Buscar

Direito Processual Civil V - CURTAM E SALVEM O MATERIAL!!!

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

@estudadireitosofia 
2021.2 
Direito Processual Civil V Direito Processual Civil V 
 
 
1 
Procedimentos 
Especiais 
O Título III do Livro I da Parte Especial do Código de 
Processo Civil, artigos 539 ao 770, disciplina os 
procedimentos especiais. 
 
Os procedimentos especiais tem como finalidade a 
simplificação e agilização dos trâmites processuais, 
por meio de expedientes específicos, com prazos 
adequados, eliminando assim atos desnecessários 
para a solução do conflito proposto. 
 
Para que seja aplicado o procedimento especial, há requisitos 
materiais e processuais a serem atendidos, que são os 
seguintes: 
 
• Requisito material do procedimento especial: está 
relacionado a pretensão de direito material, que 
deve corresponder ao rito. A inexistência desse 
requisito causa a improcedência do pedido; 
 
• Requisitos processuais do procedimento especial: 
estão relacionados aos requisitos que condicionam 
a forma e o desenvolvimento do processo. 
 
Os procedimentos especiais se dividem em duas 
modalidades, sendo elas: 
 
a) Jurisdição Contenciosa: procedimentos em 
que efetivamente há um conflito de 
interesses a ser resolvido pelo Poder 
Judiciário; 
 
b) Jurisdição Voluntária: procedimentos em que 
a atuação do juiz é quase de caráter 
administrativo, apenas uma exigência legal 
para o alcance dos objetivos pretendidos 
pela norma jurídica. 
 
 
 
 
 
Como aponta Scarpinella o Código de Processo Civil 
divide em procedimentos especiais de jurisdição 
contenciosa em 14 Capítulos do Título III do Livro I da 
Parte Especial. Já o 15º Capítulo do mesmo título é 
ocupado pelos procedimentos de jurisdição voluntária 
que se subdividem em 12 seções. Então vejamos a 
divisão feita pelo Código de Processo Civil de 2015. 
 
Procedimentos especiais de jurisdição 
contenciosa: 
 
I. Ação de consignação em pagamento; 
 
II. Ação de exigir contas; 
 
III. Ações possessórias; 
 
IV. Ação de divisão e de demarcação de terras 
particulares; 
 
V. Ação de dissolução parcial de sociedade; 
 
VI. Inventário e partilha; 
 
VII. Embargos de terceiro; 
 
VIII. Oposição; 
 
IX. Habilitação; 
 
X. Ações de família; 
 
XI. Ação monitória; 
 
XII. Homologação do penhor legal; 
 
XIII. Regulação de avaria grossa; 
 
XIV. Restauração de autos. 
 
Procedimentos especiais de jurisdição 
voluntária: 
 
I. Notificação e interpelação; 
 
II. Alienação judicial; 
 
III. Divórcio e separação consensuais, extinção 
consensual de união estável e alteração do 
regime de bens do matrimônio; 
 
IV. Testamentos e condicilos; 
 
V. Herança jacente; 
 
VI. Bens dos ausentes; 
 
VII. Coisas vagas; 
 
VIII. Interdição; 
“Os procedimentos especiais, sendo indiferente para essa 
finalidade a distinção entre os de “jurisdição contenciosa” e 
os de “jurisdição voluntária”, devem ser compreendidos 
como variantes do “procedimento comum”, que é o 
paradigmático, o padrão, tal qual estabelecido pelo CPC de 
2015.” Scarpinella, Cassio. – Manual de Direito Processual 
Civil – 2020. 
 
 
2 
 
IX. Disposições comuns à tutela e à curatela; 
 
X. Organização e fiscalização das fundações; 
 
XI. Ratificação dos protestos marítimos e dos 
processos testemunháveis formados a 
bordo. 
 
Reforçando: 
 
Foi a lentidão causada pelo procedimento comum 
que levou o legislador a criar alguns procedimentos 
para que os processos corressem mais rápido, 
assim surgiram os P.E (proced. especiais), para que 
as demandas pudessem ser resolvidas em menos 
tempo. 
 
O procedimento se diferencia de processo, é 
possível definir o procedimento como uma sucessão 
de atos, já o processo é a relação jurídica 
processual. Vale ainda lembrar que o procedimento 
é o componente extrínseco do processo, mais 
especificamente a sequência de atos que estão 
encadeados lógica e cronologicamente. 
 
**Durante as próximas aulas será visto detalhadamente cada uma 
das modalidades de procedimento especial. 
 
 
 
Artigos 539 ao 549 do Código de Processo Civil. 
 
Na obra Manual de Processo Civil elucida Scarpinella: 
a chamada “ação de consignação em pagamento” é 
o procedimento especial de jurisdição contenciosa 
que pretende a prestação de tutela jurisdicional no 
reconhecimento judicial de extinção da obrigação 
pelo devedor em face de seus credores, mediante 
o pagamento da consignação. 
 
Art. 334, CC. Considera-se pagamento, e 
extingue a obrigação, o depósito judicial ou em 
estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos 
e forma legais. 
 
Em resumo: assim como o credor tem o direito de 
receber a dívida, o devedor também tem o direito 
de pagar e a consignação é a forma de manifestar 
essa vontade. 
 
Vale ressaltar que o código civil trata do direito de 
pagar ou receber quitação através de um procedimento 
especial (presente no CPC). 
 
 Direito Material: do pagamento em consignação. 
Art. 335, CC. 
 
 Direito Processual: da ação de consignação em 
pagamento. 
Art. 539, CPC. 
 
Cabimento 
 
Art. 335, CC. A consignação tem lugar: 
 
I. se o credor não puder, ou, sem justa causa, 
recusar receber o pagamento, ou dar 
quitação na devida forma; 
 
II. se o credor não for, nem mandar receber 
a coisa no lugar, tempo e condição devidos; 
 
III. se o credor for incapaz de receber, for 
desconhecido, declarado ausente, ou residir 
em lugar incerto ou de acesso perigoso ou 
difícil; 
 
IV. se ocorrer dúvida sobre quem deva 
legitimamente receber o objeto do 
pagamento; 
 
V. se pender litígio sobre o objeto do 
pagamento. 
 
Competência 
 
Art. 337, CC. O depósito requerer-se-á no lugar do 
pagamento, cessando, tanto que se efetue, para o 
depositante, os juros da dívida e os riscos, salvo se 
for julgado improcedente. (código civil) 
 
Art. 540, CPC. Requerer-se-á a consignação no 
lugar do pagamento, cessando para o devedor, à 
data do depósito, os juros e os riscos, salvo se a 
demanda for julgada improcedente. 
 
 
3 
**Regra especial para competência: 
 
Art. 101, I, CDC. Domicílio do autor quando se tratar 
de relação de consumo. 
 
Legitimidade 
 
Ativa: devedor / Passiva: credor 
 
Art. 547. Se ocorrer dúvida sobre quem deva 
legitimamente receber o pagamento, o autor 
requererá o depósito e a citação dos possíveis 
titulares do crédito para provarem o seu direito. 
 
 
A consignação em pagamento poderá ter duas 
formas de execução, a judicial e a extrajudicial. 
 
 O Código Civil vai apontar os casos que são cabíveis 
a consignação em pagamento e o Código de Processo 
Civil vai dizer como se dá a ação de consignação. 
 
Modalidades de Consignação 
 
a) Consignação extrajudicial: está regida 
pelo CPC e pela Lei Federal n. 8.951/94. Só 
servirá quando a dívida for dinheiro. 
 
------- O que será feito? --------------------- 
Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá 
o devedor ou terceiro requerer, com efeito de 
pagamento, a consignação da quantia ou da coisa 
devida. 
 
§1º Tratando-se de obrigação em dinheiro, 
poderá o valor ser depositado em estabelecimento 
bancário, oficial onde houver situado no lugar do 
pagamento, cientificando-se o credor por carta com 
aviso de recebimento, assinado o prazo de 10 (dez) 
dias para a manifestação de recusa. 
 
§2º Decorrido o prazo do § 1º, contado do 
retorno do aviso de recebimento, sem a 
manifestação de recusa, considerar-se-á o devedor 
liberado da obrigação, ficando à disposição do credor 
a quantia depositada. 
 
§3º Ocorrendo a recusa, manifestada por 
escrito ao estabelecimento bancário, poderá ser 
proposta, dentro de 1 (um) mês, a ação de 
consignação, instruindo-se a inicial com a prova do 
depósito e da recusa. 
 
§4º Não proposta a ação no prazo do § 3º, 
ficará sem efeito o depósito, podendo levantá-lo o 
depositante. 
 
