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COMPLETA-LÍNGUA-INGLESA-E-APLICABILIDADE-FAVENI

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1 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LÍNGUA INGLESA E APLICABILIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
GUARULHOS – SP 
 
 
2 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 
2 HABILIDADES LINGUÍSTICAS DE AUDIÇÃO E DA EXPRESSÃO ORAL E 
ESCRITA...........................................................................................................5 
2.1 Estratégias práticas de audição em língua inglesa .............................. 6 
2.2 Estratégias práticas da expressão oral em língua inglesa.................... 9 
2.3 Estratégias práticas da escrita em língua inglesa .............................. 11 
3 PARTES DO DISCURSO ......................................................................... 14 
3.1 As partes do discurso na morfologia do inglês ................................... 14 
3.2 Partes do discurso de acordo com suas funções na frase ................. 15 
3.3 Partes do discurso e suas relações em sentenças ............................ 21 
4 LINKINGS: AJUSTES NA FALA CONECTADA E ENTONAÇÃO DO 
INGLÊS............................................................................................................23 
4.1 Fatores relacionados à pronúncia de sentenças na língua inglesa .... 23 
4.2 A ligação entre palavras de uma mesma sentença na língua inglesa 26 
4.3 A entonação e a produção de significados ......................................... 28 
5 PRODUÇÃO DE TEXTO NA MODALIDADE ESCRITA ........................... 30 
5.1 O vocabulário e a produção de texto .................................................. 31 
5.2 Itens linguísticos para a construção de frases e textos ...................... 38 
5.3 A leitura de um texto........................................................................... 43 
6 INTRODUÇÃO AO ALFABETO FONÉTICO INTERNACIONAL ............... 47 
6.1 A representação gráfica dos sons das línguas: o alfabeto fonético 
internacional ................................................................................................... 48 
6.2 Os desafios enfrentados pelos aprendizes brasileiros de língua 
inglesa..............................................................................................................51 
 
3 
 
6.3 O ensino e a aprendizagem de pronúncia em língua inglesa: aspectos 
lexicais e metodológicos ................................................................................. 57 
7 MÉTODOS DE ENSINO DE LÍNGUA INGLESA ...................................... 62 
7.1 Aspectos da abordagem comunicativa ............................................... 71 
8 INTEGRANDO AS QUATRO HABILIDADES LINGUÍSTICAS NO ENSINO 
DE LÍNGUA INGLESA .................................................................................... 74 
8.1 Por que integrar as quatro habilidades? ............................................. 75 
8.2 Como integrar as quatro habilidades .................................................. 78 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um 
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é 
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora 
que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2 HABILIDADES LINGUÍSTICAS DE AUDIÇÃO E DA EXPRESSÃO ORAL E 
ESCRITA 
 
 
Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/ 
Para melhorar a audição e a expressão oral em língua inglesa, deve-se praticar 
bastante e prestar atenção na pronúncia, para que se reconheçam os sons da língua, 
não só os sons isolados, mas também o som de uma palavra que se junta ao som de 
outra, já que na fala encadeada nem todos os fonemas são pronunciados. 
Normalmente, os sons finais de uma palavra se ligam aos iniciais da palavra 
seguinte. Além disso, a entoação do inglês falado depende da tonicidade das 
palavras. Apenas as palavras que carregam significado, como substantivos, verbos, 
adjetivos e advérbios são pronunciados claramente, enquanto palavras que contêm 
função gramatical (pronomes, artigos, preposições e conjunções) são pronunciadas 
de forma quase imperceptível, a menos que se queira, por algum motivo, enfatizá-las. 
O ritmo e a acentuação prosódica (ênfase em alguma palavra da fala), além da 
entoação crescente ou decrescente, são características do discurso oral em língua 
inglesa. Portanto, para aprimorar tanto a audição quanto a expressão oral, deve-se 
ouvir o mais possível e procurar falar bastante também (ABRANTES, 2019). 
Já o aprimoramento da escrita em língua inglesa requer estudo mais 
sistematizado das estruturas gramaticais, vocabulário e gêneros textuais. A prática da 
leitura atende bem a esse propósito, e o entendimento do desenvolvimento de textos 
de forma estruturada a partir de frase, tópicos frasais, palavras de ligação, introdução, 
desenvolvimento de parágrafos, conclusão e adequação de vocabulário ao contexto 
 
6 
 
e ao gênero são fundamentais para que a habilidade da escrita possa avançar em 
termos de proficiência linguística. 
Neste capítulo, você vai encontrar estratégias práticas para o aprimoramento 
da audição e da expressão oral e escrita. 
2.1 Estratégias práticas de audição em língua inglesa 
Em uma perspectiva pedagógica, a audição se refere ao “reconhecimento do 
discurso oral” ou “entendimento da língua falada” (HUEI-CHUN, 1998). Trata-se de 
um processo muito ativo, pois não se lida somente com o que se escuta, mas também 
com a combinação daquilo que se escuta com outras informações familiares. É dessa 
maneira que esse processo ativo cria significados ao integrar o que se ouve ou se 
vivencia com dados já existentes em nossas mentes. Esse processo, normalmente, 
abrange cinco estágios: escuta, entendimento, rememoração, avaliação e reação. 
Essa habilidade integrativa desempenha um papel vital no processo de aprendizagem 
de uma língua estrangeira e potencializa a aquisição de outras habilidades 
linguísticas, como a fala, principalmente; bem como a leitura e a escrita, ainda que em 
menor proporção. 
Conforme Abrantes (2019), a audição em língua inglesa é a habilidade que trará 
resultados mais efetivos em termos de compreensão do idioma e possibilidade de se 
comunicar oralmente de forma independente. Sabemos que a prática é a melhor 
estratégia para que se domine determinado conhecimento, e com a audição em língua 
estrangeira não é diferente. Deve-se maximizar a quantidade de inputs diários, a dose 
de estímulos em língua estrangeira que se escuta, ou seja, ouvir podcasts de 
diferentes assuntos, ouvir música, assistir filmes e séries, ler em voz alta e gravar a 
própria voz, assistir videoaulas; todas essas práticas são muito bem-vindas e 
necessárias para que se avance na compreensão oral. Pode-se, por exemplo, acordar 
ouvindo uma música em inglês e prestar atenção na letra, cantar junto e depois 
pesquisar se há palavras ou expressões não conhecidas, a fim de buscar o seu uso e 
significado. No caminho para o trabalho, pode-se ouvir notícias em inglêse tomar nota 
de vocabulário a ser pesquisado. Na hora do almoço ou de algum intervalo, pode-se 
ouvir um podcast ou assistir um vídeo breve sobre assunto de seu interesse. Para 
finalizar o dia, antes de dormir, pode assistir a um episódio de uma série, um filme ou 
 
7 
 
mesmo meditação guiada. Essas diferentes modalidades de estímulos são 
interessantes, pois além de estimular o cérebro de formas diversas, permitem que se 
trabalhe com uma variedade de respostas àqueles estímulos. 
As estratégias práticas para se trabalhar a habilidade auditiva se baseiam na 
percepção global do áudio, ou seja, o tópico discutido; a combinação fonética que 
constrói palavras e sentenças e o uso de inferência e conhecimento anterior para 
tornar possível a compreensão do contexto. Esses itens devem ser levados em 
consideração e usados de forma equilibrada para garantir que se avance na 
habilidade auditiva. 
Underwood (1993, p. 21) enfatiza que os objetivos de alguém que se propõe 
trabalhar a compreensão oral devem incluir, pelo menos, quatro itens: 
 
 Expor os ouvintes a várias experiências que envolvam a compreensão 
oral; 
 Fazer com que a compreensão oral tenha um propósito; 
 Compreender os processos envolvidos durante a compreensão oral; 
 Construir autoconfiança dos ouvintes, de sua própria capacidade de ouvir. 
 
Em qualquer situação, o primeiro passo para se trabalhar a audição em língua 
inglesa acontece antes de se ouvir; é a capacidade de se prever o que será ouvido. 
Aqui, entra o conhecimento de mundo do ouvinte, seu conhecimento do tema que será 
abordado e também da estrutura da língua e seu vocabulário. Nem sempre se entende 
todas as palavras de determinado áudio ou vídeo, ou mesmo de uma conversa em 
língua estrangeira, mas o contexto e o conhecimento prévio ajudarão a compreensão 
do que está sendo expressado oralmente. A concentração do ouvinte é essencial na 
fase da escuta propriamente dita, para que haja o processamento da mensagem. 
Aqui, o ouvinte poderá reconhecer marcadores do discurso, conectores, entonação e 
a informação que está sendo passada. O ouvinte compara, contrasta e resume 
mentalmente o que está sendo dito. 
Cabe comentar que, na língua inglesa, nem todas as palavras são 
pronunciadas claramente, e muitas delas nem mesmo são pronunciadas. Como 
assim? Bem, existem dois tipos de palavras no inglês: as chamadas content words, 
ou palavras que carregam um significado, como substantivos, adjetivos, verbos, 
 
