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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO PENAL 
MILITAR
Crimes contra a Segurança Externa do 
País e Crimes contra a Incolumidade 
Pública
Livro Eletrônico
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Crimes contra a Segurança Externa do País e Crimes contra a Incolumidade Pública
DIREITO PENAL MILITAR
Douglas Vargas
Sumário
Introdução ........................................................................................................................................ 3
Considerações Iniciais ................................................................................................................... 4
Incêndio ............................................................................................................................................. 5
Explosão ............................................................................................................................................ 6
Inundação e Perigo de Inundação................................................................................................ 7
Fornecimento de Substância Nociva / Alterada ...................................................................... 8
Epidemia............................................................................................................................................ 9
Corrupção de Água Potável ........................................................................................................... 9
Embriaguez ao Volante ................................................................................................................ 10
Arremesso de Projetil................................................................................................................... 10
Receita Ilegal ................................................................................................................................... 11
Subtração, Ocultação ou Inutilização de Material de Socorro .............................................12
Interrupção ou Perturbação de Serviço ou Meio de Comunicação .....................................12
Envenenamento com Perigo Extensivo .....................................................................................13
Considerações Iniciais ................................................................................................................. 14
Considerações Gerais ................................................................................................................... 14
Consecução de Notícia, Informação ou Documento para Fim de Espionagem ................15
Violação de Território Estrangeiro .............................................................................................16
Orientações Finais ......................................................................................................................... 17
Questões de Concurso ................................................................................................................. 18
Gabarito ...........................................................................................................................................20
Anexo ................................................................................................................................................21
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Introdução
Saudações futuros servidores!!
Nessa aula iremos estudar os crimes contra a incolumidade pública e os crimes contra a 
segurança externa do país, ambos previstos no Código Penal Militar.
Nesse momento, é preciso apontar para o fato de que os referidos delitos são os de menor 
incidência em provas de concursos:
Crimes em espécie Ocorrência em provas
Crimes contra a Pessoa no CPM 25,89%
Crimes contra o Patrimônio no CPM 17,86%
Crimes contra a Administração Pública e contra a 
Administração da Justiça Militar 46,43%
Crimes contra a Segurança Externa do País 7,14%
Crimes contra a Incolumidade Pública no CPM 2,68%
Assim sendo, nossa abordagem será ainda mais direta do que a que realizamos nas de-
mais aulas do curso.
1. Iremos apresentar os delitos mais cobrados e mais importantes dentro de cada capí-
tulo do título em estudo;
2. Iremos apresentar, ao longo do estudo, questões anteriores sobre o tema;
3. Não iremos comentar todos os crimes, um a um, como fizemos nas demais aulas. 
Para alguns crimes, nos limitaremos apenas à leitura do texto do CPM.
Assim sendo, reduziremos muito o tempo que você precisa para passar pelo conteúdo, 
limitando o estudo de alguns dos crimes tão somente à leitura do texto legal, a qual se faz 
suficiente para a resolução da esmagadora maioria das questões da disciplina.
Nas demais aulas, sempre fizemos a abordagem, item por item, crime por crime, pois a 
possibilidade de cobrança de nuances é maior. Mas na presente aula, a objetividade irá reger 
o nosso trabalho de uma forma mais intensa, e nos orientaremos muito mais pelas estatísti-
cas de questões anteriores.
Essa estratégia é importante quando colocamos nossa preparação em contexto. Note, 
como exemplo, que historicamente, apenas 3% das questões são elaboradas com base 
nos crimes contra a incolumidade pública no CPM (Título este que compreende dos arti-
gos 268 a 297).
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Dito isso, espero que compreendam a diferença de tom entre a aula que está em suas 
mãos e as demais aulas do curso. Lembrando sempre que nosso objetivo principal sempre 
será o de apresentar o conteúdo da forma mais eficaz para fins de resolução de questões, 
ainda que isso signifique uma abordagem mais literal da disciplina.
Bons estudos e lembre-se sempre de fazer a leitura complementar, integral, do texto do 
CPM, independentemente de qualquer estatística de provas anteriores. Assim estaremos 
buscando, ao mesmo tempo, eficiência e segurança na nossa preparação.
Prof. Douglas Vargas.
Capítulo I
Dos Crimes Contra a Incolumidade Pública no CPM
ConsIderações InICIaIs
O CPM prevê, em seu título VI, os crimes contra a incolumidade pública, os quais vão, des-
de o delito de incêndio (art. 268 do CPM) ao crime de omissão de notificação de doença (art. 
297 do CPM).
Em que pese a leitura integral do texto de lei ser sempre recomendável e considerada ab-
solutamente necessária para evitar possíveis surpresas na hora da prova, devemos, mais do 
que nunca, orientar o estudo mais aprofundado com base em estatísticas de questões ante-
riores, principalmente em um tema tão pouco cobrado como o título em estudo.
Nesse sentido, fazendo uma análise histórica dos concursos já realizados que cobraram 
o referido tema, tanto na esfera das forças armadas quanto em concursos públicos diver-
sos, é possível identificar a incidência dos seguintes delitos, os quais serão priorizados na 
aula de hoje:
Crime
n. de 
questões 
ou itens
Explosão 1
Incêndio 1
Perigo de Inundação 2
Fornecimento de substância adulterada 1
Epidemia 1
Corrupção de Água Potável 1
Inundação 1
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Crime
n. de 
questões 
ou itens
Embriaguez ao volante 1
Arremesso de projetil 1
Receita Ilegal 1
Subtração, ocultação ou inutilização de material de socorro 1
Interrupção ou perturbação de serviço ou meio de comunicação 1
Envenenamento com perigo extensivo 1
InCêndIo
Incêndio
Art. 268. Causar incêndio em lugar sujeito à administração militar, expondo a perigo a vida, a inte-
gridade física ou o patrimônio de outrem:
Pena – reclusão, de três a oito anos.
§ 1º A pena é agravada:
Agravação de pena
I – se o crime é cometido com intuito de obter vantagem pecuniária para si ou para outrem;
II – se o incêndio é:
a) em casa habitada ou destinada a habitação;
b) em edifício público ou qualquer construção destinada a uso público ou a obra de assistência 
social ou de cultura;
c) em navio, aeronave, comboio ou veículo de transporte coletivo;
d) em estação ferroviária, rodoviária, aeródromo ou construção portuária;
e) em estaleiro, fábrica ou oficina;
f) em depósito de explosivo, combustível ou inflamável;
g) em poço petrolífero ou galeria de mineração;
h) em lavoura, pastagem, mata ou floresta.
§ 2º Se culposo o incêndio:
Incêndio culposo
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Delito que pode ser praticado por qualquer pessoa, configura-se a versão de incêndio 
prevista no CPM com conduta de causar incêndio em lugar sujeito à administração militar.
O delito, assim como o de explosão, pode ter vítimas determinadas sofrendo o perigo que 
é pressuposto da existência da norma, mas sua individualização não é necessária para que 
se possa responsabilizar o autor.
