Desenvolvimento embrionário

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Biopatologia 1
@_brunobrandaoo
Desenvolvimento embrionário
Primeira semana
⟶Desenvolvimento começa com a fecundação
● Espermatozoide penetra um oócito para
forma zigoto
● Contém cromossomos e genes da mãe e do
pai
➤Fecundação
⟶Sequência de eventos moleculares coordenados
que começa com o contato espermatozóide e um
oócito
⟶Termina com a mistura dos cromossomos dos
pais na metáfase da primeira divisão
Fases da fecundação
⟶Passagem de um espermatozóide através da
coroa radiada do oócito
● Liberação de enzima pelo acrossoma
(hialuronidase) e cauda facilitam essa
passagem
⟶Penetração da zona pelúcida
● Ação das enzimas do acrossoma formam o
caminho (acrosina, esterases e outras)
⟶Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e
do espermatozóide
● Após esse processo oócito libera grânulos
corticais, resultando em alterações da
zona pelúcida (evita que outros
espermatozóides entrem)
● Cabeça e cauda entram no citoplasma do
oócito
⟶Término da segunda divisão meiótica do oócito
● Ao terminar forma o oócito maduro e
segundo corpo polar, o núcleo torna-se
pronúcleo feminino
⟶Formação do pronúcleo masculino
● Núcleo do espermatozóide se alarga
formando o pronúcleo masculino, a cauda
se degenera
⟶Lise das membranas pró nucleares
● Ocorre condensação de cromossomos,
formando combinação dos 23
cromossomos de cada prónúcleo,
resultando em um zigoto com 46
cromossomos
➤Clivagem do zigoto
⟶Ocorre na tuba uterina
⟶Consiste em repetidas divisões mitóticas
resultando no aumento do número de células-
blastômeros
● Início 30 horas após a fecundação
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⟶Blastômeros vão diminuindo ao decorrer das
divisões
⟶Após o estágio de 8 células, blastômero se
agrupam firmemente uns aos outros - a
compactação
⟶Compactação é importante para interação célula
a célula e segregação das células internas
⟶Quando existem 12 a 32 blastômeros é chamado
de mórula
⟶Células internas da mórula (embrioblasto) estão
circundadas por uma camada de blastômeros=
trofoblasto
⟶Fator inicial de gravidez (proteína) é secretada
pelas células trofoblásticas e surge no soro materno
dentro de 24-48 hrs após fecundação
➤Formação do blastocisto
⟶Fluido da cavidade uterina atravessa zona
pelúcida para formar um espaço preenchido no
interior da mórula- cavidade blastocística
⟶Blastômeros são separados em duas parte:
● Trofoblasto e embrioblasto
⟶Durante essa fase o concepto é chamado de
blastocisto
⟶Embrioblasto se projeta para dentro da cavidade
e o trofoblasto forma a parede do blastocisto
⟶Zona pelúcida é degenerada
● Permite o blastocisto aumentar de
tamanho
⟶Após 6 dias (após fecundação) blastocisto se
adere (superficialmente) ao epitélio endometrial
⟶Trofoblasto se diferencia em duas camadas:
● Citotrofoblasto- camada interna
● Sinciciotrofoblasto- camada externa
⟶Prolongamentos do sinciciotrofoblasto se
estendem para o epitélio endometrial e invadem o
tecido
⟶Ao fim da 1ª semana blastocisto está implantado
na superfície do endométrio
⟶Sinciciotrofoblasto produz enzimas que erodem
tecidos materno e possibilita a implantação do
blastocisto
⟶Ao final da 1º semana surge a camada hipoblasto
(cubóides), voltada para cavidade blastocística
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Segunda semana
⟶Formação do disco embrionário bilaminar
composto por duas camadas, o epiblasto e o
hipoblasto
● Disco dá origem às camadas germinativas
que formam todos os tecidos e órgãos do
embrião
⟶Estruturas que se formam nessa etapa: cavidade
