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APS - Psicologia do Desenvolvimento e Ciclo Vital

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
CURSO SUPERIOR DE PSICOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
Débora Rayssa Pereira Espindola 
Guilherme Henrique de Oliveira Caixeta 
Kamylla Victória Amorim Mendes 
Maria Beatriz Sousa Silva 
Nathália Ribeiro Silva 
 
 
 
 
 
 
 
Atividade Prática Supervisionada: 
Caso Salim e COVID-19 
 
 
 
 
 
 
 
 
Goiânia - GO 
2019 
Débora Rayssa Pereira Espindola 
Guilherme Henrique de Oliveira Caixeta 
Kamylla Victória Amorim Mendes 
Maria Beatriz Sousa Silva 
Nathália Ribeiro Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atividade Prática Supervisionada: 
Caso Salim e COVID-19 
 
Trabalho da matéria de Psicologia do 
Desenvolvimento e Ciclo Vital ministrada ao curso 
superior de Psicologia, da Universidade Paulista. 
Orientadora: Grisiele Silva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Goiânia - GO 
2019 
1 INTRODUÇÃO DA SITUAÇÃO - PROBLEMA 
 
O trabalho a seguir tem como objetivo elucidar aspectos da 
situação-problema, proposta pela professora Grisiele que ministra a matéria de 
psicologia do desenvolvimento e ciclo vital. De modo que os estudantes de 
psicologia, possam praticar seus aprendizados e compreender mais sobre aspectos 
que serão eventuais no dia-a-dia, como por exemplo, o divórcio e possa vir 
futuramente, trabalhar com os indivíduos presentes nesses dilemas. Com isso temos 
a seguinte situação: 
 
“Salomão e Romana vão à sua procura para tentar resolver um problema 
prático com seu filho Salim que tem atualmente 8 anos. O casal resolveu se separar 
e busca uma orientação sobre o filho, pois têm dúvidas se ele conseguirá aceitar 
esse momento. Para poder orientá-los, você necessita saber algumas informações 
sobre como foi o desenvolvimento da criança até aquele momento, para conhecê-lo 
melhor. 
 Os pais contam que aos três anos Salim, sempre que possível buscava 
dormir na cama com eles. Para isso ele insistia muito, com suplícios e soluços. Após 
3 ou 4 noites, os pais cediam, pois acabavam com pena da criança. Quando não 
cediam, ele dormia no próprio quarto, mas ao longo da madrugada, Salim 
mudava-se para a cama dos pais, entre os dois e os mesmos, muito sonolentos, 
nada faziam. 
 Aos 5 anos ele começou a frequentar a escola. Todos os dias selecionava 
quem ia buscá-lo: ora a mãe, ora o pai. E se caso os pais trocavam na hora de 
pegá-lo, ele armava uma gritaria na porta da escola e não queria ir embora para 
casa enquanto a pessoa desejada não chegasse. As professoras e a direção da 
escola achavam tudo muito estranho, pois no dia-a-dia das atividades ele se saia 
muito bem. 
 O casal sempre deu todos os presentes que o filho solicitava. Agora com a 
separação sabem que o padrão econômico de vida de ambos irá ser reduzido pela 
metade e com isso estão preocupados em não poder atender todas as necessidades 
do filho. E há uma grande probabilidade de Salomão ser transferido de cidade, 
sendo essa uma das principais razões da separação, pois Romana não quer 
abandonar os pais a quem dedica boa parte do seu tempo, mesmo estes não tendo 
nenhum problema. 
 Atualmente, Salim está no 3º ano do ensino fundamental, mas a coordenação 
da escola já comunicou que se ele não se dedicar mais, provavelmente será retido, 
já que no ano anterior foi aprovado pelo conselho de classe que considerou as 
dificuldades dos pais na sua educação. Vem apresentando problemas em 
matemática (não consegue compreender multiplicação e divisão) e em português 
troca letras e na escrita troca “p com q” e “b com d”. Quando vai ler algo em sala, 
gagueja e troca também algumas letras. 
 Possui alguns amigos, mas nas brincadeiras é ele quem sempre determina as 
regras. Quando alguma criança propõe algo diferente, ele afirma que essa não é a 
forma correta, que deve ser outro jogo e ele não quer.” 
 
Cabe a nós estudantes deste curso de psicologia adentrarmos nessas 
situações, analisarmos o que provavelmente está acontecendo com o garoto e quais 
medidas são indicadas para passar por este período de sua vida sem demais 
turbulências. Consequentemente adotando um senso crítico que já é esperado para 
um profissional desta e dentre outras áreas, já que trabalharemos com quesitos do 
desenvolvimento emocional, físico, cognitivo, perceptual da criança e afins. 
 
2 ESTUDO DA SITUAÇÃO - PROBLEMA 
 
Desenvolvimento físico na meninice 
 
A terceira infância ou meninice se dá dos seis aos doze anos. Nela ocorrem 
muitas mudanças. Uma delas são os surtos de crescimento do cérebro. O primeiro 
se dá quando a criança está por volta dos oito anos, este gera um aperfeiçoamento 
nas áreas sensorial e motora. O segundo já se dá por volta dos dez a doze anos de 
idade, os lobos frontais do córtex são os principais a serem desenvolvidos, está área 
é responsável pela lógica e planejamento. 
 
As crianças na meninice desenvolvem percepção de espaço, atenção e 
orientação seletiva, se tornando assim cada vez mais eficientes. Com a maturação 
citada acima no primeiro surto, as crianças são capazes de participar de diversas 
atividades como lançar uma bola de basquete ou dar o saque no tênis. 
 
O desenvolvimento motor permite que as crianças em idade escolar 
participem de uma gama mais ampla de atividades motoras do que os 
pré-escolares. Dos sete aos onze anos, as brincadeiras mais impetuosas 
diminuem à medida que as crianças envolvem-se em jogos com regras. 
(PAPALAIA & OLDS, 2006) 
 
No caso de Salim, não á muito enfoque na sua situação física. Ademais não 
percebemos nenhuma alteração no seu desenvolvimento físico, o que nos leva a 
crer que nesse aspecto ele está de acordo com o que é esperado para a idade. 
 
Desenvolvimento cognitivo e afins 
 
Neste período de acordo com Piaget, a criança se encontra no estágio 
operatório-concreto, pois a criança aperfeiçoa relações lógicas. O nome desse 
intervalo se dá pelo indivíduo nessa fase ser bom na manipulação de coisas 
concretas, e não com ideias ou possibilidades. 
 
O egocentrismo intelectual e social é deixado de lado pela criança, para da 
capacidade a ela de estabelecer e compreender pontos de vista diferentes. Um outro 
aspecto importante neste estágio refere-se ao aparecimento da capacidade da 
criança de interiorizar as ações, ou seja, ela começa a realizar operações 
mentalmente e não mais apenas através de ações físicas típicas da inteligência 
sensório-motor. (Fonte:​https://www.unicamp.br/​) 
 
Já para Erick Erickson na meninice é quando as crianças experimentam a 
crise da produtividade versus inferioridade. Nela eles desenvolvem uma ideia de sua 
própria competência por meio da realização de objetivos da aprendizagem 
culturalmente definidos. Caso não se saem bem nesse aprendizado, Erick afirmava 
que elas podem entrar na adolescência e vida adulta com sentimentos de 
https://www.unicamp.br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/d00005.htm
inferioridade. As crianças também podem desenvolver um senso de competência 
nos esportes, ou outras atividades que não sejam necessariamente acadêmicas. 
 
