.05. V – F – F – V – F 
29.06. b
29.07. b
29.08. a) Mesmo sem saber.
b) Embora/Ainda que não saibam quem está do outro lado.
c) os usuários de aplicativos de encontros tornam-se amigos ou 
 até mesmo namorados virtuais. 
29.09. e 
29.10. b 
29.11. d
29.12. e
29.13. a
29.14. d
29.15. e
29.16. b
29.17. b
29.18. “Se considerarmos bem, a atualidade...”
“Se tivermos a compensação dos desejos que...” 
29.19. a) Dando bons conselhos > oração subordinada adverbial tempo-
ral reduzida de gerúndio. as pessoas dão aquilo > oração prin-
cipal. de que mais necessitam > oração subordinada adjetiva 
objetiva indireta.
b) A função mais comum > oração principal. que tem a boca > 
oração subordinada adjetiva restritiva. é esconder a verdade > 
oração subordinada substantiva predicativa reduzida de infiniti-
vo.
c) É difícil > oração principal. julgar a beleza > oração subordinada 
substantiva subjetiva.
 Por ser ela um enigma > oração subordinada adverbial causal 
 reduzida de infinitivo.
d) Há homens > oração principal.
 cuja alma apenas é capaz > oração subordinada adjetiva restri-
tiva. de impedir > oração subordinada substantiva completiva 
nominal reduzida de infinitivo. que o corpo se putrefaça > ora-
ção subordinada adjetiva objetiva direta. (em relação a anterior)
e) Ninguém concorda com as opiniões do próximo > oração co-
ordenada assindética (inicial).
 concordamos apenas com nossas próprias opiniões > oração 
coordenada assindética. expressas por outra pessoa > oração 
subordinada adverbial temporal reduzida de particípio (tam-
bém pode ser considerada adjetiva).
29.20. a) 1. Quando não está em sala o austero professor > tempo
 2. Se não está em sala o austero professor > condição
 3. Como não está em sala o austero professor > causa
11Português 8B
 Para começar
A estrutura sintática de muitos enunciados pode apresentar – dada a consciência de quem os produz – um tipo de 
harmonia em sua construção reveladora de um trabalho de simetria.
Diferentes modelos desse tipo simetria, como você verá logo a seguir, encontram lugar no chamado paralelismo, 
manobra em que, muitas vezes, lançamos mão de estruturas oracionais que podem vir reduzidas ou desenvolvidas, 
daí o estudo dessas estruturas na aula anterior.
Posto isso, paralelismo pode ser considerado um mecanismo linguístico de coordenação de termos que apresen-
tem alguma espécie de identidade ou de semelhança nos planos sonoro, sintático ou semântico.
Estruturas paralelas tendem a criar uma relação harmônica dentro do enunciado, pois dispõem em equilíbrio as 
partes que enfocam. Como se frisou anteriormente, isso pode ocorrer em diferentes níveis. 
No caso do paralelismo sintático, por exemplo, coordenam-se, num enunciado, termos que apresentem a mesma 
função sintática. 
Provérbios e frases populares muitas vezes são marcados por claro paralelismo rítmico e formal, o que facilita 
sobremaneira a sua memorização. 
“Aqui se faz, aqui se paga”
“Casa de ferreiro, espeto de pau”
“Tal pai, tal filho”
“Filho de peixe, peixinho é”
Não há como não reconhecer que essas frases têm algo de especial. No ato da leitura, isso já se nota como que 
intuitivamente, certo?
O que dizer, então, de uma estrofe de “Os Lusíadas” quando se faz a competente escansão em seus versos?
“Ces / sem / do / SÁ / bio / GRE /go e / do / troi / A /no (4 – 6 – 10)
as / na /ve /ga /ções / GRAN /des / que / fi /ZE /ram. (6 – 10)
Ca /le- /se / DE A / le / XAN / dre e / de / Tra / JA / no (4 – 6 – 10) 
a / fa / ma / das / vi / TÓ /rias / que / ti / VE / ram, (6 – 10) 
Que eu / can / to o / PEI / to i / LUS / tre / lu /si / TA / no (4 – 6 – 10)
a / quem / Ne / tu / no e / MAR / te o / be / de / CE /ram. (6 – 10)
Ces /se / tu / do / que a / MU / sa an / ti / ga / CAN / ta (6 – 10)
que ou / tro / va / lor / mais / AL /to / se a / le / VAN / ta.” (6 – 10)
Inevitável e impressionante reconhecer que Camões obedeceu rigidamente a uma estrutura poética que repete o 
padrão verificado na estrofe. Ao longo de dez cantos, Os Lusíadas possui 1.102 estrofes de versos decassílabos, ou 
seja, de dez sílabas rítmicas, somando ao todo 8.816 versos.