Em concordância com o artigo acima citado o 
procedimento em caso extrajudicial será: 
Primeiro se realizará depósito em banco oficial 
(podendo ser qualquer banco, pois todos tem carta 
patente do banco central) numa conta de 
consignação; Em segundo lugarserá feito o envio de 
carta para o credor com o aviso de recebimento; e 
por terceiro (e último), após a devolução do AR (aviso 
de recebimento) conta-se o prazo de 10 dias, se 
houver silêncio do credor será entendido como 
quitação, já se houver recusa resultará em ação de 
consignação (sendo de 1 mês o prazo para ingresso 
da ação). 
 
b) Consignação Judicial: também regida pelo 
CPC, mas nesse caso servirá para qualquer 
tipo de obrigação (dinheiro, dar, fazer ou 
não fazer). 
 
------- Como funciona? --------------------- 
O autor da ação, que é o devedor 
(consignante), ajuizará petição inicial (com os 
requisitos do art. 319 do CPC), se foi feito depósito 
deverá ser juntando a P.I. e se ainda não foi efetuado 
o depósito não se faz necessário ser feita a juntada 
na P.I. (art. 543, P.U.). 
Explicada a causa de pedir na petição, ela 
seguirá para que o juiz defira a consignação 
(despacho de deferimento) e desse momento passa 
a contar o prazo de 5 dias para depósito 
(IMPORTANTE: é prazo processual, logo será 
 
 
4 
contado em dias úteis. Art. 543, I, CPC) ou terá o 
mesmo prazo para se indicar dia e hora para 
cumprimento da tarefa (art. 342, CCB). 
Uma vez que o depósito for feito será 
realizada a citação do credor ou dos possíveis 
credores, assim haverá prazo de contestação (15 
dias) onde o credor poderá alegar várias coisas, 
dentre elas que não é o credor ou que o valor está 
incorreto. 
Decorrido o prazo o juiz dará a sentença. 
 
Artigos citados: 
 
Art. 319, CC. A petição inicial indicará: 
 
I. o juízo a que é dirigida; 
 
II. os nomes, os prenomes, o estado civil, a 
existência de união estável, a profissão, o 
número de inscrição no Cadastro de 
Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da 
Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o 
domicílio e a residência do autor e do réu; 
 
III. o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; 
 
IV. o pedido com as suas especificações; 
 
V. o valor da causa; 
 
VI. as provas com que o autor pretende 
demonstrar a verdade dos fatos alegados; 
 
VII. a opção do autor pela realização ou não de 
audiência de conciliação ou de mediação. 
 
§1º Caso não disponha das informações previstas no 
inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer 
ao juiz diligências necessárias a sua obtenção. 
 
§2º A petição inicial não será indeferida se, a 
despeito da falta de informações a que se refere o 
inciso II, for possível a citação do réu. 
 
§3º A petição inicial não será indeferida pelo não 
atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se 
a obtenção de tais informações tornar impossível ou 
excessivamente oneroso o acesso à justiça. 
 
 
Art. 542. Na petição inicial, o autor requererá: 
 
I. o depósito da quantia ou da coisa devida, a 
ser efetivado no prazo de 5 (cinco) dias 
contados do deferimento, ressalvada a 
hipótese do art. 539, § 3º ; 
 
II. a citação do réu para levantar o depósito ou 
oferecer contestação. 
 
Parágrafo único. Não realizado o depósito no 
prazo do inciso I, o processo será extinto sem 
resolução do mérito. 
 
Fluxograma: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Petição Inicial 
Deferimento do Juiz 
Sentença 
5 dias para depósito 
Contestação 
(15 dias) 
Citação 
 O consignante pode se arrepender e sacar 
de volta o dinheiro depositado, mas perde o 
direito de consignar (propor ação). 
 **Esse saque só poderá ser feito ANTES 
da contestação, sendo assim após 
contestado não existe mais essa 
possibilidade. 
 Se estiver faltando parte do pagamento a 
lei da 10 dias para que se faça o 
complemento. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art539§3
 
 
5 
Ação de Exigir 
Contas 
 
Procedimento especial de jurisdição contenciosa pelo qual 
aquele que se afirma titular do direito de exigir contas 
fórmula pedido de tutela jurisdicional para aquele fim. 
 
 
Trata-se de rito especial litigioso manejado 
pelo credor (autor) em face do devedor 
(réu) a fim de que disponibilize as contas 
detalhadas, podendo o autor impugna-las em 
15 dias. 
 
 
 
É um processo bifásico em que, primeiro, discute-se 
o direito do autor de exigir as contas e depois, desde 
que o direito seja reconhecido, que criam condições 
para que as contas sejam efetivamente prestadas, 
seguindo-se, conforme o caso, a cobrança de 
eventuais valores em aberto. 
 
a) Condenar o Réu à prestar as contas 
(obrigação de fazer); 
 
b) Apresentadas as contas, caso haja algum 
saldo devedor, o magistrado também 
procede à condenação do Réu no 
pagamento do saldo residual (obrigação de 
pagar). 
 
Obs.: Aqui, o juiz enfrenta o pedido do autor: 
 
• Primeiro analisa se há o devedor/obrigação 
de prestar contas; 
 
• Se for acolhido; 
 
• Poderá analisar o pedido subsidiário de 
obrigação de pagar; 
 
• Se for acolhido, condena o réu ao 
pagamento; 
 
• Se o pedido de obrigação de pagar for 
rejeitado, condena o autor na sucumbência. 
 
 
Art. 550. Aquele que afirmar ser titular do 
direito de exigir contas requererá a citação do réu 
para que as preste ou ofereça contestação no 
prazo de 15 (quinze) dias. 
 
§1º Na petição inicial, o autor especificará, 
detalhadamente, as razões pelas quais exige as 
contas, instruindo-a com documentos 
comprobatórios dessa necessidade, se existirem. 
 
§2º Prestadas as contas, o autor terá 15 
(quinze) dias para se manifestar, prosseguindo-se o 
processo na forma do Capítulo X do Título I deste 
Livro. 
 
§3º A impugnação das contas apresentadas 
pelo réu deverá ser fundamentada e específica, 
com referência expressa ao lançamento 
questionado. 
 
§4º Se o réu não contestar o pedido, 
observar-se-á o disposto no art. 355 . 
 
§5º A decisão que julgar procedente o pedido 
condenará o réu a prestar as contas no prazo de 
15 (quinze) dias, sob pena de não lhe ser lícito 
impugnar as que o autor apresentar. 
 
§6º Se o réu apresentar as contas no prazo 
previsto no § 5º, seguir-se-á o procedimento do § 
2º, caso contrário, o autor apresentá-las-á no prazo 
de 15 (quinze) dias, podendo o juiz determinar a 
realização de exame pericial, se necessário. 
 
Art. 551. As contas do réu serão 
apresentadas na forma adequada, especificando-se 
as receitas, a aplicação das despesas e os 
investimentos, se houver. 
 
§1º Havendo impugnação específica e 
fundamentada pelo autor, o juiz estabelecerá prazo 
razoável para que o réu apresente os documentos 
justificativos dos lançamentos individualmente 
impugnados. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art355
 
 
6 
§2º As contas do autor, para os fins do art. 
550, § 5º , serão apresentadas na forma adequada, 
já instruídas com os documentos justificativos, 
especificando-se as receitas, a aplicação das 
despesas e os investimentos, se houver, bem como 
o respectivo saldo. 
 
Art. 552. A sentença apurará o saldo e 
constituirá título executivo judicial. 
 
Art. 553. As contas do inventariante, do 
tutor, do curador, do depositário e de qualquer outro 
administrador serão prestadas em apenso aos autos 
do processo em que tiver sido nomeado. 
 
Parágrafo único. Se qualquer dos referidos no 
caput for condenado a pagar o saldo e não o fizer 
no prazo legal, o juiz poderá destituí-lo, sequestrar 
os bens sob sua guarda, glosar o prêmio ou a 
gratificação a que teria direito e determinar as 
medidas executivas necessárias à recomposição do 
prejuízo. 
 
Legitimidade: 
 
Ativa (capacidade para ser parte autora): fundamentada 
no art. 550 do CPC. Sendo aquele que tiver o direito 
de exigir contas. 
• A legitimidade ativa é apenas daquele que 
teve seus bens, valores ou interesses 
administrados. 
 
Passiva (capacidade para ser parte ré): também 
fundamentada no art. 550 do CPC. É aquele que tiver 
a obrigação legal. 
• No polo passivo deverá estar aquela pessoa 
que administrou os bens, valores ou 
interesses de terceiro. 
 
Ex.: Inventariante, administrador judicial (Aqueles que 
mantémgestão de patrimônio alheio. 
 
 
 
 
 
1. Havendo litispendência (duas ações de exigir contas 
autônomas ou uma autônoma e uma incidental) o 
Juiz declara esta situação. 
 