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Ademais, possui forma culposa, e segundo a doutrina, a perícia é necessária para sua con-
figuração (estamos diante de crime de perigo concreto).
As modalidades de agravação de pena (§ 1º) são de especial importância posto que apli-
cáveis também ao delito de explosão (o qual estudaremos a seguir.
explosão
Explosão
Art. 269. Causar ou tentar causar explosão, em lugar sujeito à administração militar, expondo a pe-
rigo a vida, a integridade ou o patrimônio de outrem:
Pena – reclusão, até quatro anos.
Forma qualificada
§ 1º Se a substância utilizada é dinamite ou outra de efeitos análogos:
Pena – reclusão, de três a oito anos.
Agravação de pena
§ 2º A pena é agravada se ocorre qualquer das hipóteses previstas no § 1º, n. I, do artigo anterior, ou 
é visada ou atingida qualquer das coisas enumeradas no n. II do mesmo parágrafo.
§ 3º Se a explosão é causada pelo desencadeamento de energia nuclear:
Pena – reclusão, de cinco a vinte anos.
Modalidade culposa
§ 4º No caso de culpa, se a explosão é causada por dinamite ou substância de efeitos análogos, a 
pena é detenção, de seis meses a dois anos; se é causada pelo desencadeamento de energia nucle-
ar, detenção de três a dez anos; nos demais casos, detenção de três meses a um ano.
Crime que pode ser praticado por qualquer pessoa, o delito de explosão se configura quan-
do o indivíduo causa – ou tenta causar – explosão, em lugar sujeito à administração militar.
Segundo a doutrina, é dispensável identificar as pessoas vitimadas pela conduta para que 
se possa responsabilizar o agente delitivo.
O delito possui modalidade culposa (§ 4º).
Dê especial atenção aos delitos que possuem a modalidade culposa. É comum encontrar 
questões sobre a disciplina penal militar em geral envolvendo a identificação de quais delitos 
possuem a referida modalidade, de forma geral.
O § 1º da conduta prevê forma qualificada caso utilize-se dinamite ou substância de 
efeitos análogos, qualificadora cuja existência se justifica pelo maior potencial explosivo de 
tais substâncias.
O § 2º prevê a agravação da pena da explosão nas mesmas hipóteses do delito de incêndio 
(vide artigo anterior).
Por fim, cabe apontar para o § 3º, o qual apresenta qualificadora que não existe no Código 
Penal comum, caso o delito seja praticado com a utilização de energia nuclear.
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Inundação e perIgo de Inundação
Inundação
Art. 272. Causar inundação, em lugar sujeito à administração militar, expondo a perigo a vida, a 
integridade física ou o patrimônio de outrem:
Pena – reclusão, de três a oito anos.
Modalidade culposa
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Perigo de inundação
Art. 273. Remover, destruir ou inutilizar obstáculo natural ou obra destinada a impedir inundação, 
expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, em lugar sujeito à admi-
nistração militar:
Pena – reclusão, de dois a quatro anos
Mais delitos que podem ser praticados por qualquer pessoa, e também com condutas 
parecidas com aquelas previstas no Código Penal comum, mas praticadas em lugar sujeito 
à administração militar, as condutas de inundação e perigo de inundação tem ambas como 
ponto chave a exposição a perigo a vida, a integridade física ou patrimônio de outrem.
Não há necessidade de elaborar muito sobre os delitos em questão, mas tão somente 
de diferenciar suas peculiaridades, merecendo destaque a forma culposa presente apenas 
no art. 272.
Esquematizando, temos o seguinte:
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ForneCImento de substânCIa noCIva / alterada
Fornecimento de substância nociva
Art. 295. Fornecer às forças armadas substância alimentícia ou medicinal corrompida, adulterada 
ou falsificada, tornada, assim, nociva à saúde:
Pena – reclusão, de dois a seis anos.
Modalidade culposa
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Art. 296. Fornecer às forças armadas substância alimentícia ou medicinal alterada, reduzindo, as-
sim, o seu valor nutritivo ou terapêutico:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Modalidade culposa
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
Pena – detenção, até seis meses.
Praticável por qualquer pessoa, o delito de fornecimento de substância nociva, previsto 
no art. 295 do CPM, consiste na conduta daquele que fornece substância alimentícia ou me-
dicinal corrompida, adulterada ou falsificada que, em razão dessa característica, tornou-se 
nociva a saúde.
O sujeito passivo, como ensina a doutrina, são os próprios integrantes das forças arma-
das, haja vista que o delito se consubstancia com o referido fornecimento das substâncias às 
forças armadas, especificamente.
O delito possui a previsão de modalidade culposa.
O art. 296, por sua vez, prevê o delito de fornecimento de substância alterada, menos gra-
ve do que o art. 295, no qual asubstância fornecida também às forças armadas está alterada, 
e em razão de sua alteração, possui reduzido valor nutritivo ou terapêutico.
Também admite a modalidade culposa.
Como de praxe, é preciso fazer uma comparação entre ambos os delitos para evitar erros 
na hora da prova:
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epIdemIa
Epidemia
Art. 292. Causar epidemia, em lugar sujeito à administração militar, mediante propagação de ger-
mes patogênicos:
Pena – reclusão, de cinco a quinze anos.
Forma qualificada
§ 1º Se do fato resulta morte, a pena é aplicada em dobro.
Modalidade culposa
§ 2º No caso de culpa, a pena é de detenção, de um a dois anos, ou, se resulta morte, de dois a 
quatro anos
Praticável por qualquer pessoa, a conduta do art. 292 é a do indivíduo que, em lugar sujeito 
a administração militar, faz a propagação de germes patogênicos, causando uma epidemia.
Como ensina a doutrina, epidemia é a ocorrência de doença que acomete, em curto es-
paço de tempo, e em determinado lugar, várias pessoas, e não se confunde com a pandemia 
(doença de caráter epidêmico que abrange várias regiões ao mesmo tempo) e nem com a 
endemia (enfermidade que existe, com frequência, em determinado lugar e que atinge um 
número indeterminado de pessoas.
O delito admite a forma culposa, e prevê pena em dobro caso da conduta em análise resul-
te morte de alguém. Lembre-se que o CPM trata o que seria uma causa de aumento de pena, 
como forma qualificada, mas que mesmo assim usualmente as provas irão observar o texto 
do CPM com prevalência sobre os ensinamentos da doutrina.
Corrupção de Água potÁvel
Corrupção ou poluição de água potável
Art. 294. Corromper ou poluir água potável de uso de quartel, fortaleza, unidade, navio, aeronave ou 
estabelecimento militar, ou de tropa em manobras ou exercício, tornando-a imprópria para consumo 
ou nociva à saúde:
Pena – reclusão, de dois a cinco anos.
Modalidade culposa
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
Pena – detenção, de dois meses a um ano.