O crescimento cognitivo que ocorre durante a terceira infância permite que 
as crianças desenvolvam conceitos mais complexos de si mesmas e quedesenvolvam sua compreensão e seu controle emocional. Segundo Erikson, 
a terceira infância é uma época para aprender as habilidades que nossa 
cultura julga importantes. 
As crianças desenvolvem um conceito mais realista de si mesmos nesta 
fase, se tornando mais independentes dos pais e mais envolvidos com 
outras crianças estando com seus amigos, eles fazem descobertas sobre 
suas próprias atitudes, valores e habilidades. 
(Maria de Jesus, Desenvolvimento Psicossocial na 3° infância, 2015.) 
 
Essa fase é marcada pelo aumento da independência com os familiares, a 
amizade se torna fundamental nesse contexto, sendo esta a maior mudança. Ela por 
sua vez, acaba se tornando mais sólida com o início da vida escolar. A amizade 
parece representar uma arena em que as crianças podem aprender a manejar 
conflitos (Newcomb e Bagwell, 1995). 
 
A terceira infância é uma etapa transicional de co-regulação, na qual os pais e 
a criança dividem o poder: os pais supervisionam, mas as crianças tomam decisões 
a todo momento. A co-regulação é um processo cooperativo, ela só pode ter êxito se 
os pais e as crianças se comunicarem com clareza. Para fazer com que essa fase 
de transição funcione os pais precisam influenciar seus filhos quando estão com eles 
e monitorar seu próprio comportamento. (Fonte:​https://pedagogiaaopedaletra.com/​) 
 
No caso de Salim percebemos um grau de dificuldade em atividades 
acadêmicas, como problemas com matemática e gramática e também uma certa 
dificuldade em sua dicção. O garoto está passando por um período de grandes 
transformações, a terceira infância é marcada por elas. Contudo, a capacidade das 
crianças de exercer controle sobre suas emoções está fortemente correlacionada a 
medidas de desempenho acadêmico (Denham,2006). 
 
Captamos também uma certa dificuldade do menino com a co-regulação. 
Salim parece estar confuso com as regras e ao seu papel enquanto filho, cabe aos 
pais deixar claro os papéis que cada um exerce e impor limites bem estabelecidos. 
https://pedagogiaaopedaletra.com/
Porém é necessário ressaltar, que as dificuldades que o garoto aparenta, podem ser 
resultados da influência que o ambiente exerce sobre ele, como por exemplo 
presenciar conflitos familiares, ausência e afins. 
 
Como estudado na matéria de Psicologia do Desenvolvimento Ciclo Vital, a 
educação familiar é a base da formação de uma criança, é a partir desse 
relacionamento que ela concebe seus valores, como, respeito ao próximo, convívio 
com regras e limitações, deveres e afazeres. 
 
A família exerce o papel principal na formação do sujeito. As que se 
demonstram mais presentes aos filhos, oferecendo a atenção necessária às suas 
atividades, geram uma criança mais segura e motivada. Segundo a visão de 
Gottman e De Claire (1997) os pais que não impõe certos limites aos filhos, tendem 
a ter crianças com problemas sócios afetivos, como, problemas em fazer amizades, 
podendo desenvolver o TDA (déficit de atenção), resistência ao seguir regras, o que 
pode acabar resultando em problemas no convívio social. 
 
Hart L. A. (1992) diz que diversos pais pensam que seus filhos podem se 
sentir mais satisfeitos, felizes e amados se eles fizerem tudo o que é desejado pelas 
crianças, contudo, o sentimento de culpa pode ser um resultado dessa ação. Pois 
com o mundo globalizado que vivemos hoje muitos pais não têm o tempo necessário 
para ficar com seus descendentes e acabam por fazer tudo que a criança propõe, 
dando presentes na tentativa de suprir a falta de contato. 
 
No caso em específico, Salim sempre buscava uma forma de convencer seus 
pais a deixarem ele dormir na cama com eles, e seus pais sempre sediam aos seus 
desejos. O garoto também selecionava a pessoa para buscá-lo na escola, e este 
recebia todos os presentes que tinha vontade. 
 
Para compreendermos melhor o caso Salim é necessário abranger o papel 
imensurável da família, que foi debatido e compreendido em sala de aula. De 
acordo com RIBEIRO, NV & BÉSSIA, JF em as contribuições da família para o 
desenvolvimento da criança na educação infantil, a família é a base inicial do 
indivíduo, isto implica dizer que ela exerce papel fundamental no processo de 
construção de conhecimentos significativos e de socialização da criança. 
 
No decorrer do caso, percebemos que aos três anos existe em Salim uma 
certa dificuldade em dormir sem a companhia de seus pais, o que pode gerar uma 
falta de autonomia e independência no garoto. É fundamental a existência de um 
espaço apropriado para a criança se desenvolver fisicamente, cognitivamente e 
emocionalmente e que principalmente ela se sinta segura. 
 
“Estudos comparativos (JOUVET, 1978) mostram que a questão do sono e 
do sonho está intimamente relacionada à segurança: o estado do sono 
paradoxal, onde o sonho aparece, é caracterizado por uma paralisia que só 
é admissível quando o animal se sente ao abrigo de qualquer agressão.” 
(Elaine Pedreira Rabinovich, 1993.) 
 
Se sentir seguro é de extrema importância para um desenvolvimento 
considerado habitual. Como dormir de acordo com ​National Sleep Foundation 
(Fundação Nacional do Sono), é tão necessário quanto a alimentação, por ser 
fundamental no desenvolvimento intelectual, e também por ser neste período de 
folga que o corpo concede os hormônios de crescimento, claro seguindo a 
quantidade de horas necessárias de descanso do corpo. 
 
“Estudos apontam que o cérebro se desenvolve até os 21 anos, sendo que 
grande parte durante as horas que dormimos, por isso crianças e jovens 
precisam de mais horas de sono. Poucas horas de sono podem resultar em 
baixo rendimento escolar, TDAH, variação de humor e dentre outros.” 
(A importância do sono no desenvolvimento da criança, Escola 
Vilaplay,2017.) 
 