Competência 
 
A ação de exigir contas deve ser ajuizada no foro 
do lugar do ato ou fato para a ação em que for réu 
o administrador ou gestor de negócios alheios (art. 
53, IV, “b” do CPC). 
 
• Foro de eleição (se houver contrato e 
estiver exposto ali o foro); 
 
• Foro do local onde se deu a administração; 
 
• Se as contas a serem prestadas por aquele 
que foi nomeado judicialmente (inventariante, 
tutor, curador, etc...), será no mesmo juízo que 
atribuiu o encargo em apresso aos autos do 
processo principal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É a hipótese restringe-se ao pedido a ser formulado por 
quem, na perspectiva do plano material, afirma-se titular do 
direito de exigir as contas de outrem. 
A ação de exigir contas deve ser proposta por que 
teve os bens administrados por outrem. 
Seu procedimento possui duas fases: 
 
1. O juiz decide sobre a existência da 
obrigação; 
 
2. O réu prestará contas e será avaliado. 
 
Obs.: Como demonstrar o interesse de agir? 
 
O autor deverá comprovar o dever do réu em prestar as 
contas, demonstrando que houve recusa na prestação 
extrajudicial, sob pena de extinção do processo sem resolução 
do mérito por ausência de interesse de agir (art. 485, VI, CPC). 
Obs.: Art. 553. As contas do inventariante, do tutor, do 
curador, do depositário e de qualquer outro administrador 
serão prestadas em apenso aos autos do processo em que 
tiver sido nomeado. 
 
a) Se o processo ainda estiver tramitando, a demanda 
de exigir contas tramitará incidentalmente; 
b) Se o processo já tiver se encerrado, mesmo assim 
aquele juízo será o competente, e haverá uma ação 
autônoma de exigir contas de quem foi nomeado 
judicialmente administrador. 
 
Obs2.: Advogado x Cliente = Justiça Comum Estadual 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art550§5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art550§5
 
 
7 
Então vejamos de maneira detalhada cada uma das 
fases. 
 
Primeira Fase 
 
O autor deve apresentar em sua petição inicial o 
motivo pelo qual deseja a prestação de contas, 
pedindo ao juiz a citação do réu para em 5 dias 
apresentar as contas ou contestar. 
 
Após a citação o réu pode: 
 
a) Reconhecer que deve prestar contas e 
apresentá-las. Neste caso o juiz ouvirá no 
prazo de 5 dias o autor da ação, 
determinando provas necessárias e 
designando a audiência de instrução e 
julgamento, decidindo sobre a existência de 
saldo; 
 
b) Ficar inerte. O juiz aplicará revelia, 
determinando que o réu preste as contas 
em 48 horas, sob pena de não ser possível 
impugnar as contas que o autor apresentar; 
 
c) Contestar, indicando inexistência de 
obrigação por não ter relação com a parte 
autora ou por já ter prestado as contas. 
O juiz determinará a produção de provas e 
proferirá a sentença; 
 
d) Contestar e apresentar as contas, 
passando o processo para a segunda fase. 
 
Da decisão que encerra a primeira parte. 
 
A decisão que condenar o réu a prestar contas não 
termina o processo apenas da início a segunda fase 
deste. Tal decisão é atacável por agravo de 
instrumento. Desta forma preceitua o art. 550, §5º 
do Código de Processo Civil. 
Assim o magistrado condenará o réu a pagar os 
honorários advocatícios referentes à primeira fase, 
mas caso ele preste as devidas contas e o autor as 
aceite não serão fixados honorários advocatícios 
referentes à segunda fase. 
 
!!!!!!!!! Entretanto, havendo divergências quanto as 
contas apresentadas, que para serem solucionadas 
dependam de produção de novas provas deverão 
novos honorários ser fixados. 
 
Segunda Fase 
 
Na segunda fase, o réu será intimado para, dentro 
de 48 horas, apresentar as contas, sob pena de 
não poder impugnar as contas prestadas pelo autor 
da ação. 
 
O réu, depois de intimado, tomará uma das seguintes 
atitudes: 
 
a) Apresentará as contas: o autor será ouvido, 
não as aceitando, o juiz determinará provas 
a serem produzidas e julgará o feito; 
 
b) Não prestará as contas: ocasião em que o 
autor irá apresentar as contas, e o juiz as 
julgará , podendo determinar exame pericial 
ou provas para sua convicção; 
 
As contas apresentadas em juízo devem ser feitas 
de forma mercantil, discriminando as receitas e 
aplicações. Se não for respeitada a forma, as 
contas serão tidas como não prestadas. 
Por isso, tanto o autor como o réu devem se ater 
aos detalhes ao apresentar as contas. Nesse sentido 
preceitua Marcus Vinicius Rios Gonçalves: 
 
“As contas devem vir acompanhadas dos 
documentos comprobatórios. Se houver a indicação 
de gastos, é indispensável que sejam comprovados 
com os recibos ou notas fiscais correspondentes. 
Se aquele que prestar contas não apresenta dessa 
maneira, o juiz considerará não prestadas.” 
(GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios, 2005, p. 857) 
 
Em resumo. 
 
 Petição inicial – art. 550 CPC; 
 Defesa + reconvenção; 
 Autor (apresentação das contas); 
 Impugnar as contas; 
 Regra: art. 552; 
 Decisão. 
 
 
8 
Petição inicial: requisitos do 319 e 320, mas com o 
detalhamento das razões que motivam a exigência de 
prestação de contas, especificações da origem do direito de 
exigir contas e do dever de prestá-las. 
 
 
Ações Possessórias 
 
As ações possessórias ou interditos possessórios se 
assentam sobre a ofensa ao direito à posse, e não 
sobre o direito de proprietário (direito a pro-
priedade). 
 
CC, Art. 1.210, §2º. Não obsta à manutenção ou 
reintegração na posse a alegação de propriedade, 
ou de outro direito sobre a coisa. 
 
CPC, Art. 557. Na pendência de ação possessória (na 
existência de ação possessória) é vedado (proibido), 
tanto ao autor quanto ao réu, propor ação de 
reconhecimento do domínio (proibido propor nova 
ação com o tema da propriedade até se resolver a 
ação possessória), exceto se a pretensão for 
deduzida em face de terceira pessoa. 
 
Parágrafo único. Não obsta à manutenção ou à 
reintegração de posse a alegação de propriedade ou 
de outro direito sobre a coisa (CC, art. 1.210, §2º). 
 
• Ação de reconhecimento de domínio = propriedade. 
 
 
Enunciado 78, I Jornada de Direito Civil, CJF: 
Tendo em vista a não-recepção (não é admitido pelo), 
pelo novo Código Civil, da exceptio proprietatis 
(defesa processual com base na propriedade) (art. 
1.210, §2º) em caso de ausência de prova suficiente 
para embasar decisão liminar ou sentença final 
ancorada exclusivamente no ius possessionis, deverá 
o pedido ser indeferido e julgado improcedente, nõa 
obstante eventual alegação e demonstração de 
direito real sobre o bem litigioso. 
 
Enunciado 79, I Jornada de Direito Civil, CJF: 
A exceptio proprietatis (exceções), como defesa 
oponível às ações possessórias típicas, foi abolida 
pelo Código Civil de 2002, que estabeleceu a absoluta 
separação entre os juízos possessório (ação 
possessória: ação com base no exercício da posse) 
e petitório (ação petitória: ação com base no direito 
de propriedade). 
 
É possível dizer que a ação possessória 
(posse) se sobrepõe a ação de 
reconhecimento de domínio 
(propriedade). 
 
Se José tem ação possessória é proposta contra 
Paulo, ele poderia propor uma ação petitória contra 
Karina??? As normas estudadas acima indicam que a ação 
possessória é uma condição suspensiva do direito de ação de 
demandas petitórias (propriedade), se sobrepondo a ela. 
Contudo, essa condição suspensiva somente se aplica se, na 
ação petitória houver as mesmas partes que na ação 
possessória (exceção na parte final do art. 557, CPC). Se as 
partes forem diferentes, então, é possível haver uma ação 
possessória e uma ação petitória ao mesmo tempo. 
 
• A exceção é o poder público que pode pleitear ação 
possessória e ação petitória com as mesmas partes. 
 
 A defesa da posse não pode ser prejudicada por 
questõesde propriedade, tudo isso tendo em vista 
que posse e propriedade são dois institutos distintos. 
 
Exemplos de exercício da posse contra o 
proprietário: 
 
Quando Augusto, locatário (inquilino) de uma casa sai 
para viajar, o locador (proprietário) Frederico 
esbulha o imóvel (invade o imóvel), passando a residir 
naquela casa que é de sua propriedade. 
Augusto (locatário) (possuidor de direito) pode entrar 
com ação possessória contra Frederico (locador) 
(proprietário e possuidor indireto) e este não poderá 
opor sua condição de proprietário do bem, para 
frear a pretensão de Augusto (locatário). 
 