De simples compreensão, o delito de corrupção ou poluição de água potável pode ser pra-
ticado por qualquer pessoa, desde que a água em questão seja de uso em quartel, fortaleza, 
unidade, navio, aeronave ou estabelecimento militar, ou de tropa em manobras ou exercício, 
tornando a água imprópria para consumo ou nociva à saúde.
Corromper deve ser interpretado como adulterar ou estragar, enquanto poluir, segundo a 
doutrina, deve ser interpretado no sentido de sujar ou tornar prejudicial.
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O delito, como muitos outros previstos nesse capítulo, admite a forma culposa.
embrIaguez ao volante
Embriaguez ao volante
Art. 279. Dirigir veículo motorizado, sob administração militar na via pública, encontrando-se em 
estado de embriaguez, por bebida alcoólica, ou qualquer outro inebriante:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
O próximo delito, embriaguez ao volante, se consubstancia na conduta de qualquer pessoa 
que dirija veículo motorizado, sob administração militar, na via pública, em estado de embria-
guez por qualquer inebriante.
Note-se que é difícil vislumbrar hipótese de prática do referido delito por qualquer pessoa 
que não seja o militar (posto que o veículo deve estar sob a administração militar), mas a dou-
trina classifica o delito como praticável por qualquer pessoa.
Veja que o tipo penal não faz distinção de graus de embriaguez, e que é de perigo abstrato, 
não exigindo prova concreta de potencial dano à segurança viária.
É natural que o aluno se questione sobre o art. 306 do CTB, no entanto, lembre-se que o 
CPM é norma especial em relação ao referido diploma legal, haja vista estar voltado às pecu-
liaridades da vida castrense.
Segundo a jurisprudência e a doutrina, a prova da embriaguez se faz por qualquer meio 
lícito (exame pericial, testemunhal etc.).
O delito não possui a forma culposa.
arremesso de projetIl
Arremesso de projétil
Art. 286. Arremessar projétil contra veículo militar, em movimento, destinado a transporte por terra, 
por água ou pelo ar:
Pena – detenção, até seis meses.
Forma qualificada pelo resultado
Parágrafo único. Se do fato resulta lesão corporal, a pena é de detenção, de seis meses a dois anos; 
se resulta morte, a pena é a do homicídio culposo, aumentada de um terço.
Também praticado por qualquer pessoa, o delito de arremesso de projetil se configura 
com o arremesso de qualquer objeto sólido contra veículo militar, em movimento, destinado a 
transporte seja por terra água ou pelo ar.
Há debate na doutrina sobre a necessidade de o veículo estar em movimento, existindo 
posição no sentido de que só não se aplica o tipo penal se o veículo estiver estacionado, 
aplicando-se ainda a figura típica caso o veículo estema momentaneamente parado mas em 
deslocamento e transportando passageiros. Dificilmente esse ponto será objeto de prova, por 
existir divergência.
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Há ainda a previsão de figura preterdolosa do delito, qualificando-se o resultado caso do 
arremesso resulte lesão corporal ou morte.
reCeIta Ilegal
Receita ilegal
Art. 291. Prescrever o médico ou dentista militar, ou aviar o farmacêutico militar receita, ou for-
necer substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, fora dos casos 
indicados pela terapêutica, ou em dose evidentemente maior que a necessária, ou com infração 
de preceito legal ou regulamentar, para uso de militar, ou para entrega a este; ou para qualquer 
fim, a qualquer pessoa, em consultório, gabinete, farmácia, laboratório ou lugar, sujeitos à admi-
nistração militar:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Casos assimilados
Parágrafo único. Na mesma pena incorre:
I – o militar ou funcionário que, tendo sob sua guarda ou cuidado substância entorpecente ou 
que determine dependência física ou psíquica, em farmácia, laboratório, consultório, gabinete ou 
depósito militar, dela lança mão para uso próprio ou de outrem, ou para destino que não seja lícito 
ou regular;
II – quem subtrai substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, ou 
dela se apropria, em lugar sujeito à administração militar, sem prejuízo da pena decorrente da sub-
tração ou apropriação indébita;
III – quem induz ou instiga militar em serviço ou em manobras ou exercício a usar substância en-
torpecente ou que determine dependência física ou psíquica;
IV – quem contribui, de qualquer forma, para incentivar ou difundir o uso de substância entor-
pecente ou que determine dependência física ou psíquica, em quartéis, navios, arsenais, estabe-
lecimentos industriais, alojamentos, escolas, colégios ou outros quaisquer estabelecimentos ou 
lugares sujeitos à administração militar, bem como entre militares queestejam em serviço, ou 
o desempenhem em missão para a qual tenham recebido ordem superior ou tenham sido legal-
mente requisitados.
Cuida o delito de conduta específica de sujeito ativo que seja médico militar, dentista mi-
litar ou farmacêutico militar.
Trata-se de crime contra a saúde, que tem natureza militar também por ter como requisito 
que a prescrição seja realizada para uso de militar, para entrega a este, ou desde que a con-
duta seja realizada em lugar sujeito a administração militar.
O delito é de difícil memorização pois possui inúmeros casos assimilados. Não possui 
forma culposa, e nem qualquer causa de aumento de pena ou diminuição.
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subtração, oCultação ou InutIlIzação de materIal de soCorro
Subtração, ocultação ou inutilização de material de socorro
Art. 275. Subtrair, ocultar ou inutilizar, por ocasião de incêndio, inundação, naufrágio, ou outro de-
sastre ou calamidade, aparelho, material ou qualquer meio destinado a serviço de combate ao 
perigo, de socorro ou salvamento; ou impedir ou dificultar serviço de tal natureza:
Pena – reclusão, de três a seis anos.
O art. 275 do CPM prevê conduta praticável por qualquer pessoa, que subtrai, oculta ou 
inutiliza, durante desastre ou calamidade (como incêndio ou inundação, por exemplo), qual-
quer meio destinado ao combate do referido perigo, ou de socorro ou salvamento, o que im-
pede ou dificulta o serviço dessa natureza.
Não há, nessa norma, referência específica à prática do delito na esfera militar ou por su-
jeito ativo militar, devendo a classificação da conduta como crime militar ser realizada com 
base na aplicabilidade do art. 9º do COM.
O delito não possui forma culposa.
Cabe ressaltar, por fim, que o tipo penal é misto alternativo. Dessa forma, se o indivíduo 
pratica, no mesmo contexto fático, mais de uma das condutas narradas, responde por um 
único crime.
Interrupção ou perturbação de servIço ou meIo de ComunICação
Interrupção ou perturbação de serviço ou meio de comunicação
Art. 288. Interromper, perturbar ou dificultar serviço telegráfico, telefônico, telemétrico, de televi-
são, telepercepção, sinalização, ou outro meio de comunicação militar; ou impedir ou dificultar a 
sua instalação em lugar sujeito à administração militar, ou desde que para esta seja de interesse 
qualquer daqueles serviços ou meios:
Pena – detenção, de um a três anos.