O esquema rítmico de cada estrofe é AB AB AB CC. Os primeiros seis versos são cruzados e os dois últimos empa-
relhados. As tônicas, como você pode observar, estão sempre na mesma posição.
Esse é um exemplo nítido de harmonia, organização entre partes, o que podemos entender como paralelismo no 
nível formal, de construção.
Aula 30
Português
8BAula 30
Paralelismo
12 Extensivo Terceirão
Riscos, acertos e desvios
Se o enunciado coordena termos de diferentes funções sintáticas ou classes gramaticais distintas em uma mesma 
função sintática, em princípio, e salvo procedimento estilístico específico, ele não apresentará paralelismo sintático, 
o que deve ser notado como desvio do padrão. Uma frase como a do exemplo a seguir teria quebra do paralelismo 
sintático
Amo muito meus filhos e ler.
Qualquer usuário médio da língua estranha tal construção. Como explicar essa percepção de que há algo errado 
com a frase?
Note:
 meus filhos ................(núcleo substantivo)
Amo muito e
 ler ................(núcleo verbal)
O problema aqui é que os termos que funcionam como objeto não se apresentam como itens de uma mesma 
classe gramatical. O primeiro é substantivo, e o segundo, uma forma verbal.
Quebrou-se, portanto, o paralelismo sintático nesse enunciado, pois estão coordenados termos que ferem o 
padrão esperado em uma estrutura com paralelismo.
Uma correção possível seria
Amo muito meus filhos e livros (leitura)
 ou
Amo muito brincar / ficar com meus filhos e ler.
A manutenção do paralelismo sintático é necessária para que se garanta a correção de um enunciado. Entretanto, 
é verdade também que na literatura quebra-se com bastante frequência esse paralelismo, obtendo-se assim efeitos 
expressivos consideráveis.
Veja a passagem extraída de Memórias Póstumas de Brás Cubas, em que Machado de Assis coordena dois elemen-
tos de diferentes funções sintáticas e, com isso, realça a expressão do enunciado:
“E foi assim que cheguei à cláusula dos meus dias, foi assim que me encaminhei para o “undiscovered country” 
de Hamlet, sem as ânsias nem as dúvidas do moço príncipe, mas pausado e trôpego, como quem se retira tarde 
do espetáculo. Tarde e aborrecido.”
Nesta passagem, o autor retira efeito estilístico da coordenação de dois termos de função sintática, tarde e abor-
recido, que aparecem no período final. Este período tem vários termos subentendidos (trata-se de elipses). De modo 
“completo”, seu significado é:
... como quem se retira tarde e aborrecido do espetáculo.
 
 adjunto adverbial predicativo do sujeito
Uma possibilidade que decorre justamente da manutenção do paralelismo sintático é a quebra do paralelismo 
semântico, procedimento que também obtém largos efeitos expressivos.
Quando se diz, por exemplo,
Ela me fez engolir toda aquela comida e todas as suas palavras
a coordenação em questão envolve dois objetos diretos, porém, cada qual relacionado à denotação e à conotação, 
respectivamente, o que imprime um especial efeito estilístico ao enunciado.
Machado de Assis, evidentemente, manejava com maestria esse surpreendente recurso em suas obras, inclusive 
no já citado Memórias Póstumas de Brás Cubas:
...Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis (...)
Assim, a duração do “amor” de Marcela por Brás Cubas se dá, segundo a ótica do narrador, a partir da marcação 
detempo – o que seria óbvio de se esperar – e da marcação de preço – o que pulveriza qualquer vestígio sincero e 
amoroso que pudesse haver naquela relação.
Aula 30
13Português 8B
Resumindo
Didaticamente, podemos identificar três padrões de paralelismo mais cobrados em exames vestibulares:
 • Paralelismo rítmico – típico em versos, nas gradações, em enumerações com alguma forma de cadência melódica;
 • Paralelismo sintático;
 • Paralelismo semântico.
