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Universidade Salgado de Oliveira Curso de Enfermagem
Docente: Washington Luís Oliveira da Silva Disciplina: Doenças Crônicas Transmissíveis
HIV/AIDS
Wagnner Ribeiro Manhães
Campos 2023
Ambulatório de Enfermagem na Assistência ao Portador de HIV/AIDS.
Finalidade
Produzir um material explicativo oferecendo assistência ambulatorial terapêutica à pacientes portadores do Vírus HIV/Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), medicação, exames complementares e outros serviços. O atendimento também é realizado em regime de internação para pacientes com demanda para tratamento e/ou profilaxia associadas ao HIV/AIDS.
Metodologia
Para ampliar o acesso ao diagnóstico precoce da infecção pelo HIV e ao aconselhamento, dentro de normas e princípios que não firam os direitos humanos e garantam a voluntariedade na realização da sorologia Anti-HIV, a Coordenação Nacional de DST e AIDS do Ministério da Saúde vem incentivando a implantação dos Centros de Testagens e Acolhimento. Trata-se de unidades de saúde que oferecem o diagnóstico sorológico da infecção pelo HIV, de forma gratuita, atendendo a sua demanda social. A confidencialidade e o aconselhamento são as marcas distintivas desses serviços. Os indivíduos diagnosticados como soropositivos para o HIV devem ser encaminhados às unidades de saúde de referência, para assistência e acompanhamento permanentes, e para grupos comunitários de apoio.
Em Campos dos Goytacazes possui um Centro de Doenças Infecciosas e Parasitárias, o CDIP, cujo objetivo é:
· Expandir o acesso ao diagnóstico da infecção pelo HIV;
· Contribuir para a redução dos riscos de transmissão do HIV;
· Estimular a adoção de práticas seguras;
· Encaminhar as pessoas HIV positivas para os serviços de referência, auxiliando os usuários no processo de adesão aos tratamentos antirretrovirais;
· Absorver a demanda por testes sorológicos nos bancos de sangue;
· Estimular o diagnóstico das parcerias sexuais;
· Auxiliar os serviços de pré-natal para a testagem sorológica de mulheres gestantes;
· Levar informações sobre prevenção das DSTs/HIV/AIDS e do uso indevido de drogas para grupos específicos.
Foi realizada uma visita ao Centro de Doenças Infecciosas e Parasitárias para conhecer a dinâmica de atendimento ao portador do HIV/AIDS desde a recepção até as visitas programadas periodicamente. O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue ou por fluido oral. No Brasil, temos os exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos. Esses testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A atribuição do Enfermeiro nesses Centros de Testagens e Acolhimento tem a finalidade de oferecer assistência, auxiliar no tratamento e amparar. Encarregado na socialização e readaptação do indivíduo ao ambiente, a forma que é realizado os cuidados fazem com que o indivíduo se sinta acolhido, e o profissional de enfermagem atende a necessidade individual e ao mesmo tempo holística que ele requer. A comunicação é essencial para o tratamento do portador do vírus HIV, pois o paciente, na maioria das vezes, não aceita ser portador do vírus podendo adotar comportamento depressivo ou agressivo. Uma comunicação eficiente pode ser obtida através de um profissional capacitado a orientar, informar, apoiar
e atender as necessidades dos portadores através da prática da assistência humanizada de enfermagem. Para o Serviço Social o atendimento individual pauta-se na abordagem educativa e reflexiva visando orientar e informar sobre o tratamento, direitos e deveres do soropositivo, questões trabalhistas, previdenciárias e jurídicas. Atua também diretamente com as demandas sociais relativas à falta de alimentação, medicação e transporte, sendo extensivo o acompanhamento social a familiares que enfrentam as mesmas dificuldades dos usuários. Encarar essa nova fase é de suma importância a orientação psicológica pois o indivíduo não terá que lidar somente com a doença, mas também com o preconceito social e principalmente com o seu próprio preconceito a respeito do assunto.
A prevenção do HIV envolve o uso de diferentes estratégias e medicamentos, dependendo da situação. Aqui estão algumas das opções disponíveis:
Profilaxia Pré-Exposição (PrEP): A PrEP consiste no uso diário de um medicamento chamado Truvada, que combina duas drogas (tenofovir e emtricitabina). A PrEP é destinada a pessoas que estão em maior risco de contrair o HIV, como parceiros sexuais de pessoas soropositivas ou pessoas que se envolvem em relações sexuais desprotegidas com frequência. A PrEP é altamente eficaz na prevenção do HIV quando tomada corretamente.
Profilaxia Pós-Exposição (PEP): A PEP envolve o uso de medicamentos antirretrovirais após uma possível exposição ao HIV, como sexo desprotegido, compartilhamento de agulhas ou acidentes com materiais infectados. A PEP deve ser iniciada o mais rápido possível, preferencialmente dentro de 72 horas após a exposição, e deve ser tomada diariamente por um período de 28 dias.
