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Hanseníase: Agente, Transmissão e Diagnóstico

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Hanseníase 
Maria Clara Nepomuceno 
 
Introdução 
 Doença crônica, infectocontagiosa 
 Agente etiológico Mycobacteruim 
lepare 
 Bacilo álcool-ácido resistente 
 Parasita intracelular obrigatório 
 Infecta células dos nervos periféricos: 
células de Schwann. 
 Baixa inefetividade e alta 
patogenicidade 
 Doença de notificação compulsória 
 Período de incubação: 2 a 7 anos 
 Transmissão: por vias aéreas 
 Reservatório: ser humano. 
 
Transmissão 
 Contato próximo e prolongado de 
uma pessoa suscetível (com maior 
probabilidade de adoecer) com um 
doente (multibacilar) com hanseníase 
que não está sendo tratado. 
 
Manifestações clínicas 
 Forma indeterminada: 
→ Início: lesão de cor clara 
→ Distúrbio da sensibilidade, 
podendo ser acompanhada de 
alopecia ou anidrose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Forma tuberculoíde: 
→ Forma mais benigna: pessoas 
com alta resistência ao bacilo. 
→ Poucas lesões ou única, limites 
bem definidos, papulosas ou 
nodulações com ausência de 
sensibilidade, 
comprometimento simétrico 
dos troncos nervosos, que pode 
causar dor, fraqueza e atrofia 
muscular. 
 
 
 
 Forma dimorfa: 
→ Forma indeterminada: 
características clinico 
laboratoriais da FT e FV, 
acometimento extenso dos 
nervos, pode ocorrer neurite 
aguda, grande variedade de 
lesões cutâneas – placas e 
nódulos eritemato 
acastanhados, foveolares. 
 
 
Hanseníase 
Maria Clara Nepomuceno 
 
 Forma virchowiana: 
→ Mais grave, alto 
comprometimento de troncos 
nervosos de forma simétrica, 
lesões em placas infiltradas e 
nódulos de coloração 
ertitemato-acastanhadas ou 
ferruginosa, madarose, pode 
ocorrer acometimento da 
laringe. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnósticos e classificação 
operacional 
 Clínico-epidemiológico - essencial: 
análise da história e das condições de 
vida (anamnese), exame 
dermatoneurológico e exame geral. 
 Laboratorial - complementar: 
baciloscopia da pele. 
 Eletrofisiológico – complementar: 
eletroneuromiograma, quando 
disponível, é indicado como apoio na 
elucidação diagnóstica em casos 
mais complicados e, principalmente, 
para diagnóstico diferencial. 
 Paucibacilar: até 5 lesões de pele 
com baciloscopia negativa, quando 
disponível FI e FT 
 Multibacilar: > 5 lesões e/ou 
baciloscopia positiva FD e FV. 
 
Exame dermatoneurológico – teste 
de sensibilidade 
 A primeira sensibilidade perdida é a 
das fibras mais finas (sensibilidade ao 
calor e a dor), para a realização do 
exame são necessários: 
→ 2 tubos de ensaio de vidro 5ml 
→ Uma garrafa térmica para água 
quente 
→ Um copo com água e gelo 
→ Uma agulha de insulina 
 
 Teste de sensibilidade térmica: 
→ Lesões de pele não elevadas 
(manchas) ou elevadas (placas, 
nódulos). 
→ Áreas de pele seca ou áreas 
referidas pelo paciente como 
regiões com alteração de 
sensibilidade. 
→ Territórios dos nervos ulnar 
(quarto e quinto dedo da mão), 
do nervo radial (dorso da mão 
até o terceiro dedo), do nervo 
fibular (lateral da perna e dorso 
do pé) e do nervo tibial (região 
plantar). 
→ Evitar áreas “calosas” 
 
• Os tubos deverão ser testados no 
profissional e, depois, na face do 
paciente, para verificar se estão em 
temperaturas adequada. 
• Perguntar o que o paciente sente – 
morno, frio ou quente. 
• Em seguida, fazer o teste nas áreas da 
pele com lesões. 
• Comparar com a área da pele normal 
contralateral ou adjacente. 
• Se houver diferença na percepção da 
temperatura nas lesões (hipo ou 
anestesias) circundada por áreas 
periféricas de sensibilidade normal 
Hanseníase 
Maria Clara Nepomuceno 
(normoestesia) é sinal de alteração da 
sensibilidade térmica. 
• Confirma-se, então, o diagnóstico a 
partir da alteração definida de uma 
das sensibilidades, não necessitando a 
realização dos testes de sensibilidade 
dolorosa ou tátil. 
 
 Teste de sensibilidade dolorosa: 
→ Fazer o teste com agulha de 
insulina ou alfinete 
→ Encostar a ponta nas lesões de 
pele com leve pressão, com o 
cuidado de não perfurar o 
paciente nem provocar 
sangramento. 
→ Fazer isso alternando área 
interna e externa a lesão, 
observando a expressão facial e 
queixa de respostas a picada. 
→ Certificar-se de que a 
sensibilidade sentida é de dor 
através da manifestação “ai” 
ou retirada imediata da região 
estimulada pela agulha. 
→ A insensibilidade (anestesia) ou 
sensibilidade diminuída 
(hipoestesia) dentro da área de 
lesão confirma o diagnóstico. 
 
 Teste de sensibilidade tátil: 
→ Última a ser perdida 
→ Buscar as diferenças de 
sensibilidade sobre a área a ser 
examinada e a pele normal 
circunvizinha, utilizando-se 
algodão, fio dental ou o 
monofilamento verde (0,5g) do 
kit estesiométrico. 
 O estesiômetro é usado para avaliar a 
sensibilidade protetora das mãos e dos 
pés 
 Pode ser aplicado para avaliar o grau 
de incapacidade física e preveni-la. 
Seu uso é importante para avaliar e 
seguir os casos. 
 
Avaliação da função neural 
 No início do tratamento 
 A cada 3 meses, durante o 
tratamento, se não houver queixa 
 Sempre que houver queixa, como dor 
em trajeto de nervos, fraqueza 
muscular, inicio ou piora de queixas 
parestésicas 
 No controle periódico de doentes em 
uso de corticoides por estados 
reacionais e neurite 
 
 Na alta do tratamento 
 No acompanhamento pós operatório 
de descompressão neural com 15, 45, 
90 e 180 dias 
 
 
 
Critérios de graduação da 
força muscular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hanseníase 
Maria Clara Nepomuceno 
 
Graus de incapacidade física 
 
 
Tratamento 
 Paucibacilar e Multibacilar 
 Rifampicina → adulto: 600mg (dose 
supervisionada mensal). Criança: 
450mg (dose supervisionada mensal) 
 Dapsona → adulto: 100mg (dose 
supervisionada mensal) e uma dose 
diária. Criança: 50mg (dose 
supervisionada mensal) e uma dose 
diária. 
 Clofazimina → adulto: 300mg (dose 
supervisionada mensal) e 50mg dose 
diária. Criança: 150mg (dose 
supervisionada mensal) e 50mg dose 
em dias alternados. 
 
Avaliação dos contatos – cicatriz 
vacinal BCG 
 < 1 ANO: 
 
• Não vacinados → 1 dose 
• Comprovadamente vacinados 
→ não faz. 
• Vacinados sem cicatriz → 1 
dose depois de 6 meses da 
anterior. 
 
 > 1 ANO: 
• Sem cicatriz → 1 dose 
• Vacinados → 1 dose depois de 
6 meses da anterior. 
• Vacinados com 2 doses → não 
faz.

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