Sempre que você estende uma exemplificação ou procura enumerar algum tipo de citação em seu texto, o 
paralelismo tende a aparecer. É importante notar a organização e a simetria entre os elementos que possam 
compor tais sequências. Fique atento às possibilidades de expressividade dessas construções e tome cuidado 
com os riscos de elas perderem o paralelismo.
Testes
Assimilação
30.01. Explique como se dá o paralelismo nos títulos de filmes a seguir.
I II III
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14 Extensivo Terceirão
30.02. Leia o trecho abaixo:
É enorme a diferença entre os torcedores e as 
cadeiras do estádio.
a) O enunciado, apesar de claro em relação ao paralelismo 
sintático, apresenta um problema semântico. Explique. 
b) Reescreva a frase de modo a estabelecer o paralelismo.
30.03. Na pena de escritores brilhantes, a quebra da simetria 
semântica pode trazer interessantes efeitos de estilo. No 
conto O Enfermeiro, de Machado de Assis, ao anunciar que 
vai relatar um episódio, o narrador nos adverte de que seria 
capaz de contar toda sua vida, “mas para isso era preciso 
tempo, ânimo e papel”.
Explique o efeito expressivo obtido nesse trecho.
30.04. (UNESP – SP) –
Arte suprema 
Tal como Pigmalião, a minha ideia 
Visto na pedra: talho-a, domo-a, bato-a; 
E ante os meus olhos e a vaidade fátua 
Surge, formosa e nua, Galateia. 
Mais um retoque, uns golpes... e remato-a; 
Digo-lhe: “Fala!”, ao ver em cada veia 
Sangue rubro, que a cora e aformoseia... 
E a estátua não falou, porque era estátua. 
Bem haja o verso, em cuja enorme escala 
Falam todas as vozes do universo, 
E ao qual também arte nenhuma iguala: 
Quer mesquinho e sem cor, quer amplo e terso, 
Em vão não é que eu digo ao verso: “Fala!” 
E ele fala-me sempre, porque é verso. 
(Júlio César da Silva. Arte de amar. São Paulo: 
Companhia Editora Nacional, 1961.) 
O encerramento enfático do último verso se reforça estru-
turalmente no poema pelo fato de criar uma relação de 
paralelismo sintático e de oposição de sentido com outro 
verso do poema. Aponte esse verso: 
a) Verso 2. 
d) Verso 8. 
b) Verso 4. 
e) Verso 11. 
c) Verso 6. 
Aperfeiçoamento
Instrução: Texto para as questões 30.05, 30.06 e 30.07.
Diverti-me imensamente com a história dos 
imbecis da web. Para quem não acompanhou, 
¹foi publicado em alguns jornais e também on-
-line que ²no curso de uma chamada ³lectio ma-
gistralis em Turim eu teria dito que a web está 
cheia de imbecis. 4É falso. A lectio era sobre um 
tema completamente diferente, mas isso mostra 
como as notícias circulam e se deformam entre 
os jornais e a web. A história dos imbecis surgiu 
numa conferência de imprensa durante a qual, 
respondendo a uma pergunta que não me lem-
bro mais, fiz uma observação de puro bom senso. 
Admitindo que em 7 bilhões de habitantes exista 
uma taxa inevitável de imbecis, muitíssimos deles 
costumavam comunicar seus delírios aos íntimos 
ou aos amigos do bar – e assim suas opiniões per-
maneciam limitadas a um círculo restrito. Hoje 
uma parte consistente dessas pessoas tem a pos-
sibilidade de expressar as próprias opiniões nas 
redes sociais e, portanto, tais opiniões alcançam 
audiências altíssimas e se misturam com tantas 
outras ideias expressas por pessoas razoáveis. 
[...] 
É justo que a rede permita que mesmo quem 
não diz coisas sensatas se expresse, mas o excesso 
de besteira congestiona as linhas. E algumas rea-
ções descompensadas que vi na internet confir-
mam minha razoabilíssima tese. Alguém chegou 
a dizer que, para mim, as opiniões de um tolo e 
aquelas de um ganhador do prêmio Nobel têm a 
mesma evidência e não demorou para que se di-
fundisse 5viralmente uma inútil discussão sobre o 
fato de eu ter ou não recebido um prêmio Nobel – 
sem que ninguém consultasse sequer a Wikipédia. 
(Umberto Eco – Os imbecis e a imprensa responsável, 2017.) 