Salim demonstra uma certa dificuldade em se separar dos pais, 
possivelmente demonstrando um caso de ansiedade de separação. A ansiedade em 
si, não é nada prejudicial para o desenvolvimento de uma criança, pelo contrário, é 
algo normal do cotidiano. Contudo quando em excesso, pode vir a se tornar danoso. 
Porém é válido ressaltar que a ansiedade de separação é vista com frequência em 
bebês de 12 a 16 meses. 
 
https://sleepfoundation.org/
De acordo com Netto (2009), o medo e a ansiedade são estados 
emocionais classificados como não prazerosos e desagradáveis, 
acompanhados por sentimentos de apreensão, insegurança e um conjunto 
de alterações comportamentais e psicofisiológicas. 
(Netto, 2009.) 
“​Ansiedade de separação​” é o nome dado ao sentimento de uma criança 
quando ela começa a perceber que está longe dos pais, mesmo que seja por pouco 
tempo. Em alguns momentos da vida do garoto, como quando ele dorme somente 
com os pais ou até quando ele escolhe quem o busca no colégio, é perceptível 
alguma manifestação de ansiedade. Porém não é possível comprovar que ele sofra 
da ansiedade de separação por falta de mais informações sobre o caso. 
(Fonte:​https://paisefilhos.uol.com.br/​) 
Por outro lado o menino também pode apresentar indícios de uma insônia 
comportamental. Deacordo com o ​Dr. Fábio Agertt , sofrem desse transtorno 
crianças acostumadas a dormir com a participação de estímulos para iniciar o sono, 
necessitarão desse mesmo estímulo ou outro para voltarem a dormir. Tais estímulos 
são, na maioria das vezes, o uso de alimentos como mamadeiras, telas eletrônicas 
(televisão, tablet, celular), colo ou a cama dos pais. Dessa forma, acabam incapazes 
de adormecerem por conta própria. (Fonte: ​https://www.neurologica.com.br/​) 
 
A família deve compreender porque os limites são importantes, como 
estabelecê-los e como criar uma rotina agradável para a criança (e para a 
própria família) antes de ir para a cama. 
 (Denise Brasileiro,2019.) 
 
 
Fica claro então a importância de uma criança não se sentir confusa quanto 
ao espaço que ela ocupa, e principalmente a imposição dos pais de limites​. A 
existência de uma rotina eficaz para o indivíduo e também para a família seja diurna 
ou noturna, traz uma sensação de controle e segurança para aqueles que a 
vivenciam. É necessário deixar explícito o local de cada um, como por exemplo o 
quarto do garoto e dos pais, e o'que eles significam. 
 
Ao serem apresentados à obra intitulada "O Quarto em Arles" de Van Gogh, 
os pequenos foram compartilhando o que havia no quarto do artista e o que 
havia no deles. Na troca de experiências é que as crianças perceberam 
como poderia ser bom curtir o próprio espaço. 
(Professora Claúdia Ubel, 2010.) 
https://paisefilhos.uol.com.br/crianca/15-frases-para-acalmar-seu-filho-durante-uma-crise-de-ansiedade/
https://paisefilhos.uol.com.br/
https://www.neurologica.com.br/blog/author/dr-fabio-agertt/
https://www.neurologica.com.br/
 
Compartilhar experiências é bom para o desenvolvimento que qualquer 
sujeito, para não se sentir sozinho e aprender que todos de alguma forma já 
passaram por isso. Seja ela boa ou ruim, compartilhá-las nos trás uma sensação de 
conforto, e compreendemos que não somos os únicos seres humanos existentes. 
 
Jean Piaget determina quatro fases do desenvolvimento cognitivo da infância, 
isto é, ao longo de cada faixa etária os indivíduos se relacionam e percebem o 
ambiente de diferentes maneiras, iniciando com a aprendizagem da manipulação de 
objetos até a resolução de problemas por pensamentos lógicos. Elas são: período 
sensório-motor, período pré-operatório, período das operações concretas e o 
período das operações formais. Tendo enfoque na 2° e 3° fase, que são as vividas 
por Salim ao longo da situação problema. 
 
O estágio pré-operatório acontece no período de 2 aos 7 anos e se tem a 
emergência da linguagem e o egocentrismo, nele as crianças tem uma visão ainda 
limitada do mundo, não podendo conceber uma realidade em que eles não façam 
parte. 
“A criança pré-operacional não reflete sobre seus próprios pensamentos. 
Como resultado, ela nunca está motivada para questioná-los, mesmo 
quando confrontada com evidências que são contrárias ao seu pensamento. 
Quando ocorre uma contradição, a criança egocêntrica conclui que a 
evidência deve estar errada, pois seus pensamentos são corretos. Assim 
sendo o pensamento da criança, do seu ponto de vista, é sempre lógico e 
correto” (WADSWORTH, 1996, p. 76). 
 
A criança nesse período também se frustra facilmente quando os outros não a 
compreendem, já que ela assume que sua percepção é universal. Sendo essa, uma 
característica muito evidente em algumas atitudes de Salim, como em suas escolhas 
em qual de seus pais deve buscá-lo na escola. Quando nada sai como em seus 
planos é difícil para ele ter toda sua construção de um ideal sendo quebrada, o que 
acaba o levando às lágrimas, afinal é esperado por ele que as pessoas saibam o 
quão importante é essa ordem. 
 
Já no estágio das operações concretas que compreende o período de 8 a 12 
anos, as crianças já são capazes de interiorizar ações, permitindo operações 
mentais e não só físicas como no período sensório-motor, o que faz com que elas 
sejam capazes de lidar com conhecimentos acerca de números e suas relações. 
Além do aperfeiçoamento da linguagem que representa o início da vida social com 
seus novos colegas de escola, o que o fará reconhecer novas realidades e 
admiti-las, o que consequentemente leva a diminuição exponencial do egocentrismo. 
 
Por isso, é o que se espera do comportamento de Salim no final do relato, 
que deve se encontrar com 8 ou 9 anos, já que se encontra no 3° ano do 
fundamental. Porém, aparentemente não é isso que se apresenta, como 
demonstrado no trecho: “[...] Mas nas brincadeiras é ele quem sempre determina as 
regras. Quando alguma criança propõe algo diferente, ele afirma que essa não é a 
forma correta, que deve ser outro jogo e ele não quer.” Ele ainda possui a 
capacidade de reconhecimento de diferentes idéias, demonstrando um aspecto 
egocêntrico ainda muito acentuado. 
 
A partir do trecho “Romana não quer abandonar os pais a quem dedica boa 
parte do seu tempo, mesmo estes não tendo nenhum problema.” É perceptível a 
dependência emocional da mãe de Salim com seus pais. Pegando apenas essa 
premissa e a criação de Salim, é possível fazer hipóteses relativas à como tenha 
sido a criação de Ramona. 
 
O apego ao longo da vida é normal e tem importâncias significativas no 
desenvolvimento humano. Desde o nascimento essa característica é apresentada 
para garantir a sobrevivência da criança, ao longo do crescimento ela vai tomando 
outros rumos de acordo com os meios familiares e culturais, como por exemplo, o 
caso do Salim, seus pais acabam não estimulando sua autonomia e com isso fazem 
tudo por ele, desde os brinquedos até a solicitação de qual dos pais o buscaria na 
escola, o que acaba gerando dependência e que forma exponencialmente um adulto 
igualmente dependente, segundo (BOWLBY, 2006). 
 