Assim, as normas protegem o possuidor de atos do 
proprietário que: 
 
a) Esbulha; 
b) Turba; 
 
 Ações possessórias 
Propriedade 
 
 
9 
c) Ameaça o exercício do direito de posse. 
 
Em ação possessória entre particulares é cabível o 
oferecimento de oposição (é um tipo de ação 
possessória) pelo ente público, alegando-se 
incidentalmente o domínio de bem imóvel como meio 
de demonstração da posse. STJ. Corte Especial. 
EREsp 1134446-MT, Rel. Min. Benedito Gonçalves, 
julgado em 21/03/2018 (Info 623). 
 
 O particular não pode alegar usucapião 
contra o poder público; 
 O particular, na posse de um bem, é 
entendido como MERO DETENTOR. 
 
O doutrinador Orlando Gomes dividiu a propriedade 
em 3 conceitos para facilitar, vejamos: 
 
a) Sintético: é a ideia de domínio, onde a 
propriedade é a submissão de um bem, em 
todas as suas relações jurídicas a uma 
pessoa; 
 
b) Analítico: esse é o conceito incorporado no 
Código Civil onde a propriedade é um feixe 
de direitos, que o seu titular pode exercer, 
quais sejam: direito de usar, direito de fruir, 
direito de dispor (destruir ou retirar o bem 
de sua esfera de patrimônio; ou de destinar 
o bem a um uso especial) e o direito de 
alienar (retirar de sua esfera de direitos e 
transferir para a esfera de direito de outra 
pessoa); 
 
c) Descritivo: é o mais moderno dos conceitos, 
leva em conta a função social da 
propriedade. Assim diz que a propriedade é 
um direito complexo, absoluto, perpetuo e 
exclusivo. Em que, um bem está submetido 
a vontade de uma pessoa dentro dos limites 
da lei. 
 
 
Exercício da Posse, direito de natureza especial. 
 O direito de posse é um fato; 
 Está baseado no elemento “complexo” do 
conceito de propriedade; 
 Art. 1.196 do CC – é um exercício positivo 
(comissivo) de uma pessoa sobre um bem. 
 
Enunciado n. 492, V Jornada de Direito Civil, CJF: 
 
A posse constitui direito autônomo em relação à 
propriedade e deve expressar o aproveitamento 
dos bens para o alcance de interesses existenciais, 
econômicos e sociais merecedores de tutela. 
 
CC, Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele 
que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum 
dos poderes inerentes à propriedade. 
 
Ex.: desapropriação privada por posse 
trabalho. 
 
Elementos da Posse 
 
 Autotutela (desforço necessário ou defesa da 
posse): a defesa deve ser proporcional. Ex.: 
construir muro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Heterotutela: demanda de reintegração, 
manutenção e interdito proibitório. 
 
 
 
 
 Exemplo: Tobias pulou o muro da casa de Joaquim 
e em reação ele (Joaquim) atirou no possível ladrão 
que invadia sua residência, essa forma não é cabível, 
pois não houve proporcionalidade. PORÉM, se nesse 
mesmo cenário Tobias estivesse armado, pulando o 
muro da casa de Joaquim e o possuidor atirasse 
teria agido de maneira proporcional. 
 
 
10 
Existem três razões as quais levam alguém a propor 
uma ação possessória e cada uma dessas razões 
representa um tipo de violação a posse. Vejamos: 
 
a) Demanda de reintegração de posse: é 
utilizada para hipótese de esbulho, isto é, 
perda da posse. 
 
Ex.: alguém invade sua casa e não deixa você entrar 
nela. Ou seja, a pessoa perdeu a posse da sua casa, 
alguém está exercendo-a! 
 
OBS.: Há uma perda TOTAL da posse. 
 
b) Demanda de manutenção de posse: é 
utilizada para hipótese de turbação, isto é, 
há um sacrifício parcial do exercício da 
posse. 
 
Ex.: alguém começa a impedir que você exerça sua 
posse na totalidade. Um vizinho começa a construir 
um muro e invade parcialmente o seu terreno! Ou 
seja, a pessoa perdeu a faculdade de exercer a 
posse naquela localidade, naquele espaço que o 
vizinho invadiu. 
 
c) Demanda de interdito proibitório: é utilizada 
em hipótese de ameaça de agressão à 
posse. 
 
Ex.: se verificar que há pessoas se encaminhando 
para o seu bem, indicando que há ameaça, perigo de 
perda da possa, haverá então a possibilidade de 
evitar que a ameaça se consolide. 
 
Art. 554. A propositura de uma ação possessória 
(reintegração, ou manutenção, ou interdito) em vez 
de outra (apresentei a ação errada) não obstará a 
que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção 
legal correspondente aquela cujos pressupostos 
estejam provados – fungibilidade. 
 
 Aqui o juiz analisa a entrega da tutela devida. 
 
Elementos necessários da ação possessória 
 
1. Competência: esse elemento se subdivide 
em dois tipos: a competência em razão da 
matéria e a competência em razão do 
território. 
 
Competência em razão da matéria: quanto à 
competência jurisdicional, é recorrente se 
vislumbrar ações possessórias correndo na Justiça 
comum Estadual. 
 
OBS1.: Se houver interesse da União Federal, 
a ação será distribuída na Justiça Federal. Art. 109, 
inc. I da CF. 
 
OBS2.: Súmula Vinculante 22, STF: A Justiça 
do Trabalho é competente para processar e julgar 
ação possessória ajuizada em decorrência do 
exercício do direito de greve pelos trabalhadores da 
iniciativa privada. 
 
OBS3.: Competência, comodato, relação 
trabalhista. Compete à Justiça do Trabalho apreciar 
e julgar a controvérsia sobe a reintegração do 
empregador na posse de imóvel dado em comodato 
ao empregado para sua moradia durante o contrato 
de trabalho. Isso se deve às alterações promovidas 
pela EC n. 45/2004 no art. 114, VI, da CF/1988. 
CC57.524-PR, Rel. Min. Carlos Alberto Menezes 
Direito, julgado em 27/09/2006 (informativo 298). 
 
Competência em razão do território: 
 
a) Art. 46. A ação fundada em direito pessoal 
ou direito real sobre bens móveis será 
proposta, em regra, no foro de domicílio do 
réu; 
 
b) Art. 47. Para as ações fundadas em direito 
real sobre imóveis é competente o foro de 
situação da coisa. 
§2º A ação possessória imobiliária será 
proposta no foro de situação da coisa, cujo 
juízo tem competência absoluta. 
 
 
 
 
11 
2. Legitimidade para a causa: aqui também se 
subdividirá em duas categorias: 
 
Legitimidade ativa: possuidor direto que alega que sua 
posse está sendo turbada, esbulhada ou ameaçada. 
 
 OSB.: Em alguns casos, o possuidor indireto poderá 
figurar como autor ou réu na ação possessória. Ex.: contrato 
de locação, depósito ou até mesmo de comodato. 
 
Legitimidade Passiva: aquele que estaria ameaçando, 
turbando ou esbulhando a posse do possuidor direto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Procedimento: o esquema apresentado é 
baseado nos procedimentos de manutenção 
(turbação) e de reintegração (esbulho). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Liminar (antes da citação): Para o deferimento da liminar, 
é preciso: 
 
a) Demonstração de que o ato de agressão à posse 
deu-se há menos de ano e dia; 
b) Instrução da petição inicial que, em cognição 
sumária do juiz, permita a formação de 
convencimento de que há probabilidade de o autor 
ter direito à tutela jurisdicional – que ele tem o 
direito exercício sobre a posse esbulhada, turbada 
ou ameaçada. 
 
OBS.: A notificação prévia dos ocupantes não é 
documento essencial à propositura da ação 
possessória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Antes da citação, determina-se a realização 
de audiência prévia de justificação, e, após os 
esclarecimentos (que não é mérito), o juízo poderá 
decidir sobre a liminar, ou seja, poderá o juízo até 
propor conciliação. 
 
Após a justificação, o magistrado poderá deferir ou 
não a liminar. 
 Incontinenti,o réu será citado e o procedimento seguirá 
sob o rito comum (contestação, providências 
preliminares, saneamento, audiência de instrução e 
julgamento, sentença). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Posso propor a ação possessória contra réus 
incertos? 
 