Aumento de pena
Art. 289. Nos crimes previstos neste capítulo, a pena será agravada, se forem cometidos em oca-
sião de calamidade pública.
Outro delito que pode ser praticado por qualquer pessoa, o art. 288 requer, para sua con-
figuração, a interrupção, perturbação ou criação de dificuldade em serviço telegráfico, telefô-
nico, ou qualquer outro arrolado no tipo como meio de comunicação militar.
Consubstancia-se também, em uma segunda forma, com o impedimento ou criação de 
dificuldade para instalação dos referidos meios de comunicação em lugar sujeito à adminis-
tração militar, ou de que o serviço ou referido meio embaraçado pelo autor seja de interesse 
da administração militar.
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A causa de aumento prevista no art. 289 se aplica a todos os crimes contra os meios de trans-
porte e de comunicação (artigos 282 a 288 do CPM), e não apenas ao crime do art. 288.
envenenamento Com perIgo extensIvo
Envenenamento com perigo extensivo
Art. 293. Envenenar água potável ou substância alimentícia ou medicinal, expondo a perigo a saú-
de de militares em manobras ou exercício, ou de indefinido número de pessoas, em lugar sujeito à 
administração militar:
Pena – reclusão, de cinco a quinze anos.
Caso assimilado
§ 1º Está sujeito à mesma pena quem em lugar sujeito à administração militar, entrega a consumo, 
ou tem em depósito, para o fim de ser distribuída, água ou substância envenenada.
Forma qualificada
§ 2º Se resulta a morte de alguém:
Pena – reclusão, de quinze a trinta anos.
Modalidade culposa
§ 3º Se o crime é culposo, a pena é de detenção, de seis meses a dois anos; ou, se resulta a morte, 
de dois a quatro anos.
Para finalizar a lista de delitos com cobrança em provas anteriores sobre o tema incolumi-
dade pública no CPM temos o delito de Envenenamento com perigo extensivo.
Novamente, estamos diante de crime praticado por qualquer pessoa que envenene água 
potável ou substância alimentícia ou medicinal, com exposição a perigo a saúde de:
• Militares em manobras ou exercício;
• Indefinido número de pessoas, em lugar sujeito à administração militar.
Prevê a legislação a conduta equiparada (ou caso assimilado) na conduta daquele que, 
também em lugar sujeito à administração militar, entrega a consumo ou tem em depósito, a 
água ou substância envenenada.
A conduta apresenta uma forma qualificada pela morte de qualquer das pessoas que seja 
alvo da conduta, e a forma culposa, a qual pode, ou não, ser qualificada pela morte, de acordo 
com o § 3º.
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Capítulo II
Dos Crimes Contra a Segurança Externa do País
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O CPM prevê, em seu LIVRO I, Título I, os crimes contra a segurança externa do país, os 
quais vão, desde o delito de Hostilidade contra país estrangeiro (art. 136 do CPM) ao crime de 
sobrevoo em local interdito (art. 148 do CPM).
Em que pese a leitura integral do texto de lei ser sempre recomendável e considerada ab-
solutamente necessária para evitar possíveis surpresas na hora da prova, devemos, mais do 
que nunca, orientar o estudo mais aprofundado com base em estatísticas de questões ante-
riores, assim como fizemos com os delitos contra a incolumidade pública, principalmente em 
um tema tão pouco cobrado como o título em estudo.
Nesse sentido, fazendo uma análise histórica dos concursos já realizados que cobraram 
o referido tema, tanto na esfera das forças armadas quanto em concursos públicos diver-
sos, é possível identificar a incidência dos seguintes delitos, os quais serão priorizados na 
aula de hoje:
Crime / Tema n. de questões ou itens
Disposições gerais 1
Consecução de notícia, informação ou documento 
para fim de espionagem 2
Violação de território estrangeiro 1
ConsIderações geraIs
Em primeiro lugar, tome nota da previsão do art. 28 do CPM:
Casos de prevalência do Código Penal Militar
Art. 28. Os crimes contra a segurança externa do país ou contra as instituições militares, definidos 
neste Código, excluem os da mesma natureza definidos em outras leis.
A previsão do art. 28 é clara no sentido de que, no caso de crimes contra a segurança ex-
terna do país (ou contra as instituições militares), excluem-se os delitos de mesma natureza 
previstos em outras leis.
Ademais, há ainda previsão específica aplicável aos crimescontra a segurança externa do 
país, no sentido de definir requisitos especiais para concessão de livramento condicional, nos 
dizeres do art. 97 do CPM, o qual merece ser lido:
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Casos especiais do livramento condicional
Art. 97. Em tempo de paz, o livramento condicional por crime contra a segurança externa do país, 
ou de revolta, motim, aliciação e incitamento, violência contra superior ou militar de serviço, só será 
concedido após o cumprimento de dois terços da pena, observado ainda o disposto no art. 89, pre-
âmbulo, seus números II e III e §§ 1º e 2º.
Apresentadas as disposições gerais acima, podemos partir para a análise dos delitos que 
possuem histórico de cobrança em certames anteriores.
ConseCução de notíCIa, InFormação ou doCumento para FIm de 
espIonagem
Consecução de notícia, informação ou documento para fim de espionagem
Art. 143. Conseguir, para o fim de espionagem militar, notícia, informação ou documento, cujo sigilo 
seja de interesse da segurança externa do Brasil:
Pena – reclusão, de quatro a doze anos.
§ 1º A pena é de reclusão de dez a vinte anos:
I – se o fato compromete a preparação ou eficiência bélica do Brasil, ou o agente transmite ou 
fornece, por qualquer meio, mesmo sem remuneração, a notícia, informação ou documento, a au-
toridade ou pessoa estrangeira;
II – se o agente, em detrimento da segurança externa do Brasil, promove ou mantém no território 
nacional atividade ou serviço destinado à espionagem;
III – se o agente se utiliza, ou contribui para que outrem se utilize, de meio de comunicação, para 
dar indicação que ponha ou possa pôr em perigo a segurança externa do Brasil.
Modalidade culposa
§ 2º Contribuir culposamente para a execução do crime:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, no caso do artigo; ou até quatro anos, no caso do § 
1º, n. I.
O delito em estudo consiste na conduta de qualquer pessoa que, com a finalidade de es-
pionagem militar, consegue notícia, informação ou documento cujo sigilo seja de interesse da 
segurança externa do Brasil.
Nesse sentido, a doutrina ensina que a conduta se consubstancia com a obtenção de 
qualquer notícia, informação ou documento secreto de interesse da segurança brasileira.
O delito se parece com o art. 13 da LSN (Lei de Segurança Nacional) mas é específico para 
aplicação no âmbito dos informes de natureza militar.
É crime formal, doloso, e que admite tanto a forma culposa quanto dolosa.