8 
 
advérbios, e as functional words, ou seja, palavras que têm uma função gramatical, 
como artigos, pronomes, preposições e conjunções. Na comunicação oral, 
normalmente, apenas as content words são pronunciadas claramente, a menos que 
se queira enfatizar uma functional word para trazer um contraste, esclarecer algum 
ponto da mensagem. Por exemplo, na frase: “I eat pizza yesterday”, normalmente o 
pronome “I” seria dito de forma sutil, a menos que se quisesse enfatizar que “eu” (I) 
comi pizza ontem, e não outra pessoa. Essa particularidade da língua inglesa falada 
muitas vezes prejudica o entendimento, bem como a maneira como as palavras soam 
na fala conectada, ou seja, uma palavra liga-se a outra e sua pronúncia difere um 
pouco daquela que se dá quando a palavra é falada isoladamente. Por isso, o 
conhecimento do contexto e dos marcadores de discurso serão grandes aliados na 
compreensão oral, já que permitirão a identificação de pontos relevantes e irrelevantes 
do que se escuta (ABRANTES, 2019). 
Outro ponto interessante a ser mencionado são as diferentes maneiras de se 
escutar. Podemos distinguir pelo menos quatro tipos de audição: inativa, ativa, 
seletiva e reflexiva. 
A primeira delas, a inativa, é apenas ouvir, sem prestar atenção no conteúdo 
que está sendo passado. Esse tipo de escuta habitua o ouvido à musicalidade da 
língua, ao ritmo e à entonação. Seria uma forma também de audição incidental, ou 
seja, quando não se tem o objetivo de escutar e absorver o que se escuta, mas acaba-
se adquirindo vocabulário ou estruturas presentes naquela amostra sem que se 
perceba. 
A audição ativa, ao contrário da anterior, tem por objetivo compreender o que 
se escutou. Por isso, o ouvinte concentra-se no conteúdo que está sendo dito e busca 
compreender a mensagem. A audição seletiva, por sua vez, é uma escolha do ouvinte. 
Nem todo o conteúdo é absorvido, mas apenas o que se espera ou é interessante 
para o ouvinte, não exatamente o que está sendo dito. Já a audição reflexiva exige, 
além do esforço de concentração do ouvinte, também o esforço interpretativo e de 
observação a respeito da maneira como o conteúdo está sendo expressado. 
Quando buscamos aprimorar a habilidade auditiva em língua inglesa, devemos 
ter um propósito e treinar os diferentes tipos de escuta. Nossa atenção e concentração 
deverão estar direcionadas para a ideia geral, detalhes, partes específicas ou até 
mesmo o desenvolvimento das inferências a respeito de determinada amostra. Tomar 
 
9 
 
notas é outro recurso muito útil para tornar a audição em língua inglesa mais produtiva. 
Dessa forma, aumenta-se o vocabulário, percebe-se as sutilezas de pronúncia e 
entonação e aprende-se não só a respeito do assunto abordado, mas também da 
riqueza linguística presente naquela amostra. Lembre-se, ao estudar com vídeos e 
áudios, de ouvir e assistir mais de uma vez, para que se tire o maior proveito possível 
da mensagem passada no que se escuta. 
 
 
 
2.2 Estratégias práticas da expressão oral em língua inglesa 
A fala é uma habilidade muito valorizada e, talvez, a mais almejada por quem 
começa a aprender uma língua estrangeira. A motivação para que se aprenda uma 
nova língua é a possibilidade de se comunicar e compreender o que é dito naquele 
idioma. E como se pode aprimorar a expressão oral em língua inglesa? Bem, como 
você já viu neste capítulo, a compreensão auditiva é essencial para que se desenvolva 
a habilidade de fala. Isso acontece mesmo em nossa língua-mãe. Como a criança 
aprende a se comunicar? Ouvindo sua família e outras pessoas falantes de seu idioma 
nativo, associando objetos e sentimentos a determinadas palavras. Sabemos que a 
aprendizagem de uma língua estrangeira, após determinada idade, será diferente da 
aquisição da primeira língua, mas o processo de ouvir será determinante para o 
sucesso desse processo. Há diversos estudos que tratam especificamente desses 
processos de aquisição e de aprendizagem de língua-materna (L1) e língua 
estrangeira (L2), mas não é esse o foco desta seção. O objetivo, aqui, é discutir 
 
10 
 
estratégias práticas para o aprimoramento da expressão oral em língua inglesa, sendo 
que o primeiro ponto é a importância da exposição à língua (ABRANTES, 2019). 
Ouvir sons, palavras, ritmo da fala, sotaques, tons, temas, gramática e 
vocabulário, quer assistindo vídeos, filmes, podcasts ou conversando, é uma maneira 
de se expor à língua. Buscar compreender a ideia geral e prestar atenção também 
aos detalhes nos fazem aumentar o repertório linguístico e nossa capacidade de 
expressar ideias. Uma boa ideia é memorizar e repetir o que se ouve em um vídeo ou 
áudio, ou mesmo repetir junto com o áudio ou vídeo para que se imite o ritmo e a 
pronúncia daquilo que se ouve. 
Segundo Abrantes (2019), praticar é a chave para o aprimoramento da 
expressão oral. 
Fale com nativos, não nativos, sozinho, leia em voz alta, descreva fotografias 
ou faça um resumo mental de uma matéria, decore histórias ou piadas e conte 
a alguém, o importante é articular os sons e as palavras. Existem vários 
grupos de conversação na internet e estrangeiros visitam e, muitas vezes, 
vivem em nosso país. Não desperdice oportunidades. Se a sua cidade tem 
potencial turístico e recebe estrangeiros, procure conversar com eles, 
frequente pubs ou outros locais onde possa ter contato direto com pessoas 
de outros países. A língua inglesa,hoje em dia, é uma espécie de língua 
franca, sendo usada como instrumento de comunicação entre pessoas de 
diferentes nacionalidades. Se você gosta de cantar, cante em inglês. Depois 
observe a letra, leia em voz alta, verifique vocabulário e estrutura, reflita sobre 
o conteúdo e converse consigo mesmo em inglês. Quando estiver na rua 
observe tudo à sua volta, pensando em inglês e falando. Parece estranho, 
mas essas são algumas ideias divertidas para que você se exponha ao inglês 
e aumente a sua prática diária. 
Segundo Williams e Burden (2000, p. 146), estudos sobre estudantes de língua 
estrangeira bem-sucedidos indicam que eles desenvolveram uma série de estratégias 
que são selecionadas e adaptadas de acordo com as suas necessidades e com base 
nos estudos de aquisição de língua estrangeira. Wenden (1991, p. 15) enfatiza a 
importância de aprender a aprender. A autora (1991) enfatiza a importância de o 
indivíduo se responsabilizar pela sua aprendizagem, porque as características 
individuais indicarão a maneira mais adequada de se abordar uma determinada 
atividade. Por isso, quando pensamos em melhorar a expressão oral, bem como as 
outras habilidades no aprendizado da língua estrangeira, devemos ser criativos e 
perceber quais atividades nos deixam mais à vontade, mais motivados a praticar e a 
aprender. Uma boa ideia é procurar uma atividade que lhe interesse, como filmes, 
culinária ou viagens, e buscar na internet cursos em inglês sobre o assunto. Procure 
manter contato com o professor e os colegas, utilizando a língua inglesa como 
 
11 
 
instrumento de comunicação. Sua curiosidade em relação ao assunto do curso fará 
com que você aprenda um vocabulário mais específico, socialize com pessoas de todo 
o mundo e divirta-se bastante. 
 
 
2.3 Estratégias práticas da escrita em língua inglesa 
O ato da escrita difere da fala por ser menos espontâneo e mais permanente e 
por permitir um planejamento verbal mais cuidadoso. Por este motivo, as convenções 
da escrita tendem a ser mais rígidas do que as da conversação e a linguagem usada 
tende a ser mais padronizada (BROUGHTON et al., 1980). Escrever apropriada e 
eficientemente é uma habilidade da qual muitos de nós não pratica mesmo em nossa 
língua materna, mas aprender a produzir textos, respeitando as convenções da língua 
e da comunicação, é uma condição para a integração na vida social e profissional. 
De acordo com Kato (1999, p. 91), “[...] a escrita é um processo de descoberta, 
e o ponto de vista e as metas do escritor podem mudar a evolução do ato de escrever, 
ou seja, o planejamento”. Nessa mesma linha, Antunes (2003) salienta a importância 
de se desenvolver uma prática de escrita que considere o leitor, que tenha delimitado 
um destinatário e a finalidade ao escrever. Acrescenta que quem escreve, escreve 
para alguém ler, não existe a escrita “para nada”, “para nada dizer”. Ainda que 
escrevamos para nós mesmos, como você verá nas sugestões a seguir, existe uma 
finalidade, que é a de se treinar, praticar e se sentir confortável em se expressar em 
língua inglesa por meio da escrita. 
Assim como a audição é essencial para a expressão oral, analogamente a 
leitura também é para a expressão escrita. O primeiro passo para se escrever bem 
em inglês é ler muito nesse idioma. Leia extensivamente, a maior variedade possível 
 
12 
 
de textos: jornais, revistas, livros, blogs, websites, nos mais diversos gêneros textuais, 
como notícias, relatos, ficção, biografia, poesia, teatro, artigos, sinopses, cartas, etc. 
Essa variedade vai permitir que você observe modelos que devem ser seguidos por 
cada gênero, bem como os registros de linguagem (formal, neutro e informal), 
estruturas gramaticais, vocabulário, tom, figuras de linguagem e organização sintática 
e semântica. Uma boa ideia é observar as características de gêneros textuais. Como 
se deve desenvolver uma resenha, um ensaio ou uma entrevista? Perceber que, 
assim como no português, as frases se desenvolvem a partir de um tópico frasal, que 
devemos usar conectivos para criar relações entre as frases e os parágrafos, que se 
deve introduzir o assunto, desenvolvê-lo e concluí-lo. 
Além da leitura, a prática da escrita é a maneira mais eficiente de aprimorar 
essa habilidade. Escreva todos os dias, se possível. Faça suas anotações e escreva 
recados em inglês. Escreva cartas, e-mails, textos expressando a sua opinião sobre 
assuntos do seu dia a dia ou sobre seus estudos, crie um blog, etc. Antes de começar, 
pense sobre o tema que vai escrever. Use a técnica do brainstorming, ou seja, escreva 
tudo o que vier à sua mente referente ao assunto e depois selecione as ideias que 
considere interessantes. Depois disso, planeje o que vai escrever, qual o gênero, a 
quem se destina, vocabulário, exemplos e outros aspectos que você considere 
relevantes para a produção do texto. Escreva. Após escrever, leia, revise e corrija 
seus textos (ABRANTES, 2019). 
 