Uso de preservativos: O uso consistente e correto de preservativos durante a atividade sexual é uma forma eficaz de prevenir a transmissão sexual do HIV, bem como outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Redução de danos: Para pessoas que usam drogas injetáveis, programas de redução de danos fornecem acesso a seringas limpas, equipamentos de injeção estéreis e testes para o HIV e outras ISTs, reduzindo assim o risco de transmissão.
É importante lembrar que a prevenção do HIV deve ser abordada de forma abrangente, combinando diferentes estratégias de acordo com a situação e o comportamento individual. É recomendável buscar orientação de profissionais de saúde para determinar a melhor estratégia de prevenção adequada ao seu caso.
Existem várias classes de medicamentos usados no tratamento do HIV. Esses medicamentos são geralmente prescritos em combinação, chamada de terapia antirretroviral (TARV) ou coquetel. A TARV é altamente eficaz no controle do HIV, reduzindo a replicação do vírus e melhorando a imunidade. Alguns dos medicamentos mais comuns usados no tratamento do HIV incluem:
Inibidores da transcriptase reversa nucleosídeos (ITRN): Exemplos incluem zidovudina, lamivudina, abacavir, tenofovir. Esses medicamentos interferem na replicação do HIV, bloqueando a ação da enzima transcriptase reversa.
Inibidores da transcriptase reversa não nucleosídeos (ITRNN): Exemplos incluem efavirenz, nevirapina, etravirina. Esses medicamentos também atuam na inibição da transcriptase reversa, mas de maneira diferente dos ITRN.
Inibidores de protease (IP): Exemplos incluem ritonavir, atazanavir, lopinavir. Esses medicamentos bloqueiam a enzima protease, impedindo a produção de proteínas virais maduras.
Inibidores de entrada: Exemplos incluem maraviroc, enfuvirtida. Esses medicamentos impedem a entrada do HIV nas células do sistema imunológico.
Inibidores de integrase: Exemplos incluem raltegravir, dolutegravir. Esses medicamentos bloqueiam a enzima integrase, que é necessária para a integração do HIV no DNA das células do sistema imunológico.
É importante ressaltar que a escolha dos medicamentos e o regime de tratamento podem variar de acordo com o estágio da infecção pelo HIV, a presença de outras condições médicas e a resposta individual ao tratamento. É fundamental seguir as orientações do médico especialista em HIV/AIDS para obter os melhores resultados no tratamento do HIV.
efeito colaterais de medicamentos HIV 
A medicação antirretroviral utilizada no tratamento do HIV pode causar efeitos colaterais. Alguns dos efeitos colaterais mais comuns incluem:
Náuseas
Diarreia
Perda de massa óssea
Acúmulo de gordura no abdômen e nas mamas das mulheres (obesidade central)
Perda de gordura no rosto
Alterações metabólicas, como aumento dos níveis de colesterol e triglicerídeos
Alterações na distribuição de gordura corporal
Reações alérgicas
É importante ressaltar que nem todas as pessoas que fazem uso da medicação antirretroviralapresentam efeitos colaterais. Além disso, muitos dos efeitos colaterais são leves e transitórios. É fundamental seguir as orientações do médico especialista em HIV/AIDS e relatar qualquer efeito colateral que você esteja experimentando para que ele possa avaliar e ajustar o tratamento, se necessário
Recursos Utilizados
Para execução da apresentação será necessário uma equipe de profissionais: Recepcionista, Enfermeiro, Técnicos de Enfermagem, Assistente Social e Psicólogo. Em relação ao espaço arquitetônico do ambulatório será necessário utilizar:
Sala de recepção;
Sala de atendimento individualizado;
Sala de preparo de paciente (consulta de enfermagem, triagem, biometria); Sala de administração de medicamentos;
Consultório de serviço social - consulta de grupo; Internação de curta duração.
Considerações
A adesão ao tratamento assume grande importância diante da perspectiva de uma vida longa e com qualidade. Estudos indicam que a eficácia do tratamento, exige que o uso do esquema terapêutico deve ser igual ou superior a 95% das doses prescritas. Uma das premissas básicas para que um cidadão possa realizar o seu exame anti-HIV é a voluntariedade desta decisão. A correta informação, transmitida por meio de ações de aconselhamento, além de permitir uma decisão consciente e auxiliar no apoio emocional, pode fazer com que o indivíduo avalie a necessidade ou não da realização do teste. Os princípios de confiabilidade dos exames, agilidade no encaminhamento para os serviços de referência, gratuidade e confidencialidade, aliados à correta informação e apoio emocional, ofertados por meio das ações de aconselhamento, devem constituir os pilares éticos dos Centros de Testagens e Aconselhamento. Todo e qualquer profissional de saúde deve manter sigilo sobre as informações prestadas pelos usuários dos serviços, e este só pode ser rompido com o consentimento expresso do cliente. Muitos pacientes, assim que recebem o diagnóstico da infecção pelo HIV, explicitam, direta ou indiretamente, os possíveis obstáculos para a adesão ao tratamento. Essas dificuldades podem ser minimizadas, ou mesmo evitadas, no processo de aconselhamento pós-teste e o profissional de saúde pode fazer uma ponte para a adesão ao tratamento.
