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Infecção por H. Pylori FITS - Faculdade Integrada Tiradentes de Jaboatão dos Guararapes Liga Acadêmica de Gastroenterologia e Hepatologia Luanna Sales e Nathalia Rodrigues Defesas da Mucosa ↬ Muco ↬ Bicarbonato ↬ Renovação Celular ↬ Fluxo sanguíneo da mucosa ↬ Prostaglandinas ↬ Óxido Nítrico Helicobacter pylori - Bacilo gram-negativo - Flagelos - mobilidade - Microaerofílico - Urease - catalisa a hidrólise da ureia produzindo amônia tamponante - danifica células epiteliais - Proteína cagA - inibe atividade da H+, K+-ATPase das células parietais - HCl - Vac A - células alvo: T CD4, inibindo a sua proliferação, além de linfócitos B, linfócitos T CD8, macrófagos e mastócitos. Epidemiologia ↬ Estimativas conservadoras sugerem que 50% da população mundial é afetada. ↬ A infecção é mais frequente adquirida mais cedo nos países em desenvolvimento em comparação com os países desenvolvidos. ↬ Uma vez adquirida, a infecção persiste e pode ou não produzir doença gastroduodenal. ↬ No geral, até 10% dos portadores crônicos do H. pylori complicam doença ulcerosa péptica. O adenocarcinoma gástrico aparece em 0,1-3% desses pacientes, e o linfoma MALT em < 0,01%. Gastrite por H. pylori “Doutor, eu tenho gastrite!” Dispepsia Dor epigástrica com duração de, pelo menos, um mês Gastrite Inflamação da mucosa gástrica comprovada histologicamente Gastrite aguda pelo H. pylori - Pangastrite aguda superficial algumas semanas após infecção - Histopatológico - gastrite neutrofílica - Caso não tratado - evolução para gastrite crônica Gastrite antral pelo H. pylori - Infecção crônica - ⇩ Somatostatina ⇧Gastrina Hipergastrinemia - Hipercloridria - Gastrite crônica com linfócitos e plasmócitos Pangastrite crônica pelo H. pylori - Evolução da gastrite antral para corpo e fundo do estômago - Atrofia gástrica - hipocloridria - Pode evoluir para metaplasia intestinal e adenocarcinoma Diagnóstico Tratamento Quando tratar? - Dispepsia - Doença ulcerosa péptica - Linfoma MALT - Lesões pré-neoplásicas - História de Ca gástrico em parente do 1º grau - Pacientes com tumores gástricos tratados - Anemia ferropriva inexplicada - Deficiência de B12 - Usuários de AINE e AAS Tratamento Erradicação da H. pylori Como tratar? - Terapia tripla (padrão ouro) por 14 dias - IBP (20 mg, 12/12h) + - Claritromicina (500mg, 12/12h) + - Amoxicilina (1g, 12/12h) Controle de cura - Deve ser feito após 4-6 semanas do fim da terapia de erradicação Mas qual método escolher? - EDA e análise histopatológica. - Se a EDA não for indicada: - Teste rápido de ureia respiratória - Pesquisa de antígenos fecais (menor sensibilidade) Doença ulcerosa No Brasil, aproximadamente 95% dos pacientes com úlcera duodenal e 70-80% dos pacientes com úlcera gástrica são infectados pelo H. pylori. Adenocarcinoma do estômago - Fatores de risco: - Infecção pelo H. pylori - Gastrite crônica atrófica (na maioria dos casos, relação com HP) - Quadro clínico - Perda ponderal acentuada - Dor abdominal - Anemia ferropriva Adenocarcinoma do estômago Mecanismos de carcinogênese gástrica - Promove desequilíbrio entre proliferação celular e apoptose - Libera citocinas pró-inflamatórias - Estimula formação de radicais livres - Diminui a ação da imunidade - Estimula a angiogênese Proteína CagA - potencial agente oncogênico direto. - É introduzida nas células epiteliais gástricas - Ativação de receptores de fatores de crescimento, proliferação celular aumentada, evasão de apoptose, angiogênese sustentada, dissociação celular e invasão tecidual Linfoma MALT gástrico ○ Linfoma de células B não Hodgkin (linfoma não Hodgkin extranodal de células B da zona marginal) - Dor ou desconforto epigástrico - Anorexia - Perda