30.05. (UFPR) – No trecho “Admitindo que em 7 bilhões de 
habitantes exista uma taxa inevitável de imbecis, muitíssimos 
deles costumavam comunicar seus delírios aos íntimos ou 
aos amigos do bar – e assim suas opiniões permaneciam 
limitadas a um círculo restrito”, as orações, cujos inícios estão 
sublinhados, correspondem, respectivamente, a:
a) uma suposição e uma explicação. 
b) uma explicação e uma conclusão. 
c) uma causa e uma consequência.
d) uma concessão e uma explicação.
e) uma hipótese e uma consequência. 
Aula 30
15Português 8B
30.06. (UFPR) – A questão central apontada pelo autor no 
texto pode ser corretamente sintetizada no fato de que:
a) ele tenha se divertido com os comentários a respeito da 
presença dos imbecis na web. 
b) na web, as opiniões atingem audiências altíssimas por 
expressarem ideias absurdas. 
c) a opinião de um ganhador do prêmio Nobel e a de um 
imbecil têm o mesmo peso na web.
d) as notícias sofrem distorções durante o processo de 
circulação entre as diferentes mídias.
e) os navegadores da web não conferiram a informação 
sobre ele ter recebido ou não um prêmio Nobel.
30.07. (UFPR) – Com base no texto de Eco, é correto afirmar:
a) A oração “foi publicado em alguns jornais” (referência 1) 
trata-se de uma oração sem sujeito. 
b) A expressão “lectio magistralis” (referência 3) está desta-
cada em itálico em virtude de seu emprego conotativo. 
c) A expressão “no curso de” (referência 2) pode ser substituída 
pela preposição “durante”, mantendo paralelismo semântico. 
d) O advérbio “viralmente” (referência 5) é uma figura de 
linguagem empregada para estabelecer um paradoxo.
e) A oração “É falso” (referência 4) deveria apresentar con-
cordância nominal de gênero com o termo antecedente 
“história dos imbecis”. 
Instrução: Texto para a questão 30.08. 
Brisa
Vamos viver no Nordeste, Anarina.
Vamos viver no Nordeste.
Deixarei, aqui, meus amigos, meus livros,
Minhas riquezas, minha vergonha.
Deixarás, aqui, tua filha, tua avó, teu marido,
Teu amante.
Aqui, faz muito calor.
No Nordeste, faz calor também.
Mas lá tem brisa.
Vamos viver de brisa, Anarina.
Vamos viver de brisa.
(Manuel Bandeira)
30.08. (MACK – SP) – Assinale a alternativa correta. 
a) No primeiro polo da oposição AQUI vs. LÁ, está o peso; no 
segundo, a leveza, representados respectivamente pela 
brisa e pela liberdade. 
b) Do verso 3 ao 6 , é reforçada a ideia de movimentos se-
melhantes por meio do paralelismo sintático. 
c) O objeto direto de DEIXAR reúne, tanto na ação do eu, 
como na do tu, uma sequência linear, previsível e abso-
lutamente material de significados. 
d) Em LÁ TEM BRISA há um erro gramatical, que empobrece 
o texto, pois enfraquece o significado de busca de liber-
dade construído. 
e) O último verso desconecta a BRISA do valor LIBERDADE. 
Instrução: Texto para as questões 30.09 e 30.10.
Porta de colégio
Passando pela porta de um colégio, me veio a 
sensação nítida de que aquilo era a porta da pró-
pria vida. Banal, direis. Mas a sensação era tocan-
te. Por isso, parei, como se precisasse ver melhor 
o que via e previa. 
Primeiro há uma diferença de clima entre aque-
le bando de adolescentes espalhados pela calçada, 
sentados sobre carros, em torno de carrocinhas 
de doces e refrigerantes, e aqueles que transitam 
pela rua. Não é só o uniforme. Não é só a idade. 
É toda uma atmosfera, como se estivessem ainda 
dentro de uma 1redoma ou aquário, numa bolha, 
resguardados do mundo. Talvez não estejam. Vá-
rios já sofreram a pancada da separação dos pais. 
Aprenderam que a vida é também um exercício 
de separação. Um ou outro já transoudroga, e 
com isso deve ter se sentido (equivocadamente) 
muito adulto. Mas há uma sensação de pureza 
angelical misturada com palpitação sexual, que se 
exibe nos gestos sedutores dos adolescentes. 
Onde estarão esses meninos e meninas dentro 
de dez ou vinte anos? 