 
 
 
13 
 
Uma dica interessante é ouvir um podcast e transcrever o que foi dito, fazendo 
depois as devidas correções. Escreva resumos, ensaios, descrições, narrativas de 
histórias, entrevistas e o que mais a sua imaginação permitir. O mais importante, 
assim como em tudo na vida, é praticar para que se possa obter maestria no que se 
faz (ABRANTES, 2019). 
 
 
 
 
 
 
14 
 
3 PARTES DO DISCURSO 
 
Fonte: https://mainenglish.com 
Você sabia que as partes do discurso na língua inglesa são iguais às partes do 
discurso em outros idiomas, como por exemplo, no português, francês, italiano e 
espanhol? Na língua inglesa, existem oito partes do discurso, e o domínio do uso 
dessas partes influencia diretamente a interpretação e o uso fluente da língua. Neste 
capítulo você vai diferenciar todas as partes do discurso na língua inglesa e descrever 
cada uma de suas funções. Você também vai organizar essas partes do discurso em 
sentenças e diferenciar os três tipos de sentenças que existem na língua inglesa. 
3.1 As partes do discurso na morfologia do inglês 
Na língua inglesa, e em vários outros idiomas, as palavras podem ser 
categorizadas em grupos de acordo com sua função e correlação em uma sentença. 
Sua função é o que denomina em seu papel no discurso, escrito ou falado, e não sua 
gramática sintática, por exemplo. É interessante lembrar que essas categorias só 
existem quando as palavras, ou partes, são analisadas em uma frase ou períodos 
 
15 
 
simples. Se abordadas de forma isolada, as palavras não possuem funções a serem 
comparadas ou categorizadas (DAIJO, 2017). 
De forma geral, existem oito grupos: substantivos, pronomes, verbos, 
advérbios, adjetivos, conjunções, preposições e interjeições. 
 
 
 
3.2 Partes do discurso de acordo com suas funções na frase 
Felizmente, o inglês apresenta partes do discurso que são iguais ou muito 
parecidas com vários outros idiomas, como o português, francês, espanhol, italiano, 
entre outros. A seguir, você verá a definição da função de cada parte, seguida de 
exemplos. 
 
1. Substantivo 
São palavras usadas para dar nome às pessoas, coisas, animais, lugares, ideias 
ou eventos. Substantivos são a forma mais simples das partes do discurso, motivo 
pelo qual são normalmente a primeira parte a ser ensinada no ensino fundamental. 
 
16 
 
Veja exemplos: Jack Nichilson, cars, birthday, universe, Carol, lights, death, 
happiness. 
 
Segundo Daijo (2017), existem diferentes tipos de substantivos: 
a) Substantivo próprio: nomes próprios, sempre começando com letra 
maiúscula. Referem-se a nomes específicos dados a pessoas, lugares e coisas. Veja 
exemplos: Pizza Hut, Game of Thrones, Mercedes-Benz. 
 
b) Substantivo comum: ao contrário dos substantivos próprios, estes dão 
nomes genéricos a coisas, lugares e pessoas. Veja os exemplos: Food, TV series, 
telephone, plants. 
 
c) Substantivo concreto: são todos os substantivos que podem ser sentidospelo tato, olfato, visão e audição. Veja exemplos: Sand, smoke, scissors, board, 
laptop, people. 
 
d) Substantivo abstrato: o contrário de substantivos concretos; são aqueles 
que não podem ser sentidos. São geralmente sentimentos ou situações. Veja os 
exemplos: Sadness, courage, love, passion, bliss. 
 
e) Substantivo contável: todos os substantivos possíveis de se contar ou medir; 
possuem a forma do plural. Veja os exemplos: Children, child, grams, kilos, leaf, 
nouns. 
 
f) Substantivo não-contável ou de massa: são aqueles que não se pode 
quantificar, contar ou medir, por isso não possuem a forma do plural. Caso precisem 
ser contados, uma unidade de medida deve ser necessariamente usada. Veja os 
exemplos: Water (líquidos em geral), rice (grãos em geral), information, feedback. 
 
g) Substantivo coletivo: referem-se ao nome dado aos grupos de animais ou 
coisas. Veja os exemplos: 
 Coletivo de professores = faculty 
 Coletivo de alunos = students 
 
17 
 
 Coletivo de leões = pride 
 Coletivo de oficiais da polícia = police 
 
 
 
 
2. Pronomes 
Pronomes são nomes que substituem um substantivo. De acordo com Daijo 
(2017), seguem os principais: 
 
a) Pronomes dos sujeitos em uma oração: 
I, you (tanto para singular quanto para plural), he, she, it, we, they. 
b) Pronomes dos objetos em uma oração: 
Me, you (singular e plural), him, her, it, us, them. 
c) Pronomes possessivos: 
Mine, yours (singular e plural), his, hers, its, ours, theirs. 
d) Pronomes possessivos adjetivos: 
My, your (singular e plural), his, her, its, our, their. 
e) Pronomes relativos (que juntam duas frases): 
That, who(m), which, where, whose. 
f) Pronomes compostos indefinidos: 
Someone, anyone, no one, anybody, somebody, nobody, somewhere, anywhere, 
nowhere, sometime, anytime, somewhat. 
g) Pronomes de referência posterior: 
One, ones. 
 
 
18 
 
3. Adjetivos 
Adjetivos são usados para descrever ou qualificar um substantivo ou um 
pronome. Podem especificar tamanho, qualidade e número (DAIJO, 2017). Veja 
alguns exemplos: 
That was an awesone play. 
Everbody thinks there are two kinds of politicians: the bad ones, and the 
dishonest ones. 
I saw it. It was round, big, yellow and covered with wide stripes. 
 
Alguns adjetivos derivam da forma do particípio do presente ou passado de 
alguns verbos, por exemplo: 
interesting/interested, boring/bored, fascinating/fascinated. 
 
Adjetivos podem ser compostos, por exemplo: 
a two-yer-old girl; a four-bedroom apartment. 
 
 
 
4. Verbos 
Provavelmente a parte mais importante do discurso, pois dificilmente 
conseguiremos nos expressar completamente de forma clara sem usar verbos. (Daijo, 
2017) 
Verbos descrevem ou mostram ações físicas ou mentais ou estados (do sujeito 
ou do objeto). 
Exemplos de verbos em sua forma do infinitivo: 
To miss, to jump, to read, to cry, to be 
 
19 
 
Exemplos de verbos conjugados: 
Am, is, are, has, goes, play, do, want, sat, talked, believed, written, done, 
understood 
 
5. Advérbios 
Advérbios descrevem forma, tempo, lugar e grau (DAIJO, 2017). 
Advérbios de modo: se referem a como as coisas ou uma ação acontecem. 
Por exemplo: Carol sang beautifully. O advérbio beautifully descreve como 
Carol cantou. 
Advérbios de tempo: descrevem quando alguma coisa aconteceu. 
Por exemplo: The party was yesterday. Outros exemplos de advérbios de 
tempo: tomorrow, today. 
Advérbios de frequência: descrevem de quanto em quanto tempo algo 
acontece e normalmente são posicionados entre o sujeito e o verbo, com a exceção 
de sometimes, que pode ser encontrado no começo, meio ou fim de frase. Quando o 
verbo to be é usado, o advérbio de tempo é posicionado após ele. Por exemplo: I often 
go to the supermarket; Sometimes I go to bed after midnight; She is always late. 
Advérbios de lugar: descrevem onde uma ação aconteceu. Por exemplo: I 
looked everywhere and couldn´t find him. O advérbio everywhere nos diz onde 
procurei a pessoa. 
Advérbios de grau: denotam a intensidade de algo ou como algo aconteceu. 
Por exemplo: Steve Jobs was very talented; This is quite a good meal; We had 
a rather awkward guest. 
 
6. Preposições 
As preposições são palavras ou termos que apresentam uma relação com a 
próxima palavra, ou seja, o objeto (direto ou indireto) e a palavra anterior, como um 
verbo, por exemplo. Preposições normalmente especificam lugar, tempo e pessoas. 
Por exemplo: under, before, by, from, without, to, at, on, in, throughout, near, since, 
in front of (DAIJO, 2017). 
 
 
 
 
20 
 
7. Conjunções 
As conjunções tornam textos e frases mais coerentes e fáceis de entender e 
interpretar, já que são usadas para conectar ideias e informações. 
As conjunções, segundo Daijo (2017) podem ser organizadas de acordo com 
suas funções: 
 
a) Conjunções coordenadas: provavelmente a conjunção mais usada na 
língua inglesa. Sua função é ligar palavras, frases e orações. São posicionadas entre 
informações, e não no início ou no fim. Exemplos: and, or, so, but, for, nor, yet. 
b) Conjunções subordinadas: usadas para conectar duas orações; estas 
conjunções introduzem uma oração dependente e a conecta com a oração 
independente. Podem ser posicionadas no começo, meio ou final da frase, no caso 
de though, por exemplo. Por fim, uma vírgula é normalmente acrescentada entre 
orações. 
As conjunções subordinadas mais comuns são: while, as soon as, although, 
before, even if, because, no matter how, whether, wherever, when, until after, as if, 
how, if, provided, in that, once, supposing, unless, in case, as far as, now that, as, so 
that, though, since. 
c) Conjunções correlativas: são sempre usadas em pares e usadas para 
conectar elementos com algo em comum. São elas: either...or; neither...nor; not 
only...but also; both...and; whether...or; so...as. 
 
8. Interjeições 
São as partes do discurso que expressam emoções ou sentimento inesperado. 
Por representarem emoções, são normalmente seguidas de ponto de exclamação. 
Alguns exemplos de interjeições: 
a) De dor: Ouch! 
b) De celebração: Yay!; Hurray! 
c) Para chamar atenção: Hey!; Oi! 
d) De dúvida: Oh? 
e) De surpresa ou entendimento: Ah!; Oh! 
f) De graciosidade: Aaawwww! 
 