amniótica, âmnio, saco vitelino, pedúnculo e saco
coriônico
⟶Sinciciotrofoblasto entra no tecido conjuntivo
endometrial (contém capilares e glândulas uterinas)
⟶Blastocisto se aprofunda no endométrio, na qual
células endometriais (do local de implantação) irão
morrer facilitando a implantação
● Células deciduais (ao redor do local) são
regeneradas e posteriormente forneceram
nutrição ao embrião
⟶O trofoblasto se diferencia em duas camadas:
● Citotrofoblasto (camada mitoticamente
ativa)
● Sinciciotrofoblasto (massa multinucleada)
⟶Sinciciotrofoblasto produz o hormônio
gonadotrofina coriônica humana (hCG) que entra no
sangue materno
➤Formação da cavidade amniótica, disco
embrionário e saco vitelino
⟶O disco embrionário bilaminar consiste em duas
camadas:
● Epiblasto, camada mais espessa (células
colunares)
● Hipoblasto, camada mais fina (células
cubóides)
⟶Epiblasto contribui para formação do embrião
propriamente dito
⟶Hipoblasto contribui para formação de
membranas extra-embrionárias
⟶Ao mesmo tempo do surgimento do disco, surge
uma cavidade no embrioblasto denominada
cavidade amniótica
⟶Membrana e a cavidade exocelômica se
modificam e formam o saco vitelino primário
● Camada externa do saco vitelino forma o
mesoderma extraembrionário
⟶Após a formação dessas estruturas, aparecem
lacunas no sinciciotrofoblasto
● Preenchendo por mistura de sangue
materno
● passa por difusão para o disco embrionário
⟶O concepto é implantado, com o fornecimento de
um local imunologicamente privilegiado, pela
reação decidual
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⟶Sinciciotrofoblasto erodem as sinusóides
(capilares endometriais ao redor) e o sangue
materno flui para dentro das redes lacunares
⟶Espaço celômicos extra embrionários dão origem
ao celoma extra embrionário que circunda o âmnio
e saco vitelino
● Nesse momento o saco vitelino é
transformado em secundário (menor)
⟶Ao final da segunda semana ocorre o
desenvolvimento do saco coriônico
● Futuramente dá origem a placenta
Formação do saco coriônico e saco vitelino
secundário:
Terceira semana
⟶Ocorre a gastrulação
⟶Formação do disco embrionário trilaminar
início da morfogênese (forma do corpo) e começa
com a formação da linha primitiva
● A linha primitiva resulta da migração de
células do epiblasto para o plano mediano
do disco embrionário
⟶A medida que a linha primitiva se alonga, a
extremidade craniana forma o nódulo primitivo (nó)
● um sulco primitivo se desenvolve na linha
primitiva e surge também uma depressão
no nó (fosseta primitiva)
⟶Após a linha aparecer as células deixam sua
superfície profunda e formam o mesoderma
⟶Células do epiblasto migram para o sulco
primitivo (substituindo as células do hipoblasto)
formando o endoderma e o mesoderma
● O mesoderma é formado por células que
ficam entre o endoderma e ectoderma
(ectoderma é o que restou do epiblasto)
● As 3 camadas formam o disco trilaminar
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➤Processo notocordal e notocorda
⟶A notocorda: estrutura semelhante a um bastão a
qual define o eixo do embrião, é a base para
formação do esqueleto axial e indica o futuro local
das vértebras
⟶Migração de células mesenquimais para região
cranial forma o processo notocordal (na região
mediana)
● Cresce entre o ectoderma e o endoderma
até atingir a placa pré-cordal
⟶Células da linha primitiva migram cranialmente
em cada lado do processo notocordal e em torno da
placa pré-cordal
● Se encontram para formar o mesoderma
cardiogênico, onde o primórdio cardíaco
começa a se desenvolver
⟶O que sobra do processo notocordal (células