Aquele ali, moreno, de cabelos longos corri-
dos, que parece gostar de esporte, vai se interessar 
pela informática ou economia; aquela de cabelos 
louros e crespos vai ser dona de boutique; aquela 
morena de cabelos lisos quer ser médica; a gor-
duchinha vai acabar casando com um gerente 
de multinacional; aquela esguia, meio bailarina, 
achará um diplomata. Algumas estudarão Letras, 
se casarão, largarão tudo e passarão parte do dia 
levando filhos à praia e à praça e pegando-os de 
novo à tardinha no colégio. [...] 
Estou olhando aquele bando de adolescentes 
com evidente ternura. Pudesse passava a mão nos 
seus cabelos e contava-lhes as últimas histórias da 
carochinha antes que o lobo feroz as assaltasse na 
esquina. Pudesse lhes diria daqui: aproveitem en-
quanto estão no aquário e na redoma, enquanto es-
tão na porta da vida e do colégio. O destino também 
passa por aí. E a gente pode às vezes modificá-lo. 
SANT’ANNA, Affonso Romano de. Affonso Romano de Sant’Anna: seleção 
e prefácio de Letícia Malard. Coleção Melhores Crônicas. p. 64-66.
30.09. (UECE) – Atente ao parágrafo quatro, que é constituído 
de assertivas do enunciador sobre os adolescentes que vê na 
porta do colégio, partindo de previsões feitas por ele mesmo. 
I. Poderíamos dividir o parágrafo em duas partes, consi-
derando a oposição individual/coletivo.
II. Em uma das assertivas, verifica-se quebra de paralelismo 
sintático-semântico.
III. Todas as assertivas constituem previsões.
16 Extensivo Terceirão
Está correto o que se afirma em 
a) I e III apenas. 
c) I, II e III. 
b) I e II apenas. 
d) II e III apenas. 
30.10. (UECE) – Assinale a opção em que há uma expressão 
INCORRETA sobre o emprego que o cronista faz dos vocábu-
los redoma, aquário e bolha (ref. 1). 
a) As três expressões funcionam, no texto, como uma série 
sinonímica. 
b) As três expressões são usadas como metáforas de lugares 
e ambientes que oferecem segurança ao adolescente. 
c) O texto sugere que o traço de significação comum às três 
expressões é o material de que os objetos são feitos: vidro. 
d) A ordem em que o cronista dispõe as três expressões no 
texto é aleatória. 
Aprofundamento
30.11. (UFSC) – Leia os provérbios (itens A e B) e a citação 
(item C) abaixo.
A. “A palavra é prata, o silêncio é ouro.”
B. “Os sábios não dizem o que sabem, os tolos não sabem 
o que dizem.”
C. “Há coisas que melhor dizem calando.” (Machado de 
Assis)
Com base na leitura acima, assinale a(s) proposição(ões) 
CORRETA(S).
01) Em cada um dos provérbios, observa-se um paralelis-
mo sintático que ajuda a conferir ritmo ao provérbio e 
favorece sua memorização.
02) No provérbio (A), ocorrem duas metáforas.
04) No provérbio (B), as orações “o que sabem” e “o que di-
zem” funcionam como adjetivos que caracterizam, res-
pectivamente, os sábios e os tolos.
08) Tanto o item A quanto o item C funcionam como elo-
gios à discrição.
16) A frase de Machado de Assis contém um pleonasmo, 
porque é um exagero dizer que se pode falar calado.
32) No provérbio (B), temos a figura de linguagem para-
doxo, porque é absurdo que os sábios tenham que se 
calar para que os tolos falem.
30.12. (UERJ)
O melhor dos remédios, no segundo caso, é 
supô-los excelentes, e, se a razão não aceita esta 
imaginação, consultar pessoas que a aceitem, e 
crer nelas. 
A conjunção sublinhada e estabelece paralelismo sintático entre 
duas orações. Identifique-as. Reescreva o trecho acima, substituin-
do a conjunção e por outra conjunção coordenativa, mantendo 
o mesmo sentido e a mesma estrutura do período original. 
Instrução: Texto para as questões 30.13 a 30.17.
Viagens, cofres mágicos com promessas sonha-
doras, não mais 1revelareis 2vossos tesouros in-
tactos! Hoje, quando ilhas polinésias afogadas em 
concreto se transformam em porta-aviões ancora-
dos nos mares do Sul, quando as favelas corroem a 
África, quando a aviação avilta a floresta americana 
antes mesmo de poder 3 destruir-lhe a virgindade, 
de que modo poderia a pretensa evasão da viagem 
conseguir outra coisa que não confrontar-nos com 
as formas mais miseráveis de nossa existência his-
tórica?
