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Taxonomia Subfilo: Apicomplexa Classe: Coccidia Família: Eimeriidae Gêneros: Eimeria, Isospora e Cryptosporidium Definição Eimeiriose/curso vermelho/curso de sangue é uma doença causada por um protozoário de natureza coccidiana, sendo um parasita monoxeno e eurixeno das células epiteliais do trato intestinal de vertebrados. O oocisto se caracteriza por apresentar quatro esporocistos e estes com dois esporozoítas cada. Principais hospedeiros são aves domesticas, ovinos, caprinos, suínos, equinos e coelhos se localizando em células epiteliais do intestino e em duas espécies o rim e o fígado. Importância A eimeiriose apresenta grande importância devido sua alta taxa de morbidade (capacidade de infecção), redução de produtividade devido a falta de absorção de nutrientes, maior patogenicidade em animais jovens e confinados por conta da imunossupressão do organismo. Ciclo Evolutivo HD → Ingestão do oocisto esporulado → Libera no I.D os esporozoítos → Trofozoíto → Invade os enterócitos → Reprodução assexuada (esporogonia) → Ruptura das células → Libera os merozoítos → Reprodução assexuada (merogonia) → Ruptura celular → Libera merozoítos → Invade enterócitos → Reprodução sexuada (gametogonia) → macrogametas (feminino) → microgametas (masculino) → multiplicação → ruptura celular → invasão do enterócito com o feminino → cruzamento → oocisto não esporulado → rompimento das células → fezes → esporulação. Transmissão Ocorre por via oro-fecal através da ingestão de oocistos esporulados. Epidemiologia É dada pela esporulação de oocistos, tipo de manejo de pasto e a longa longevidade do oocisto. Possuindo imunidade especifica para o hospedeiro e cada espécie de Eimeria. Patogenicidade Varia de acordo com a dose de infecção (quantidade de esporozoíto ingerido), viabilidade dos oocistos, localização intestinal, idade do hospedeiro, outros enteropatogênos e status nutricional. Patogenia Ocorre pela destruição das células pelas rupturas de células e esquizontes, causando uma alteração na estrutura das vilosidades, apresentando um infiltrado inflamatório em lâmina própria, especialmente eosinófilos e hemorragia. Lesões Intestinais E. acervulina: a mucosa apresenta lesões esbranquiçadas transversais, variando de um aspecto puntiforme até a total coalescência em @vettstudy.g infecções mais severas. Este tipo de lesão, é também denominado “estria em escada”, e pode também ser frequentemente visualizado na superfície da serosa. HD: galinha. Porção atingida: início da alça duodenal. E. maxima: espécie moderadamente patogênica, provoca espessamento da mucosa intestinal e acúmulo de conteúdo mucoso de cor castanho- alaranjado. A lesão observada são petéquias pequenas (cabeça de alfinete), em número expressivo, mais concentradas na área central do intestino. HD: galinha. Porção atingida: jejuno. E. tenella: espécie altamente patogênica, apresenta lesões hemorrágicas severas localizadas principalmente nos cecos. Pode formar debris de mucosa associados a coágulos sanguíneos, os “núcleos cecais”, e levar à necrose do tecido. As lesões também podem ser visíveis na superfície serosa dos cecos. HD: galinha. Porção atingida: cecos. E. necatrix: uma das espécies mais patogênicas, provoca lesões hemorrágicas severas e dano tecidual profundo, com formação de debris de mucosa. A serosa apresenta petéquias e lesões esbranquiçadas puntiformes ao longo de sua superfície. HD: galinha. Porção atingida: jejuno e parte dos cecos. E. brunetti: em infecções leves pode produzir pequenas lesões hemorrágicas em estrias, mas em infecções severas as lesões podem levar a uma profusa hemorragia, com desprendimento de debris da mucosa, especialmente no terço final do intestino delgado, e até necrose do tecido. HD: galinha. Porção acometida: íleo. E. mitis: considerada uma espécie de baixa patogenicidade, de forma geral não causa lesões intestinais evidentes. Em infecções maciças podem ser observadas pequenas petéquias no reto, próximo à junção íleo-cecal, e exudação mucóide. HD: galinha. Porção acometida: porção final do jejuno e íleo. @vettstudy.g Sinais Clínicos Diarreia liquida com presença ou ausência de sangue, muco e odor fétido, pode apresentar coágulos ou misturado nas fezes, coloração escura, desidratação, falta de apetite, hiporexia, tenesmo, prolapso retal, hemorragia dentro do lúmen intestinal (anemia), congestão, enterite hemorrágica, enterite fibronecrótica, espessamento da mucosa, ulceração da mucosa e colite. Diagnóstico Através de sinais clínicos, achados de necrópsia (localização e tipo de lesão), laboratorial, PCR e coproparasitológico (centrífugo – flutuação em solução sacarose). Profilaxia Qualidade do alimento, formulação do alimento, imunidade das aves, qualidade da cama (não compactada, não muito úmida), manejo comedouros e bebedouros (altura em que as aves não possam entrar no mesmo), stress, manejo do alimento e anticoccídicos. Tratamento Preventivo Compostos químicos sintéticos: amprolium, arprinocida, clopidol, diclazuril, halofunginona, nicarbazina e robenidina. Agem em uma etapa do metabolismo do parasita, durante o metabolismo da mitocôndria ou antagonista de vitaminas. Causam resistência e possuem ação coccidiocidas ou coccidiostáticas. Ionóforos poliéster: maduramicina, montesina, salinomicina, narasin, lasalocida e semduramicina. Possuem efeito no transporte de energia da mitocôndria e na glicólise do parasita, possui baixa resistência. Podem ser administrados individualmente ou em associação na ração ou água e em surtos utilizar medicamentos para tratamento como sulfonamidas (tratamento curativo). Tratamento Programas planejados em granja de corte: programa cheio, programa dual, rotação de drogas/vacina, uso de medicamentos caiu em desuso (deprime o apetite e causa resistência), período de retirada da droga entre 3 a 7 dias e mantém resíduos na carcaça. Vacinas Viva virulenta – Immucox e Coccivax: cepas de patogenicidade - cepas de oocistos coletadas no campo, insolúvel em água, via spray em gabinete, água de bebida, ração, ocular e dose única. Viva atenuada – Paracox e Livacox: imunidade protetora e segura – atenuação estável (menor número de oocistos), menor disseminação de oocistos nas camas e menor dano ao hospedeiro. Paracox: suspenção viscosa translucida de 7 cepas (E. acervulina, brunetti, maxima, mitis, necatrix, praecox e tenella). Uso oral na água de bebida. Livacox: oocistos de linhagem atenuada com 4 cepas (E. acervulina, tenella, maxima e necatrix). Uso na água de bebida, ocular e spray. Vacinas de subunidades: caracterização de antígenos imunogênicos, coxabic de proteção parcial, adjuvante. Vacinação in ovo: tem como princípio a suspensão de oocistos, é injetada diretamente no saco da gema e o embrião é imunizado através de sua alimentação dentro do ovo. Suas vantagens é o método massal, automático, homogêneo, reduz o manejo, confere imunidade nos primeiros dias de vida. @vettstudy.g
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