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PATOLOGIA BUCAL 1 OK

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@hellodonto_ 
 
 
FENDAS OROFACIAIS 
A formação da face e da cavidade oral é de natureza complexa e envolve o 
desenvolvimento de múltiplos processos teciduais que devem se unir e fusionar 
de modo muito ordenado. Distúrbios no crescimento destes processos teciduais 
ou nas suas fusões podem resultar na formação de fendas orofaciais, sendo a 
mais comum da face. 
➔ Formação da face e da cavidade oral 
❖ Natureza complexa; 
❖ Desenvolvimento de múltiplos processos teciduais; 
❖ União e fusão de modo muito ordenado. 
 A fusão defeituosa do processo nasal mediano com o processo maxilar resulta 
na fenda labial (FL) 
 A falha na fusão das cristas palatinas resulta na fenda palatina (FP) 
 FL + FP = 45% dos casos 
 FP isolada = 30% casos 
 FL isolada = 25% casos 
 
➔ Causas: 
❖ Associação com síndromes; 
❖ Consumo de álcool 
❖ Tabagismo materno 
❖ Deficiência de ácido fólico 
❖ Corticosteroides 
❖ Anticonvulsivantes (fenitoína) 
➔ Fendas Raras 
@hellodonto_ 
 
❖ Fenda facial lateral: é causada pela falta de fusão dos processos maxilar e 
mandibular e representa 0,3% de todas as fendas faciais . 
❖ A fenda pode ser unilateral ou bilateral, se entendendo da comissura labial 
até a orelha, resultando em macrostomia. 
 
❖ A fenda facial lateral pode ocorrer como um defeito isolado, mas geralmente 
está associada a outras desordens, tais como: 
 Disostose mandibulofacial 
 Espectro óculo-aurículo-vertebral (microssomia hemifacial). 
 Disostose acrofacial de Nager. 
 Sequência de ruptura amniótica 
 
❖ Fenda facial oblíqua: a estende-se do lábio superior ao olho. A fenda está 
quase sempre associada à FL, e muitas vezes, as formas graves são 
incompatíveis com a vida. A fenda facial oblíqua pode envolver a narina, 
assim como na FL, ou pode passar lateralmente pelo nariz e se estender 
para o olho. Esta fenda é rara, representando apenas um em cada 1.300 
casos de fendas faciais. 
❖ Algumas destas fendas podem resultar da falha na fusão do processo nasal 
lateral com o processo maxilar; outras podem ser causadas por bandas 
amnióticas 
 
❖ A fenda mediana do lábio superior é uma anomalia raríssima que resulta 
da falha na fusão dos processos nasais medianos. Ela pode estar 
associada a várias síndromes, incluindo a síndrome oro-digito-facial e a 
síndrome de Ellis-van Creveld. 
 
❖ As fendas medianas do lábio superior mais aparentes representam, na 
verdade, agenesia do palato primário associada a holoprosencefalia. 
 
@hellodonto_ 
 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
 Indivíduos brancos = FL ± FP 
 Um a cada 700 a 1.000 nascimentos; 
 FL ± FP nas populações asiáticas 
 1,5 vez maior do que nos indivíduos brancos; 
 FL ± FP e FL isolada 
 Mais comum em homens 2:1 e 1,5:1; 
 FP isolada 
 Mais comum em mulheres 
 Quanto mais grave a fenda, maior a predileção por mulheres 
 A FL ± FP é mais comum em homens 
 FL 
 80% unilaterais; 
 20% bilaterais; 
 Predileção pelo lado esquerdo (70%); 
 ±70% associadas à FP; 
 FL bilateral 
 85% associada à FP 
 
 
 FL completa estende-se através da narina 
 FL incompleta não envolve o nariz 
@hellodonto_ 
 
 Envolvimento do alvéolo 
 Incisivo lateral e o canino 
 Dentes ausentes ou presença de supranumerários 
 Defeito ósseo pode ser observado em radiografias 
 
 FP :Pode envolver o palato duro ou mole ou ambos; 
 A menor manifestação da FP é a úvula fendida ou úvula bífida 
 
 Fenda palatina submucosa: Superfície mucosa apresenta-se intacta 
 Frequentemente ocorre uma chanfradura no osso ao longo da região posterior 
marginal do palato duro. Esta fenda incompleta às vezes manifesta-se como 
uma área de coloração azulada, porém é mais pela palpação realizada com 
um instrumento rômbico. Em geral ela também pode estar associada à úvula 
fendida. 
➔ Sequência de Pierre Robin (anomalia de Pierre Robin) 
 FP 
 Micrognatia mandibular ((obstrução das vias aéreas causada pelo 
deslocamento posterior e inferior da língua) 
 Glossoptose 
 Deslocamento posterior da língua 
 Falta de suporte para a musculatura da língua 
 Obstrução das vias aéreas 
 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
 O tratamento do paciente com uma fenda orofacial é desafiador. O tratamento 
ideal deveria envolver uma abordagem multidisciplinar, incluindo (porém não 
limitado a isso) pediatra, cirurgião buco-maxilofacial, otorrinolaringologista, 
cirurgião plástico, odontopediatra, ortodontista, protesista, fonoaudiólogo e 
geneticista. 
@hellodonto_ 
 
 A cirurgia reparadora geralmente envolve múltiplos procedimentos primários e 
secundários durante a infância. Os tipos específicos de procedimentos 
cirúrgicos e a época em que são realizados variam de acordo com a gravidade 
do defeito e da filosofia seguida pela equipe. 
 
 
FOSSETAS DA COMISSURA LABIAL 
As fossetas da comissura labial são pequenas invaginações da mucosa que 
ocorrem no limite do vermelhão dos lábios, nos ângulos da boca. 
➔ Localização sugere que elas ocorram devido à falha na fusão normal do 
processo embrionário maxilar e do processo mandibular. 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
❖ Adultos 
❖ Homens; 
❖ Assintomáticas 
❖ Uni ou bilaterais; 
❖ Fístulas cegas de 1 a 4 mm de profundidade 
❖ Não estão associadas à fenda palatina ou às fendas faciais. 
 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
 Por serem quase sempre assintomáticas e inócuas, em geral não há 
necessidade de tratamento para as fossetas da comissura labial. Em casos 
raríssimos, as secreções salivares podem ser excessivas ou pode ocorrer 
infecção secundária, sendo necessária a remoção cirúrgica da fosseta. 
FOSSETAS LABIAIS PARAMEDIANAS 
São invaginações congênitas raras do lábio inferior. Acredita-se que elas 
originem-se de sulcos laterais persistentes no arco mandibular embrionário. Estes 
@hellodonto_ 
 
sulcos normalmente desaparecem por volta da sexta semana de vida 
embrionária. 
 