 
21 
 
 
3.3 Partes do discurso e suas relações em sentenças 
As partes do discurso em isolado são instrumentos limitados, não sendo 
relevantes quando se trata de interações em uma sociedade. Elas podem até 
transmitir algum tipo de interação inicial ou superficial, porém geralmente são 
necessárias combinações de várias palavras, ou partes do discurso, para criar 
sentenças e parágrafos que possibilitem a comunicação de um pensamento, teoria ou 
ideia. 
Tendo isso em mente, para que haja um entendimento ou comunicação, ou 
usuário de qualquer língua deve necessariamente ter a capacidade e agilidade de 
entender a análise da combinação de elementos das partes do discurso que, juntos, 
formam sentenças que carregam significados. Consequentemente, a relação que as 
partes do discurso têm entre si são de importância relevante na criação de sentenças 
em qualquer tipo de comunicação que envolva linguagem, inclusive a língua de sinais 
(DAIJO, 2017). 
Uma sentença pode ser definida de diferentes formas, de acordo com Martins, 
Souza e Souza (2010): 
 Uma sentença é uma coleção de palavras que expressam um significado 
sobre alguém, alguma coisa ou lugar; 
 Uma sentença é um pensamento expressado em palavras organizadas de tal 
forma que exista um sujeito, que no caso passa a ser o tópico principal do 
pensamento, e um predicado, que expressa a ação, estado ou condição sobre o 
sujeito; 
 Uma sentença é um grupo de palavras relacionadas para expressar um 
pensamento por completo, de forma assertiva, exclamatória ou questionadora; 
 Uma sentença é um conjunto fechado de palavras que contém um sujeito e 
um predicado, que expressam uma declaração, pergunta,exclamação ou comando. 
 
22 
 
Independentemente da forma como é definida, se analisarmos as descrições 
acima, podemos notar que todas apresentam a mesma ideia: um pensamento, 
expresso por palavras, com um sujeito e um predicado. 
Resumidamente, podemos dizer que uma sentença sempre possui: 
1. Um sujeito; 
2. Um verbo finito, ou seja, um verbo restrito a uma pessoa, número, 
maneira ou tempo; 
3. Um predicado, isto é, uma ação, estado ou condição que é questionada, 
imposta, ordenada, exclamada por um verbo finito. 
 
Sobre os tipos de sentenças, existem as: 
Sentenças simples que contêm uma informação. Exemplo: She went home 
early. 
Sentenças compostas que são formadas de duas sentenças simples e unidas 
por uma conjunção, ou um advérbio com função de conjunção. Exemplo: She went 
home early, but she forgot her Keys at work. 
Sentenças complexas que são sentenças que começam com uma conjunção, 
seguida de duas sentenças simples separadas por uma vírgula para distinguir as duas 
ideias. Exemplo: Although she went home early, she had to go back to work to get 
Keys she´s forgotten. 
 
 
 
 
23 
 
4 LINKINGS: AJUSTES NA FALA CONECTADA E ENTONAÇÃO DO INGLÊS 
 
Fonte: https://images.educamaisbrasil.com.br 
Os textos orais produzidos em língua inglesa são formados por palavras. É a 
organização lógica dessas unidades linguísticas que permite que os usuários desse 
idioma se expressem em interações sociais distintas. As atividades linguageiras 
funcionam como cadeias de sentido nas quais os sujeitos, ao utilizarem 
intencionalmente a língua, também assumem um papel importante nas trocas 
simbólicas construídas em diferentes eventos comunicativos. Nessa perspectiva, é 
preciso levar em conta tanto os aspectos que constituem a língua inglesa como um 
código linguístico quanto os que envolvem o seu uso por parte de seus falantes. 
Neste texto, desenvolveremos conhecimentos que envolvem a pronúncia de 
sentenças, a ligação entre diferentes elementos de sentenças e a entonação como 
um fator relacionado à produção de significados (ALVES, 2017). 
4.1 Fatores relacionados à pronúncia de sentenças na língua inglesa 
A pronúncia da língua inglesa possui uma característica que faz com que 
determinadas palavras, ao serem pronunciadas, conectem-se foneticamente às 
outras. Esse fenômeno é conhecido como “connected seepch” (fala conectada ou 
discurso conectado). 
 
24 
 
Para Avery e Ehrlich (1992), a pronúncia desse idioma também está 
relacionada a aspectos que envolvem o uso dessa íngua por parte dos falantes, como 
ritmo, ênfase e entonação, os quais também serão fatores essenciais para a produção 
e compreensão da fala conectada. Se um falante não nativo, por exemplo, não tiver 
familiaridade com a fluidez da fala conectada ao ouvir um falante nativo, sua 
compreensão da língua oral poderá ser comprometida. O mesmo pode ocorrer com a 
sua pronúncia, que pode não ser compreendida por um falante nativo. 
 
 
 
De acordo com os autores (1992), para produzir sentenças que tenham a 
ênfase adequada, é preciso conhecer dois grupos da língua inglesa: as palavras de 
conteúdo (content words) e as palavras funcionais (function words). Conforme 
mencionado em capítulo anterior, o primeiro grupo é composto por palavras que 
expressam significados de forma independente: substantivos, verbos principais, 
advérbios, adjetivos, palavras interrogativas (conhecidas como wh-questions) e 
pronomes demonstrativos. Essas palavras geralmente serão enfatizadas nas 
sentenças. O segundo grupo é composto por palavras que estabelecem relações 
gramaticais: artigos, preposições, verbos auxiliares, pronomes, conjunções e 
pronomes relativos. Esse grupo de palavras não costuma ser enfatizado em 
sentenças (ALVES, 2017). 
Dadas as distinções, utilizemos as palavras funcionais como exemplos para 
observarmos a fala conectada. Abaixo, estão representadas as pronúncias de 
palavras funcionais empregadas de forma isolada (pronúncia forte) e utilizadas em 
sentenças (pronúncia fraca). 
 
 
25 
 
 
 
Como pode notar, o uso dessas palavras como elementos constituintes de 
sentenças modificou a pronúncia dos vocábulos. Veja, agora, mais um exemplo. 
Observe o que ocorre com as consoantes finais das palavras funcionais of e and ao 
serem empregadas em sentenças: 
 
 
 
Observe, no exemplo apresentado, que as palavras funcionais perderam as 
suas consoantes finais ao serem utilizadas em sentenças que apresentaram 
fenômeno da fala conectada. Tal ocorrência demonstra que a conexão entre as 
 
26 
 
palavras segmentadas discursivamente acarreta mudanças fonéticas específicas em 
vocábulos empregados sintaticamente. 
Diante dos aspectos apresentados, é possível notar, portanto, que existem 
fatores prosódicos que influenciam determinados sons da língua inglesa. Dessa 
forma, o fenômeno da fala conectada ilustra a importância que a dimensão do uso da 
língua representa quando estudamos a pronúncia desse idioma (ALVES, 2017). 
 
 
4.2 A ligação entre palavras de uma mesma sentença na língua inglesa 
Na pronúncia da língua inglesa, algumas palavras são “ligadas” durante o 
processo da fala conectada. Linguisticamente, essa relação é designada pelo termo 
inglês “linking”, que representa a ligação dos sons de palavras segmentadas em 
sentenças. 
Avery e Ehrlich (1992) apresentam exemplos que categorizam essa ligação 
fonética entre as palavras: 
 
1. Ligação entre consoantes e vogais: ocorre quando uma palavra termina 
com uma consoante é seguida por uma palavra que começa com uma vogal. A 
consoante parece se tornar parte da palavra seguinte. 
Exemplo: stop it; with it; washed it; cash out; e back out. 
 
 
 
27 
 
2. Ligação entre consoantes: acontece quando uma palavra que termina com 
uma consoante é seguida por uma palavra que também começa com uma consoante. 
A consoante final geralmente não é pronunciada. 
Exemplo: stop trying; bad judge; lap dog; big boy; e let down. 
 
3. Ligação entre consoantes idênticas: ocorre quando a consoante final de 
uma palavra e consoante inicial da palavra seguinte possuem sons idênticos. Ambas 
são pronunciadas como uma consoante mais longa. 
Exemplo: if Fred; hurt Tom; with thanks; balck cat; e push Shirley. 
 
4. Ligação entre vogais: acontece quando palavras que terminam com vogais 
longas, como /iy/, /ey/, /uw/ ou /ow/, são seguidas por palavras que começam com 
uma vogal final e vogal inicial da palavra seguinte. Observe a representação da junção 
dos sons entre parênteses. 
Exemplo: pay up (ey+V); way up noth (ey+V); flew in (uw+V); grow up 
(ow+V); e blow out (ow+V). 
 
5. Ligação entre vogais e semivogais: ocorre quando palavras que terminam 
com vogais longas, como /iy/, /ey/, /uw/ ou /ow/, são seguidas por palavras que 
começam com a mesma semivogal que termina a vogal longa. Elas serão ligadas 
como consoantes idênticas. O som produzido pela junção dos sons está representado 
entre parênteses. 
Exemplo: be yourself (iy+y); pay yourself (ey+y); stay United (ey+y); do we 
(uw+w); e blow Wind blow (ow+w). 
 
