Acadêmicos: Jamile Maria Lima Souza Juliana dos Santos Pereira Regilâdia de Sousa Bezerra Francisca Tatiana Pereira Oliveira Tutor(a) Externo: Francisca Antônia Lopes Marreiro RESUMO O resumo em questão consiste na apresentação concisa do conteúdo de um trabalho cientifico, com a finalidade de passar aos nossos leitores uma idéia completa do estudo realizado, que teve como tema, Dietas e seus efeitos no comportamento alimentar de mulheres. Através de artigos científicos e das teses de seus pesquisadores, podemos observar que ainda é alarmante o número de mulheres que não aceitam seus próprios corpos e vivem querendo seguir padrões impostos pela mídia, sendo influenciadas a todo tempo pela buscar da “perfeição”, e assim sendo vulneráveis a desenvolverem diversos distúrbios alimentares e até mesmo, problemas psicológicos, como ansiedade e depressão.Ao final desse estudo, pôde-se concluir que nossa sociedade sofre constantemente com esses modelos a serem reproduzidos, tornando mentes francas e corpos “artificias”, tirando a beleza do diferente e o encanto que cada uma trás. Palavras-chave: Comportamento Alimentar, Dietas Restritivas. 1. INTRODUÇÃO O comportamento alimentar é um conjunto de ações relacionadas ao alimento que envolve desde a ingestão bem como a tudo a que ele se relaciona, uma vez que é esse sistema que conduz as escolhas é embasado no que a pessoa conhece e acredita sobre alimentação e nutrição (ALVARENGA et al, 2015; VAZ e BENNEMANN, 2014). Uma grande influenciadora do comportamento alimentar é a mídia que vem trazendo conteúdos inadequados sendo disseminados quando o tema é alimentação, nutrição e emagrecimento. Tais conteúdos encorajam aos Dieta e seus efeitos no comportamento alimentar de mulheres. 2 chamados “Modismos Alimentares” (CHAUD e MARCHIONI, 2004). De acordo com estudos feitos na Universidade Vale do Rio dos Sinos, em São Paulo, publicados pela Revista de Nutrição, hodiernamente, a sociedade apresenta uma relação de amor e ódio com os alimentos, os classificam em bons ou ruins, que engordam ou emagrecem, associa-se o prazer de comer com a culpa, e, infelizmente, a mentalidade de pró-emagrecimento é, ainda, reforçada por alguns veículos de mídia que, muitas vezes, exaltam pessoas de forma corporal esquelética, divulgam receitas e medicamento com finalidade de perda de peso e gordura localizada, além disso, publicam informações sobre nutrição e saúde, algumas antes mesmo da comprovação científica. As redes sociais são uma dessas mídias, pois atingiram proporções grandiosas, alcançando inclusive pessoas mais velhas e que possuíam pouca intimidade com a internet e o mundo virtual, isso tem gerado uma grande preocupação as instituições de ensino e as classes profissionais da área da saúde, já que as informações disseminadas não obedecem ao rigor crítico e científico dos dados, mas os significados a eles atribuídos por aqueles que o compartilham (RIGONI, NUNES e FONSECA, 2017) Essas dietas milagrosas sejam com privação parcial ou total de alimentos e/ou nutrientes esta intimamente ligada ao atual conceito sociocultural de beleza. As dietas impostas não funcionam, pois do ponto de vista científico elas não promovem perda de peso a longo prazo, elas podem trazer consequências clínicas, físicas, emocionais e psicológicas promovendo a obsessão por comida e o “terrorismo nutricional” além de poder levar a transtornos alimentares (ALVARENGAet al., 2015). Diante do exposto, este trabalho tem, portanto, o objetivo de verificar através de uma revisão sistemática de literatura os efeitos de dietas e a influência das mídias e das redes sociais no comportamento alimentar de mulheres, os quais podem levar ao desenvolvimento de transtornos alimentares devido a esteriótipos de beleza e de alimentação impostos por uma sociedade midiatizada e socialmente impulsiva. 