O ponto fundamental é que existe uma forte relação causal entre as 
experiências de um indivíduo com seus pais e sua capacidade posterior para 
estabelecer vínculos efetivos, e que certas variações comuns dessa capacidade, 
manifestando-se em problemas conjugais e em dificuldades com os filhos, podem 
ser atribuídas a certas variações comuns no modo como os pais desempenharem 
seus papéis. 
 
São nítidas as definições de Bowlby sendo expressas em Ramona, desde as 
dificuldades conjugais, por estar disposta a terminar seu casamento para não se 
afastar de seus pais e suas dificuldades para lidar com Salim como supracitado. 
Além de que, essa incapacidade de não ter a convivência regular com seus pais é 
uma fase característica de adolescentes em transição para vida adulta, de acordo 
com (Matos & Costa, 1996). O adolescente que, por um lado, busca a sua 
independência psicológica e a sua autonomia pelo afastamento, mas por outro lado, 
não sente suficiente segurança para se separar dos pais, recorrendo a eles como 
fonte de apoio. 
 
Uma separação modifica a vida das crianças, principalmente se ela ocorre de 
maneira conflituosa e traumática, muitas destas que tinham uma boa relação social 
passam a apresentar problemas de relacionamento e socialização,e também as 
mesmas que não tinham problemas de aprendizagem passam a ter. Sendo 
consequências da falta de organização dos pais para conduzir um processo tão 
delicado que é de ruptura. 
 
Em casos onde a ruptura ocorre de maneira saudável, consequentemente, 
trará resultados menos negativos para a criança. Porém é necessário enfatizar que 
um processo de separação não é fácil, já que ele implica em matar o outro dentro de 
si e aceitar que se morreu dentro do outro. Desta forma é comum a pessoa passar 
por um processo de luto após a separação. 
 
Contudo, não é recomendável esconder os sentimentos das crianças, se isto 
acontecer a mesma pode reproduzir este comportamento. Para minimizar as 
reações dos filhos durante e após o processo, os pais devem manter um 
relacionamento saudável, tranquilizar a criança, elucidar a questão, mostrar que, 
independentemente, da decisão tomada o amor pelo filho não mudará e que não 
deixaram de se ver. 
 
Desta forma, a partir do estudo em sala de aula sobre a psicologia como uma 
ciência, está é uma profissão extremamente diversificada, sendo possível 
compreender a função social em que a sua atuação está inserida, e dentro dela 
entender a importância exercida no contexto social – tanto em níveis generalizados, 
quanto o mais pessoal possível – em prol da promoção de meios para a saúde 
mental e emocional dos indivíduos, promovendo assim caminhos para lidar com sua 
própria realidade. 
 
Desse modo, sob o atual prisma social, uma grande realidade do país são os 
divórcios, este que – de acordo com o IBGE - apresenta taxa de crescimento anual 
no país desde a sua introdução em 1977. 
 
‘’Os dados indicam que em 1984, primeiro ano da investigação, a pesquisa 
contabilizou 30,8 mil divórcios. Já em 1994, foram registradas 94,1 mil 
dissoluções de casamentos, representando um acréscimo de 205,1%. E, em 
2004, o aumento foi percentualmente menor, 38,7%, com 130,5 mil 
divórcios.’’ ¹ 
 
Vale a pena ressaltar que até poucos anos atrás o divórcio não era bem visto 
por considerável parte da sociedade - majoritariamente religiosa - sendo assim tal 
julgamento ainda pode se instaurar estruturalmente nos tempos atuais, corroborando 
para uma dificuldade em compreender o ato como um processo saudável, um 
pensamento muito comum presente nos filhos de casais em divórcio. É importante 
compreender os efeitos desse ato na estrutura familiar. 
 
‘’Considerando-se a família como um sistema, a interdependência entre os 
seus membros, faz com que toda e qualquer mudança que ocorra em um 
dos familiares, cause mudança em todos os outros membros da família. 
Desta forma, a experiência do divórcio, na vida de um casal, afetará com 
certeza, a homeostase de todos que fazem parte do sistema familiar.’’ 
(SANTOS, Mariana Monteiro Silva. OS EFEITOS DO DIVÓRCIO NA 
FAMÍLIA COM FILHOS PEQUENOS, 2013, p.2) 
 
Portanto, cabe a família tomar todas as medidas possíveis para tornar esse 
processo o menos nocivo possível para todos que fazem parte do sistema familiar. 
Logo, principalmente para o filho, que pode sofrer consequências envolvendo grande 
estresse, pressão, culpa e ansiedade. Assim, não só podendo-o prejudicar 
cognitivamente, como também prejudicando o relacionamento com os próprios pais 
e outras pessoas em seu meio social, danificando assim seu desenvolvimento 
saudável. 
 
No caso de Salim, o fato de seus pais terem procurado acompanhamento 
com um psicólogo se torna um passo essencial para buscar uma maior 
compreensão da personalidade do menino e assim iniciar um processo com menos 
danos possíveis, já que, primeiramente, além desse ato mostrar – primordialmente - 
que estão preocupados com a saúde mental de seu filho, também mostra que estão 
dispostos a colaborar com todas as maneiras propostas com o psicólogo para 
transformar tudo em algo menos destrutivo possível para todos. 
 
Através disso o profissional poderá fazer o estudo do caso familiar, obter 
conhecimento da personalidade, criação e desenvolvimento do filho, também da 
estrutura familiar e todas suas particulares características. 
 
Contudo, depois desse estudo, usando todo o conhecimento científico, mais 
todas as características adquiridas, poderá ser agente da mediação do divórcio, 
ajudar na compreensão de como a estrutura familiar irá mudar, os efeitos que toda 
essa mudança estrutural e emocional irá causar na vida do filho e enfim auxiliar no 
que cientificamente são as mais recomendadas atitudes a serem tomadas que visem 
minimizar o impacto causado. Dessa forma visando o bem-estar de todos e uma 
melhor adaptação ao novo sistema. 
 
Estudando o contexto do Salim, tendo 8 anos e já estando em idade escolar, 
ele já é mais capaz de compreender cognitivamente os papéis e a relação familiar 
(Jenkins e Buccioni, 2000). Assim a terapia está apta a levá-lo a entender os motivos 
por trás do divórcio e principalmente não se culpar ou não pegar nenhuma dor dos 
pais para si. 
 
Também é importante salientar que de acordo com as informações 
adquiridas, Salim apresenta algumas características autoritárias, podendo ser 
consequência de uma necessidade maior de atenção vinda dos pais, levando em 
consideração que ele apresenta ser bastante apegado aos pais. Aqui o trabalho do 
psicólogo se mostra de extrema importância para auxiliar os pais a entender os 
motivos que levam Salim a apresentar essas características, e como elas irão se 
manifestar depois que a estrutura familiar se alterar completamente, cabendo aos 
pais a responsabilidade de ajudá-lo a melhor se adaptar a esse novo meio, para que 
assim, além de adquirir uma maior independência e compreensão, também possam 
garantir a atenção que for necessária. 
 