 
 
28 
 
Os exemplos reproduzidos nos textos demonstram que o processo de 
segmentação das palavras é permeado por fenômenos fonéticos. Assim sendo, 
conforme defende Alves (2017), é de extrema importância considerarmos a correlação 
entre os componentes das palavras, como vogais, semivogais e consoantes, no 
processo de segmentação de vocábulos. Você também deve perceber a influência 
desses elementos na pronúncia e compreensão oral da língua inglesa. 
4.3 A entonação e a produção de significados 
O processo de entonação da fala pode ser concebido como a forma como o 
falante de uma língua dá tom aos sons vocais que produz. Por variar de falante para 
falante, esse aspecto prosódico da emissão de sons faz com que características 
individuais dos sujeitos que se comunicam estejam presentes nas trocas simbólicas 
dos processoscomunicativos. 
Para Roach (2009), a entonação possui uma dimensão atitudinal, pois é ela 
que permite ao ouvinte identificar atitudes particulares dos falantes, como o 
entusiasmo, a dúvida, a amizade etc. Nesse sentido, para que a comunicação se dê 
de forma satisfatória, é necessário que o tom de fala seja utilizado de forma 
compreensível pelo falante para evitar, por exemplo, que a sua intenção comunicativa 
seja mal interpretada pelo seu ouvinte. 
Em outra instância, também existem línguas que utilizam a entonação 
sintaticamente. A língua inglesa é um exemplo desse emprego. Para Avery e Ehrlich 
(1992), no contexto linguístico, a entonação é comumente chamada de melodia da 
língua, pois está relacionada à mudança de tom que as pessoas usam quando falam, 
de forma padronizada. Por isso, ela assume um papel importante na produção de 
significados. Para exemplificar, vamos observar os usos da entonação em dois 
exemplos apresentados pelos autores: 
 
 Denna´s helpful isn´t she? 
Neste exemplo, a finalização da sentença em um tom ascendente significa que 
o falante não tem certeza sobre o que diz de Denna. Ele espera que o ouvinte se 
manifeste. 
 
 
29 
 
 
Denna´s helpful, isn´t she? 
Já neste outro exemplo, o tom descendente utilizado ao final da sentença indica 
que o falante tem certeza sobre o que afirma de Denna. Ele aguarda que o ouvinte 
concorde com ele. 
 
Os exemplos apresentam a importância da entonação no uso de tag questions 
(outros usos igualmente relevantes da entonação no inglês são para interrogações, 
frases afirmativas, listagem de elementos, expressão de sentimentos, ênfase e 
contraste entre elementos). Note que o uso diferenciado da entonação produziu 
diferentes sentido nas sentenças. Ainda, os demais aspectos abordados no texto 
também demonstraram como a entonação é importante na produção de significados 
durante o processo de interação entre falantes e ouvintes, tanto na dimensão sintática 
quanto na prosódica. Desse modo, você precisa considerar a importância desse 
componente fonológico na comunicação e produção de significados na língua inglesa, 
identificando suas nuances. 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
5 PRODUÇÃO DE TEXTO NA MODALIDADE ESCRITA 
 
Fonte: https://2.bp.blogspot.com 
Você já parou para pensar sobre como a comunicação acontece ao seu redor? 
E como você se comunica, como você se expressa? Muitas são as formas para nos 
comunicarmos: quando falamos com nossos pais, amigos, vizinhos; quando 
conversamos na escola, com os professores, colegas e no trabalho – em cada uma 
delas, usamos um tipo de linguagem, de vocabulário. Quando escrevemos, a 
linguagem que usamos é diferente, assim como o vocabulário, já que, para cada 
situação, usamos um tipo de linguagem. A comunicação escrita é uma forma de 
comunicação que acontece quando você lê um jornal, um livro ou quando você produz 
algum texto, um e-mail. Neste capítulo, você mergulhará no mundo da comunicação 
textual e estudará a linguagem utilizada para escrever determinados textos, a forma 
como os verbos são conjugados, seu significado e, a partir de um texto pronto, como 
fazer a leitura desse texto oralmente. Você verá a diferença de linguagem entre a 
produção oral, ou seja, quando produzimos nosso discurso para falar ou conversar 
 
31 
 
com alguém, e a produção textual, quando produzimos um texto com um objetivo: 
comunicar uma mensagem, contar uma história, etc. 
5.1 O vocabulário e a produção de texto 
A produção de texto é uma tarefa considerada difícil para a maioria dos 
estudantes. Seja na língua materna ou em uma língua estrangeira, escrever exige 
esforço. Esse esforço está relacionado à capacidade que um estudante tem de 
conhecer o tema, o assunto sobre o qual deve dissertar, as regras gramaticais da 
língua em que ele produzirá o texto e a habilidade de utilizar a linguagem 
adequadamente na modalidade escrita para se expressar. 
As pessoas interagem por meio da linguagem, utilizando-a verbalmente e não 
verbalmente, pois nos comunicamos de muitas formas, principalmente com base na 
fala e na escrita. Para nos comunicarmos, seja pela fala ou pela escrita, utilizamos a 
linguagem verbal e a não verbal. A linguagem verbal se manifesta pelas palavras 
falada ou escrita e a linguagem não verbal se manifesta pelos símbolos e gestos, 
pelas imagens e cores, etc. Toda vez que nos comunicamos, utilizando um tipo de 
linguagem, essa linguagem exerce uma função (JAKOBSON, 1985). As funções das 
linguagens são: 
 
 Função referencial: essa função se refere a falar das coisas e dos seres 
no sentido real, tendo como característica informar direta e objetivamente 
(por exemplo, jornais, textos científicos, dissertação, etc.). 
 Função emotiva: essa função está centrada no emissor, em quem se 
expressa, tendo como característica a subjetividade. Reflete um 
sentimento verdadeiro ou simulado, baseado na emoção (por exemplo, 
música, poesia, depoimentos, etc.). 
 Função conativa: essa função está centrada no receptor; tenta-se 
persuadi-lo, influenciá-lo, manipulá-lo, focando no uso do imperativo (por 
exemplo, anúncios publicitários e campanhas políticas). 
 Função fática: essa função trata de testar o canal de comunicação para 
estabelecer ou prolongar tal comunicação, ou até mesmo para 
 
32 
 
interrompê-la (por exemplo, cumprimentos, interjeições e verbos como: 
“entendeu? ”). 
 Função poética: essa função está na estrutura da mensagem, sendo 
mais subjetiva e conotativa. É também caracterizada por rimas e ritmos. 
(por exemplo, poesias e campanhas publicitárias). 
 Função metalinguística: essa função usa a língua para explicar a 
própria língua; é quando o emissor explica o código linguístico, e o 
receptor reflete sobre esse código (por exemplo, as regras da língua 
inglesa, da língua portuguesa, etc.). 
 
Atualmente, há uma diversidade de linguagens utilizadas por todos os tipos de 
pessoas. O advento da tecnologia colaborou como um dos fatores que exerce forte 
influência no uso da linguagem para a comunicação. No entanto, existem muitos 
gêneros discursivos que se modificam com o passar do tempo. Um gênero textual 
consiste, geralmente, em um tipo de texto, uma variedade de textos que trazem 
características evidentes, podendo modificar-se com o passar do tempo (SILVA, 
2019). Uma revista especializada em textos sobre filosofia antiga apresenta um tipo 
de gênero textual de acordo com sua abordagem. Os gêneros narrativo, descritivo ou 
argumentativo são basicamente tipos de textos que servem como modelo para uma 
produção textual. Se alguém escreve um texto contando como foi seu dia, usará a 
narrativa como suporte e, inevitavelmente, a descrição para detalhar alguma pessoa 
ou objeto presente em sua narrativa. Se essa pessoa escreve um texto sobre as 
dificuldades de usar o transporte público no Brasil, possivelmente, argumentará sobre 
pontos positivos e negativos, chegando a uma conclusão. 
As práticas pedagógicas auxiliam na aprendizagem e no desenvolvimento do 
estudante, que precisará do suporte do docente para guiá-lo na sua produção textual. 
É com a prática da produção textual que o indivíduo desenvolverá a capacidade de 
organizar seu pensamento e seu conhecimento para transmitir suas ideias, 
informando o leitor sobre algo. Segundo Silva (2008), os principais tipos ou as 
principais sequências textuais são: 
 
 
 
33 
 
 Sequência narrativa: essa sequência textual atende a uma narração. 
Narrar é o principal foco desse tipo de texto: conta-se uma história 
geralmente em ordem cronológica, utilizando principalmente os verbos 
no presente ou no passado. 
 Sequência descritiva: essa sequência textual dificilmente será 
predominante em um texto porque atende à descrição de pessoas, 
objetos e lugares, fornecendo mais informação sobre eles. 
 Sequência argumentativa: essa sequência textual atende a uma 
argumentação. Persuadire convencer são o foco desse tipo de texto, que 
faz isso objetivando um discurso que modifica a visão que se tem sobre 
determinado assunto. 
 
A compreensão superficial da língua, seja a língua nativa ou a língua 
estrangeira, é um problema para a elaboração de textos e precisa ser desenvolvida 
com a prática da leitura e da escrita. A importância linguística se faz tão presente 
quanto os aspectos sociais, culturais, cognitivos e ideológicos para que o letramento 
aconteça, colaborando para a construção do saber ler e escrever e tornando também 
a escrita, a produção de texto, uma forma de comunicação. 
Kleiman (1995) explica que o letramento é um processo que abrange práticas 
sociais utilizando a escrita, sendo ao mesmo tempo um sistema simbólico e 
tecnológico, e é realizado em contextos específicos para finalidades específicas. 
Porém, o letramento sobrepuja a escrita porque a escrita é apenas uma maneira de 
adquirir o código alfabético para se manifestar linguisticamente. Isso acontece porque, 
com o letramento, ainda não sabemos ler muito bem, pois estamos aprendendo a 
escrever e fazer uso desses saberes para compreender, mais tarde, os diferentes 
tipos de textos – por exemplo, textos de jornais, poemas, textos narrativos, etc. Isso 
também interfere no poder que é dado ao estudante de fazer uso desses materiais de 
escrita variados para interpretá-los e compreendê-los, conseguindo a informação 
central necessária. Como estudante de uma língua estrangeira, é essencial que ele 
pratique a leitura e a escrita para fins específicos e que o educador o oriente dentro 
desse contexto específico. Dessa forma, o estudante terá a oportunidade de treinar 
não somente aspectos linguísticos relacionados à construção da escrita, mas 
 