4Ainda assim, compreendo a paixão, a loucura, 
o equívoco das narrativas de viagem. Elas criam a 
ilusão daquilo I__________ não existe mais, mas 
II__________ ainda deveria existir. Trariam nossos 
modernos Marcos Polos, das mesmas terras distan-
tes, desta vez em forma de fotografias e relatos, as 
especiarias morais III_________ nossa sociedade 
experimenta uma necessidade aguda ao se sentir 
soçobrar no tédio?
É assim 5que me identifico, viajante procurando 
em vão reconstituir o exotismo com o auxílio de 
fragmentos e de destroços. 6Então, 7insidiosamen-
te, a ilusão começa a tecer suas armadilhas. Gos-
taria de ter vivido no tempo das verdadeiras via-
gens, quando um espetáculo ainda não estragado, 
contaminado e maldito se oferecia em todo o seu 
esplendor. 8Uma vez encetado, o jogo de conjectu-
ras não tem mais fim: quando se deveria visitar a 
Índia, em que época o estudo dos selvagens brasi-
leiros poderia levar a conhecê-los na forma menos 
alterada? Teria sido melhor chegar ao Rio no século 
XVIII? Cada década para 9trás 10permite 11salvar 
um costume, 12ganhar uma festa, 13partilhar uma 
crença suplementar.
14Mas conheço bem demais os textos do passa-
do para não saber que, me privando de um século, 
renuncio a perguntas dignas de enriquecer minha 
reflexão. E eis, diante de mim, o círculo intranspo-
nível: quanto menos as culturas tinham condições 
de se comunicar entre si, menos também os emis-
sários 15respectivos eram capazes de perceber a ri-
Aula 30
17Português 8B
queza e o significado da diversidade. No final das 
contas, sou prisioneiro de uma 16alternativa: 17ora 
viajante antigo, confrontado com um prodigioso 
espetáculo do qual quase tudo lhe escapava 18– 
ainda pior, inspirava troça ou desprezo. 19–, 20ora 
viajante moderno, correndo atrás dos vestígios de 
uma realidade desaparecida. Nessas duas situações, 
sou perdedor, pois eu, que me lamento diante das 
sombras, talvez seja impermeável ao verdadeiro es-
petáculo que está tomando forma neste instante, 
mas IV__________ observação, meu grau de hu-
manidade ainda carece da sensibilidade necessária. 
Dentro de alguma centena de anos, neste mesmo 
lugar, outro viajante pranteará o desaparecimento 
do que eu poderia ter visto e que me escapou.
Adaptado de: LÉVI-STRAUSS, C. Tristes trópicos. 
São Paulo: Cia. das Letras, 1996. p. 38-44. 
30.13. (UFRGS) – Assinale a alternativa que preenche correta 
e respectivamente as lacunas indicadas pelas referências I, 
II, III e IV do texto. 
a) que - que - de que - para cuja 
b) que - de que - de que - cuja 
c) de que - de que - de que - para cuja 
d) que - que - que - cuja 
e) de que - que - que - cuja 
30.14. (UFRGS) – Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) 
as afirmações abaixo, referentes às substituições de nexos 
no texto.
( ) A substituição da locução Ainda assim (ref. 4) pelo 
nexo Destarte preservaria a relação de sentido que 
se estabelece entre essa frase e o parágrafo anterior.
( ) O advérbio Então (ref. 6) poderia ser substituído por 
Não obstante, preservando o sentido e a correção, 
sem qualquer outra alteração na frase.
( ) O segmento Uma vez encetado (ref. 8) poderia ser 
substituído por Quando fosse encetado, preser-
vando o sentido e a correção, sem qualquer outra 
alteração na frase.
( ) A substituição de Mas (ref. 14) pela conjunção Con-
tudo preservaria a correção e a relação de contraste 
estabelecida na frase.
A alternativa que preenche corretamente os parênteses, de 
cima para baixo, é 
a) F – V – V – V. 
c) V – F – F – F. 
e) F – F – V – V. 
b) V – V – F – F. 
d) F – F – F – V. 
30.15. (UFRGS)– Considere as seguintes sugestões de 
mudança na pontuação do texto.