Há ainda a previsão das formas qualificadas pelo resultado no § 1º, a saber:
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vIolação de terrItórIo estrangeIro
Violação de território estrangeiro
Art. 139. Violar o militar território estrangeiro, com o fim de praticar ato de jurisdição em nome 
do Brasil:
Pena – reclusão, de dois a seis anos.
O delito de violação de território estrangeiro tem como sujeito ativo, por expressa previsão 
legal, apenas o militar.
A conduta é prevista como delito em razão do fato de que atos praticados sob este prisma, 
principalmente por um militar, tem o potencial para desencadear um conflito armado entre 
os países.
Note que, ao dizer “com a finalidade de praticar ato de jurisdição em nome do Brasil”, en-
tende a doutrina que a conduta se configura quando o indivíduo possui a finalidade de cum-
prir decisão emanada pelo Poder Judiciário.
Note, ainda, que a expressão “em nome do Brasil” configura, segundo NUCCI, o pretexto 
do militar. Ele não está, de fato, imbuído do cumprimento de algo legal ou devido, pois não há 
sentido em punir alguém que esteja, de fato, cumprindo seu dever.
O delito não admite forma culposa.
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orIentações FInaIs
Caro(a) aluno(a), eis que finalizamos o estudo dos principais crimes cobrados em relação 
a incolumidade pública e contra a segurança externa do país, previstos no CPM.
Lembre-se de que nossa busca sempre será pela otimização dos seus estudos e pelo equi-
líbrio entre o tempo de estudos e a eficácia na resolução de questões (estamos diante, em todo 
o curso, do tema historicamente menos cobrado).
Sendo assim, é imperativo observar, sempre, que a leitura do texto do CPM, mesmo dos 
crimes que não receberam abordagem detalhada nessa aula, deve ser realizada de forma 
complementar, evitando-se assim surpresas na hora da prova.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (2020/PM-MG/ASPIRANTE) Marque a alternativa CORRETA. De acordo com o Código 
Penal Militar (CPM), são crimes militares previstos contra a segurança externa do país ou 
contra a incolumidade pública em que não se admite a modalidade culposa:
a) Consecução de notícia, informação ou documento para fim de espionagem (art. 143 do 
CPM); Usura pecuniária (art. 267 do CPM); Epidemia (art. 292 do CPM); Corrupção ou poluição 
de água potável (art. 294 do CPM);
b) Inundação (art. 272 do CPM); Embriaguez ao volante (art. 279 do CPM); arremesso de pro-
jétil (art. 286 do CPM); Receita ilegal (art. 291 do CPM)
c) Violação de território estrangeiro (art. 139 do CPM); Sobrevoo em local interdito (art. 148 do 
CPM); Perigo de inundação (art. 273 do CPM); Subtração, ocultação ou inutilização de mate-
rial de socorro (art. 275 do CPM);
d) Consecução de notícia, informação ou documento para fim de espionagem (art. 143 do 
CPM); Interrupção ou perturbação de serviço ou meio de comunicação (art. 288 do CPM); 
Envenenamento com perigo extensivo (art. 293 do CPM); Desobediência (art. 301 do CPM).
Questão extremamente pesada, a qual requer que você se lembre quais os crimes possuem 
(ou não possuem) forma culposa, dentre os estudados na aula de hoje, para marcar a respos-
ta (na qual só constam crimes que não admitem a modalidade culposa).
O gabarito, nesse sentido, é a letra c, a qual apresenta apenas delitos dolosos.
Letra c.
002. (2018/IAUPE/CBM-PE/OFICIAL/ADAPTADA) O crime de hostilidade contra país estran-
geiro compreende a exposição do Brasil a perigo de guerra, ao passo que o crime de conse-
cução de notícia, informação ou documento para fim de espionagem não prevê a modalida-
de culposa.
Questão para testar se você está seguindo minhas orientações e fazendo a leitura comple-
mentar do texto legal.
O art. 136 prevê, de fato, a exposição do Brasil a perigo de guerra, validando a primeira parte 
da assertiva.
No entanto, o art. 143 doCPM (consecução de notícia, informação ou documento para fim de 
espionagem) prevê, de fato, a modalidade culposa, o que invalida o item.
Errado.
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003. (FUNCAB/PM-GO/SOLDADO/ADAPTADA) Os crimes contra a segurança externa do país 
ou contra as instituições militares, definidos no Código Penal Militar, não excluem os da mes-
ma natureza definidos em outras leis.
Na verdade, o art. 28 do CPM prevê em sentido contrário (a exclusão, expressa, de previsões 
contidas em outros diplomas legais).
Errado.
004. (MPM/PROMOTOR/ADAPTADA) A hostilidade contra país estrangeiro é crime previsto 
apenas no CPM e só pode ser cometido por militar ou assemelhado.
Em que pese ser previsto apenas no CPM, o delito apresentado só pode ser praticado por mi-
litar (não havendo menção à figura do assemelhado no tipo penal.
Errado.
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GABARITO
1. c
2. E
3. E
4. E
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ANEXO
Integralidade do Texto Legal para Leitura e Revisão
TÍTULO I
DOS CRIMES CONTRA A SEGURANÇA EXTERNA DO PAÍS
Hostilidade contra país estrangeiro
Art. 136. Praticar o militar ato de hostilidade contra país estrangeiro, expondo o Brasil a 
perigo de guerra:
Pena – reclusão, de oito a quinze anos.
Resultado mais grave
§ 1º Se resulta ruptura de relações diplomáticas, represália ou retorsão:
Pena – reclusão, de dez a vinte e quatro anos.
§ 2º Se resulta guerra:
Pena – reclusão, de doze a trinta anos.
Provocação a país estrangeiro
Art. 137. Provocar o militar, diretamente, país estrangeiro a declarar guerra ou mover hosti-
lidade contra o Brasil ou a intervir em questão que respeite à soberania nacional:
Pena – reclusão, de doze a trinta anos.
Ato de jurisdição indevida
Art. 138. Praticar o militar, indevidamente, no território nacional, ato de jurisdição de país 
estrangeiro, ou favorecer a prática de ato dessa natureza:
Pena – reclusão, de cinco a quinze anos.
Violação de território estrangeiro
Art. 139. Violar o militar território estrangeiro, com o fim de praticar ato de jurisdição em 
nome do Brasil:
Pena – reclusão, de dois a seis anos.
Entendimento para empenhar o Brasil à neutralidade ou à guerra
Art. 140. Entrar ou tentar entrar o militar em entendimento com país estrangeiro, para em-
penhar o Brasil à neutralidade ou à guerra:
Pena – reclusão, de seis a doze anos.
Entendimento para gerar conflito ou divergência com o Brasil
Art. 141. Entrar em entendimento com país estrangeiro, ou organização nele existente, 
para gerar conflito ou divergência de caráter internacional entre o Brasil e qualquer outro país, 
ou para lhes perturbar as relações diplomáticas:
Pena – reclusão, de quatro a oito anos.