▪ CARACTERÍTICAS CLÍNICAS 
❖ Fístulas bilaterais e simétricas; 
❖ Fístulas cegas profundidade de 1,5 cm e drenagem de saliva 
❖ Fosseta única pode estar presente 
▪ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
 Se necessário, as fossetas labiais podem ser excisadas por razões estéticas. 
Os problemas mais significantes estão relacionados às anormalidades 
congênitas associadas, como a fenda labial e/ou fenda palatina, e o potencial 
de transmissão do traço para as gerações subsequentes. 
LÁBIO DUPLO 
È uma anomalia rara, que é caracterizada pelo crescimento exuberante de tecido 
na mucosa labial. Sua maior frequência é de natureza congênita, porém pode ser 
adquirido tardiamente durante a vida. Acredita-se que os casos congênitos 
desenvolvam-se durante o segundo ou terceiro mês da gestação como resultado 
da persistência do sulco entre a parte vilosa e a parte glaba do lábio. O lábio 
duplo adquirido pode ser um componente da síndrome de Ascher, ou pode ser 
causado por traumatismo ou hábitos orais, como sugar o lábio 
 
▪ CARACTERÍSTICAS CLÍNICA 
❖ Mais comum no lábio superior; 
❖ Lábios em repouso, a condição em geral não é percebida 
@hellodonto_ 
 
▪ A síndrome de Ascher é caracterizada pela seguinte tríade: 
❖ Lábio duplo 
❖ Blefarocalásia 
❖ Aumento atóxico da tireoide 
▪ Em um paciente com blefarocalásia, o edema recorrente da pálpebra superior 
leva à flacidez da pálpebra no canto externo do olho, esta queda pode ser 
grave o suficiente para interferir na visão. 
 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
▪ Nos casos discretos de lábio duplo, pode não haver necessidade de 
tratamento. Nos casos mais graves, a excisão cirúrgica simples do tecido em 
excesso pode ser realizada com finalidade estética. 
GRÂNULOS DE FORDYCE 
São glândulas sebáceas que ocorrem na mucosa oral. Lesões semelhantes já 
foram relatadas também na mucosa genital. As glândulas sebáceas são 
consideradas estruturas dérmicas anexas, por isso, quando encontradas na 
cavidade oral, são muitas vezes consideradas “ectópicas”.Entretanto, como os 
grânulos de Fordyce são relatados em mais de 80% da população, sua presença 
deve ser considerada uma variação anatômica normal. 
 
 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
❖ Múltiplas pápulas amareladas ou branco-amareladas 
❖ Mucosa jugal 
❖ Porção lateral do vermelhão do lábio superior 
❖ Região retromolar 
❖ Pilar amigdaliano anterior 
 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
@hellodonto_ 
 
 
▪ Grânulos de Fordyce consistem em uma variação anatômica normal e são 
assintomáticos, nenhum tratamento é indicado. 
▪ Em geral, o aspecto clínico é característico e a biópsia não é necessária para 
o diagnóstico. 
▪ Em alguns casos, os grânulos de Fordyce podem tornar hiperplasiados ou 
podem formar pseudocistos preenchidos por ceratina. Os tumores que se 
desenvolvem dessas glândulas são raros 
 
LEUCOEDEMA 
È uma condição comum da mucosa oral de uma etiologia desconhecida, ocorre 
mais frequente em indivíduos negros do que em brancos, afirmando a 
probabilidade de uma predisposição genética para seu desenvolvimento. 
▪ 70% a 90% dos adultos negros 
▪ 50% das crianças negras 
▪ Mais comum e mais acentuado em tabagistas 
 
 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
❖ Lesões não são destacáveis; 
❖ Mucosa jugal bilateralmente até a mucosa labial. 
 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
@hellodonto_ 
 
▪ O leucoedema é uma condição benigna e nenhum tratamento é necessário. 
▪ O aspecto clínico característico de lesão branco-acinzentada opalescente na 
mucosa jugal, que desaparece após o estiramento, auxilia a distinguilo de 
outras lesões brancas comuns, como a leucoplasia 
 
MICROGLOSSIA 
A microglossia é uma alteração de desenvolvimento incomum, de etiologia 
desconhecida, caracterizada por uma língua anormalmente pequena. Em casos 
raros, a língua pode estar ausente (aglossia). 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
❖ A microglossia isolada pode ocorrer e um grau pequeno de microglossia pode 
ser difícil de diagnosticar, podendo não ser notado. 
❖ Sendo associada a um grupo de condições sobrepostas conhecidas como 
síndromes de hipogênese oro-mandibular-membros. Tais síndromes são 
caracteristicamente associadas a anomalias dos membros, como hipodactilia 
(ausência de dedos) e hipomelia (hipoplasia de parte ou de todo o membro). 
▪ Hipoplasia da mandíbula: Ausência dos incisivos inferiores 
 
 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
▪ Varia de acordo com a natureza e gravidade da condição 
▪ Cirúrgicos e ortodônticos 
▪ Desenvolvimento da fala normalmente é bom 
▪ Pode variar de acordo com o tamanho da língua. 
@hellodonto_ 
 
 
MACROGLOSSIA 
A macroglossia é uma condição incomum caracterizada pelo aumento da língua. 
Este aumento pode ser causado por diversas condições, incluindo malformações 
congênitas e doenças adquiridas. 
 
 
➔ CAUSAS DA MACROGLOSSIA 
HEREDITÁRIAS E CONGÊNITAS 
❖ Malformações vasculares 
❖ Linfangioma 
❖ Hemangioma 
❖ Hemi-hiperplasia 
❖ Cretinismo 
❖ Síndrome de Beckwith-Wiedemann 
❖ Síndrome de Down 
❖ Mucopolissacaridose 
❖ Neurofibromatose tipo 1 
❖ Neoplasia endócrina múltipla, tipo 2B 
ADQUIRIDAS 
❖ Pacientes edêntulos 
❖ Amiloidose 
❖ Mixedema 
❖ Acromegalia 
❖ Angioedema 
❖ Carcinoma e outros tumores 
 
@hellodonto_ 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
❖ Crianças 
❖ Recém-nascidos 
❖ Respiração ruidosa 
❖ Incontinência salivar (“baba”) 
❖ Dificuldade na alimentação 
❖ Gagueira. 
 
❖ Endentações na margem lateral da língua; 
❖ Mordida aberta; 
❖ Prognatismo mandibular; 
❖ Ulcerações; 
❖ Infecção ou até necrose; 
❖ Casos severos pode ocorrer obstrução das vias aéreas. 
➔ Síndrome de Beckwith-Wiedemann 
❖ Onfalocele 
❖ Visceromegalia 
❖ Gigantismo 
❖ Hipoglicemia neonatal. 
 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
▪ O tratamento e prognóstico da macroglossia dependem 
da causa e da gravidade da condição. 
▪ Nos casos brandos, o tratamento cirúrgico pode não ser necessário, embora a 
fonoaudiologia possa ser útil quando a fala é afetada. Nos pacientes 
sintomáticos, pode haver necessidade de redução da língua através da 
glossectomia. 
 