I. Acréscimo de vírgula logo após o assim (ref. 5).
II. Inserção de vírgula imediatamente após trás (ref. 9).
III. Substituição dos travessões (refs. 18 e 19) por parên-
teses.
Quais preservariam a correção das frases em que ocorrem? 
a) Apenas I. 
c) Apenas III. 
e) I, II e III. 
b) Apenas II. 
d) Apenas I e II. 
30.16. (UFRGS) – Considere as seguintes afirmações sobre 
a substituição de segmentos do texto.
I. A substituição de revelareis (ref. 1) por revelarás exigiria 
que o pronome vossos (ref. 2) fosse ajustado para teus.
II. A substituição de destruir-lhe (ref. 3) por destruir a 
tua preservaria a correção e o sentido da frase original.
III. O adjetivo respectivos (ref. 15) poderia ser substituído, 
naquele contexto, por mútuos, preservando a correção 
e o sentido da frase original.
Quais estão corretas? 
a) Apenas I. 
c) Apenas III. 
e) I, II e III. 
b) Apenas II. 
d) Apenas I e II. 
30.17. (UFRGS) – Considere as seguintes afirmações acerca 
de expressões e trechos do texto.
I. O emprego do advérbio insidiosamente (ref. 7) enfa-
tiza o caráter enganador das ilusões a que se refere o 
texto naquela passagem.
II. Os segmentos iniciados pelas formas verbais salvar 
(ref. 11) ganhar (ref. 12) e partilhar (ref. 13) estão em 
paralelismo sintático que indica serem, os três, comple-
mentos de permite (ref. 10).
III. O emprego de ora ... ora (refs. 17 e 20) está relacionado 
ao sentido da palavra alternativa (ref. 16).
Quais estão corretas? 
a) Apenas I. 
c) Apenas III. 
e) I, II e III. 
b) Apenas II. 
d) Apenas I e II. 
18 Extensivo Terceirão
Instrução: Leia a seguir alguns trechos do capítulo 36, da 
obra SÃO BERNARDO, de Graciliano Ramos, e responda à 
questão 30.18.
“Foi aí que me surgiu a ideia esquisita de, com 
o auxílio de mais entendidas que eu, compor esta 
história. A ideia gorou, o que já declarei. Há cerca 
de quatro meses, porém, enquanto escrevia a cer-
to sujeito de Minas, recusando um negócio confu-
so de porcos e gado zebu, ouvi um grito de coruja 
e sobressaltei-me.”
(...)
De repente voltou-me a ideia de construir o 
livro. Assinei a carta ao homem dos porcos e, de-
pois de vacilar um instante, porque nem sabia co-
meçar a tarefa, redigi um capítulo.
Desde então procuro descascar fatos, aqui sen-
tado à mesa da sala de jantar, fumando cachimbo 
e bebendo café, à hora em que os grilos cantam e 
a folhagem das laranjeiras se tinge de preto.
(...)
Anteontem e ontem, por exemplo, foram dias 
perdidos: Tentei de balde canalizar para termo ra-
zoável esta prosa que se derrama como a chuva 
da serra, e o que me apareceu foi um grande des-
gosto. Desgosto e a vaga compreensão de muitas 
coisas que sinto. 
30.18. (PUC – SP) – Leia com atenção as afirmações a seguir.
I. Em “Há cerca de quatro meses...”, se empregássemos 
o verbo HAVER por FAZER, teríamos: “Fazem cerca de 
quatro meses”.
II. Em “fumando cachimbo e bebendo café”, há paralelismo 
sintático e ambas as orações são subordinadas adver-
biais temporais, reduzidas de gerúndio.
III. A oração “que me apareceu” é subordinada adjetiva, 
iniciada pejo conectivo “que”, pronome relativo, cuja 
função sintática é sujeito.
Podemos considerar corretas as informações: 
a) I e II apenas; 
c) I e III apenas; 
e) nenhuma. 
b) II e III apenas; 
d) todas; 
Desafio
30.19. (FUVEST – SP) – Avalie a redação das seguintes frases:
I. O futebol conquistou um papel na sociedade tanto 
culturalmente como econômico e político.
II. Os clubes buscam a expansão do número de associados 
bem como reduzir gastos com publicidade.
III. Doravante tais fatos, fica claro que o futebol exerce uma 
grande influência no cotidiano do brasileiro.