Quando o ato é praticado por uma multidão de pessoas, 
é difícil individualizar todos os agressores. 
Ainda, alguns grupos que organizam invasões não detém 
personalidade jurídica, o que torna mais difícil sua 
individualização. Assim, a demanda poderá ser proposta 
contra réus incertos. Veremos que a citação nesses 
casos é diferenciada (art. 554, CPC). 
Petição Inicial 
(Art. 319 CC e 
Art. 561 do CPC) 
Posse Nova 
 Menos de um ano e dia; 
 Art. 300 do CPC. 
Posse Velha 
 Mais de um ano e dia; 
 Art. 555 do CPC. 
Qual é o valor da causa??? sabendo que a posse 
possui expressão econômica, o valor da causa 
deve corresponder ao valor econômico da posse 
+ outros pedidos. 
Pode ser deferida a liminar contra a Fazenda Pública??? 
há vedação a concessão de liminar contra a Fazenda 
Pública, porquanto se presume que os entes públicos 
atuam dentro da legalidade (presunção de veracidade e 
legalidade de seus atos) e, por isso, deve haver a prévia 
audiência dos respectivos representantes judiciais (art. 
562, PU, CPC). 
 
 
12 
Caução: 
 
1. O réu alega que está sendo prejudicado pela 
ação possessória do autor; 
 
2. Prova que o autor não tem indoniedade 
financeira; 
 
3. O Juízo, entendendo o medo do réu, em 
caso de sucumbência do autor, determina 
que seja paga uma caução (real ou fiança), em 
favor do réu, para o caso da sucumbência 
(perda da ação pelo autor e vitória do réu). 
 
Art. 559. Se o réu provar, em qualquer tempo, que 
o autor provisoriamente mantido ou reintegrado na 
posse carece de idoneidade financeira para, no caso 
de sucumbência, responder por perdas e danos, o 
juiz designar-lhe-á o prazo de 5 (cinco) dias para 
requerer caução, real ou fidejussória, sob pena de 
ser depositada a coisa litigiosa, ressalvada a 
impossibilidade da parte economicamente 
hipossuficiente. 
 
Enunciado 179, FPPC: (arts. 559 e 139, VI): 
O prazo de cinco dias para prestas caução pode ser 
dilatado, nos termos do art. 139, inc VI. 
 
Enunciado 180, FPPC: (art. 559): A 
prestação de caução prevista no art. 559 poderá 
ser determinado pelo juiz, caso o réu obtenha a 
proteção possessória, nos termos no art. 556. 
 
Especialidades do Litígio Coletivo: arts. 554 e 178. 
 
Art. 554. A propositura de uma ação possessória 
em vez de outra não obstará a que o juiz conheça 
do pedido e outorgue a proteção legal 
correspondente àquela cujos pressupostos estejam 
provados. 
 
§1º No caso de ação possessória em que 
figure no polo passivo grande número de pessoas, 
serão feitas a citação pessoal dos ocupantes que 
forem encontrados no local e a citação por edital 
dos demais, determinando-se, ainda, a intimação do 
Ministéro Público e, se envolver pessoas em situação 
de hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública. 
 
§2º Para fim da citação pessoal prevista no § 
1º, o oficial de justiça procurará os ocupantes no 
local por uma vez, citando-se por edital os que não 
forem encontrados. 
 
§3º O juiz deverá determinar que se dê ampla 
publicidade da existência da ação prevista no § 1º e 
dos respectivos prazos processuais, podendo, para 
tanto, valer-se de anúncios em jornal ou rádio locais, 
da publicação de cartazes na região do conflito e de 
outros meios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ações de Dissolução Parcial 
da Sociedade 
 
A dissolução parcial da sociedade é gerada por 
qualquer ocorrência que leva a uma extinção parcial 
do contrato de sociedade, de modo que, resolvida 
essa crise jurídica, a sociedade continua a existir. 
 
Fundamento legal 
 
Art. 599. A ação de dissolução parcial de sociedade 
pode ter por objeto: 
 
I. a resolução da sociedade empresária 
contratual ou simples em relação ao sócio 
falecido, excluído ou que exerceu o direito 
de retirada ou recesso; e 
 
 Sociedade de pessoas ou pessoal: affectio 
societatis. 
 
II. a apuração dos haveres do sócio falecido, 
excluído ou que exerceu o direito de retirada 
ou recesso; ou 
 Sociedade de Capital. 
 
Oficial de Justiça + Editais 
No caso de ação possessória em que figure no polo passivo 
grande número de pessoas, a ampla divulgação prevista 
no §3º do art. 544 compete a inteligência do art. 301, 
com a possibilidade de determinação de registro de 
protesto para consignar a informação do litígio 
possessório na matrícula imobiliária respectiva. 
 
 
13 
III. somente a resolução ou a apuração de 
haveres. 
 Um sócio e substituído por outro. 
 
 
 
 
Em razão do falecimento de sócio:Realizada de 
forma extrajudicial e ainda pode haver cláusula de 
arbitragem. 
 
Art. 1.028. No caso de morte de sócio, liquidar-se-á 
sua quota, salvo: 
 Em regra, a quota do sócia falecido não se 
transfere por herança aos herdeiros. 
 
I. se o contrato dispuser diferentemente; 
 O contrato social dispor sobre a sucessão do 
herdeiro na posição de sócio. 
 
II. se os sócios remanescentes optarem pela 
dissolução da sociedade; 
 Haverá dissolução da sociedade (total). A sociedade 
deixa de existir. 
 
III. se, por acordo com os herdeiros, regular-
se a substituição do sócio falecido. 
 Sociedades familiares. 
 
Requisitos da PI: 
Art. 599, CPC. 
§1º A petição inicial será necessariamente instruída 
com o contrato social consolidado. 
 Documento essencial! 
 
§2º A ação de dissolução parcial de sociedade pode 
ter também por objeto a sociedade anônima de 
capital fechado quando demonstrado, por acionista 
ou acionistas que representem cinco por cento ou 
mais do capital social, que não pode preencher o seu 
fim. 
 
 
 
 
 
Competência: 
 
Onde a ação será proposta, aqui é preciso tomar 
cuidado, pois: 
 
• se a ação de dissolução parcial for 
formulado em razão da morte do sócio, o 
foro será o citado no artigo 53 do CPC; 
 
• Já se formulada por direito de recesso ou 
exclusão do sócio, será o domicílio do autor 
da ação. 
 
Legitimidade 
 
Legitimidade ativa: 
 
Art. 600. A ação pode ser proposta: 
 
I. pelo espólio do sócio falecido, quando a 
totalidade dos sucessores não ingressar na 
sociedade; 
 
II. pelos sucessores, após concluída a partilha 
do sócio falecido; 
 
III. pela sociedade, se os sócios sobreviventes 
não admitirem o ingresso do espólio ou dos 
sucessores do falecido na sociedade, quando 
esse direito decorrer do contrato social; 
 
IV. pelo sócio que exerceu o direito de retirada 
ou recesso, se não tiver sido providenciada, 
pelos demais sócios, a alteração contratual 
consensual formalizando o desligamento, 
depois de transcorridos 10 (dez) dias do 
exercício do direito; 
 
V. pela sociedade, nos casos em que a lei não 
autoriza a exclusão extrajudicial (sendo este 
tema trata pelos arts. 1.003, 1.004 e 1.085, CC57); 
ou 
 
VI. pelo sócio excluído. 
 
Parágrafo único. O cônjuge ou companheiro do sócio 
cujo casamento, união estável ou convivência 
terminou poderá requerer a apuração de seus 
haveres na sociedade, que serão pagos à conta da 
quota social titulada por este sócio. 
 
Em sociedade anônima fechada, além do estatuto social, 
o requerimento deve ser feito por 5% do total do 
capital social. 
 A disciplina de sociedade anônima de capital 
fechado, para a dissolução parcial de 
sociedade, é similar a da sociedade. Ex.: limitada 
(sociedade de pessoas). 
judicial 
 
 
14 
Legitimidade passiva: 
 
Art. 601. Os sócios e a sociedade serão citados para, 
no prazo de 15 (quinze) dias, concordar com o pedido 
ou apresentar contestação. 
 
Parágrafo único. A sociedade não será citada 
se todos os seus sócios o forem, mas ficará sujeita 
aos efeitos da decisão e à coisa julgada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apuração de Haveres 
 
Etapa que acontece para saber quanto se deve 
pagar, descobrindo quanto vale a sociedade. 
 
Art. 604. Para apuração dos haveres,o juiz: 
 
I. fixará a data da resolução da sociedade; 
 
 É a data da foto do patrimônio da sociedade “na 
dia” que foi decretada a sua dissolução; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II. definirá o critério de apuração dos haveres 
à vista do disposto no contrato social; e 
 
III. nomeará o perito. 
 
§1º O juiz determinará à sociedade ou aos sócios que 
nela permanecerem que depositem em juízo a parte 
incontroversa dos haveres devidos. 
 