34 
 
aspectos culturais, políticos e ideológicos necessários para seu crescimento e 
desenvolvimento (SOARES, 2000). 
Considerando o letramento para o ensino da língua inglesa, a prática por meio 
de textos favorece a aprendizagem, a aquisição da língua e o desenvolvimento do 
saber sobre vocabulário e sintaxe, coesão e coerência e gêneros discursivos. Ser 
letrado é saber usar os recursos linguísticos de maneira oral ou escrita e, assim, poder 
participar, criticar, interpretar e se expressar. Sendo o letramento a aquisição do 
discurso, aprender uma língua estrangeira, falar essa língua e escrever nessa língua 
caracteriza usar a língua não somente como um sistema composto por símbolos, mas 
como um dispositivo de comunicação e interação social, já que, como mencionado no 
início deste capítulo, as pessoas interagem por meio da linguagem, expressando seus 
sentimentos, suas opiniões, expondo suas críticas e interpretações e, dessa forma, 
evidenciam seu conhecimento de mundo. 
Silva (2019) defende que o ambiente em que a aprendizagem da língua é 
desenvolvida é de extrema importância, uma vez que os aspectos formais da língua 
são externos, ou seja, precisamos ir à escola para aprendê-los, precisamos praticá-
los e continuar a vivenciá-los. Esse é um contexto que está diretamente ligado à 
condição socioeconômica do indivíduo, e é um processo que exige um olhar especial. 
O discurso deve ser coerente e, inevitavelmente, haverá frases e expressões que 
apresentarão significados em determinadas situações comunicativas a partir de nosso 
conhecimento de mundo. 
Em se tratando da aprendizagem de uma língua estrangeira, adquirir 
vocabulário é indispensável para uma comunicação eficaz. O vocabulário que o 
estudante aprenderá conterá palavras diversas, como verbos, substantivos, 
preposições, conjunções, entre outras, como as expressões idiomáticas. A língua 
inglesa é uma língua cheia de expressões que precisam ser estudadas para que sua 
compreensão e seu uso aconteça de forma adequada. Atualmente, já se sabe que a 
simples memorização de vocabulário não é a melhor maneira de aprender palavras 
novas. Inseri-las em um contexto no qual o estudante perceba a necessidade e a 
importância de sua utilização é o que deve ser trabalhado. Quando o estudante 
entende a aplicação dessas palavras, a relação que uma tem com a outra, seu 
significado e função, sua leitura e a construção de textos se tornam mais produtivas. 
 
35 
 
Explorar a leitura, focando em palavras mais conhecidas, em um vocabulário 
mais específico, é uma estratégia que pode guiar o estudante. Em primeiro lugar, 
pode-se fazer o reconhecimento de palavras de origem latina na língua inglesa; em 
seguida, perceber se essas palavras não são falsos cognatos, ou seja, palavras com 
grafia e pronúncia semelhantes no português e no inglês, mas com significados 
totalmente diferentes; prestar atenção nos prefixos e nos sufixos que ajudam a 
identificar o tipo de palavra e sua função na frase; após, identificar as palavras-chave, 
porque elas têm relação direta com o assunto; por fim, utilizar um dicionário para 
aprender possíveis significados das palavras desconhecidas após a leitura do texto e 
após a sua dedução pelo contexto. Os cognatos são classificados da seguinte forma: 
 
1. Cognatos idênticos na grafia em inglês e português, como social, crime, 
animal, etc. 
2. Cognatos muito parecidos na grafia em inglês e português, como impact, 
preserve, ambulance, etc. 
3. Cognatos pouco parecidos na grafia em inglês e português, como interesting, 
probable, satisfy, etc. 
4. Falsos cognatos com grafia ou pronúncia semelhante em inglês e português, 
como arm, actually, nowadays, etc. 
 
Os falsos cognatos podem aparecer com maior frequência, de modo que 
devemos ficar atentos a eles e focar principalmente nas palavras mais conhecidas 
para trabalhar o texto e entender o contexto, a ideia, a mensagem que ele passa. A 
dedução das demais palavras pode acontecer a partir dos vocábulos conhecidos, o 
que ajuda na aquisição de vocabulário – é assim que se aprendem novas palavras 
(SILVA, 2019). Outra forma de adquirir vocabulário é prestar atenção, como já dito, 
em palavras como, por exemplo, necessary, unnecessary ou necessarily (em 
português, necessário, desnecessário e necessariamente). A palavra necessary é um 
cognato um pouco parecido com necessário em português, o que facilita sua 
identificação. Portanto, unnecessary e necessarily não se tornam tão difíceis de serem 
identificados em um texto se prestarmos atenção no sufixo e no prefixo que os 
acompanham. Essa é uma prática que deve ser usada pelos estudantes para ler e 
escrever melhor. 
 
36 
 
Usado o vocabulário escolhido e apropriado para a produção de um texto, é 
hora de prestar atenção na textualidade, que reúne fatores linguísticos e 
extralinguísticos. A coesão e a coerência fazem parte dos fatores linguísticos, pois 
uma frase, um parágrafo, um texto não são construídos e não têm sentido se feitos 
com um agrupamento de palavras. As palavras precisam estar organizadas de tal 
forma que, sintática e semanticamente, conseguimos entender o enunciado, a 
informação, a intenção do texto. 
Um texto é coerente e coeso se as palavras se unirem de forma adequada, 
respeitando os conectivos que ligam determinadas palavras, frases e orações, 
fazendo sentido. Algumas palavras são elementos que realmente servem para 
“amarrar” frases e parágrafos, formando um texto. Essas palavras que “amarram” são 
os elementos coesivos que estabelecem relação entre as palavras, as frases, os 
parágrafos. Palavras como however, therefore, although, thus, por exemplo, ligam as 
frases e estabelecem uma relação semântica, pois informam contradição, causa, 
finalidade, etc. Essas palavras são chamadas de mecanismos coesivos e 
estabelecem a sequência das frases dentro do texto, garantindo a coesão textual, pois 
vão tecendo significado na construção do texto. Outros elementos coesivos são in, at 
e on, que acompanham substantivos formando um advérbio de tempo, como em in 
the morning, at noon e on Sunday (em português, de manhã, ao meio dia e no 
domingo),entre muitos outros, e de lugar, como em in the office, at the airport e on 
the plane, etc. (em português, no escritório, no aeroporto e no avião), além de outros 
marcadores considerados lógicos, como firstly, besides, because (em português, 
primeiramente, além, porque), entre outros (SILVA, 2019). 
É fundamental saber o valor que cada um desses elementos de coesão dá para 
o desenvolvimento do texto: eles vão ajudando a construir o texto de tal forma que 
entendemos a conexão estabelecida e evitamos repetições, até pela utilização de 
sinônimos e antônimos e pronomes que fazem referência a outros substantivos no 
texto, como em for example e for instance, perhaps e maybe, respond e answer (em 
português, por exemplo, talvez e responder). 
A tarefa de escrever sempre foi considerada difícil. Para escrever, precisamos 
conhecer a língua, e não apenas aquele conhecimento oral que estamos acostumados 
a usar para falar. Escrever um e-mail é um exemplo de comunicação menos informal 
e usado com muita frequência no meio profissional. Dependendo de para quem 
 
37 
 
estamos escrevendo, podemos decidir ser mais informais ou mais formais, porque há 
algumas questões que exigem tais formalidades, como a relação entre as partes. Por 
exemplo, se as pessoas que estão se comunicando por e-mail são mais distantes e o 
ambiente é profissional, a formalidade é preferível. Isso envolve saber começar e 
terminar um e-mail, utilizando uma linguagem adequada. Observe a seguir alguns 
exemplos, citados por Silva (2019): 
 
 
 
Essas frases são apenas alguns exemplos de linguagem escrita que podem 
passar a impressão de informalidade ou de formalidade dependendo da sua utilização. 
Cabe a quem está redigindo o e-mail perceber a necessidade de enviá-lo à pessoa, 
separar a linguagem pessoal da linguagem profissional, ou seja, informal da formal, 
ser claro, objetivo e educado e não escrever algo desnecessário. É importante 
observar, também, que há algumas expressões comuns na língua inglesa para iniciar 
e encerrar um e-mail. Escrever um e-mail é também uma atividade que precisa ser 
praticada. 
 
 
38 
 
5.2 Itens linguísticos para a construção de frases e textos 
Para começar a escrever, é imprescindível dominar alguns itens linguísticos. 
Tanto na língua portuguesa quanto na língua inglesa, conhecer o vocabulário e saber 
utilizá-lo é fundamental. Um tipo de palavra que aparece com muita frequência em 
textos escritos, e na fala também, é o substantivo. A função do substantivo é dar 
nomes às pessoas, coisas, lugares, dentre outros; e eles podem ser comuns, próprios 
ou abstratos (PENNA, 2008). 
São substantivos comuns: table, house, car, girl, student, shop, park, sea, 
beach, book, (em português, respectivamente: mesa, casa, carro, menina, aluno, loja, 
parque, oceano, praia, etc.), por exemplo. Esses substantivos dão nomes aos objetos 
e às coisas. Man, por exemplo, não é um objeto, mas essa palavra é considerada um 
substantivo comum por dar nome a um ser, dando-lhe significado (SILVA, 2019). 
São substantivos próprios: Ann, Brazil, New York, por exemplo, que são 
nome a pessoas e lugares e sempre começam com letra maiúscula. 
São substantivos abstratos: life, fear, pain, anger, hate, love, envy, bliss (em 
português, vida, medo, dor, raiva, ódio, amor, inveja, felicidade, etc.), por exemplo, 
sendo principalmente as palavras que expressam emoção e sentimento. Um 
substantivo é uma palavra que ocupa a posição do sujeito ou do objeto em uma frase 
e sua identificação facilita a compreensão e o papel que exerce nessa frase. Ele 
raramente aparece sozinhos nas frases, e é muito comum que seja acompanhado por 
artigos, adjetivos, pronomes possessivos, pronomes demonstrativos, um numeral e 
até mesmo por outro substantivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
Observe o Quadro 1. 
 