Resultado mais grave
§ 1º Se resulta ruptura de relações diplomáticas:
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Pena – reclusão, de seis a dezoito anos.
§ 2º Se resulta guerra:
Pena – reclusão, de dez a vinte e quatro anos.
Tentativa contra a soberania do Brasil
Art. 142. Tentar:
I – submeter o território nacional, ou parte dele, à soberania de país estrangeiro;
II – desmembrar, por meio de movimento armado ou tumultos planejados, o território na-
cional, desde que o fato atente contra a segurança externa do Brasil ou a sua soberania;
III – internacionalizar, por qualquer meio, região ou parte do território nacional:
Pena – reclusão, de quinze a trinta anos, para os cabeças; de dez a vinte anos, para os de-
mais agentes.
Consecução de notícia, informação ou documento para fim de espionagem
Art. 143. Conseguir, para o fim de espionagem militar, notícia, informação ou documento, 
cujo sigilo seja de interesse da segurança externa do Brasil:
Pena – reclusão, de quatro a doze anos.
§ 1º A pena é de reclusão de dez a vinte anos:
I – se o fato compromete a preparação ou eficiência bélica do Brasil, ou o agente transmite 
ou fornece, por qualquer meio, mesmo sem remuneração, a notícia, informação ou documento, 
a autoridade ou pessoa estrangeira;
II – se o agente, em detrimento da segurança externa do Brasil, promove ou mantém no 
território nacional atividade ou serviço destinado à espionagem;
III – se o agente se utiliza, ou contribui para que outrem se utilize, de meio de comunicação, 
para dar indicação que ponha ou possa pôr em perigo a segurança externa do Brasil.
Modalidade culposa
§ 2º Contribuir culposamente para a execução do crime:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, no caso do artigo; ou até quatro anos, no caso 
do § 1º, n. I.
Revelação de notícia, informação ou documento
Art. 144. Revelar notícia, informação ou documento, cujo sigilo seja de interesse da segu-
rança externa do Brasil:
Pena – reclusão, de três a oito anos.
Fim da espionagem militar
§ 1º Se o fato é cometido com o fim de espionagem militar:
Pena – reclusão, de seis a doze anos.
Resultado mais grave
§ 2º Se o fato compromete a preparação ou a eficiência bélica do país:
Pena – reclusão, de dez a vinte anos.
Modalidade culposa
§ 3º Se a revelação é culposa:
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Pena – detenção, de seis meses a dois anos, no caso do artigo; ou até quatro anos, nos 
casos dos §§ 1º e 2.
Turbação de objeto ou documento
Art. 145. Suprimir, subtrair, deturpar, alterar, desviar, ainda que temporariamente, objeto ou 
documento concernente à segurança externa do Brasil:
Pena – reclusão, de três a oito anos.
Resultado mais grave
§ 1º Se o fato compromete a segurança ou a eficiência bélica do país:
Pena – Reclusão, de dez a vinte anos.
Modalidade culposa
§ 2º Contribuir culposamente para o fato:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Penetração com o fim de espionagem
Art. 146. Penetrar, sem licença, ou introduzir-se clandestinamente ou sob falso pretexto, em 
lugar sujeito à administração militar, ou centro industrial a serviço de construção ou fabricação 
sob fiscalização militar, para colher informação destinada a país estrangeiro ou agente seu:Pena – reclusão, de três a oito anos.
Parágrafo único. Entrar, em local referido no artigo, sem licença de autoridade competente, 
munido de máquina fotográfica ou qualquer outro meio hábil para a prática de espionagem:
Pena – reclusão, até três anos.
Desenho ou levantamento de plano ou planta de local militar ou de engenho de guerra
Art. 147. Fazer desenho ou levantar plano ou planta de fortificação, quartel, fábrica, arsenal, 
hangar ou aeródromo, ou de navio, aeronave ou engenho de guerra motomecanizado, utiliza-
dos ou em construção sob administração ou fiscalização militar, ou fotografá-los ou filmá-los:
Pena – reclusão, até quatro anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Sobrevoo em local interdito
Art. 148. Sobrevoar local declarado interdito:
Pena – reclusão, até três anos.
TÍTULO VI
DOS CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA
CAPÍTULO I
DOS CRIMES DE PERIGO COMUM
Incêndio
Art. 268. Causar incêndio em lugar sujeito à administração militar, expondo a perigo a vida, 
a integridade física ou o patrimônio de outrem:
Pena – reclusão, de três a oito anos.
§ 1º A pena é agravada:
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Agravação de pena
I – se o crime é cometido com intuito de obter vantagem pecuniária para si ou para outrem;
II – se o incêndio é:
a) em casa habitada ou destinada a habitação;
b) em edifício público ou qualquer construção destinada a uso público ou a obra de assis-
tência social ou de cultura;
c) em navio, aeronave, comboio ou veículo de transporte coletivo;
d) em estação ferroviária, rodoviária, aeródromo ou construção portuária;
e) em estaleiro, fábrica ou oficina;
f) em depósito de explosivo, combustível ou inflamável;
g) em poço petrolífero ou galeria de mineração;
h) em lavoura, pastagem, mata ou floresta.
§ 2º Se culposo o incêndio:
Incêndio culposo
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Explosão
Art. 269. Causar ou tentar causar explosão, em lugar sujeito à administração militar, ex-
pondo a perigo a vida, a integridade ou o patrimônio de outrem:
Pena – reclusão, até quatro anos.
Forma qualificada
§ 1º Se a substância utilizada é dinamite ou outra de efeitos análogos:
Pena – reclusão, de três a oito anos.
Agravação de pena
§ 2º A pena é agravada se ocorre qualquer das hipóteses previstas no § 1º, n. I, do artigo 
anterior, ou é visada ou atingida qualquer das coisas enumeradas no n. II do mesmo parágrafo.
§ 3º Se a explosão é causada pelo desencadeamento de energia nuclear:
Pena – reclusão, de cinco a vinte anos.
Modalidade culposa
§ 4º No caso de culpa, se a explosão é causada por dinamite ou substância de efeitos 
análogos, a pena é detenção, de seis meses a dois anos; se é causada pelo desencadeamento 
de energia nuclear, detenção de três a dez anos; nos demais casos, detenção de três me-
ses a um ano.
Emprego de gás tóxico ou asfixiante
Art. 270. Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, em lugar 
sujeito à administração militar, usando de gás tóxico ou asfixiante ou prejudicial de qualquer 
modo à incolumidade da pessoa ou da coisa:
Pena – reclusão, até cinco anos.
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Modalidade culposa
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Abuso de radiação
Art. 271. Expor a perigo a vida ou a integridade física de outrem, em lugar sujeito à adminis-
tração militar, pelo abuso de radiação ionizante ou de substância radioativa:
Pena – reclusão, até quatro anos.