ANQUILOGLOSSIA (LÍNGUA PRESA) 
A anquiloglossia é uma anomalia de desenvolvimento da língua, caracterizada 
pelo freio lingual curto, resultando na limitação dos movimentos da língua, é mais 
comum nos meninos. Nos adultos, não é incomum observar casos leves de 
@hellodonto_ 
 
anquiloglossia, mas a anquiloglossia grave é relativamente rara, sendo estimada 
em dois a três casos a cada10.000 indivíduos 
 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
❖ Problemas periodontais 
❖ Problemas de fonação 
❖ a anquiloglossia 
❖ Pode contribuir para o desenvolvimento da mordida aberta anterior porque a 
incapacidade da língua de elevar-se até o palato impede a deglutição norma 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
▪ Não há necessidade de tratamento; 
▪ Recém-nascidos com problemas de amamentação 
▪ Crianças ou adultos com dificuldades funcionais ou periodontais 
▪ Frenectomia 
 
TIREOIDE LINGUAL 
Entre a terceira e quarta semana de vida intrauterina, a tireoide começa a se 
desenvolver pela proliferação epitelial no soalho do cordão faringiano. Por volta 
da sétima semana de vida embrionária, o botão tireoidiano migra inferiormente 
para o. Posteriormente, o local de onde o botão migrou invagina-se e torna-se o 
forame cego, localizado na junção dos dois terços anteriores e terço posterior da 
língua, na linha média. Se a glândula primitiva não migrar normalmente, um 
tecido tireoidiano ectópico pode ser encontrado entre o forame cego e a epiglote. 
De todas as tireoides ectópicas, 90% são encontradas nesta região do pescoço e, 
finalmente, posiciona-se anteriormente à traqueia e à laringe. 
@hellodonto_ 
 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
❖ Quatro a sete vezes mais comuns em mulheres; 
❖ Glândula ectópica é o único tecido tireoidiano do paciente (70% dos casos) 
❖ Lesão nodular pequena e assintomática a grandes massas 
❖ Bloqueio das vias aéreas 
❖ Disfagia, a disfonia e a dispneia 
 DIAGNÓSTICO 
 Isótopos de iodo ou tecnécio 99; 
 TC e IRM 
 Biópsia a depender do caso - A biópsia geralmente é evitada devido ao risco 
de hemorragia e porque o aumento de volume pode ser o único tecido 
tireoidiano funcional do paciente. Em alguns casos, a biópsia incisional pode 
ser necessária para confirmar o diagnóstico ou excluir alterações malignas. 
 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
Assintomáticos 
▪ Nenhum tratamento é necessário em casos assintomáticos; 
▪ Acompanhamento periódico; 
Sintomáticos 
▪ Terapia supressiva com suplemento de hormônio tireoidiano; 
▪ Remoção cirúrgica ou ablação com iodo radioativo-131; 
▪ Transformação maligna em cerca de 1% dos casos identificados. 
@hellodonto_ 
 
 
LÍNGUA FISSURADA 
A língua fissurada é uma condição relativamente comum caracterizada pela 
presença de várias fissuras ou sulcos na superfície dorsal da língua. A sua causa 
é incerta, mas a hereditariedade parece ter um papel significante. Evidências 
indicam que esta condição pode ter tanto caráter poligênico, como autossômico 
dominante com penetrância incompleta. Fatores ambientais e idade também 
podem contribuir para o seu desenvolvimento. 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
❖ Múltiplos sulcos ou fissuras; 
❖ 2 a 6 mm de profundidade; 
❖ Geralmente assintomática; 
❖ Ardência discreta ou dor; 
❖ Gênero masculino – mais frequente 
❖ Adultos e crianças 
❖ A maioria dos estudos mostra que a prevalência da língua fissurada varia de 
2% a 5% da população. 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
▪ A língua fissurada é uma condição benigna, e nenhum tratamento específico é 
indicado. 
▪ O paciente deve ser orientado a escovar a língua, pois restos alimentares 
retidos podem atuar como fonte de irritação. 
LÍNGUA PILOSA (LÍNGUA PILOSA NEGRA; LÍNG UA SABURROSA) 
A língua pilosa caracteriza-se por acúmulo acentuado de ceratina nas papilas 
filiformes do dorso lingual, resultando em uma aparência semelhante a pelos. 
Aparentemente,essa condição ocorre por um aumento na produção de ceratina 
ou por um decréscimo na descamação da ceratina normal. A língua pilosa é 
observada em aproximadamente 0,5% dos adultos, a sua causa seja incerta, 
@hellodonto_ 
 
muitos pacientes afetados são tabagistas crônicos. Outros fatores possivelmente 
associados são: debilitação geral, higiene oral deficiente e um histórico de 
radioterapia na região de cabeça e pescoço. 
 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
❖ Linha média anterior às papilas circunvaladas 
❖ Margens lateral e anterior 
❖ Papilas alongadas acastanhadas, amareladas ou enegrecidas 
❖ Crescimento de bactérias cromogênicas - pigmentos do tabaco e alimentos 
❖ Pigmentos do tabaco e alimentos 
❖ Assintomática 
❖ Sensação de náusea ou de um gosto desagradável na boca 
❖ Biopsia normalmente desnecessária. 
 Devido à semelhança nas denominações, deve-se tomar cuidado para 
evitar a confusão entre a língua pilosa e a leucoplasia pilosa (que ocorre 
classicamente na margem lateral da língua. A leucoplasia pilosa é causada 
pelo vírus Epstein-Barr e geralmente está associada à infecção pelo vírus 
da imunodeficiência humana (HIV) ou outras condições imunossupressoras. 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
▪ A língua pilosa e a língua saburrosa são condições benignas que não trazem 
sequelas relevantes 
▪ Preocupação principal é a aparência estética da língua, possivelmente 
associada à halitose. 
▪ Quaisquer fatores predisponentes, como tabaco, antibióticos, ou antissépticos 
bucais, devem ser eliminados, e uma excelente higiene oral deve ser efetuada. 
A descamação das papilas hiperceratóticas pode ser realizada com a 
raspagem periódica ou limpeza com escova de dentes ou raspador de língua. 
@hellodonto_ 
 
▪ Agentes ceratolíticos, como a podofilina, também têm sido utilizados, porém 
por medidas de segurança a sua utilização não deve ser recomendada. 
 
VARICOSIDADES (VARIZES) 
As varicosidades, ou varizes, consistem em veias anormalmente dilatadas e 
tortuosas. A idade parece ser um fator etiológico importante, uma vez que as 
varizes são raras em crianças, mas comuns em adultos. Tal fato sugere que o 
seu desenvolvimento possa ser uma degeneração relacionada à idade, ocorrendo 
perda do tônus do tecido conjuntivo que suporta os vasos. As varizes orais não 
têm sido associadas à hipertensão sistêmica ou outras doenças 
cardiopulmonares, embora um estudo tenha observado que pacientes com 
varizes nas pernas eram mais propensos a ter varizes na língua. 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
❖ Tipo mais comum de varicosidade oral 
❖ Variz sublingual 
❖ Mais de 60 anos 
❖ Vesículas papulares ou elevadas múltiplas 
❖ Azul-purpúreas; 
❖ Margem lateral e no ventre da língua; 
❖ Circunstâncias raras quando ocorre trombose secundária; 
❖ Varizes solitárias: ocorrem em outras regiões da boca, especialmente nos 
lábios e na mucosa jugal , porém só são notadas após sofrerem trombose. 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
▪ As varicosidades sublinguais são tipicamente assintomáticas, e não há 
indicação de tratamento. 
@hellodonto_ 
 
▪ Nas varicosidades solitárias dos lábios e da mucosa jugal pode haver 
necessidade de remoção cirúrgica para confirmação do diagnóstico, por causa 
da formação de trombo secundário ou por razões estéticas. 
 