Outrossim, focando nas dificuldades cognitivas apresentadas, o 
desenvolvimento cognitivo infantil é um processo de contínuo progresso, que 
depende de vários fatores que exercem influência no indivíduo. Logo, fatores sociais, 
psíquicos, genéticos e também no familiar precisam estar contribuindo para esse 
desenvolvimento saudável. 
 
‘’Tendência de criar estruturas cognitivas cada vez mais complexas; 
Adaptação é o termo usado por Piaget para descrever como uma criança 
lidas com novas informações que parecem conflitar o que ela já sabe e 
equilibração, um esforço constante para manter um balanço ou equilíbrio 
estável.’’ (PAPALIA e FELDMAN et al, 2006, p.76). 
 
Portanto, a partir disso, podemos concluir que o trabalho do psicólogo se 
torna essencial para auxiliar no desenvolvimento saudável de toda a estrutura 
familiar, o acompanhamento do profissional em situações como essas abre enormes 
possibilidades de conhecimento benéficos que adquiridos cooperam para um 
equilíbrio mútuo e maiores possibilidades de adaptação às mudanças. 
 
O terapeuta no processo com a família, se junta a ela para assim formar um 
novo sistema de colaboração, através disso o comportamento de cada membro 
desse sistema se torna parte de um novo contexto, e conta com o auxílio que se é 
obtido com o conhecimentodo terapeuta. (Minuchin, 1982) 
 
3 CONCLUSÃO DA SITUAÇÃO - PROBLEMA 
 
Ao analisar o caso de Salim em primeira instância é possível que o déficit de 
atenção seja considerado, entretanto, este trabalho se atentou na investigação mais 
profunda, bem como sua criação, uma fundamentação teórica dos comportamentos 
normativos de sua faixa etária para que pudessem ser comparados ao caso. Já que 
como estudado na disciplina de PDCV, entende-se que a família exerce grande 
influência na formação de personalidade e construção de valores, sendo através 
dela que a criança renuncia às suas exigências e aprende a ser tolerante apesar de 
suas frustrações. 
 
Pois bem, as fases de desenvolvimento segundo Jean Piaget, Erick Erickson 
foram analisadas e através dela conclui-se que a partir da terceira infância é comum 
o aumento da independência com os familiares, começo da etapa transicional de 
co-regulação e a diminuição do egocentrismo. Salim parece sofrer com essa etapa 
de transição, já que se mostra extremamente dependente se seus pais na maior 
parte do tempo, egocentrismo ainda elevado, além de demonstrar uma confusão em 
seu papel de filho, por conta dos pais não terem delimitado corretamente. Claro que 
as influências ambientais também têm grande força a esse sofrimento, como 
presenciar conflitos familiares e separações. Por essa razão, deduz-se que Salim 
vive o fenômeno chamado de ansiedade de separação ou insônia comportamental, 
que não se mostram coerentes a sua etapa de desenvolvimento. 
 
Dadas as informações supracitadas, é de extrema importância que os pais 
tranquilizem a criança, demonstrando que o amor por ele não mudará independente 
da separação. Além de que, seus pais terem procurado o auxílio profissional de um 
psicólogo foi um passo essencial para que esse processo fosse iniciado com menos 
danos possíveis, entendendo ainda mais profundamente todos esses processos aqui 
analisados. 
 
4 INTRODUÇÃO DA COVID - 19 
 
Em 2020, o mundo parou por causa da pandemia disseminada ​por uma    
família de vírus (CoV) ​.​Os vírus dessa família podem causar desde resfriados                       
comuns a doenças mais graves, como a Síndrome Aguda Respiratória Severa (SARS)                       
e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS). O Novo Coronavírus recebeu a                         
denominação SARS-CoV-2 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a doença                     
que ele provoca tem a denominação COVID-19.  
(Fonte: ​https://dasa.com.br/coronavirus​) 
 
Como o vírus se dissemina de maneira muito rápida e fácil. O objetivo do                           
distanciamento social é diminuir a proliferação do vírus e, para que isso ocorra,                         
devemos evitar o contato físico e aglomerações. Caso seja necessário sair de casa,                         
medidas de autocuidado devem ser tomadas, como utilizar máscaras, usar álcool                     
em gel 70% ao tocar em qualquer superfície, evitar lugares com aglomerações e                         
sempre que possível higienizar as mãos com água e sabão.  
(Fonte: ​https://dasa.com.br/coronavirus​) 
 
Os indivíduos mais suscetíveis às complicações do novo Coronavírus, são                   
idosos acima de 60 anos, grávidas e pessoas que possuem doenças crônicas como                         
diabetes, asma e hipertensão. De acordo com a Organização Mundial da Saúde,                       
pacientes portadores de doença renal crônica, imunossupressão e enfermidades                 
patológicas, também fazem parte do grupo de risco da doença. 
(Fonte: ​https://dasa.com.br/coronavirus​) 
 
Portanto, e os jovens? Estes não estão no grupo de risco, porém devem 
respeitar a quarentena, fazendo com que assim o vírus não se prolifere mais. 
Contudo, os adolescentes tendem a ser impulsivos, e demonstram uma certa 
resistência com limites e mudanças. Por este motivo é fácil encontrá los em 
atividades como esportes radicais e afins. 
 
https://dasa.com.br/coronavirus#lp-pom-block-2856
https://dasa.com.br/coronavirus#lp-pom-block-2856
https://dasa.com.br/coronavirus#lp-pom-block-2856
“A adolescência e os adolescentes sempre foram malditos e sempre 
significaram inquietação. O próprio sentido do devir, da novidade, sempre o 
fez acompanhar de medo e de alguma resistência a esses movimentos de 
mudança. O mudar exige a capacidade de reelaborar sentimentos internos e 
reorganizar uma nova relação com os outros. É o desafio que a aventura da 
adolescência impõe ao adolescente e também às famílias! ” 
(Daniel Sampaio, Vozes e Ruídos, 1993). 
 
 
A adolescência é uma fase do desenvolvimento que é construída a partir das 
relações sociais. O jovem busca um aceitação do seu eu e do seu corpo em outras 
pessoas, estas que por sua vez já não é somente a sua família. 
 
“Fase de desenvolvimento constituída nas relações sociais e nas formas de 
produção da sobrevivência, o que leva necessariamente a uma 
ressignificação e a busca de novas maneiras de relacionamento que tenham 
no adolescente um parceiro social. Portanto, as ações, comportamentos e 
pensamentos dos adolescentes são fruto das relações sociais, das 
condições de existência e dos valores sociais que permeiam a cultura em 
que ele está inserido e isto é responsabilidade de todos os que fazem parte 
de um conjunto social.” 
(Ana Mercês Bahia Bock) 
 
O adolescente para Knobel & Aberastury (1981) já passa por três momentos 
de lutos: o luto pelo corpo infantil; luto pela identidade e papel infantil; luto pelos 
pais da infância. E agora com a pandemia, ele tem que lidar com o isolamento, que 
implica não ver seus amigos ou colegas com frequência. 
 