IV. O técnico declarou aos jornalistas que, para o próximo 
jogo, ele tem uma carta na manga do colete.
a) Reescreva as frases I e II, corrigindo a falta de paralelismo 
nelas presente. 
b) Reescreva as frases III e IV, eliminando a inadequação 
vocabular que elas apresentam. 
30.20. Reescreva o trecho abaixo, corrigindo a quebra de 
paralelismo sintático ocorrida.
“A ascensão do Brasil como um gigante eco-
nômico é um dos maiores temas do nosso tempo. 
Não está somente redefinindo a América Latina, 
mas também a economia do mundo inteiro.”
Aula 30
19Português 8B
Gabarito
30.01. Os títulos são formados a partir da simetria estabelecida com clas-
ses de palavras:
I. numeral+substantivo E numeral+substantivo 
(Quatro+Casamentos E Um+Funeral)
II. advérbio+pronome+verbo/advérbio+pronome+verbo. 
(Nunca+Te+Vi/Sempre+Te+Amei)
III. Adjetivo+adjetivo+adjetivo (Feios+Sujos+Malvados)
30.02. a) Falta ao enunciado a simetria no plano das ideias: torcedores e 
cadeiras não podem ser comparados entre si. 
b) É enorme a diferença entre o número de torcedores e o de ca-
deiras do estádio.
30.03. O termo papel, apresentado nessa sequência, surpreende o leitor 
e estabelece a ironia. Obter ou não obter papel é algo comum, tri-
vial, corriqueiro. A falta de ânimo e tempo, de caráter mais pessoal, 
assume outro nível semântico.
30.04. d
30.05. e
30.06. d
30.07. c
30.08. b 
30.09. b
30.10. c
30.11. 11(01+02+08)
30.12. Orações: supô-los excelentes/consultar pessoas.
O melhor dos remédios, no segundo caso, é supô-los excelentes, 
ou, se a razão não aceita esta imaginação, consultar pessoas que a 
aceitam, e crer nelas. 
30.13. a
30.14. d
30.15. c
30.16. a
30.17. e
30.18. b 
30.19. a) I. O futebol conquistou um papel na sociedade tanto cultural 
como/quanto econômica e politicamente. 
 II. Os clubes buscam a expansão do número de associados e/
bem como a redução dos gastos com publicidade. Os clubes 
buscam expandir o número de associados e/bem como redu-
zir os gastos com publicidade.
b) III. Em função de/Diante de/Considerando tais fatos, fica claro 
que o futebol exerce uma grande influência no cotidiano do 
brasileiro. 
 IV. O técnico declarou aos jornalistas que, para o próximo jogo, 
ele tem uma carta na manga.
 O técnico declarou aos jornalistas que, para o próximo jogo, 
ele tem uma carta no bolso do colete. (A inadequação ocorre 
porque colete não tem manga).
30.20. Eis a quebra de paralelismo: “A ascensão do Brasil como um gigante 
econômico é um dos maiores temas do nosso tempo. Não está 
somente redefinindo a América Latina, mas também a econo-
mia do mundo inteiro.” O último período é organizado pelo par 
correlativo NÃO SOMENTE...MAS TAMBÉM. No entanto, a primeira 
parte da estrutura é interrompida pelo verbo (“não ESTÁ somente”). 
Além disso, a locução “está redefinindo” também sofre interrupção. 
Alterando-se a ordem dos termos, tem-se ESTÁ REDEFININDO NÃO 
SOMENTE. Se a opção for por “Não somente está redefinindo”, a 
segunda parte da oração deverá apresentar outro verbo. Uma vez 
que a ideia é mostrar que a ascensão do Brasil está redefinindo 
duas coisas (América Latina e economia do mundo inteiro), a cor-
relação virá após a forma verbal: “A ascensão do Brasil como um 
gigante econômico é um dos maiores temas do nosso tempo. 
Está redefinindo NÃO SOMENTE a América Latina, MAS TAMBÉM 
a economia do mundo inteiro.” Se, por acaso, a ideia for mostrar 
que a ascensão do Brasil está redefinindo a economia da América 
Latina e a economia do resto do mundo, tem-se: “Está redefinindo 
a economia NÃO SOMENTE da América Latina, MAS TAMBÉM do 
mundo inteiro” OU “Está redefinindo NÃO SOMENTE a economia da 
América Latina, MAS TAMBÉM a do mundo inteiro.” 
20 Extensivo Terceirão20 Extensivo Terceirão
 
Anotações

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