ARTÉRIA DE CALIBRE PERSISTENTE 
Uma artéria de calibre persistente é uma alteração vascular comum, na qual um 
ramo arterial principal estende se para a superfície do tecido mucoso sem 
redução no seu diâmetro. Assim como as varizes orais, as artérias de calibre 
persistente são observadas com maior frequência nos idosos. Isto sugere que o 
seu desenvolvimento pode ser um fenômeno degenerativo relacionado com a 
idade, no qual ocorre perda do tônus do tecido conjuntivo circunjacente de 
suporte. 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
❖ Quase exclusiva na mucosa labial 
❖ Lábio superior ou inferior podem ser afetados 
❖ Média de 58 anos; 
❖ Sem predileção por gênero 
❖ Elevação linear, papular ou arqueada 
❖ coloração pálida, normal ou azulada 
❖ Pulsação: Quando se utilizam luvas, geralmente não é possível sentir a 
pulsação em uma artéria de calibre persistente por meio da palpação digital 
❖ Assintomática - sendo identificada incidentalmente durante o exame clínico 
de rotina. 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
▪ Nenhum tratamento indicado. 
@hellodonto_ 
 
▪ Muitas vezes uma biópsia é realizada quando a lesão é confundida com 
mucocele ou outra lesão vascular, como uma variz ou hemangioma. 
▪ Comumente, se a lesão é removida cirurgicamente ocorre sangramento 
abundante. 
FÍSTULAS LATERAIS DO PALATO MOLE 
As fístulas laterais do palato mole são alterações raras de patogênese incerta. 
Muitos casos parecem ser congênitos, possivelmente relacionados com um 
defeito do desenvolvimento da segunda bolsa faringiana. Algumas fístulas podem 
ser resultantes de infecção ou cirurgia na região amigdaliana. 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
❖ Geralmente bilaterais 
❖ Pilar amigdaliano anterior 
❖ Assintomáticas 
❖ Poucos milímetros a mais de 1 cm 
 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
▪ As lesões são inócuas e não há necessidade de tratamento. 
 
HIPERPLASIA CORONOIDE 
A hiperplasia do processo coronoide da mandíbula é uma alteração de 
desenvolvimento rara que pode resultar na limitação dos movimentos 
mandibulares. A causa da hiperplasia coronoide é desconhecida, mas a razão de 
incidência entre homens e mulheres é de 5:1. Como a maioria dos casos é 
observada em homens na puberdade, uma influência hormonal tem sido 
sugerida, a hereditariedade também possui um papel significante, uma vez que 
alguns casos foram identificados em membros de uma mesma família. Pode ser 
@hellodonto_ 
 
uni ou bilateral, embora casos bilaterais sejam quase cinco vezes mais comuns 
do que os unilaterais. 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS 
Hiperplasia unilateral 
❖ Aumento do processo coronoide toca a superfície posterior do zigoma; 
❖ Desvio para o lado afetado 
❖ Não há dor ou anormalidades na oclusão; 
❖ Crescimento nodular e irregular da ponta do processo coronoide; 
Hiperplasia bilateral 
❖ Limitação da abertura mandibular; 
❖ Aumento regular de ambos os processos. 
 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
▪ O tratamento da hiperplasia coronoide consiste na remoção cirúrgica do(s) 
processo(s) alongado(s) para permitir a movimentação livre da mandíbula. A 
coronoidectomia ou a coronoidotomia são geralmente realizadas pelo acesso 
intraoral. Embora possa ocorrer uma melhora inicial na abertura de boca, os 
resultados em longo prazo podem ser desapontadores uma vez que o 
procedimento cirúrgico pode causar a fibrose e pela tendência do novo 
crescimento do processo coronoide. A fisioterapia pós-operatória é importante 
no restabelecimento da função normal. 
 
@hellodonto_ 
 
 
 
HIPERPLASIA CONDILAR 
A hiperplasia condilar é uma malformação rara da mandíbula, causada pelo 
crescimento excessivo de um dos côndilos. A causa desta hiperplasia é 
desconhecida, porém alterações circulatórias locais, distúrbios endócrinos e 
trauma foram sugeridos como possíveis fatores etiológicos. 
A hiperplasia condilar pode ser difícil de distinguir da hiperplasia hemifacial 
entretanto, na hiperplasia hemifacial os tecidos moles e dentes associados 
também podem estar aumentados 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS 
❖ Assimetria facial 
❖ Prognatismo 
❖ Mordida cruzada 
❖ Mordida aberta 
❖ Crescimento maxilar compensatório 
@hellodonto_ 
 
❖ Inclinação do plano oclusal 
❖ Adolescentes e adultos jovens; 
❖ Alongamento da cabeça do côndilo 
❖ Alongamento do colo do côndilo 
❖ Cintilografia usando 99mTc-MDP 
❖ Grau de atividade óssea na hiperplasia condilar. 
 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
▪ A hiperplasia condilar é uma condição autolimitante e o seu tratamento é 
baseado no grau de dificuldade funcional e comprometimento estético. Alguns 
pacientespodem ser tratados pela condilectomia unilateral, enquanto outros 
necessitam de osteotomia mandibular uni ou bilateral. 
▪ Em pacientes com crescimento maxilar compensatório, uma 
osteotomia maxilar também pode ser necessária. 
▪ O tratamento ortodôntico concomitante é geralmente necessário. 
 
 
 
CÔNDILO BÍFIDO 
O côndilo bífido é uma alteração de desenvolvimento rara caracterizada por um 
côndilo mandibular com duas cabeças. A maioria dos côndilos bífidos possui uma 
cabeça medial e uma lateral divididas por um sulco central. Alguns côndilos 
@hellodonto_ 
 
podem ter a cabeça dividida em anterior e posterior. A causa do côndilo bífido é 
desconhecida. Os côndilos bífidos ântero-posteriores podem ter uma origem 
traumática, como uma fratura durante a infância. Os côndilos divididos médio-
lateralmente podem resultar de trauma, inserção muscular anormal, agentes 
teratogênicos, ou persistência de um septo fibroso dentro da cartilagem condilar. 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS 
❖ Frequentemente unilateral 
❖ Assintomática 
❖ “Clique” ou “estalo” da ATM durante a abertura bucal 
❖ Aspecto bilobular da cabeça do côndilo; 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
▪ Não requer tratamento. 
▪ Quando o paciente tem queixas na ATM, o tratamento temporomandibular 
pode ser necessário. 
 
 
EXOSTOSES 
Exostoses são protuberâncias ósseas localizadas que surgem da cortical óssea. 
Estes crescimentos benignos afetam frequentemente a maxila e a mandíbula. As 
exostoses orais mais conhecidas são o tórus palatino e o tórus mandibular. 
 