3 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 MODISMOS E A SOCIEDADE LÍQUIDA NA INDÚSTRIA DOS REGIMES A nutrição tem se transformado no imaginário popular em um sinônimo de “dietas milagrosas” ou simplesmente para a promoção de novos produtos. O fato de nutrição e mídia continuarem a trabalhar sobre o peso da desconfiança pouco avanço pode-se esperar na multiplicação de informações sérias e adequadas (AQUINO, VAZ e FIDELIX, 2013). É nesse contexto que, cada vez mais, mulheres têm buscado, de forma impulsiva, esperlhar-se nitidamente a padrões estereotipados pelas mídias sociais. Diante do exposto, a sociedade líquida, no qual é uma teoria defendida por Zygmund Bauman, fala sobre a sociedade atual que, graças a um ritmo incessante de trasformações, vive com angustias e incertezas. Diniz (2017), seguindo a linha de pensamento de Bauman, diz que antes do século XX viveu-se uma modernidade sólida a qual podia ser entendida como um período que era possível planejar e criar metas a longo prazo, nos dias de hoje isso já não é possível, pois na sociedade líquida é preciso ser rápido, planejar a curto prazo, o que torna tudo inseguro e passível a mudanças. De acordo com às informações acima citadas, considera-se que o individuo é um ser integral no que diz a biologia, psiquíco e social, e é nessa integralidade que os profissionais devem se voltar para entender estes anseios e objetivos ao que o paciente quer chegar, desmistificando modismos e descontruindo representações e crenças em relação à padrões alimentares e corporais inatingíveis. Essa postura e conduta do profissional pode ser crucial para, além de práticar a beneficência, não causar danos ao paciente e garantindo sua saúde. 2.2 COMO AS DIETAS DA MODA AFETAM PSICOLOGICAMENTE O PÚBLICO FEMININO? A grosso modo, no domínio da Psicologia geral, entende-se que o ser realiza uma ação e, por repetição, constitui seus hábitos cotidianos, vinculando agir e hábito numa série observável (JUNIOR E MELO, 2006). Na perspectiva da construção social dos hábitos, é a repetição de uma forma prática e eficiente que produz o hábito, pois, devido à 4 sua efetividade, ele tende a se manter e reproduzir, perpetuando determinadas práticas em uma tradição que passa através de gerações. Essa transmissão da tradição e do hábito se faz presente nas famílias, na educação e nas instituições de modo geral e tem uma função de manutenção de ideias dominantes (BOCK, FURTADO E TEIXEIRA, 2001). Uma terceira chave de leitura proposta, busca compreender a diferenciação entre comportamento e hábito alimentar a partir dos conceitos advindos da Psicologia. Na presente pesquisa, foram encontrados textos que relacionam o campo da Psicologia com a Nutrição para demonstrar as contribuições que uma área traz à outra no estudo dos comportamentos alimentares (VIANA, 2002; MOTTA, MOTTA E CAMPOS, 2012), sobretudo, no manejo dos comportamentos patológicos e na promoção de hábitos alimentares saudáveis (TORAL E SLATER, 2007; FRANÇA et al, 2012; CAVALCANTI, DIAS E COSTA, 2005). Nesse sentido, a ideia de hábito é pouco problematizada e é utilizada como a mera repetição de um comportamento aprendido. O interesse volta-se prioritariamente para o comportamento alimentar em sua forma mais ampla, mas, na maioria das vezes, o comportamento é pensado a partir de seus aspectos patológicos, como aqueles que são observados nos transtornos alimentares (ALVARENGA; LARINO, 2002; GONÇALVES et al., 2013; LATTERZA et al., 2004; MARTINS et al., 2011; SILVA E PAPELBAUM, 2009; VILELA et al., 2004) e na obesidade (ADES E KERBAUY, 2002). É sabido que,