Modalidade culposa
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Inundação
Art. 272. Causar inundação, em lugar sujeito à administração militar, expondo a perigo a 
vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem:
Pena – reclusão, de três a oito anos.
Modalidade culposa
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Perigo de inundação
Art. 273. Remover, destruir ou inutilizar obstáculo natural ou obra destinada a impedir inun-
dação, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, em lugar sujeito 
à administração militar:
Pena – reclusão, de dois a quatro anos.
Desabamento ou desmoronamento
Art. 274. Causar desabamento ou desmoronamento, em lugar sujeito à administração mi-
litar, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem:
Pena – reclusão, até cinco anos.
Modalidade culposa
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Subtração, ocultação ou inutilização de material de socorro
Art. 275. Subtrair, ocultar ou inutilizar, por ocasião de incêndio, inundação, naufrágio, ou 
outro desastre ou calamidade, aparelho, material ou qualquer meio destinado a serviço de 
combate ao perigo, de socorro ou salvamento; ou impedir ou dificultar serviço de tal natureza:
Pena – reclusão, de três a seis anos.
Fatos que expõem a perigo aparelhamento militar
Art. 276. Praticar qualquer dos fatos previstos nos artigos anteriores deste capítulo, expon-
do a perigo, embora em lugar não sujeito à administração militar navio, aeronave, material ou 
engenho de guerra motomecanizado ou não, ainda que em construção ou fabricação, destina-
dos às forças armadas, ou instalações especialmente a serviço delas:
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Pena – reclusão de dois a seis anos.
Modalidade culposa
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Formas qualificadas pelo resultado
Art. 277. Se do crime doloso de perigo comum resulta, além da vontade do agente, lesão 
grave, a pena é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada em dobro. No caso de cul-
pa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de metade; se resulta morte, aplica-se 
a pena cominada ao homicídio culposo, aumentada de um terço.
Difusão de epizootia ou praga vegetal
Art. 278. Difundir doença ou praga que possa causar dano a floresta, plantação, pastagem 
ou animais de utilidade econômica ou militar, em lugar sob administração militar:
Pena – reclusão, até três anos.
Modalidade culposa
Parágrafo único. No caso de culpa, a pena é de detenção, até seis meses.
Embriaguez ao volante
Art. 279. Dirigir veículo motorizado, sob administração militar na via pública, encontrando-
-se em estado de embriaguez, por bebida alcoólica, ou qualquer outro inebriante:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
Perigo resultante de violação de regra de trânsito
Art. 280. Violar regra de regulamento de trânsito, dirigindo veículo sob administração mili-
tar, expondo a efetivo e grave perigo a incolumidade de outrem:
Pena – detenção, até seis meses.
Fuga após acidente de trânsito
Art. 281. Causar, na direção de veículo motorizado, sob administração militar, ainda que 
sem culpa, acidente de trânsito,de que resulte dano pessoal, e, em seguida, afastar-se do local, 
sem prestar socorro à vítima que dele necessite:
Pena – detenção, de seis meses a um ano, sem prejuízo das cominadas nos arts. 206 e 210.
Isenção de prisão em flagrante
Parágrafo único. Se o agente se abstém de fugir e, na medida que as circunstâncias o per-
mitam, presta ou providencia para que seja prestado socorro à vítima, fica isento de prisão em 
flagrante.
CAPÍTULO II
DOS CRIMES CONTRA OS MEIOS DE TRANSPORTE E DE COMUNICAÇÃO
Perigo de desastre ferroviário
Art. 282. Impedir ou perturbar serviço de estrada de ferro, sob administração ou requisição 
militar emanada de ordem legal:
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I – danificando ou desarranjando, total ou parcialmente, linha férrea, material rodante ou de 
tração, obra de arte ou instalação;
II – colocando obstáculo na linha;
III – transmitindo falso aviso acerca do movimento dos veículos, ou interrompendo ou em-
baraçando o funcionamento dos meios de comunicação;
IV – praticando qualquer outro ato de que possa resultar desastre:
Pena – reclusão, de dois a cinco anos.
Desastre efetivo
§ 1º Se do fato resulta desastre:
Pena – reclusão, de quatro a doze anos.
§ 2º Se o agente quis causar o desastre ou assumiu o risco de produzi-lo:
Pena – reclusão, de quatro a quinze anos.
Modalidade culposa
§ 3º No caso de culpa, ocorrendo desastre:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Conceito de “estrada de ferro”
§ 4º Para os efeitos deste artigo, entende-se por “estrada de ferro” qualquer via de comu-
nicação em que circulem veículos de tração mecânica, em trilhos ou por meio de cabo aéreo.
Atentado contra transporte
Art. 283. Expor a perigo aeronave, ou navio próprio ou alheio, sob guarda, proteção ou 
requisição militar emanada de ordem legal, ou em lugar sujeito à administração militar, bem 
como praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação aérea, marítima, fluvial 
ou lacustre sob administração, guarda ou proteção militar:
Pena – reclusão, de dois a cinco anos.
Superveniência de sinistro
§ 1º Se do fato resulta naufrágio, submersão ou encalhe do navio, ou a queda ou destruição 
da aeronave:
Pena – reclusão, de quatro a doze anos.
Modalidade culposa
§ 2º No caso de culpa, se ocorre o sinistro:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Atentado contra viatura ou outro meio de transporte
Art. 284. Expor a perigo viatura ou outro meio de transporte militar, ou sob guarda, proteção 
ou requisição militar emanada de ordem legal, impedir-lhe ou dificultar-lhe o funcionamento:
Pena – reclusão, até três anos.
Desastre efetivo
§ 1º Se do fato resulta desastre, a pena é reclusão de dois a cinco anos.
Modalidade culposa
§ 2º No caso de culpa, se ocorre desastre:
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Pena – detenção, até um ano.
Formas qualificadas pelo resultado
Art. 285. Se de qualquer dos crimes previstos nos arts. 282 a 284, no caso de desastre ou 
sinistro, resulta morte de alguém, aplica-se o disposto no art. 277.
Arremesso de projétil
Art. 286. Arremessar projétil contra veículo militar, em movimento, destinado a transporte 
por terra, por água ou pelo ar:
Pena – detenção, até seis meses.
Forma qualificada pelo resultado
Parágrafo único. Se do fato resulta lesão corporal, a pena é de detenção, de seis meses a 
dois anos; se resulta morte, a pena é a do homicídio culposo, aumentada de um terço.
Atentado contra serviço de utilidade militar
Art. 287. Atentar contra a segurança ou o funcionamento de serviço de água, luz, força 
ou acesso, ou qualquer outro de utilidade, em edifício ou outro lugar sujeito à administra-
ção militar:
Pena – reclusão, até cinco anos.
Parágrafo único. Aumentar-se-á a pena de um terço até metade, se o dano ocorrer em 
virtude de subtração de material essencial ao funcionamento do serviço.