@hellodonto_ 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS 
❖ Adultos 
❖ exostoses vestibulares – assintomáticas, a menos que a fina mucos se torne 
uma ulcerada por trauma. 
❖ Aumentos de volume ósseos bilaterais 
❖ Face vestibular dos rebordos alveolares da maxila e/ou mandíbula 
❖ As exostoses solitárias podem ocorrer, possivelmente em resposta à irritação 
local. 
❖ Exostoses palatinas 
❖ Protuberâncias ósseas lado lingual das tuberosidades palatinas; 
❖ Geralmente bilaterais. 
 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
▪ Na maioria das exostoses, o aspecto clínico é suficiente para 
o diagnóstico, tornando a biópsia desnecessária. 
▪ Quando existem dúvidas no diagnóstico, a biópsia deve ser realizada para 
excluir outras lesões ósseas. Quando as exostoses estão expostas a 
traumatismo constante ou quando existe ulceração e dor, há indicação de 
remoção. Além disso, a remoção cirúrgica também pode ser necessária para 
acomodar uma prótese dentária ou para permitir a adaptação apropriada de 
um retalho durante uma cirurgia periodontal. Pode ser necessária a remoção 
cirúrgica da exostose subpôntica reacional quando ela interferir na 
higienização bucal ou quando estiver associada à doença periodontal 
adjacente. 
 
 
TORUS PALATINO 
@hellodonto_ 
 
O tórus mandibular é uma exostose comum que se desenvolve ao longo da 
superfície lingual da mandíbula. Assim como no tórus palatino, a causa do tórus 
mandibular é provavelmente multifatorial, incluindo influências ambientais e 
genéticas. 
 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS 
❖ Protuberância óssea 
❖ Superfície lingual da mandíbula; 
❖ Acima da linha milo-hioidea; 
❖ Região de pré-molares. 
❖ Envolvimento bilateral (>90% dos casos); 
❖ Assintomáticos; 
❖ Aumentos de volume únicos; 
❖ Múltiplos lóbulos não são incomuns; 
❖ Radiografias periapicais; 
❖ Radiopacidade superposta às raízes dentárias; 
❖ Visualizados nas radiografias oclusais; 
❖ Início da vida adulta. 
 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
▪ Não há necessidade de tratamento 
▪ Remoção cirúrgica 
▪ Acomodar uma prótese total ou parcial 
@hellodonto_ 
 
TORUS PALATINO 
Tórus palatino é uma exostose comum que ocorre na linha média do palato duro. 
A sua patogênese tem sido questionada, discutindo-se uma origem genética ou 
fatores ambientais, como o estresse mastigatório. Algumas autoridades sugerem 
que o tórus palatino é herdado como um traço autossômico dominante. 
Entretanto, outros acreditam que o seu desenvolvimento seja multifatorial, 
incluindo tanto influências genéticas como ambientais. Neste modelo, os 
pacientes são afetados por uma variedade de fatores ambientais e hereditários. 
Se uma quantidade suficiente destes fatores está presente, então um “limiar” é 
ultrapassado e o tórus palatino se manifesta. 
 
➢ O tórus alongado apresenta-se como uma crista na linha média ao longo da 
rafe palatina. Algumas vezes um sulco central está presente. 
➢ O tórus nodular apresenta-se como protuberâncias múltiplas, cada uma 
com sua base. Estas protuberâncias podem coalescer formando sulcos 
entre si. 
➢ O tórus lobular também é uma massa lobulada, porém origina-se de uma 
base única. O tórus lobular pode ser séssil ou pedunculado. 
➢ O tórus plano tem uma base ampla e uma superfície lisa, ligeiramente 
convexa. Ele se estende simetricamente para os dois lados da rafe palatina. 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS 
❖ Massa dura de osso 
❖ Linha média do palato duro 
❖ Menos de 2 cm de diâmetro; 
❖ Assintomático; 
❖ Não aparece em radiografias dentárias de rotina; 
❖ Relação mulher-homem de 2:1; 
❖ Início da vida adulta. 
 
@hellodonto_ 
 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
▪ A maioria dos tórus palatinos pode ser diagnosticada clinicamente com 
base no seu aspecto clínico característico logo, a biópsia é raramente 
necessária. 
▪ Em pacientes edêntulos, a remoção cirúrgica pode ser necessária para 
acomodar a prótese. 
▪ A cirurgia também pode ser indicada para os tórus palatinos que 
apresentem ulceração recorrente ou que interfiram na função oral. 
SÍNDROME DE EAGLE (SÍNDROME ESTILOIDE; SÍNDROME DA ARTÉRIA CAROTÍDEA; 
ESTILALGIA) 
O processo estiloide é uma projeção óssea fina que se origina da superfície 
inferior do osso temporal, medial e anteriormente ao forame estilomastoideo. Ele 
está conectado ao corno inferior do osso hioide pelo ligamento estilo hioideo. A 
artéria carotídea externa e a carotídea interna localizam-se de cada lado do 
processo. O alongamento do processo estiloide ou a mineralização do complexo 
ligamentar estilo-hioideo não é incomum, sendo relatado em 18% a 40% da 
população em algumas revisões de radiografias. Essa mineralização geralmente 
é bilateral, porém pode afetar apenas um lado. A maioria dos casos é 
assintomática; entretanto, um número reduzido destes pacientes apresenta os 
sintomas da síndrome de Eagle, causada por colisão ou compressão dos vasos 
sanguíneos ou nervos adjacentes. 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS 
❖ Adultos 
❖ Dor facial vaga 
❖ Quando deglutem 
❖ Viram a cabeça ou abrem a boca 
@hellodonto_ 
 
❖ Disfagia 
❖ Disfonia 
❖ Otalgia 
❖ Cefaleia 
❖ Tontura e síncope transitória. 
❖ Radiografia panorâmica; 
❖ Radiografia lateral da mandíbula 
❖ Palpada na região de fossa amigdaliana; 
❖ Amigdalectomia 
❖ Desenvolvimento de tecido cicatricial; 
❖ Dor cervicofaringeana 
❖ Nervos cranianos V, VII, IX e X. 
 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
O tratamento da síndrome de Eagle depende da gravidade dos sintomas. Nos 
casos leves, geralmente nenhum tratamento é necessário (exceto tranquilizar 
o paciente). Algumas vezes, injeções locais de corticosteroides causam 
alívio. Nos casos mais graves, a excisão cirúrgica parcial do processo estiloide 
alongado ou do ligamento estilo-hioideo mineralizado é necessária. 
Geralmente, o acesso para essa cirurgia é intraoral, embora um acesso 
extraoral também possa ser utilizado. O prognóstico é bom. 
 