Sendo assim, imposta mais uma reorganização na sua vida. Porém, o século 
XXI conta com artifícios que não existia em outros momentos de pandemia: a 
tecnologia. E cabe aos futuros profissionais da psicologia, ajudá lo a se adaptar a 
este momento. 
 
5 DESENVOLVIMENTO COVID - 19 
 
Recentemente o mundo vive uma pandemia, onde pessoas do mundo inteiro 
se veem impossibilitadas de sair de suas residências por conta de um novo vírus. O 
covid-19 é uma doença resultante de um vírus da família do coronavírus, o 
SARS-Cov-2. Tal vírus é capaz de causar infecções que afetam o sistema 
respiratório, podendo ser confundida com uma gripe ou resfriado por conta da 
semelhança de seus sintomas. 
 
Inicialmente os primeiros casos relatados da contaminação dessa doença foi 
conhecido no final do ano de 2019, quando a OMS (Organização Mundial de Saúde) 
recebeu uma notificação a respeito de vários casos do que parecia ser uma 
pneumonia, sem causa definida, ocorrendo na cidade de Wuhan, província de Hubei, 
na República popular da China. As autoridades competentes só identificaram o 
agente causador da doença no dia 07 de janeiro de 2020. 
(Fonte: ​https://coronavirus.saude.gov.br/​) 
 
O vírus tem um poder de contaminação elevado, podendo ser transmitido de 
uma pessoa para outra, através de gotículas respiratórias eliminadas pelo portador 
ao espirrar ou tossir. Essas gotículas também podem contaminar superfícies, assim, 
podendo ser transmitida caso uma pessoa toque na superfície contaminada, pois 
esta pode acabar levando suas mãos infectadas aosolhos, boca e nariz. 
 
A Organização Mundial da Saúde declarou, em 30 de janeiro de 2020, que o 
surto da doença causada pelo novo coronavírus (COVID-19) constitui uma 
Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional – o mais alto nível de 
alerta da Organização, conforme previsto no Regulamento Sanitário Internacional. 
(Fonte:​https://www.paho.org/​) 
 
Em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como uma 
pandemia. Foram confirmados no mundo 4.618.821 casos de COVID-19 (93.324 
novos em relação ao dia anterior) e 311.847 mortes (4.452 novas em relação ao dia 
anterior) até 18 de maio de 2020. (Fonte:https://www.paho.org/) 
 
O bombardeio de notícias negativas que está atingindo toda população hoje, 
já nos deixa adultos e idosos extremamente abalados. Porém crianças e 
https://coronavirus.saude.gov.br/
https://www.paho.org/
adolescentes estão passando por sentimentos incomuns para a idade por causa da 
pandemia, como o medo excessivo. 
 
“Existem, naturalmente, oscilações de humor, descobertas e construção da 
personalidade. Crianças e adolescentes são mais vulneráveis frente às 
pressões e ao medo que se instalou.” 
(Máris Eliana Dietz,2020) 
 
Isso ocorre porque as crianças e adolescentes ainda estão em fase de 
formação. O aparelho cognitivo e as habilidades para articular as informações ainda 
estão incompletos. Por isso, de acordo com o psiquiatra Pablo Bernardes, eles estão 
mais propensos a doenças psicossomáticas, decorrentes das informações sobre a 
pandemia. Essa vulnerabilidade maior ocorrer porque o desenvolvimento físico, 
emocional e psíquico está em uma velocidade diferente, como explica a psicóloga 
Máris Eliana Dietz. (Fonte:https://www.jornalopcao.com.br/) 
 
Os adolescente precisam dessa interação social com os amigos, e agora este 
momento foi abruptamente interrompido por causa de todo este caos causado por 
um vírus, que além do mais é invisível . Um artigo publicado por pesquisadores 
brasileiros no Revista Brasileira de Psiquiatria , afirma que quando o medo é crônico 
ou faz o perigo parecer maior do que de fato é, torna-se nocivo e pode ser o gatilho 
para o desenvolvimento de problemas de saúde mental. 
(Fonte:https://www.uol.com.br/) 
 
“O medo é presente. Eles estão vendo que há jovens morrendo. E não é só 
medo de morrer, mas de ver os pais, avós ou amigos morrendo.” 
(Pablo Bernardes,2020) 
 
De acordo com Maria José Femenias Vieira, médica do serviço de check-up 
do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e especialista em psicossomática, quando o 
medo é intenso, ele desencadeia sintomas como taquicardia, dor de cabeça, 
aumento da pressão arterial e alterações na pele. Com o tempo, a pessoa pode 
desenvolver doenças como a hipertensão arterial, coronariopatia, diabetes e até 
câncer, tudo isso porque o temor exagerado afeta o sistema imunológico. 
(Fonte:https://www.uol.com.br/) 
 
"A conexão do cérebro com o corpo físico acontece principalmente no 
hipotálamo, onde o sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático 
que dá essa resposta de estresse também gerencia a imunidade do corpo. 
Então se estamos estressados, ansiosos e com medo cronicamente, é de 
se esperar que o sistema imunológico fique menos eficiente." 
(Fernando Gomes,2020) 
 
Porém todo esse momento de quarentena também pode servir para os pais 
se aproximarem dos adolescente, conversar, jogar e os acalmarem. Os jovens 
também podem passar por um momento de autoconhecimento, e utilizar a 
tecnologia de outras formas, seja ela para aprender, descontrair ou conversar, com 
parentes e amigos que agora não vê com frequência. 
 
Também podem contatar profissionais da saúde mental, para ajudar a lidar 
com o medo. Se este for intenso a ponto de roubar a energia vital, é hora de buscar 
um atendimento psicológico online, o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) ou a 
UBS (Unidade Básica de Saúde) da sua cidade, caso consultórios e clínicas estejam 
fechados. (Fonte:https://www.uol.com.br/) 
 
O distanciamento social não significa que o jovem deva se isolar por 
completo, este pode buscar sempre a companhia de seus amigos e colegas através 
de meios tecnológicos. Para ocupar o tempo e a mente devem buscar 
conhecimento, ler um livro, fazer um curso online, ver vídeo aula, manter sempre a 
mente em constante movimento e buscar sua saúde mental. Claro que também é 
importante regularizar o sono, cuidar da alimentação, praticar exercícios físicos, este 
último diminui a concentração de cortisol (conhecido como o hormônio do stress) do 
nosso corpo. Na própria plataforma do Youtube existe alguns modelos de treinos. 
 
Nesse tempo de pandemia é bastante importante ter um líder que governa 
pensando no bem estar de sua população. E que seja um exemplo para os 
indivíduos, principalmente para os adolescentes que se sentem fortes e distantes da 
morte, e por este motivo a desafiam constantemente. Já que o vírus pode afetar 
mais da metade da população, sendo possivel de acarretar em milhares de mortes. 
 