 
 
As palavras destacadas são os substantivos acompanhados por um artigo, 
adjetivo, pronome possessivo, pronome demonstrativo, numeral e outro substantivo, 
nessa sequência. Esses substantivos são o núcleo, a parte mais importante de cada 
um dos grupos nominais do Quadro 1. 
Note o lugar que os substantivos ocupam, acompanhados de seus artigos, 
pronomes e seus modificadores. Além dessas construções, os substantivos também 
podem ser acompanhados de preposições, geralmente of (em português, de), como 
nos exemplos: the title of the text, the history of the world, the colour of the house (em 
português, o título do texto, a história do mundo, a cor da casa), nos quais title, history 
e colour são os substantivos considerados núcleos em inglês e em português. Essa é 
outra construção possível com os substantivos e que, para quem escreve em inglês, 
precisa estar clara para que o texto seja feito com as palavras que se combinam 
adequadamente. Vamos analisar a seguir as partes que compõem uma frase a partir 
desses exemplos. 
Uma frase é formada basicamente por SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO 
(objetos e advérbios). Nessa formação, o sujeito é reconhecido como aquele que 
pratica uma ação, respondendo às perguntas: Quem? O quê? É composto por 
 
40 
 
substantivos acompanhados de artigos, adjetivos, pronomes ou, ainda, um pronome 
reto (em inglês, subject pronoun). O verbo é usado para descrever a ação que é 
praticada por alguém, na voz ativa, ou a ação que é sofrida, na voz passiva. Na voz 
ativa, uma frase construída com um sujeito que pratica a ação, o verbo usado pode 
ser intransitivo ou transitivo. Quando o verbo é intransitivo, ele não exige um 
complemento e não é seguido de um objeto. Quando o verbo é transitivo, ele pode ser 
transitivo direto ou transitivo indireto. O verbo transitivo direto exige um complemento, 
e esse complemento é um objeto. O objeto, na frase, é composto por um substantivo, 
acompanhado de artigo, adjetivo, pronomes ou, ainda, um pronome oblíquo (em 
inglês, object pronoun). Um sujeito ou um objeto também podem ser formados por um 
grupo nominal, como: the title of the text, the history of the world, the colour of the 
house. Outros complementos podem ser os advérbios ou as expressões adverbiais, 
que são usados para responder as perguntas: Onde? Quando? Como? Esses 
advérbios ou expressões podem vir depois de verbos intransitivos ou transitivos, 
dependendo da necessidade que se tem de responder essas perguntas. As 
expressões adverbiais contêm mais de uma palavra para formar tal expressão e 
podem iniciar uma frase, sendo separadas por uma vírgula, sem serem usadas 
apenas no final da frase, como mostra a estrutura SUJEITO + VERBO + 
COMPLEMENTO (objetos e advérbios). 
Quando identificamos as partes que compõem uma frase, essa compreensão 
nos ajuda a entender como construí-las para elaborar nosso próprio texto. 
Outro item linguístico tão ou mais importante que o substantivo é o verbo. Os 
verbos pertencem à classe das palavras, assim como os substantivos, além dos 
adjetivos, advérbios, pronomes, numerais, conjunções, interjeições, artigos e 
preposições. O verbo é tão importante que, quando fazemos a análise de uma frase, 
começamos essa análise por ele, o verbo. Identificando o verbo, sabemos se a ação 
está acontecendo ou se pertence ao presente; se já aconteceu e pertence ao passado; 
ou, ainda, se expressa uma ideia de futuro. O verbo não é usado para falar somente 
de ações, mas também de estados, o estado em que alguém ou algo se encontra. 
Saber os tempos verbais nos ajuda a ter uma leitura mais clara do texto (SILVA, 2019). 
Os tempos verbais que ocorrem com muita frequência, em textos, são o 
presente e o passado. Em inglês, o present simple apresenta o verbo na forma 
básica, é a forma do infinitivo sem “to”. Dependendo do sujeito utilizado, se é um 
 
41 
 
sujeito que está no singular e se refere a he, she ou it, em que ele ou ela praticam a 
ação, ou algum assunto é tratado, o verbo conjugado no present simple para essas 
pessoas leva “s”ou “es”, dependendo da terminação do verbo. Ao usarmos o present 
simple em textos, queremos informar que uma ação acontece habitualmente ou que 
se trata de um fato. 
 
Most Brazilians have two mobile phones in this decade. 
 
Há também o present perfect em inglês, um tempo verbal que é composto pelos 
auxiliares have ou has + um verbo no particípio. Esse tempo verbal tem como 
característica informar desde quando ou há quanto tempo uma ação ou um estado 
acontece, ou seja, essa ação ou esse estado começou no passado e ainda ocorre no 
presente (SILVA, 2019). 
 
Brazilian population has increased dramatically over past years. 
 
O past simple é um tempo verbal usado para fazer referência a uma ação ou a 
um evento que começou e terminou no passado. A conjugação desse tempo verbal 
acontece de duas formas, com os verbos regulares e com os verbos irregulares. Os 
verbos regulares são formados com o acréscimo do sufixo “ed”. Ao final dos verbos 
regulares, no infinitivo, sem “to”, acrescenta-se esse sufixo. Os verbos irregulares 
apresentam uma grafia e uma pronúncia diferenciadas, não seguindo nenhuma 
regularidade. Há uma tabela dos verbos irregulares para consulta e, assim como os 
irregulares, os regulares precisam ser aprendidos e memorizados para que possamos 
usá-los adequadamente (SILVA, 2019). 
 
Brazil won the World Cup in the 70’s. 
 
O futuro em inglês é representado, por exemplo, por “will”, modal usado para 
nos ajudar a entender uma ideia de futuro a que nos referimos. Além desse modal, 
outros também são usados para expressar tal ideia futura, mas essa forma de se 
expressar dependerá do que o autor do texto quer informar. Os verbos modais usados 
para expressar uma ideia futura de possibilidade ou impossibilidade são can, can’t, 
 
42 
 
may, may not, could e couldn’t, enquanto o verbo modal will carrega a ideia futura 
de certeza comparado aos que expressam possibilidade (SILVA, 2019). 
The conclusion will bring the final results. 
 
Cabe alertar, neste momento, que verbos na forma imperativa são usados no 
início de frases, sem um sujeito explicito. A forma imperativa, na língua inglesa, refere-
se a “you” (em português, tu ou você). Apesar de, no português, haver diferentes 
desinências verbais no imperativo, o inglês utiliza apenas uma forma, a do infinitivo 
sem “to”, de modo que o imperativo serve para dar uma ordem ou para fazer um 
pedido, uma súplica, uma solicitação ou para dar uma orientação, etc. e, como já 
comentado, é sempre para you, no singular (para uma única pessoa) ou no plural 
(para várias pessoas). 
Cabe ao educador proporcionar práticas pedagógicas que aproximem o 
conteúdo dos estudantes para que eles consigam desenvolver uma bagagem cultural 
capaz identificar o vocabulário apropriado para ser utilizado nos diferentes textos que 
devem produzir, ajudá-los a ler nas entrelinhas e aprender a interpretar, criticar e 
concluir, e dissertar adequadamente de acordo com o assunto a ser tratado, usando 
a linguagem de acordo com sua função (SILVA, 2019). 
 
 
 
43 
 
5.3 A leitura de um texto 
Quando uma pessoa aprende uma língua, ela aprende também um pouco da 
cultura e das formas de se expressar desse povo. Ao aprender a língua inglesa, 
aprendemos a história do país, da Inglaterra ou dos Estados Unidos, por exemplo, os 
costumes dos seus povos e suas preferências em relação à comida, ao 
entretenimento, etc. Há ainda outros países, como Canadá, Austrália, Nova Zelândia 
e África do Sul, nos quais é possível aprender a língua inglesa e também seus 
costumes. Tudo isso representa informação colhida não só do funcionamento do 
idioma, mas de toda a riqueza que esse idioma carrega, já que a linguagem está 
presente nas mais diversas atividades proporcionadas pelo ser humano porque a 
comunicação acontece onde há pessoas, que usam a linguagem e falam um idioma 
(SILVA, 2019). 
Podemos ver que aprender uma língua estrangeira é uma forma de ampliar 
nossa visão de mundo, estabelecendo contato com pessoas e culturas diferentes e 
usando a comunicação para trocar informação e experiências. À medida que nos 
tornamos competentes em uma linguagem, a comunicação acontece de forma mais 
natural, e expressar-se e posicionar-se são reflexos do domínio da linguagem. 
Vivemos em um mundo globalizado, no qual a informação em forma de notícia nos 
chega a todo instante e das formas mais variadas. Saber lê-las e interpretá-las exige, 
no mínimo, que uma linguagem, um idioma, seja conhecido porque, inevitavelmente, 
teremos acesso a outras culturas. Nesse sentido, a língua inglesa é, sem dúvida, o 
idioma que mais fornece informações sobre ciência, tecnologia, política e economia. 
Assim, integrar as habilidades de reading, writing, listening e speaking para aprender 
a língua inglesa é fundamental. 
A leitura, seja ela em português ou em inglês, é uma competência que precisa 
ser desenvolvida e que não pode ficar restrita apenas ao conhecimento de 
textos escritos. Assim como nos comunicamos usando a linguagem verbal e 
não verbal, como comentado no início deste capítulo, também lemos essas 
linguagens. Se nos comunicamos com palavras, gestos, símbolos, anúncios, 
etc., também lemos as palavras, os gestos, os símbolos, os anúncios e os 
interpretamos. Nossa experiência nos ajuda a ler os mais variados sinais que 
nos rodeiam, e é com nossas experiências que conseguiremos entender, 
interpretar, criticar e concluir (SILVA, 2019). 
Falar de leitura não se limita a falar de um texto que temos que ler, porque 
também fazemos leituras diárias e de maneira abrangente, dependendo do nosso 
 