§2º O depósito poderá ser, desde logo, levantando 
pelo ex-sócio, pelo espólio ou pelos sucessores. 
 
§3º Se o contrato social estabelecer o pagamento 
dos haveres, será observado o que nele se dispôs 
no depósito judicial da parte incontroversa. 
 
Atenção: Se desde o início, com a contestação ou 
outros documentos no processo, o Juízo verificar 
que já há valor da quota incontrovertido, será 
determinado aos réus que depositem esse valor 
judicialmente, para que os sucessores recebam 
imediatamente a quantia (execução/cumprimento de 
sentença definitiva parcial). 
 
 
 
 
 
 
Falecimento Data do Óbito 
Retirada imotivada 60 dias após a notificação 
Recesso Dia Do recebimento da 
notificação 
Retirada por justa causa e 
exclusão judicial 
Trânsito em julgado 
Exclusão extrajudicial Data da assembleia ou da 
reunião 
 
 
 
Art. 606. Em caso de omissão do contrato social, o 
juiz definirá, como critério de apuração de haveres, 
o valor patrimonial apurado em balanço de 
determinação, tomando-se por referência a data da 
resolução e avaliando-se bens e direitos do ativo, 
A concordância do pedido. 
Contestação: declaração de dissolução parcial, 
determinando a exclusão do sócio. 
 
• Procede-se para apuração de haveres ido 
que é devido (do que é devido para o sócio 
que saiu); 
 
• Não há recurso contra a decretação de 
dissolução da sociedade (decisão 
interlocutória); 
 
• Se ele julgar improcedente o pedido de 
dissolução, cabe apelação (decisão de mérito). 
Art. 605. A data da resolução da sociedade 
será: 
I. no caso de falecimento do sócio, a do 
óbito; 
II. na retirada imotivada, o sexagésimo 
dia seguinte ao do recebimento, pela 
sociedade, da notificação do sócio 
retirante; 
III. no recesso, o dia do recebimento, pela 
sociedade, da notificação do sócio 
dissidente; 
Data de Resolução da Sociedade 
Exclusão judicial do sócio por direito de 
retirada dos remanescentes 
Dissolução parcial de sociedade 
Direito Potestativo: precisa ser 
exercido pelo interessado 
Apuração de Haveres 
Direito de Exigir: prazo 
prescricional – art. 205, CC. 
10 anos 
 
 
15 
tangíveis e intangíveis, a preço de saída, além do 
passivo também a ser apurado de igual forma. 
 
 Nos casos de omissão do contrato social 
leva-se em consideração 3 parâmetros: 
primeiro o do valor patrimonial apurado em 
balanço, segundo os bens e direito que 
compõe o ativo da empresa e terceiro o 
passivo. 
 
Parágrafo único. Em todos os casos em que seja 
necessária a realização de perícia, a nomeação do 
perito recairá preferencialmente sobre especialista 
em avaliação de sociedades. 
 
O que o ex-sócio recebe ao final da ação??? 
Art. 608. Até a data da resolução, integram o valor 
devido ao ex-sócio, ao espólio ou aos sucessores a 
participação nos lucros ou os juros sobre o capital 
próprio declarados pela sociedade e, se for o caso, 
a remuneração como administrador. 
 
Parágrafo único. Após a data da resolução, o ex-
sócio, o espólio ou os sucessores terão direito 
apenas à correção monetária dos valores apurados 
e aos juros contratuais ou legais. 
 
Em suma: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inventário e 
Partilha 
O inventário e a partilha devem ser compreendidos 
como procedimentos especiais destinados a 
identificar os vens deixados pelo falecido, verificar 
sua exatidão, inclusive na perspectiva de herdeiros 
preteridos ou de bens que devam ser trazidos à 
colação, quantificar seu valor, apurar e providenciar 
o recolhimento do tributo incidente pela 
transferência de bens em virtude da morte, paga 
seus credores e partilhá-los (no sentido de dividi-los) 
entre os herdeiros e legatários. 
 
 
Inventário: o inventário tem como objetivo 
justamente identificar o patrimônio do de 
cujus, com a indicação de bens (móveis e 
imóveis), créditos, débitos, e quaisquer 
outros direitos de natureza patrimonial que 
compõem o acervo hereditário. 
 
 O inventário pode ser judicial ordinário ou 
judicial especial/sumário, que leva o nome de 
arrolamento (art. 659 do CPC) ou 
arrolamento comum (art. 664 do CPC). 
 
Partilha: a partilha tem como objetivo à 
individualização do que cabe a cada um dos 
sucessores, com o estabelecimento e a 
consequente adjudicação do quinhão 
hereditário a cada um deles. 
 
 
Importante lembrar que há ainda a possibilidade de 
inventário e partilha extrajudiciais. Vejamos os 
requisitos: 
 
a) Todos os sucessores sejam capazes; 
 
b) Não exista testamento; 
 
c) Que todos estejam de acordo com a divisão 
de bens; 
 
d) Estejam as partes interessadas assistidas 
por advogado ou defensor público. 
Petição 
Inicial 
Despachada Juízo 
 Concordância 
 Revelia 
 Contestação 
(procedência do pedido de 
resolução e método de 
apuração de haveres). 
 Procedência (não cabe 
recurso, interlocutória. 
 Improcedência (cabe 
recurso, apelação). 
Apuração de Haveres 
(contrato social. Art. 606 
a 608 CC). 
 
 
16 
 
 
 
 
 
 
Art. 666. Independerá de inventário ou de 
arrolamento o pagamento dos valores previstos na 
Lei nº 6.858, de 24 de novembro de 1980 . 
 
a) Justiça Brasileira é a única competente 
para julgar as ações de inventário e partilha 
de bens situados em território nacional (art. 
24, II, CPC); 
 
b) Em matéria de sucessões hereditária, 
proceder à confirmação de testamento 
particular e ao inventário e à partilha de 
bens situados no Brasil, ainda que o autor da 
herança seja de nacionalidade estrangeira 
ou tenha domicílio fora do território nacional 
 
OBS.: Se houver sentença estrangeira dispondo 
sobre bens situados no Brasil, a sentença não 
poderá ser homologado pelo STJ. 
 
OBS2.: competência territorial – Art. 48. 
 
OBS3.: após o óbito tem 2 meses para abrir o 
inventário e no máximo 12 meses para encerra-lo. 
 
1. Petição Inicial 
Legitimados ativos: 
Art. 616. Têm, contudo, legitimidade concorrente: 
I. o cônjuge ou companheiro supérstite 
(meieiro); 
II. o herdeiro (sucessores legítimos); 
III. o legatário (recebedor de doação por 
testamento); 
IV. o testamenteiro (responsável pela abertura 
do testamento); 
V. o cessionário do herdeiro ou do legatário 
(quem recebe cessão de direito de um 
herdeiro ou de um legatório); 
 
 
VI. o credor do herdeiro, do legatário ou do 
autor da herança; 
VII. o Ministério Público, havendo herdeiros 
incapazes; 
VIII. a Fazenda Pública, quando tiver interesse; 
IX. o administrador judicial da falência do 
herdeiro, do legatário, do autor da herança 
ou do cônjuge ou companheiro supérstite. 
 
2. Com a P.I.: 
I. Identidade de pessoas entre as 
quais devam ser repartidos os 
bens; 
II. Heranças deixadas pelos dois 
cônjuges ou companheiros; 
III. Dependência de uma das partilhas 
em relação à outra. 
 
3. Estando regular a PI, o juiz despacha a inicial 
e o nomeia inventariante. 
 
 
 
 
4. Responsabilidades do inventariante – Art. 
618 e 619, CPC.
Relembrando o que já foi estudado anteriormente 
sabemos que o processo do inventário começa com 
Na ausência destas condições, será necessário o 
inventário na sua forma judicial, e, logo, não significa, 
sempre, que haverá litígio!! Pode ser, apenas, a 
presença de um herdeiro incapaz. 
Quem pode ser inventariante?? 
I. Cônjuge, companheiro (art. 1.830); 
II. Qualquer herdeiro considerando a vocação 
hereditária; 
III. Qualquer um dos herdeiros, quando não haja 
a administração do espoçio. 
Art. 618 – São deveres próprios (indicar quem é 
credor do espólio, antes e para depois da partilha); 
Art. 619 – Dependem de autorização judicial(apurar 
as divididas e pagá-las, preferencialmente, antes da 
partilha). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6858.htm
 
 
17 
a petição inicial (p.i.) e assim segue para nomeação 
do inventariante. Então vejamos um esquema de 
resumo do processo de inventário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obs.: 
 
 Só após as primeiras declaração que haverá a 
citação e essa (citação) que levará aos 
litisconsortes; 
 
 Após a citação pode haver impugnação das 
primeiras declarações; 
 
 Se houver a impugnação quanto à qualidade de 
herdeiro será aberto um processo paralelo 
pelas vias ordinárias. 
 