DEFEITO DE STAFNE 
Cisto ósseo de Stafne, depressão mandibular Lingual da glândula salivar; cisto 
Ósseo latente, cisto ósseo estático, Defeito ósseo estático, defeito da Cortical 
lingual mandibular. 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS 
❖ Lesão radiolúcida 
❖ Bem-circunscrita 
❖ Margem esclerótica 
❖ Assintomática 
❖ Abaixo do canal mandibular 
❖ Região posterior da mandíbula❖ Entre os molares e o ângulo da mandíbula 
❖ Depressão clinicamente palpável 
❖ Maioria unilateral 
@hellodonto_ 
 
 
O diagnóstico é alcançado com base na clínica, pela localização radiográfica 
característica e ausência de sintomas. Quando existem dúvidas no diagnóstico 
clínico, este pode ser confirmado pela tomografia computadorizada (TC), imagem 
por ressonância magnética (IRM) ou sialografia. A TC e a IRM mostram uma 
concavidade bemdefinida na superfície lingual da mandíbula. A sialografia pode 
demonstrar a presença de tecido de glândula salivar na área do defeito. 
 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
▪ Para os defeitos de Stafne localizados na região posterior de mandíbula, não 
há necessidade de tratamento, e o prognóstico é excelente. Como o defeito 
lingual anterior daglândula salivar pode ser difícil de reconhecer, a biópsia 
pode ser necessária para exclusão de outras lesões. 
 
 
Cistos do Desenvolvimento 
 Cisto é uma cavidade patológica muitas vezes preenchida por líquido que é 
revestida por epitélio, cresce lentamente de tamanho. Na radiografia ela é 
radiolúcida, área de cor escura. 
CISTOS PALATINOS DO RECÉM-NASCIDO 
Pequenos cistos de desenvolvimento são comuns no palato de crianças recém-
nascidas. Na primeira, quando os processos palatinos se encontram e se 
fusionam na linha média, durante a vida embrionária para formar o palato 
secundário, pequenas ilhas epiteliais podem ficar aprisionadas por baixo da 
superfície tecidual ao longo da rafe palatina e formar cistos. Na segunda, estes 
@hellodonto_ 
 
cistos poderiam surgir de remanescentes epiteliais oriundos do desenvolvimento 
de glândulas salivares menores do palato 
➔ As pérolas de Epstein ocorrem ao longo da rafe palatina mediana e 
provável mente surgem de epitélio aprisionado ao longo da linha de fusão. 
➔ Os nódulos de Bohn estão espalhados pelo palato duro, muitas vezes 
próximo à junção entre os palatos, e acredita-se que sejam derivados de 
glândulas salivares menores. Entretanto, estes dois termos têm sido 
confundidos na literatura e também, muitas vezes, têm sido utilizados para 
descrever os cistos gengivais do recém-nascido lesões com aparência 
semelhante que se originam da lâmina dentária. 
 
 
➔ CARACTERÍSITCAS CLÍNICAS 
❖ 65% a 85% dos neonatos 
❖ 1 a 3 mm; 
❖ Pápulas brancas ou branco-amareladas 
❖ Ao longo da linha média; 
❖ Junção do palato duro e mole 
❖ Grupo de dois a seis cistos. 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
▪ Os cistos palatinos do recém-nascido são lesões inócuas, e nenhum 
tratamento é necessário. Eles sofrem regressão espontânea e raramente são 
observados quando a criança apresenta várias semanas de vida. 
Provavelmente, o epitélio degenera, ou o cisto se rompe para a superfície 
mucosa e elimina a ceratina contida. 
 
CISTO NASOLABIAL (CISTO NASOALVEOLAR , CISTO DE KLESTADT) 
O cisto nasolabial é um cisto do desenvolvimento raro que ocorre no lábio 
superior, lateral à linha média patogênese é desconhecida, embora existam duas 
@hellodonto_ 
 
teorias principais. Uma teoria considera o cisto nasolabial um cisto “fissural” 
originado de remanescentes epiteliais aprisionados ao longo da linha de fusão do 
processo maxilar, processo nasal mediano e processo nasal lateral. Uma 
segunda teoria sugere que estes cistos desenvolvam-se pela deposição ectópica 
do epitélio do ducto naso lacrimal, devido à sua localização e aspecto histológico 
semelhantes. 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS 
❖ Aumento de volume do lábio superior lateral à linha média; 
❖ Elevação da asa do nariz; 
❖ Elevação da mucosa do vestíbulo nasal e causa; 
❖ Apagamento do fundo de vestíbulo; 
❖ Obstrução nasal; 
❖ Interferência na utilização de uma prótese; 
❖ Dor é rara; 
❖ Cisto pode drenar para a cavidade oral ou nasal 
❖ Adultos 
❖ Quarta e quinta décadas de vida 
❖ Gênero feminino 
❖ Relação mulheres-homens de 3:1 
❖ 10% dos casos relatados são bilaterais 
❖ Não há alterações radiográficas. 
 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
▪ O tratamento de eleição consiste na remoção cirúrgica total por acesso 
intraoral. Como a lesão geralmente está próxima ao soalho nasal, muitas 
vezes é necessário retirar uma parte da mucosa nasal para garantir a remoção 
completa da lesão. A recidiva é rara. Recentemente foi sugerida uma 
@hellodonto_ 
 
abordagem alternativa via cavidade nasal que permite a marsupialização 
endoscópica da lesão. 
 
CISTO DO DUCTO NASOPALATINO (CISTO DO CANAL INCISIVO) 
O cisto do ducto nasopalatino é o cisto não odontogênico mais comum da 
cavidade oral, ocorrendo em cerca de 1% da população. Acredita-se que ele se 
origine de remanescentes do ducto nasopalatino, uma estrutura embrionária que 
liga a cavidade nasal e oral na região do canal incisivo. 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS 
❖ Lesão radiolúcida 
❖ Bem-circunscrita 
❖ Linha média da região anterior de maxila 
❖ Entre os ápices dos incisivos centrais 
❖ Reabsorção radicular é rara 
❖ Redonda ou oval, com uma margem esclerótica 
❖ Formato de pera invertida 
❖ 6 mm é o limite máximo para o tamanho de um forame incisivo normal. 
 Em raras ocasiões, um cisto do ducto nasopalatino pode se desenvolver 
nos tecidos moles da papila incisiva sem qualquer envolvimento ósseo. 
Estas lesões são frequentemente chamadas de cistos da papila incisiva. 
Estes cistos usualmente exibem uma coloração azulada devido ao 
conteúdo líquido na luz do cisto 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
▪ Os cistos do ducto nasopalatino são tratados por enucleação cirúrgica. A 
biópsia é recomendada, porque a lesão não é diagnosticada por radiográfica e 
existem outras lesões benignas e malignas semelhantes ao cisto do ducto 
nasopalatino. 
@hellodonto_ 
 
▪ O melhor acesso cirúrgico é realizado com um retalho palatino rebatido após 
uma incisão ao longo da margem gengival lingual dos dentes anteriores 
superiores. A recidiva é rara. A transformação maligna tem sido relatada em 
alguns casos escassos, mas esta é uma complicação rara. 
CISTOS FOLICULARES DA PELE 
Os cistos foliculares da pele são lesões comuns com ceratina no seu interior, que 
surgem de uma ou mais porções do folículo piloso. O tipo mais frequente é 
derivado do infundíbulo folicular, sendo chamado de cisto epidermoide ou cisto 
infundibular. 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
❖ Cistos epidermoides (infundibulares) 
❖ Representam quase 80% dos cistos foliculares cutâneos; 
❖ Áreas propensas ao desenvolvimento de acne na cabeça, pescoço e costas 
❖ Homens são mais afetados 
❖ Lesões nodulares subcutâneas 
❖ Flutuantes 
❖ Podem estar ou não associados à inflamação 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
▪ Excisão cirúrgica conservadora 
▪ Recidiva é incomum. 
CISTO DERMOIDE 
O cisto dermoide é uma malformação cística do desenvolvimento incomum. Tal 
cisto é revestido por epitélio semelhante à epiderme, e na parede contém anexos 
cutâneos. Geralmente, o cisto epidermoide é considerado uma forma cística 
benigna do teratoma. 
@hellodonto_ 
 
➔ Um teratoma verdadeiro é um tumor do desenvolvimento composto por 
tecidos derivados dos três folhetos germinativos: (1) ectoderma, (2) 
mesoderma e (3) endoderma. 
 