de peso - Náusea e / ou vômito - Sangramento gastrointestinal oculto - Saciedade precoce Os sintomas de apresentação mais comuns incluem: CASO CLÍNICO Paciente de 18 anos, feminina, é atendida no ambulatório por queixa de epigastralgia. Refere que a dor é “em ardência”, em epigástrio, sem irradiações, sem piora com movimentação, porém melhor com ingesta alimentar (aumento de peso de 3 kg no período do sintomas). Relata que o quadro se iniciou a 3 meses, sendo observado com frequência diária. Nega sangramentos ou melena. Exame físico normal. Não há histórico familiar patológico relevante e a paciente era previamente saudável. Não havia histórico de uso de medicações. Exames laboratoriais (hemograma, proteína C-reativa, creatinina e tireotroponina) estavam normais. Qual a conduta mais apropriada, nesse momento? a) Indicar realização de EDA? b) Pesquisar antígeno fecal para H. pylori c) Realizar tratamento para H. pylori d) Prescrever bloqueador de bomba de prótons. CAIU NA RESIDÊNCIA Ano: 2021 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: CBM-MG Prova: FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2021 - CBM-MG - Médico Medicina de Emergência Um homem, 60 anos de idade, que há vários meses apresenta sintomas dispépticos, realizou uma endoscopia digestiva alta, que mostrou pangastrite atrófica, com pesquisa positiva para H. pylori. Ele nunca tratou essa bactéria. Diante desse resultado, qual é a proposta de cuidado mais adequada para esse paciente? A. Inibidor de bomba de prótons + claritromicina 500 mg + amoxicilina 1 g, de 12/12 horas, por 14 dias. B. Inibidor de bomba de prótons + claritromicina 500 mg + amoxicilina 500 mg, de 12/12 horas, por 10 dias. C. Inibidor de bomba de prótons em dose única diária por 30 dias, com posterior reavaliação, não sendo necessária a erradicação do H. pylori. D. Inibidor de bomba de prótons pela manhã e à noite, por 30 dias, com posterior reavaliação, não sendo necessária a erradicação do H. pylori. https://www.google.com/url?q=https://www.qconcursos.com/questoes-militares/bancas/fundep-gestao-de-concursos&sa=D&source=editors&ust=1648096315580858&usg=AOvVaw1jvmtyxAHc7Qdprpou68v0 https://www.google.com/url?q=https://www.qconcursos.com/questoes-militares/institutos/cbm-mg&sa=D&source=editors&ust=1648096315581089&usg=AOvVaw0Oi3o-DR04-wVdJ5OkriGs https://www.google.com/url?q=https://www.qconcursos.com/questoes-militares/provas/fundep-gestao-de-concursos-2021-cbm-mg-medico-medicina-de-emergencia&sa=D&source=editors&ust=1648096315581288&usg=AOvVaw1Kb5Q_QJvqHLVlX4Re3a8F https://www.google.com/url?q=https://www.qconcursos.com/questoes-militares/provas/fundep-gestao-de-concursos-2021-cbm-mg-medico-medicina-de-emergencia&sa=D&source=editors&ust=1648096315581478&usg=AOvVaw18qvzgRyE-BJxflfG2_YoD Ano: 2019 Banca: PM-MG Órgão: PM-MG Prova: PM-MG - 2019 - PM-MG - 2º Tenente - Anatomia Patológica Em relação às gastrites, marque a alternativa CORRETA: A. A gastrite atrófica multifocal ocorre como progressão da gastrite autoimune, observando-se redução da massa de células parietais e da secreção de ácido, metaplasia intestinal e risco aumentado de adenocarcinoma gástrico. B. Os seres humanos são transportadores primários do H. pylori, o que sugere que a transmissão é primariamente feita pela via fecal – oral. A infecção ocorre tipicamente na vida adulta e curiosamente em paises desenvolvidos a incidência de infecção na infância está aumentando. C. Na gastrite autoimune as células T CD4+, direcionadas contra componentes da célula parietal, incluindo H+, K+ ATPase, são consideradas os principais agentes das lesões. Acometimento do antro ou cárdia é tipicamente ausente ou leve. Observa–se atrofia difusa da mucosa oxíntica. Quando a