“O comportamento dos governantes é extremamente importante por várias 
razões. Os líderes do governo precisam liderar pelo exemplo, precisam 
mostrar às pessoas quais são as coisas importantes que elas devem fazer. 
Se o público não confiar em seu líder ou não confiar nas autoridades de 
saúde, não fará o que elas dizem”. 
(Steven Taylor,2019) 
 
Não é só importante como essencial assegurar a vida dos trabalhadores que 
compõe a sociedade brasileira, já que cada pessoa viva e saudável contribui para a 
economia e para o desenvolvimento do país. Se houver um alto índice de casos de 
morte pela covid-19, as consequências podem ser bastantes severas. 
 
A situação da economia decairia, como também resultaria na escassez de 
mão de obra qualificada, fazendo com que o país entrasse em falência. O zelo 
,principalmente, com a saúde mental dos jovens que estão sendo bastante afetados 
pelo estado gerado pela pandemia, poderá no futuro acarretar diversos problemas, 
por isso a importância de uma boa administração presidencial. 
 
“Os líderes do governo precisam liderar pelo exemplo, precisam mostrar às 
pessoas quais são as coisas importantes que elas devem fazer. O líder do 
governo no Canadá, por exemplo, o primeiro-ministro Trudeau, está em auto 
isolamento, porque sua esposa foi infectada pela Covid-19. Ele está 
mostrando às pessoas o que se deve fazer: ao entrar em contato com 
alguém infectado, você deve se isolar. Ele está liderando pelo exemplo. Isso 
é realmente importante, porque as pessoas buscam nos líderes inspiração e 
conselhos de como se comportar.” 
(Steven Taylor,2019) 
 
Inicialmente o posicionamento do líder do nosso país foi contrário do que 
estava sendo recomendado tanto pela OMS quanto pelo ex ministro da saúde. 
Bolsonaro de início fez pouco caso do estado de calamidade em que o mundo se 
encontra, comparando o vírus com uma simples "gripezinha" como dito pelo próprio, 
chegando até a dizer que não seria necessário as medidas de distanciamento social. 
 
Enquanto os líderes de outros países adotavam a quarentena, chegando até 
a colocar em vigoro lockdowm (encerramento de todas as atividades sociais) na 
tentativa de amenizar a rápida contaminação que estava ocorrendo no mundo 
inteiro.Recentemente o presidente do Brasil aceitou o fato do vírus ser uma 
realidade e estar afetando milhares de brasileiros, chegando a falar que esse seria 
"o maior desafio da nossa geração". 
 
Como chefe supremo do nosso país, estando correto ou não, seu 
posicionamento carrega um enorme peso e impacto, pois suas declarações estão 
diretamente ligadas às milhares de vidas brasileiras que estão em jogo. Cada 
palavra representa milhões de brasileiros, podendo amenizar, acalentar ou 
multiplicar as dores causadas por essa pandemia. 
 
Sendo representante do nosso país seu posicionamento reflete nas medidas 
de prevenção executada por cada pessoa, pois ele tem o poder de influenciar 
milhares de indivíduos, com os adolescentes, que têm a tendência de seguir e 
reproduzir ideais que julgam dentro do seu senso de justiça e vida. Sendo assim, é 
necessário buscar a forma mais eficaz e correta, tendo cuidado e cautela na hora de 
apresentar seu posicionamento já que representa todo o país. 
 
O país que já passava por uma crise econômica, agora com o surgimento da 
pandemia, faz com que os problemas econômicos se agravem para muitos, em 
destaque para as classes baixas. Cabe a nos, mobilizarmos e tentar ajudar os mais 
necessitados. 
 
Contudo em geral a pandemia do coronavírus nos trás lembranças da gripe 
espanhola, por sua semelhança em termos de prevenção e causarem um impacto 
devastador. Porém, é válido ressaltar que as medidas de proteção para quem estava 
na linha de frente, como médicos e enfermeiros era quase inexistente. 
 
A pandemia ocorrida em 1918 e 1919, conhecida como “Influenza 
Hespanhola”, tem sido considerada uma das mais devastadoras e letais da história. 
Esta enfermidade alastrou-se por todas as regiões do planeta e deixou o maior 
número de infectados e mortos, se comparada com as pandemias ocorridas até 
então. Ela teria vitimado 20 milhões de pessoas em todo o mundo (mas alguns 
estudiosos falam em 50 milhões de mortos). Em relação ao número de doentes, as 
dificuldades para o cálculo são ainda maiores e os números, mais assustadores: 
supõe-se que teriam adoecido pelo menos 600 milhões de pessoas. 
(Fonte:https://www.ufrgs.br/) 
 
Assim como em 1918, o pânico, ansiedade e medo estão presentes no nosso 
cotidiano por causa deste novo vírus que ameaça a saúde dos cidadãos. Este 
também deixa evidente a dificuldade dos poderes públicos em lidar com a 
quantidade de óbitos, sendo eles responsáveis pelos destinos dos corpos ainda 
contaminados, e que em muitas vezes realizam sepultamento coletivo. 
 
Naquele contexto, a vítima brasileira mais ilustre foi o presidente Rodrigues 
Alves, que morreu em janeiro de 1919, antes de assumir o cargo para o qual havia 
sido eleito meses antes. (Fonte:​https://www.ufrgs.br/​). 
 
De acordo com a historiadora Anny Torres, uma diferença entre as duas 
pandemias é que em 1919 os médicos diziam que era ineficaz decretar quarentena e 
fechar fronteiras porque era impossível deter o avanço da doença. 
 
“A gripe espanhola expôs os limites e levou a uma valorização do sistema 
público de saúde, indispensável para enfrentar uma epidemia, e dos 
profissionais da área médica” 
(Gilberto Hochman) 
 
Contudo, em pleno século XXI, vemos que o sistema público de saúde ainda 
carece de valorização. A sobrecarga no atendimento e na ocupação de leitos 
colocam em perigo, todos os dias, a eficiência deste sistema, que é a única opção 
para a maioria dos brasileiros. 
 
Enfim, as duas pandemias possuem inúmeras semelhanças, mas vale 
ressaltar também suas diferenças. Ao contrário da Gripe Espanhola, o atual surto 
tem sua origem já estabelecida, suas formas de propagação bem conhecidos e 
maneiras de evitar a contaminação. A situação está gerando uma corrida contra o 
tempo na busca por um remédio para curar os doentes e por uma vacina para tentar 
https://www.ufrgs.br/
evitar novos casos. Não há comparação entre o conhecimento científico de um 
século atrás e o atual. (Fonte:https://www.ufrgs.br/) 
 
Agora no quesito da rotina perdida diante deste momento. Segundo 
(BASSEDAS, HUGUET e SOLE, 1999, p.2), a palavra "rotina" tem, no seu sentido 
habitual, um caráter pejorativo, porque nos faz pensar em conduta mecânica. Já 
falamos anteriormente sobre a importância dessas atividades do ponto de vista do 
desenvolvimento. Tratam-se de situações de interação, importantíssimas, entre a 
pessoa adulta e a criança, em que a criança parte de uma dependência total, 
evoluindo progressivamente a uma autonomia que lhe é muito necessária. Por isso, 
é tão difícil mesmo que momentaneamente no estado pandêmico do mundo 
perde-las, ainda mais na adolescência com as relações sociais sendo tão 
importantes para o desenvolvimento e autoconhecimento. 
 