44 
 
estado emocional, cultural, social; começando antes do texto propriamente dito e 
ultrapassando-o. Ler um texto pede, também, entendimento de significado e 
considerações a respeito do papel do leitor, o objetivo do texto e o processo de 
interação que ocorrerá entre o leitor e o texto quando esse estiver em contato com o 
texto. Ler é um processo interativo e, ao mesmo tempo, comunicativo, porque o leitor 
interage com o texto, se vê no lugar daqueles acontecimentos, percebe a informação 
para si, e a comunicação acontece por causa da bagagem e das experiências que o 
leitor carrega consigo. 
Para ler, e ler bem, é fundamental que o leitor estabeleça um objetivo que faça 
com que sua leitura ocorra satisfazendo sua necessidade. De acordo com os 
diferentes níveis de leitura, conforme os diferentes tipos de textos e interesses, o leitor 
fará uma leitura mais superficial, rápida, detalhada, ou uma leitura prazerosa. Cada 
leitor tem um objetivo, e esse pode variar dependendo do interesse e da necessidade 
que se tem por determinado assunto. Quando um leitor tem interesse em um 
determinado tema, a leitura parece fazer mais sentido, e assim acontece quando 
necessitamos de alguma informação – ler sobre essa informação faz sentido. De 
acordo com Silva (2019), há, pelo menos, quatro níveis de leitura: 
 
1. Compreensão geral: é quando há uma leitura rápida por parte do leitor e 
ele quer pegar informações de modo geral. É fundamental ter conhecimento de itens 
linguísticos, como verbos e tempos verbais, e conhecimento de mundo para assuntos 
diversificados. 
2. Compreensão de itens principais: é quando há uma leitura mais detalhada 
por parte do leitor para buscar a informação necessária, a que lhe interessa. Os 
parágrafos são lidos atentamente. 
3. Compreensão detalhada: é quando há uma leitura mais detalhada em 
relação às leituras anteriores por parte do leitor e ele, com essa leitura, compreende 
tais detalhes que permeiam o texto. 
4. Leitura crítica: é quando há uma leitura mais analítica por parte do leitor e 
ele se atenta para itens como estrutura do texto, referências, entre outros, e faz uso 
dessas informações para sua análise e crítica, comparando esse texto com outros. 
 
 
45 
 
Saber ler é uma prática que deve ser desenvolvida pelos diversos leitores.Como já comentado, definir os objetivos é o primeiro passo do leitor, que deve, então, 
ser treinar, porque esses tipos de leitura precisam ser treinados. A leitura crítica, 
principalmente, precisa ser ensinada para que o leitor desempenhe seu papel crítico 
de maneira adequada, analisando o texto a partir de seu conhecimento de mundo, da 
compreensão das frases, do conhecimento linguístico e de mundo. 
De acordo com Silva (2019), o leitor pode também estabelecer estratégias de 
leitura, dependendo do propósito da sua leitura e de acordo com o gênero textual. A 
estratégia escolhida pelo leitor dependerá de seu objetivo, e só então ele conseguirá 
estabelecer um plano para uma compreensão textual adequada. Fazer inferências a 
partir de uma leitura geral é uma compreensão que o leitor precisa ter e saber fazer. 
As inferências só acontecerão se o leitor tiver conhecimento de mundo, de maneira 
que conseguirá formular hipóteses e até propor solução para um eventual problema. 
Outros itens, como título, formato do texto, início e fim de parágrafos, uso de 
linguagem não verbal e até mesmo palavras de origem estrangeira ou, ainda, os falsos 
cognatos, servem como estratégias para o leitor. 
Quanto a utilização do dicionário para auxílio nas leituras, alguns especialistas 
sugerem sua utilização em último caso, apesar de poder ser incorporado como um 
importante instrumento de aprendizagem. No entanto, ao consultá-lo, sendo um 
dicionário de inglês-português ou português-inglês, é necessário dar atenção para as 
definições possíveis. Existem muitos dicionários, entre eles os eletrônicos, e uma 
imensa variedade pode ser escolhida de acordo com a preferência ou com a ajuda de 
um professor de inglês. Aprender a utilizá-los facilitará a consulta, porque não 
podemos assumir como certa a primeira definição de uma palavra sobre a qual 
queremos saber o significado. Em inglês, muitas palavras assumem traduções 
diferentes dependendo de como estão inseridas na frase, apresentando significado e 
função diferentes. Confira os exemplos a seguir: 
 
 
46 
 
 
 
Quando procuramos o significado da palavra “close”, encontramos como 
primeira definição fechar, a primeira tradução que aprendemos quando começamos 
a estudar inglês. Depois, estudamos que “close” também tem significado de 
próximo, um adjetivo. Mais tarde, aprendemos que “close” também serve como um 
verbo presente em expressões, podendo ser traduzido como encerrar, além de 
assumir equivalências como perto, estreito, etc. O significado de “close” dependerá 
da posição que ele ocupará na frase, podendo ser verbo, adjetivo ou até mesmo um 
advérbio (SILVA, 2019). Devemos prestar muita atenção na disposição das palavras 
no dicionário para usar a tradução mais adequada e conseguir a interpretação correta, 
aquela que realmente faz sentido no texto. O dicionário também traz, na sua 
organização, o que aquela palavra significa, um countable noun ou um uncoutable 
noun, um verbo, seu passado e particípio, um adjetivo, um advérbio, etc. Nos 
dicionários de inglês, ainda, há exemplos com as palavras e suas diferentes funções 
e posições dentro de uma frase. O exemplo usado com close é apenas um entre as 
várias palavras com significados e funções diferentes na língua inglesa. 
É fundamental reforçar que não se lê sem um objetivo, por mais diferentes que 
esses objetivos sejam. A leitura feita sem atenção é uma leitura desinteressada, mas, 
à medida que a necessidade de obter alguma informação aumenta, prestamos mais 
atenção à leitura e aprendemos a ler com cuidado conforme a necessidade que temos, 
aprendendo a dar significado e a ter um olhar diferente para determinados tipos de 
texto. As práticas de leitura e escrita abrangem também o que se entende por língua 
oral, pois as atividades comunicativas são um conjunto que incluem a escrita e a 
leitura. Trazer para o contexto do estudante essas atividades, sem tratá-las como 
atividades isoladas, permite a prática linguística em um contexto sociocultural que os 
situe (MARCUSCHI, 2001). 
 
 
47 
 
 
 
6 INTRODUÇÃO AO ALFABETO FONÉTICO INTERNACIONAL 
 
Fonte: https://1.bp.blogspot.com 
A fonologia é a área da linguística que estuda os sistemas de sons das línguas, 
e a fonética é o domínio referente à realização física desses sons. Nesse sentido, 
compreender a fonologia como um importante componente da gramática torna-se um 
conhecimento indispensável para os estudantes da língua inglesa, uma vez que ela 
está interconectada com o léxico e o funcionamento de outros módulos gramaticais 
(como a sintaxe, a semântica e a pragmática). Além disso, ela está ligada à 
interpretação das orações e ao funcionamento da língua inglesa em geral. A partir da 
 
48 
 
compreensão da importância da fonologia como módulo gramatical, a representação 
gráfica dos sons das línguas se torna uma estratégia de formalização necessária para 
padronizar e orientar os estudos e as pesquisas na área (AVILA, 2020). 
Neste capítulo, você vai estudar de que forma os sons da língua inglesa se 
organizam e funcionam como sistema. Para isso, verá que a descrição de um som na 
escrita se dá por um alfabeto próprio: o alfabeto fonético internacional. Assim, você 
estudará a relação entre os símbolos e os sons da língua inglesa, reconhecendo quais 
sons são diferentes e parecidos, comparados ao português brasileiro. Por fim, vai ler 
sobre a forma como essa natureza de constituição dos sons pode ser entendida e 
aplicada à sala de aula de pronúncia de língua inglesa. 
6.1 A representação gráfica dos sons das línguas: o alfabeto fonético 
internacional 
O alfabeto fonético internacional (em inglês, International Phonetic Alphabet – 
IPA) é um alfabeto criado pela Associação Fonética Internacional para formalizar, 
representar e proporcionar o estudo dos sons das línguas do mundo por diversos 
profissionais. O estudo dos sons é uma prática que pode ser adotada por diversas 
pessoas, como estudantes, professores, linguistas, fonoaudiólogos, historiadores, 
músicos, cantores, tradutores, lexicógrafos, filólogos, entre outros interessados pela 
área (AVILA, 2020). 
Para possibilitar essa formalização, a representação dos sons se dá por meio 
de símbolos fonéticos que representam fonemas (a menor unidade linguística 
desprovida de significado, ou seja, a menor unidade possível para a representação de 
um som). Esses fonemas — representados pelos símbolos fonéticos — têm, na sua 
grande maioria, uma semelhança bastante grande com o alfabeto romano. Assim, ele 
pode ser mais fácil de reconhecer para os falantes nativos de línguas que usam esse 
alfabeto. Há outros símbolos, porém, que não são encontrados em nenhuma língua 
ou que pertencem ao alfabeto grego. Por isso, conhecer o IPA é importante para 
qualquer pesquisador dos sons (AVILA, 2020). 
Embora o IPA seja um conjunto de notações linguísticas internacional, as 
línguas não têm os mesmos sons. Logo, conhecer e comparar os sistemas de sons 
de diferentes línguas é uma estratégia importante para a compreensão de diversos 
processos fonético-fonológicos que ocorrem entre os aprendizes de uma segunda 
 
49 
 
língua (diferente da sua língua materna). Esses processos (que podem ser 
transferências de reconhecimento equivocadas feitas pelos aprendizes, por exemplo) 
acabam acontecendo devido às diferenças dos sistemas de sons encontradas entre 
as diversas línguas. Por isso, você vai ver, ao longo deste capítulo, as particularidades 
e diferenças dos sistemas fonológicos da língua inglesa, bem como algumas 
comparações com o português brasileiro. 
O sistema fonológico da língua inglesa (mais especificamente, do inglês 
norte-americano) é composto por 46 fonemas (CELCE-MURCIA et al., 2010). Esses 
fonemas são divididos em três grandes grupos: as consoantes (composto por 25 
fonemas), as vogais tônicas (composto por 15 fonemas) e as vogais não tônicas 
(composto por 6 fonemas).

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