 
 
A partilha tem início após a conclusão da fase de 
inventário, quando apurados quais os bens que 
efetivamente compõe a herança, os herdeiros, e o 
quinhão que vai caber a cada um. Consiste na 
distribuição de bens entre os sucessores, 
pressupondo a existência de mais de um herdeiro, 
pois, se houver só um, os bens serão adjudicados ao 
sucessor único. 
 
Nas hipóteses do art. 610, §1º, do CPC, o inventário 
e a partilha podem ser feitos por escritura pública, 
sem intervenções do Judiciário. Assim a partilha 
pode se apresentar de duas formas: 
 
a) Amigável: pode ser feita 
extrajudicialmente; 
 
b) Contenciosa: há litígio entre os 
sucessores. 
 
 Ainda pode acontecer em vida como doação 
ou testamento. 
 
 
Depois de feito o pagamento dos credores, 
e apurado o conjunto de bens que deverá 
ser partilhado, o juiz concederá às partes o 
prazo de quinze dias para formular o seu 
pedido de quinhão. 
 
Petição Inicial 
Colação 
Primeiras declarações 
O juízo nomeará o 
inventariante. 
A.R. e 
editais (art. 
259, inc. III). 
Decisão sobre 
o valor dos 
bens 
 
Avaliação dos Bens 
Cônjuge/companheiro, 
herdeiros, legatários e, 
havendo, o 
testamenteiro, que 
formarão litisconsórcio 
necessário. 
A Fazenda e o MP 
deverão ser intimados, 
na pessoa de seu 
representante nos 
casos de herdeiro 
incapaz ou ausente 
Impugnação, 
em 15 dias 
das primeiras 
declarações. 
Após a sentença, a decisão 
passa integrar e gerar efeitos 
no processo de inventário, 
alterando a colação e a 
indicação dos herdeiros 
conforme o caso. 
15 dias para 
impugnar a 
avaliação. 
Se houver a impugna-
ção quanto à qualidade 
de herdeiro (incluir ou 
excluir). Assim vira um 
processo pelas vias 
ordinárias. 
Reserva-se bens para 
cobrir a quota como se 
herdeiro fosse. 
O mesmo vale quanto à 
discussão sobre a titularidade 
de bem apontado pelo inven-
tariante como do Espólio e 
está na posse de outra 
pessoa. 
 
 
18 
Art. 647. Cumprido o disposto no art. 642, § 3º , 
o juiz facultará às partes que, no prazo comum de 
15 (quinze) dias, formulem o pedido de quinhão e, em 
seguida, proferirá a decisão de deliberação da 
partilha, resolvendo os pedidos das partes e 
designando os bens que devam constituir quinhão de 
cada herdeiro e legatário. 
 
Parágrafo único. O juiz poderá, em decisão fundamentada, 
deferir antecipadamente a qualquer dos herdeiros o 
exercício dos direitos de usar e de fruir de determinado bem, 
com a condição de que, ao término do inventário, tal bem 
integre a cota desse herdeiro, cabendo a este, desde o 
deferimento, todos os ônus e bônus decorrentes do exercício 
daqueles direitos. 
 
Art. 648. Na partilha, serão observadas as 
seguintes regras: 
 
I. a máxima igualdade possível quanto ao valor, 
à natureza e à qualidade dos bens; 
 
II. a prevenção de litígios futuros; 
 
III. a máxima comodidade dos coerdeiros, do 
cônjuge ou do companheiro, se for o caso. 
 
Em seguida será proferida decisão de deliberação 
sobre a partilha, resolvendo pedido entre as partes 
e designado os quinhões de cada um. 
 
Depois dessa deliberação sobre a partilha, os 
autos serão enviados ao partidor, para que 
elabore um esboço, de acordo com o que o juiz 
decidiu, observando as dívidas atendidas, a 
meação do cônjuge, a parte disponível e os 
quinhões hereditários, a começar do herdeiro 
mais velho. 
 Sobre o esboço as partes terão um prazo 
de cinco dias para falar. 
 
Após as partes terem se manifestado em relação 
ao esboço da partilha, feito o pagamento de imposto 
mortis causa, o juiz julgará a partilha por sentença, 
contra qual cabe apelação. 
 
Com o trânsito em julgado da sentença que julga a 
partilha, ou que determina a adjudicação de todos os 
bens a único herdeiro, desaparece o espólio e 
cessam as funções do inventariante. 
 
Em suma: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A máxima igualdade possível 
quanto ao valor, à natureza 
e à qualidade dos bens. 
Decisão do juiz para 
que os sucessores 
apontem como querem 
que os bens sejam 
entregues. 
O juiz, após a 
apresentação em 15 
dias da sugestão de 
cada sucessor sobre 
quais bens integram 
seu quinhão, decidirá 
sobre a partilha. 
A prevenção de 
litígios futuros. 
A máxima co-
modidade dos 
coerdeiros, do 
cônjuge ou do 
companheiro, se 
for o caso. 
Encaminhamento da 
decisão para o 
partidor, a fim 
elaborar o formal de 
partilha (art. 651 do 
CPC). 
Esboço 
I. Dividas atendidas; 
II. Meação do cônjuge; 
III. Meação disponível; 
IV. Quinhões hereditários, a 
começar pelo coerdeiro 
mais velho. 
Transitado em julgado 
a homologação do 
esboço, tem-se o 
formal de partilha 
I. Termo de inventariante 
e título de herdeiros; 
II. Avaliação dos bens que 
constituíram o quinhão 
do herdeiro; 
III. Pagamento do quinhão 
hereditário; 
IV. Quitação dos impostos; 
V. Sentença. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art642§3
 
 
19 
Importante citar que ainda pode haver o 
arrolamento e os requisitos são: 
 
1. Todos os herdeiros forem capazes e existir 
acordo quanto á partilha; 
 
2. Quando houver herdeiro único. 
 
 
 
Lembrando que a conversão do inventário em 
arrolamento é de rito ordinário (art. 664, CC). 
 
Procedimento de 
Jurisdição 
Voluntária 
 
É uma atividade estatal de integração e fiscalização, 
ou seja, vai ser buscado do Poder judiciário a 
integração da vontade, para torná-la apta a produzir 
determinada situação jurídica. 
 
• Existem alguns efeitos jurídicos decorrentes 
da vontade humana, que somente podem ser 
obtidos após a integração dessa vontade 
perante o Estado-juiz, que o faz após a 
fiscalização dos requisitos legais para a 
obtenção do resultado almejado. 
 
Aqui é possível observar algumas das 
características dos procedimentos voluntário, que 
se diferenciam dos de jurisdição contenciosa. 
Vejamos: 
 
a) Obrigatoriedade; 
 
b) Princípio Inquisitivo; 
 
c) Em regra, há participação do MP como fiscal 
da lei (art. 178 do CPC); 
 
d) Ausência de lide (a decisão judicial não é 
substitutiva da vontade das partes); 
 
e) Não há partes (legitimidade ativa e passiva), o 
que há são interessados; 
 
f) Não há processo no sentindo clássico ou 
tradicional, mas sim PROCEDIMENTO; 
 
g) Não há coisa julgada material. 
 
Já sabendo as principais características sobre os 
procedimentos de jurisdição voluntária, é preciso 
saber que sob a ótica procedimental, há dois tipos 
de regras (procedimentos): 
 
a) comuns (arts. 719-725); 
b) especiais (arts. 726 e ss.). 
 
 
 
 
 
 
 
• Instaura-se o processo por petição inicial, por 
provocação do interessado, do Ministério 
Público ou da Defensoria Pública, com 
atribuição de valor da causa e identificação da 
providência judicial almejada; 
 
• As despesas processuais são antecipadas pelo 
requerente e rateadas entre todos os 
interessados; 
 
• Os interessados têm o prazo de quinze dias 
para poder manifestar-se; 
 
• A Fazenda Pública será sempre ouvida, nos 
casos em que tiver interesse (art. 722, CPC); 
 
• O Ministério Público será ouvido, apenas nos 
casos do art. 178 do CPC (art. 721); 
 
• O pedido será resolvido em dez dias, por 
sentença, que é apelável (arts. 723-724 do 
CPC). 
 
Os pedidos que tramitam peloprocedimento 
comum de jurisdição voluntária estão regulados pelo 
art. 725, CPC. 
Extrajudicial 
Judicial, pedido de adjudicação 
do espólio em seu favor. 
Su
m
ár
io 
Art. 723, PU, do CPC. O julgamento pode ser por equidade, 
ou seja, contra a lei e contra a vontade das partes, mas 
desde que a decisão seja razoável e proporcional ao caso. 
Maiores poderes de 
buscar as provas, 
independentemente da 
vontade dos requerentes 
e dos requeridos. 
Como acontece esse procedimento??? 
 