Esses indivíduos estão vivendo no estado de luto, definido por Kubler-Ross 
contendo 5 fases: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Consideremos 
cada uma delas em exemplos práticos, é comum ver nas redes sociais adolescentes 
frequentando festas e desconsiderando os efeitos do vírus ou associando sua 
condição jovem e não pertencente ao grupo de risco ao fato de serem indestrutíveis, 
essa é a negação. 
 
Posteriormente na raiva, se tem em paralelo os indivíduos que culpam a 
disseminação aos que frequentam esse tipo de ambiente sabendo do atual estado 
do mundo. A barganha seria o equilíbrio, o concordar ficar em casa para ser 
recompensado por seu bom comportamento. Enquanto a depressão seria o 
sentimento de tristeza, ressentimento que talvez essa realidade nunca termine. 
Enfim a aceitação, aceitar que a realidade é ruim, mas que existe algo depois, além 
de se estabilizar física e emocionalmente. 
 
As perspectivas então, não são boas quanto ao emocional desses 
adolescentes diante ao isolamento, variando entre as 5 fases, é possível ver um 
compilado de sentimentos associados à depressão, ansiedade, tédio, além de um 
sentimento de produtividade excessiva surgindo em movimentos online. Entretanto, 
à medida que a internet pode ser uma aliada, esses canais também podem nos 
deixar exaustos, nos expor à informação e aumentar a sensação de pânico e 
ansiedade. 
 
Como disse Beatriz Vittória de 17 anos do blog leiturinha: “Sentir tédio é 
inevitável nesses tempos de quarentena. Eu, uma adolescente que nunca gostou 
muito de sair de casa, estou me sentindo entediada. Como nunca havia sentido 
antes. O tempo não passa, os dias duram uma eternidade e acabam sendo muito 
repetitivos. As redes sociais ao mesmo tempo em que são uma aliada pra passar o 
tempo, são também uma grande inimiga. Em qualquer lugar que navego na internet, 
me deparo com milhares de notícias sobre a situação atual do mundo. Aí vem a 
ansiedade. Imagino que a maioria das pessoas também estão passando por isso. 
Afinal, não é nada fácil lidar com tanta mudança assim, se sentir preso, sentir medo,não poder ter contato com outras pessoas e até deixar de fazer as atividades do dia 
a dia.” 
 
Por consequência, é necessário encontrar um equilíbrio, refletindo sempre de 
como os sentimentos variam ao passar muito tempo no Twitter, por exemplo. 
Tomando cuidado com a procura ativa de informações e procurar amenizar cada 
uma dessas sensações através dos amigos, seja por vídeo conferências ou 
mensagens, essa construção de rede de apoio é de extrema importância. 
 
Depois de delimitados os usos das redes, é necessário a criação de uma 
rotina. Já que segundo (MANTAGUTE, 2008), saber que depois de determinada 
tarefa ocorrerá outra, diminui a ansiedade das pessoas, sejam elas grandes ou 
pequenas. Procurando estimular a mente eo corpo, através de atividades escolares, 
cursos online ou a leitura. Atividades físicas, meditação e atividades familiares 
conjuntas também são extremamente positivas. 
 
 
 
CONCLUSÃO COVID - 19 
 
Portanto, ao analisar as consequências da disseminação do COVID-19 na 
vida de todas as pessoas - não só no Brasil, como no mundo inteiro – é evidente que 
ao espalhar um urgente caos na população de uma forma tão rápida, foi despertado 
diversos efeitos colaterais no dia a dia de cada um que – apesar de não ter sido 
infectado pelo vírus - teve que se isolar e viver esse momento de quarentena. 
 
Partiu de conhecimento geral para o alerta de todos que os indivíduos que 
fazem parte do grupo de risco são idosos, grávidas e portadores de algumas 
doenças específicas listadas pela Organização Mundial da Saúde. Porém não são 
apenas eles que devem obedecer rigorosamente a todas as recomendações dadas 
pelos profissionais de saúde e pelo governo, sendo assim cabendo a toda a 
população obedecer a tais regulamentos. 
 
Nesse contexto, se tratando dos jovens, que como analisado anteriormente, 
estão numa idade propensa a rebeldia e em busca de cada vez mais relações 
sociais, estão mais propensos que a maioria a entrar em contato com todas as faixas 
de idade e assim espalhar o vírus de uma forma irresponsável. 
 
Outrossim, na presente situação atual do país - se aproximando de junho – o 
caos alarmante está apenas crescendo cada vez mais na vida de cada um, e se faz 
evidente observando o crescimento dos números de casos e mortes em constante 
ascensão, não apenas nos outros países, mas principalmente no Brasil. Assim, 
consequentemente, ao instaurar mais pânico e medo excessivo, além de abalar as 
pessoas fragilizadas pelo grupo de risco, crianças e adolescentes se mostram 
extremamente abalados, já que estão passando por sentimentos incomuns para a 
idade por causa da pandemia. 
 
Vale ressaltar a importância do envolvimento da tecnologia nesse contexto, 
que, por um lado pode ser usada como ferramenta para a proliferação de caos, 
porém, por outro lado, é o principal meio de informação e conscientização com o 
maior poder de alcance disponível. Também se mostra com uma importante 
colaboração majoritariamente positiva na vida das pessoas, já que suas diversas 
funções amparam em inúmeras dificuldades cotidianas afetadas pelo isolamento. 
 
Por fim, após pontuar tais efeitos colaterais recorrentes atualmente e 
analisados na presente pesquisa, é concluído que, apesar de não poder ignorar a 
gravidade do atual contexto social, é possível, e muito importante cuidar – com todos 
os meios possíveis – para que todos possam ultrapassar esse atual momento 
histórico da maneira menos danosa possível para si e para o próximo. 
 
Primeiramente cuidando de si, da sua saúde física, se conscientizando de 
todos os cuidados possíveis que devem ser tomados e, não menos importante, da 
sua saúde mental, fazendo tudo o que for necessário para afastar a ansiedade, 
medo, pânico e todo tipo de impasse para manter a mente saudável durante toda 
essa problemática. Sendo destes, um dos meios existentes - e extremamente 
benéfico - procurar auxílio e acompanhamento com um profissional de psicologia, 
este que se mostra com uma importante função social com toda a população, sendo 
capaz de exercer seu papel não só de uma maneira intimista, como também de uma 
maneira que apresente efeitos para um grande público ou envolvendo uma grande 
massa de pessoas, seja por meios de grande alcance – como redes sociais – ou 
meios comunitários. 
 
Enfim, segundamente, levando em conta que cuidar de si mesmo nesse 
momento também é cuidar do próximo, é extremamente importante se atentar aos 
cuidados coletivos, praticando todas as recomendações para evitar aglomerações. 
Além de utilizar os recursos tecnológicos disponíveis para assim, não deixar de 
cumprir com obrigações diárias, não estar ausente do contato social, do aprendizado 
e finalmente do entretenimento benéfico para a mente. 
 
 
 
 
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