Fatores que podem dificultar a adesão ao tratamento:
· Complexidade do regime terapêutico, que inclui o número de doses e de comprimidos que precisam ser ingeridos diariamente; dificuldade para ingestão; os horários das doses, que podem conflitar com as rotinas e o estilo de vida;
· Baixa escolaridade, habilidades cognitivas insuficientes para lidar com as dificuldades e as exigências do tratamento;
· Não aceitação da soropositividade, pois tomar os remédios significa reconhecer que a condição de infecção pelo HIV é uma realidade;
· Presença de transtornos mentais, como depressão e ansiedade;
· Efeitos colaterais da medicação antirretroviral, que torna o próprio tratamento aversivo;
· Crenças negativas e informações inadequadas sobre a enfermidade e o tratamento;
· Dificuldades de organização para adequar as exigências do tratamento às rotinas diárias, como horários de acordar, das refeições, do trabalho e de ingestão da medicação;
· Abuso de álcool e outras drogas.
Fatores que podem facilitar a adesão:
· O conhecimento e compreensão sobre a enfermidade e o tratamento por meio de uma linguagem clara e objetiva com participação de uma equipe multidisciplinar para passar segurança à esse paciente e ele compreender que a adesão ao tratamento é a melhor escolha;
· É importante que o usuário tenha conhecimento e compreenda a enfermidade que o acomete e os objetivos da terapia proposta, o que favorece a sua motivação e disposição em seguir ao tratamento;
· O acesso à informação sobre sua própria condição de saúde e possíveis efeitos adversos é um direito do usuário.
Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE
	Quadro 1- Diagnóstico, Intervenções e evolução de enfermagem frente às necessidades de autorrealização, segurança e fisiológicas. Natal/RN,2014.
	Diagnóstico de Enfermagem
	Intervenções
	Resultados Esperados
	
Risco de sentimento de impotência
	Evidenciar os determinantes; Promover uma escuta terapêutica; Mostrar os pontos positivos; Demonstrar esperança e estimular revisão de experiências bem-sucedidas; Envolver o indivíduo no planejamento do próprio cuidado; Apoiar esforços para adotar atitudes positivas e de esperança.
	Demonstrará sentimentos positivos e de esperança; Expresará vontade de viver; procurará formas que busquem melhor qualidade de vida; Demonstrará interesse em utilizar a rede de apoio; Mostrará confiança em si e melhorará sua capacidade de enfrentamento.
Fonte: Nanda (2012/1014), Nic (2010), Noc (2010).
Correlação entre as Teorias de Enfermagem e o indivíduo em seu processo de saúde e aceitação ao diagnóstico
A Teoria do Autocuidado, de Dorothea Orem, refere-se ao autocuidado, às demandas terapêuticas e aos requisitos para o mesmo. Este autocuidado é a prática de atividades realizadas pelo próprio indivíduo para cura ou melhora de sua realidade; são práticas que buscam a manutenção da vida, da saúde e bem-estar. O compromisso do indivíduo com a própria saúde e o seu envolvimento com o autocuidado levam a uma melhora do estado da saúde. O profissional de saúde dar essa autonomia ao paciente fará com que a assistência seja ccontínua.
Outra Teoria Impactante é a Ambientalista, de Florence Nightingale, teoria esta que destaca as interferências e condições do ambiente que afetam a vida e o funcionamento do organismo, que podem auxiliar na prevenção da doença ou contribuir para a morte. Florence, em suas anotações, cita os elementos do ambiente que devem ser ajustados e controlados para a recuperação da saúde do
paciente: ar puro, claridade, limpeza, aquecimento, silêncio, fazer as intervenções na hora certa e na oferta da dieta adequada. Sabemos que os Determinantes Socias de Saúde interferem no surgimento de patologias, percebe-se que se atentar às condições ambientais no processo de reabilitação é primordial.
Conclusão
O HIV/AIDS é um problema de saúde pública intimamente ligado ao comportamento individual e coletivo. A tríade essencial da prevenção: informação/educação, serviços sociais e de saúde e ambiente de suporte, necessita ser cuidadosamente adaptada às circunstâncias locais. Na prática, a vulnerabilidade individual é medida pelo acesso a informação/educação, métodos de proteção e a amplas influências sociais que aumentam, sustentam ou reduzem a capacidade individual de adotar comportamento seguro. Cabe as profissionais a prevenção, no sentido de esclarecer à população sobre todos os aspectos relacionados à doença, visando a utilização de medidas preventivas, que ocorre com a mudança de comportamento, sendo este o maior desafio dos profissionais envolvidos nesta luta.
Referências https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_cta.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Aids_etiologia_clinica_diagnostico_tratamento.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/programacao_arquitetonica_somasus_v1.pdf

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