Interrupção ou perturbação de serviço ou meio de comunicação
Art. 288. Interromper, perturbar ou dificultar serviço telegráfico, telefônico, telemétrico, de 
televisão, telepercepção, sinalização, ou outro meio de comunicação militar; ou impedir ou di-
ficultar a sua instalação em lugar sujeito à administração militar, ou desde que para esta seja 
de interesse qualquer daqueles serviços ou meios:
Pena – detenção, de um a três anos.
Aumento de pena
Art. 289. Nos crimes previstos neste capítulo, a pena será agravada, se forem cometidos 
em ocasião de calamidade pública.
CAPÍTULO III
DOS CRIMES CONTRA A SAÚDE
Tráfico, posse ou uso de entorpecente ou substância de efeito similar
Art. 290. Receber, preparar, produzir, vender, fornecer, ainda que gratuitamente, ter em de-
pósito, transportar, trazer consigo, ainda que para uso próprio, guardar, ministrar ou entregar 
de qualquer forma a consumo substância entorpecente, ou que determine dependência física 
ou psíquica, em lugar sujeito à administração militar, sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar:
Pena – reclusão, até cinco anos.
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Casos assimilados
§ 1º Na mesma pena incorre, ainda que o fato incriminado ocorra em lugar não sujeito à 
administração militar:
I – o militar que fornece, de qualquer forma, substância entorpecente ou que determine 
dependência física ou psíquica a outro militar;
II – o militar que, em serviço ou em missão de natureza militar, no país ou no estrangeiro, 
pratica qualquer dos fatos especificados no artigo;
III – quem fornece, ministra ou entrega, de qualquer forma, substância entorpecente ou que 
determine dependência física ou psíquica a militar em serviço, ou em manobras ou exercício.
Forma qualificada
§ 2º Se o agente é farmacêutico, médico, dentista ou veterinário:
Pena – reclusão, de dois a oito anos.
Receita ilegal
Art. 291. Prescrever o médico ou dentista militar, ou aviar o farmacêutico militar receita, 
ou fornecer substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, fora 
dos casos indicados pela terapêutica, ou em dose evidentemente maior que a necessária, ou 
com infração de preceito legal ou regulamentar, para uso de militar, ou para entrega a este; ou 
para qualquer fim, a qualquer pessoa, em consultório, gabinete, farmácia, laboratório ou lugar, 
sujeitos à administração militar:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Casos assimilados
Parágrafo único. Na mesma pena incorre:
I – o militar ou funcionário que, tendo sob sua guarda ou cuidado substância entorpecente 
ou que determine dependência física ou psíquica, em farmácia, laboratório, consultório, gabi-
nete ou depósito militar, dela lança mão para uso próprio ou de outrem, ou para destino que 
não seja lícito ou regular;
II – quem subtrai substância entorpecente ou que determine dependência física ou psí-
quica, ou dela se apropria,em lugar sujeito à administração militar, sem prejuízo da pena de-
corrente da subtração ou apropriação indébita;
III – quem induz ou instiga militar em serviço ou em manobras ou exercício a usar subs-
tância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica;
IV – quem contribui, de qualquer forma, para incentivar ou difundir o uso de substância 
entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, em quartéis, navios, arsenais, 
estabelecimentos industriais, alojamentos, escolas, colégios ou outros quaisquer estabele-
cimentos ou lugares sujeitos à administração militar, bem como entre militares que estejam 
em serviço, ou o desempenhem em missão para a qual tenham recebido ordem superior ou 
tenham sido legalmente requisitados.
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Epidemia
Art. 292. Causar epidemia, em lugar sujeito à administração militar, mediante propagação 
de germes patogênicos:
Pena – reclusão, de cinco a quinze anos.
Forma qualificada
§ 1º Se do fato resulta morte, a pena é aplicada em dobro.
Modalidade culposa
§ 2º No caso de culpa, a pena é de detenção, de um a dois anos, ou, se resulta morte, de 
dois a quatro anos.
Envenenamento com perigo extensivo
Art. 293. Envenenar água potável ou substância alimentícia ou medicinal, expondo a pe-
rigo a saúde de militares em manobras ou exercício, ou de indefinido número de pessoas, em 
lugar sujeito à administração militar:
Pena – reclusão, de cinco a quinze anos.
Caso assimilado
§ 1º Está sujeito à mesma pena quem em lugar sujeito à administração militar, entrega a 
consumo, ou tem em depósito, para o fim de ser distribuída, água ou substância envenenada.
Forma qualificada
§ 2º Se resulta a morte de alguém:
Pena – reclusão, de quinze a trinta anos.
Modalidade culposa
§ 3º Se o crime é culposo, a pena é de detenção, de seis meses a dois anos; ou, se resulta 
a morte, de dois a quatro anos.
Corrupção ou poluição de água potável
Art. 294. Corromper ou poluir água potável de uso de quartel, fortaleza, unidade, navio, 
aeronave ou estabelecimento militar, ou de tropa em manobras ou exercício, tornando-a im-
própria para consumo ou nociva à saúde:
Pena – reclusão, de dois a cinco anos.
Modalidade culposa
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
Pena – detenção, de dois meses a um ano.
Fornecimento de substância nociva
Art. 295. Fornecer às forças armadas substância alimentícia ou medicinal corrompida, 
adulterada ou falsificada, tornada, assim, nociva à saúde:
Pena – reclusão, de dois a seis anos.
Modalidade culposa
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
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Art. 296. Fornecer às forças armadas substância alimentícia ou medicinal alterada, redu-
zindo, assim, o seu valor nutritivo ou terapêutico:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Modalidade culposa
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
Pena – detenção, até seis meses.
Omissão de notificação de doença
Art. 297. Deixar o médico militar, no exercício da função, de denunciar à autoridade públi-
ca doença cuja notificação é compulsória:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
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Agente da Polícia Civil do Distrito Federal, aprovado em 6º lugar no concurso realizado em 2013. Aprovado 
em vários concursos, como Polícia Federal (Escrivão), PCDF (Escrivão e Agente), PRF (Agente), Ministério 
da Integração, Ministério da Justiça, BRB e PMDF (Soldado – 2012 e Oficial – 2017).
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	Introdução
	Considerações Iniciais
	Incêndio
	Explosão
	Inundação e Perigo de Inundação
	Fornecimento de Substância Nociva / Alterada
	Epidemia
	Corrupção de Água Potável
	Embriaguez ao Volante
	Arremesso de Projetil
	Receita Ilegal
	Subtração, Ocultação ou Inutilização de Material de Socorro
	Interrupção ou Perturbação de Serviço ou Meio de Comunicação
	Envenenamento com Perigo Extensivo
	Considerações Iniciais
	Considerações Gerais
	Consecução de Notícia, Informação ou Documento para Fim de Espionagem
	Violação de Território Estrangeiro
	Orientações Finais
	Questões de Concurso
	Gabarito
	Anexo
	AVALIAR 5: 
	Página 32:

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