sofrem apoptose) é a placa notocordal que se dobra
é dá origem a notocorda
⟶Na parte caudal da linha primitiva existe a
membrana cloacal que futuramente será o local do
ânus
⟶A notocorda define o eixo do embrião e dá rigidez
● Serve como base para o desenvolvimento
axial do esqueleto
● Indica o futuro local dos corpos vertebrais
➤Neurulação- formação do tubo neural
⟶Formação da placa neural, das dobras neurais, e
o fechamento dessas forma o tubo neural
⟶Processo concluído até o final da quarta semana
Placa e tubo neurais
⟶Notocorda induz o ectoderma a espessar e forma
a placa neural
● Ectoderma da placa dá origem ao sistema
nervoso central, cérebro e medula espinal
⟶ Placa neural invagina ao longo do seu eixo
central para forma o sulco central que apresenta
dobras neurais em cada lado
● Se fusionam formando o tubo neural
⟶Tubo neural se separa do ectoderma superficial
● A superfície do ectoderma se diferencia na
epiderme da pele
Formação da crista neural:
⟶Células da crista neuralformam uma massa
achatada entre o tubo neural e superfície do
ectoderma- crista neural
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● Se diferenciam em várias células neurais
(ex: gânglios espinais)
Desenvolvimento dos somitos:
⟶Mesoderma intraembrionário prolifera para
formar o mesoderma para-axial
● Irá se diferenciar e dividir formando os
somitos em cada lado do tubo neural em
desenvolvimento
⟶Somitos aparecem no final da 3ª semana e dão
origem à maior parte do esqueleto axial e músculos
Desenvolvimento do celoma intra
embrionário: formado a partir dos espaços
celômicos
Alantóide: evaginação na região caudal que cresce
em direção ao pedúnculo do embrião, terá função
no ligamento umbilical e formação de artérias e
veias umbilicais
➤Desenvolvimento inicial do sistema
cardiovascular
⟶No final da terceira semana a circulação
uteroplacentária primordial está desenvolvida
⟶Vasculogênese (formação de novos vaso):
células mesenquimais se diferenciam em
angioblastos (formadoras de vasos) que se agregam
e formam as ilhas de sangue
● Surgem cavidades entre as ilhas. as
células em contato com a cavidade mudam
de formato e passam a ser
pavimentosas/achatadas= passam a ser
células endoteliais
⟶Angiogênese (ramificação dos vasos): Vasos
brotam pela camadas endoteliais em áreas
adjacentes
⟶Células sanguíneas se desenvolvem a partir de
células-tronco hematopoiéticas
⟶A formação do sangue não começa dentro do
embrião até a 5ª semana
⟶Grandes vasos e veias cardíacas se formam a
partir de células da área cardiogênica
● Os tubos cardíacos se funsionam para
formar o tubo primordial cardíaco
● Se une a vasos sanguíneos no embrião
para forma o sistema cardiovascular
primordial
Quarta semana
Dobramento do embrião: dobramento do disco
embrionário trilaminar
⟶Durante a 4ª semana elevações de superfície
visíveis são produzidas pelos somitos
⟶Os arcos da faringe tornam-se visíveis
⟶O coração primitivo produz uma grande
proeminência ventral e bombeia sangue
⟶Com 24 dias o neuroporo cranial já está se
fechando
● Surge o 1º arco faríngeo
⟶Com 26 dias o encéfalo anterior produz uma
elevação da cabeça e uma longa curva eminência
caudal está presente
● Também aparecem as fossetas óticas,
placóides do cristalino (cristalino do olho)
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⟶28 dias aparecem brotos dos membros
superiores
⟶Ao final da 4ª semana o neuroporo caudal está
fechado
Embrião de 28 dias:
Referências bibliográficas:
1. MOORE, Keith. Embriologia básica. In:
EMBRIOLOGIA básica. 9ª. ed. RJ:
Elsevier Editora Ltda, 2016.