 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS 
❖ Linha média do soalho bucal 
❖ Abaixo do músculo gênio-hioideo 
❖ Tumefação sublingual 
❖ Dificuldades na alimentação, na fonação ou até na respiração 
❖ Acima do músculo gênio-hioideo produzem 
❖ Tumefação submentoniana 
❖ Aparência de “queixo duplo” 
❖ Variação de poucos milímetros até 12 cm de diâmetro 
❖ Crianças e adultos jovens 
❖ 15% dos casos relatados são de origem congênita 
❖ Crescimento lento 
❖ Indolor 
❖ Massa borrachoide ou pastosa 
 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
▪ Remoção cirúrgica 
▪ Acima do músculo gênio-hioideo 
▪ Podem ser removidos por incisão intraoral 
▪ Abaixo do músculo gênio-hioide 
▪ Podem necessitar de um acesso extraoral 
▪ Recidiva é incomum 
CISTODO DUCTO TIREOGLOSSO 
O desenvolvimento da glândula tireoide começa no final da terceira semana de 
vida embrionária, como uma proliferação das células endodérmicas do soalho 
@hellodonto_ 
 
ventral da faringe entre o tubérculo ímpar e a cópula da língua e desenvolvimento 
– um ponto que posteriormente se torna o forame cego. 
 
 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
❖ Linha média 
❖ Desde o forame cego na língua até a chanfradura supraesternal 
❖ Cistos supra-hioides 
❖ Localização submentoniana 
❖ Em 60% a 80% dos casos, abaixo do osso hioide 
❖ Os cistos na área da cartilagem tireoide 
❖ Desviados lateralmente da linha média 
❖ Duas primeiras décadas de vida 
❖ Não há predileção por gênero 
❖ Tumefação móvel, flutuante e indolor 
❖ Menos de 03 cm a 10 cm de diâmetro 
 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
▪ Os cistos do ducto tireoglosso são mais bem-tratados pela técnica de Sistrunk. 
Nesta cirurgia, o cisto é removido junto com o segmento central do osso hioide 
@hellodonto_ 
 
e uma ampla porção do tecido muscular ao longo de todo o trato tireoglosso. A 
taxa de recidiva associada a este procedimento é menor que 10%. Um índice 
de recidiva muito mais alto pode ser esperado com uma cirurgia menos 
agressiva. 
▪ O carcinoma que se origina do cisto do ducto tireoglosso é uma complicação 
rara que ocorre em aproximadamente 1% de todos os casos. Na maioria dos 
casos, são adenocarcinomas tireoideos papilares Felizmente, as metástases 
do carcinoma do ducto tireoglosso são raras e o prognóstico para os pacientes 
com estes tumores é bom. 
CISTO DA FENDA BRANQUIAL 
O cisto da fenda branquial é um cisto do desenvolvimento da região lateral do 
pescoço, cuja patogênese é incerta. 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
❖ Região ao longo da margem anterior do músculo esternocleidomastoideo 
❖ Adultos jovens entre 20 e 40 anos 
❖ Massa mole, flutuante 
❖ Pode ocorrer algumas vezes dor ou sensibilidade devido a infecção secundaria 
❖ Pode variar de 1 a 10 cm de diâmetro 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
▪ O cisto da fenda branquial é tratado por remoção cirúrgica. 
▪ A lesão quase nunca recidiva 
CISTO LINFOEPITELIAL ORAL 
O cisto linfoepitelial oral é uma lesão rara da cavidade oral, que se desenvolve 
dentro do tecido linfoide oral. É microscopicamente semelhante ao cisto da fenda 
branquial (cisto linfoepitelial cervical), porém de tamanho muito menor. 
@hellodonto_ 
 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
❖ Massa submucosa pequena 
❖ Geralmente menor que 1 cm de diâmetro 
❖ Firme ou mole à palpação 
❖ Mucosa de revestimento é macia e não ulcerada 
❖ Branca ou amarela 
❖ Assintomática 
❖ Adultos jovens 
❖ Soalho bucal 
❖ Superfície ventral e a margem lateral da língua 
❖ Os cistos linfoepiteliais orais podem se desenvolver em qualquer idade, porém 
são mais frequentes em adultos jovens. 
 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
▪ O cisto linfoepitelial oral é em geral tratado pela excisão cirúrgica e a recidiva 
geralmente não ocorre. Pelo fato de a lesão ser assintomática e inócua, a 
biópsia nem sempre é necessária, desde que a lesão seja característica o 
bastante para o diagnóstico ser feito com base na clínica. 
 
ANOMALIAS DE DESENVOLVIMENTO RARAS 
HEMI-HIPERPLASIA (HEMI-HIPERTROFIA) 
A hemi-hiperplasia é uma alteração do desenvolvimento rara, caracterizada por 
crescimento acentuado e assimétrico de uma ou mais partes do corpo, ela pode 
ocorre de forma isolada, porém ela também estar associada a uma variedades 
de síndromes de malformação. As diversas teorias incluem anormalidades 
linfáticas ou sanguíneas, distúrbios no sistema nervoso central, disfunções 
endócrinas e mecanismos aberrantes de divisão. 
 
@hellodonto_ 
 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS 
Hemi-hiperplasia complexa 
❖ Um lado inteiro do corpo afetado; 
Hemi-hiperplasia simples 
❖ Limitado a um único membro; 
Hemi-hiperplasia-hemifacial 
❖ Confinado a um lado da face. 
 
❖ Predileção por mulheres, com taxa de 2:1 
❖ Lado direito 
❖ Aumento fica mais acentuado com a idade; 
❖ Pele encontra-se espessada 
❖ Aumento da pigmentação 
❖ Retardo mental; 
❖ Aumento na prevalência de tumores abdominais; 
❖ Tumor de Wilms - , o carcinoma cortical adrenal e o hepatoblastoma. Estes 
tumores têm sido relatados em 5,9% dos pacientes com hemi-hiperplasia e 
não necessariamente eles ocorrem no mesmo lado do aumento somático. 
❖ Carcinoma cortical adrenal 
❖ Hepatoblastoma. 
 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
▪ Quando o crescimento do paciente tiver cessado, a cirurgia cosmética pode 
ser realizada, incluindo a remoção de tecido mole, plástica da face e cirurgia 
ortognática. Frequentemente, também é necessário o tratamento ortodôntico. 
 