atrofia é incompleta, ilhas residuais de mucosa oxíntica podem dar aparência de múltiplos pequenos pólipos. Oberva-se também metaplasia intestinal e hiperplasia de células endócrinas. D. São características histológicas frequentes da gastrite por H. pylori a presença de vários linfócitos intraepiteliais, plasmócitos subepiteliais além de agregados linfóides com centros germinativos. No estômago os H. pylori são geralmenteencontrados no antro. Normalmente não são encontrados em áreas de metaplasia intestinal. https://www.google.com/url?q=https://www.qconcursos.com/questoes-militares/bancas/pm-mg&sa=D&source=editors&ust=1648096315590345&usg=AOvVaw06Iu5V3bz9fDyBqFf7bCRN https://www.google.com/url?q=https://www.qconcursos.com/questoes-militares/institutos/pm-mg&sa=D&source=editors&ust=1648096315590519&usg=AOvVaw2vb-FupVwgeMDuX4d9jvkI https://www.google.com/url?q=https://www.qconcursos.com/questoes-militares/provas/pm-mg-2019-pm-mg-2-tenente-anatomia-patologica&sa=D&source=editors&ust=1648096315590647&usg=AOvVaw0vAEOAnMCyY_E6oAMtJceu https://www.google.com/url?q=https://www.qconcursos.com/questoes-militares/provas/pm-mg-2019-pm-mg-2-tenente-anatomia-patologica&sa=D&source=editors&ust=1648096315590778&usg=AOvVaw20YjMVquUeCLTZcqGt_9Yt Ano: 2019 Banca: PM-MG Órgão: PM-MG Prova: PM-MG - 2019 - PM-MG - 2º Tenente - Anatomia Patológica Em relação aos adenocarcinomas gástricos é CORRETO afirmar que: A. Os adenocarcinomas de tipo difuso de Lauren (adenocarcinoma de células em anel de sinete) são melhor representados pelo que ficou conhecido como linite plástica. Esta é caracterizada macroscopicamente por massa tumoral friável, ulcero-vejetante e de bordas elevadas. Secções da parede mostram áreas de necrose e hemorragia. B. A maioria dos casos de carcinoma precoce (“early carcinoma”) é do tipo intestinal de Lauren, mas também existem formas precoces de carcinoma composto quase inteiramente por células em “anel de sinete” e de carcinoma mucinoso. O grau de diferenciação microscópica varia amplamente. Os tipos melhor diferenciados da forma intestinal de Lauren mostram uma maior associação com H. pylori do que os tumores pouco diferenciados. C. O carcinoma metastático pode se desenvolver no estômago a partir de qualquer neoplasia amplamente disseminada. As metástases para o estômago do carcinoma ductal da mama podem ser indistinguíveis do carcinoma gástrico primário tipo difuso de Lauren. D. Adenocarcinomas gástricos do tipo intestinal e do tipo difuso de Lauren predominam em áreas de alto risco para câncer gástrico e se desenvolvem a partir de lesões precursoras, incluindo a displasia plana e adenomas. https://www.google.com/url?q=https://www.qconcursos.com/questoes-militares/bancas/pm-mg&sa=D&source=editors&ust=1648096315603741&usg=AOvVaw1wIJnEMxGQUddmhbAZqTJ6 https://www.google.com/url?q=https://www.qconcursos.com/questoes-militares/institutos/pm-mg&sa=D&source=editors&ust=1648096315603906&usg=AOvVaw2dzH73UZxKVKut490vv3th https://www.google.com/url?q=https://www.qconcursos.com/questoes-militares/provas/pm-mg-2019-pm-mg-2-tenente-anatomia-patologica&sa=D&source=editors&ust=1648096315604033&usg=AOvVaw1wn6J9eHgvQP1UYr2vp1MX Referências 1. DANI, R. Gastroenterologia essencial. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. 2. ZATERKA, S.; EISIG, J. Tratado de gastroenterologia: da graduação à pós-graduação. 2 ed. São Paulo : Editora Atheneu, 2016. 3. FREEDMAN, Arnold S. Clinical presentation and diagnosis of primary gastrointestinal lymphomas. UpToDate, 2021. 4. Contato luanna.sales@soufits.com.br OBRIGADO(A)! FITS - Faculdade Integrada Tiradentes de Jaboatão dos Guararapes Liga Acadêmica de Gastroenterologia e Hepatologia
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