ATROFIA HEMIFACIAL PROGRESSIVA 
@hellodonto_ 
 
A atrofia hemifacial progressiva é uma condição degenerativa rara e pouco 
compreendida, caracterizada pelas alterações atróficas que afetam um lado da 
face. A causa destas alterações permanece obscura. Tem-se especulado um 
mau funcionamento trófico do sistema nervoso simpático cervical. 
 
 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS 
❖ Duas primeiras décadas de vida; 
❖ Atrofia da pele e das estruturas subcutâneas em uma área localizada da face; 
❖ Mulheres 
❖ Pele sobrejacente exibe uma pigmentação escura 
❖ Linha de demarcação entre a pele normal e a pele afetada 
❖ Alguns pacientes apresentam uma linha de demarcação, entre a pele normal e 
a pele afetada, próximo à linha média da fronte, conhecida como 
esclerodermia linear “en coup de sabre” (“golpe de espada”) 
❖ Enoftalmia 
❖ Boca e o nariz são desviados para o lado afetado. 
 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
▪ Em geral, a atrofia progride lentamente por vários anos e se estabiliza. 
▪ A cirurgia plástica pode ser tentada para correção cosmética da deformidade e 
o tratamento ortodôntico pode ser útil no tratamento da má oclusão associada. 
DISPLASIA ODONTOMAXILAR SEGMENTAR (DISPLASIA HEMIMAXILOFACIAL) 
A displasia odontomaxilar segmentar é uma desordem do desenvolvimento 
recentemente reconhecida, que afeta os maxilares e (algumas vezes) os tecidos 
@hellodonto_ 
 
faciais de revestimento. A causa é desconhecida. Em geral, esta condição é 
confundida clinicamente com a displasia fibrosa craniofacial ou com a hiperplasia 
hemifacial, porém ela é uma entidade distinta e separada. 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS 
❖ Descoberta durante a infância 
❖ Aumento unilateral e indolor do osso maxilar 
❖ Hiperplasia fibrosa dos tecidos gengivais 
❖ Um ou ambos os pré-molares superiores estão ausentes 
❖ Dentes decíduos na área afetada podem ser hipoplásicos 
❖ O seio maxilar pode ser menor no lado afetado. 
 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
▪ Devido ao fato de a displasia odontomaxilar segmentar ter sido reconhecida 
recentemente como uma entidade distinta, não se sabe muito sobre a sua 
evolução natural. 
▪ Uma vez diagnosticada, a condição parece permanecer estável e a 
intervenção cirúrgica pode não ser necessária, tanto, em alguns casos, o 
tratamento ortodôntico e a cirurgia ortognática podem ser considerados. 
 
SÍNDROME DE CROUZON 
A síndrome de Crouzon é uma condição de um grupo raro de síndromes, 
caracterizadas pela craniossinostose, ou fechamento prematuro de suturas 
cranianas. 
@hellodonto_ 
 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS 
❖ Braquicefalia: Cabeça curta 
❖ Escafocefalia: Cabeça em forma de navio 
❖ Trigonocefalia: Cabeça de forma triangular 
❖ Órbitas são rasas 
❖ Proptose ocular característica 
❖ Deficiência visual ou cegueira total 
❖ Deficiência auditiva 
❖ Radiografias de crânio mostram um aumento das marcas digitais 
❖ Aspecto de “metal martelado” 
❖ Maxila pouco desenvolvida 
❖ Hipoplasia do terço médio da face. 
 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
▪ Os defeitos clínicos da síndrome de Crouzon podem ser tratados 
cirurgicamente, porém podem ser necessários múltiplos procedimentos. A 
craniectomia precocecostuma ser necessária para aliviar o aumento da 
pressão intracraniana. O avanço fronto-orbital pode ser realizado para corrigir 
os defeitos oculares, e o avanço do terço médio da face para corrigir a 
hipoplasia de maxila. 
SÍNDROME DE APERT (ACROCEFALOSSINDACTILIA) 
È uma condição rara caracterizada pela craniossinostose. Ocorre 
aproximadamente 1 a cada 65.000 nascimentos e é causada por um dos dois 
@hellodonto_ 
 
pontos de mutação no gene receptor 2 do fator de crescimento fibroblástico, vem 
de uma origem paterna com a idade avançada do pai. 
 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS 
❖ Craniossinostose produz acrobraquicefalia: Crânio em forma de torre 
❖ Osso occipital é achatado 
❖ Fronte apresenta uma aparência alta 
❖ Proptose ocular 
❖ Hipertelorismo 
❖ Inclinação para baixo das fissuras palpebrais laterais 
❖ O terço médio de face mostra-se acentuadamente retraído e hipoplásico 
❖ Impressões digitais semelhantes à síndrome de Crouzon. 
❖ Sindactilia do segundo, terceiro e quarto dedos das mãos e dos pés; 
❖ Retardo mental 
❖ Hipoplasia da maxila 
❖ Respiração bucal 
❖ Fenda do palato mole ou úvula bífida 
❖ Forma em V do arco superior 
❖ Apinhamento dentário. 
 
@hellodonto_ 
 
 
 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
▪ Os defeitos estéticos e funcionais da síndrome de Apert podem ser tratados 
por uma abordagem interdisciplinar, utilizando-se múltiplos procedimentos 
cirúrgicos. Muitas vezes, a craniectomia é realizada durante o primeiro ano de 
vida, para tratar a craniossinostose. O avanço frontofacial e do terço médio de 
face pode ser realizado para o tratamento ortodôntico costuma ser necessário 
para trazer os dentes não erupcionados ao seu local e para melhorar a 
oclusão. A cirurgia também pode ser utilizada para separar os dedos 
fusionados. 
DISOSTOSE MANDIBULOFACIAL 
A disostose mandibulofacial é uma síndrome rara, que se caracteriza 
principalmente por defeitos nas estruturas dos arcos faciais, o primeiro e o 
segundo. 
 
 
➔ CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS 
❖ Zigomas são hipoplásicos 
@hellodonto_ 
 
❖ Face estreita com depressão das bochechas 
❖ Inclinação oblíqua das fissuras palpebrais 
❖ Coloboma; 
❖ Chanfradura na parte externa da pálpebra inferior 
❖ Orelhas podem demonstrar algumas anomalias 
❖ Perda da audição 
❖ Mandíbula é hipoplásica. 
➔ TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
▪ Os pacientes com formas sutis de disostose mandibulofacial não precisam de 
tratamento. Nos casos mais graves, a aparência clínica pode ser melhorada 
pela cirurgia plástica. Devido à extensão da reconstrução facial, 
frequentemente múltiplos procedimentos cirúrgicos são indicados. 
▪ Podem ser necessárias cirurgias individualizadas para os olhos, zigomas, 
maxilares, orelhas e nariz. 
▪ É necessário otratamento ortodôntico associado à cirurgia ortognática.

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