 
20 
Já sabendo as características e como funciona o 
procedimento no meio comum, podemos, por fim, 
analisar quais são procedimentos especiais de 
jurisdição voluntária: 
 
I. notificação, interpelação e protesto; 
 
II. alienação judicial; 
 
III. homologação de divórcio e separação 
consensuais; 
 
IV. homologação de extinção consensual da 
união estável e matrimônio; 
 
V. alteração consensual de regime de bens do 
matrimônio; 
 
VI. abertura de testamento e codicilo; 
 
VII. arrecadação de bens da herança jacente; 
 
VIII. arrecadação de bens dos ausentes; 
 
IX. arrecadação de coisas vagas; 
 
X. interdição; 
 
XI. organização e fiscalização das fundações; 
 
XII. ratificação dos protestos marítimos e dos 
processos testemunháveis formados a 
bordo. 
 
É um procedimento de jurisdição voluntária e tem 
como objetivos: 
 
a) evitar que o requerido venha a alegar 
ignorância ou boa-fé quanto ao objeto da 
comunicação; 
 
b) interromper a prescrição (art. 202, II, do 
CC); 
 
c) evitar que se consume a decadência; e 
 
d) constituir o devedor em mora nas 
obrigações sem termo assinalado. 
ato pela qual uma parte deseja 
declarar algo juridicamente relevante à outra parte 
com quem mantém uma relação jurídica (DEVER ou 
CONTRATO). Esse procedimento está legalmente 
fundamentado no art. 726 do CPC e tem como 
principal objetivo a ciência. 
 
Art. 726. Quem tiver interesse em 
manifestar formalmente sua vontade a outrem 
sobre assunto juridicamente relevante poderá 
notificar pessoas participantes da mesma relação 
jurídica para dar-lhes ciência de seu propósito. 
 
§1º Se a pretensão for a de dar 
conhecimento geral ao público, mediante edital, o juiz 
só a deferirá se a tiver por fundada e necessária 
ao resguardo de direito. 
 
§2º Aplica-se o disposto nesta Seção, no 
que couber, ao protesto judicial. 
 
OBS.: A notificação, pelo CPC, pode ser realizada 
extrajudicialmente. 
a declarar algo juridicamente 
relevante ao outro polo da relação jurídica, porém, 
busca-se constituir a parte interpelada em mora, ou 
seja, já houve inadimplemento obrigacional (vide o art. 
397 do CC). Assim, têm-se que é uma ciência 
objetivando ação do interpelado. Esse procedimento 
está legalmente fundamentado no art. 727 do CPC 
e tem como principal objetivo constituir em mora. 
 
Art. 727. Também poderá o interessado 
interpelar o requerido, no caso do art. 726 , para 
que faça ou deixe de fazer o que o requerente 
entenda ser de seu direito. 
 
OBS.: A interpelação, pelo CPC, caso seja entendido 
que precisa de uma ciência mais ampla e socialmente 
reconhecida, busca-se o PJ. 
 
 
Há defesa ou recurso contra a decisão que defere 
a notificação ou interpelação???? 
Não!! Nem defesa, nem recurso. Resta então à 
parte inconformada, diante da garantia previsto no 
art. 5º, inciso XXXV da CRFB/88, a impetração de 
Mandado de Segurança. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art726
 
 
21 
Alienar é a transferência da propriedade ou domínio 
útil de um determinado bem a outra pessoa, como 
por exemplo, ocorre na compra e venda de um bem. 
Está fundamentada legalmente no art. 730 do CPC. 
 
• Caso haja necessidade de manifestação 
inequívoca da vontade do vendedor 
(alienante), poderá ser legitimada essa 
vontade, ou substituída, através do 
procedimento. 
 
Art. 730. Nos casos expressos em lei, não havendo 
acordo entre os interessados sobre o modo como 
se deve realizar a alienação do bem, o juiz, de ofício 
ou a requerimento dos interessados ou do 
depositário, mandará aliená-lo em leilão, observando-
se o disposto na Seção I deste Capítulo e, no que 
couber, o disposto nos arts. 879 a 903 . 
 
 O que significa manifestação inequívoca ou 
substituição da vontade: não havendo acordo 
entre os interessados sobre o modo como se deve 
realizar a alienação do bem, o juiz, de ofício ou a 
requerimento dos interessados ou do depositário, 
mandará aliená-lo em leilão, observando-se o 
disposto na Seção I deste Capítulo e, no que couber, 
o disposto nos arts. 879 a 903. 
 
Exemplos: 
 
a) Os bens nas heranças arrecadadas; 
b) Os bens vagos; 
c) Os bens de incapazes; 
d) Quinhão do condômino na coisa indivisível; 
e) Os bens necessários para o pagamento do 
passivo do inventário; 
f) Os bens achados, quando não encontrado 
quem mostre domínio. 
 
Ordem do procedimento: Casos de Alienação Judicial 
previstos em lei 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A dissolubilidade do casamento é prevista em texto 
constitucional, sendo um ato de autonomia, um 
exercício de liberdade. Evidentemente que este 
percurso histórico do direito não foi rápido, muito 
menos sem os percalços naturais. 
 
O art. 2º da Lei Federal 6.515/1977 (Lei do 
Divórcio) constitui marco jurídico relevante desta 
situação, pois representou a eliminação do antigo art. 
315 do CC/16. O divórcio no Brasil só foi permitido a 
partir da Emenda Constitucional 9/77 e pela Lei do 1- Requerimento 
do Interessado 
2- Deliberação 
Judicial de Ofício 
7- Ouvida dos 
interessados 
em 15 dias 
3- Resolução das 
impugnações 
eventuais, em 
10 dias 
8- Designação de 
leilão judicial 
4- Publicação de 
Edital. 
Presencial (art. 879). 
Eletrônico (art. 879). 
5- Cientificação dos 
Interessados. 
 
9- Realização do 
Pregão. 
6- Lavratura e 
assinatura do 
auto de 
arrematação. 
10- Extingue-se o 
procedimento. 
Arrematação à vista 
(art. 892). 
Arrematação à prazo 
(art. 895). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art879
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art903
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11290779/artigo-2-da-lei-n-6515-de-26-de-dezembro-de-1977
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103444/antiga-lei-do-divórcio-e-da-separação-judicial-lei-6515-77
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11464018/artigo-315-da-lei-n-3071-de-01-de-janeiro-de-1916
https://tre-pr.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/23169028/conflito-de-competencia-cc-16-pr-trepr
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103919/emenda-constitucional-9-77
 
 
22 
Divórcio. O CC/02 mantém, na cabeça do art. 1.571, 
redação idêntica. 
 
Art. 1.571. A sociedade conjugal termina: 
 
I. pela morte de um dos cônjuges; 
 
II. pela nulidade ou anulação do casamento; 
 
III. pela separação judicial; 
 
IV. pelo divórcio. 
 
§ 1º O casamento válido só se dissolve pela morte 
de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando-se a 
presunção estabelecida neste Código quanto ao 
ausente. 
 
§ 2º Dissolvido o casamento pelo divórcio direto ou 
por conversão, o cônjuge poderá manter o nome de 
casado; salvo, no segundo caso, dispondo em 
contrário a sentença de separação judicial. 
 
• Ainda existe procedimento de separação 
judicial e extrajudicial – EC 66: o STJ possui 
jurisprudência atual e iterativa no sentido da 
permanência legal da separação e 
consensual, mesmo após a promulgação da 
EC n66/2010 (Informativo 604). 
 
a) Judicial (que se processa perante o juízo 
competente); e 
 
b) Extrajudicial (que se dá junto ao cartório de 
notas, através de escritura pública). 
 
Requisitos: 
 
1. Ambos os cônjuges manifestem o 
consentimento, perante o juízo; 
 
2. Ambos estejamde acordo com o 
término do casamento ou da sociedade 
conjugal (separação); 
 
3. O acordo preserve adequadamente os 
interesses dos filhos ou de um dos 
cônjuges. 
 
 
 
 
Procedimento: 
 
Judicial: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Extrajudicial: O CNJ regulamentou o procedimento 
extrajudicial através da Resolução nº 35/2007. 
 
• Escritura pública: o casal não pode ter filhos 
menores ou incapazes e devem estar 
assistidos por advogado. 
 
• Documentação: 
 
a) Certidão de casamento; 
b) Documento de identidade oficial e 
CPF/MF; 
c) Pacto antenupcial, se houver; 
d) Certidão de nascimento ou outro 
documento de identidade oficial dos 
Petição Inicial 
Documentos: 
a) Certidão de casamento, 
e de eventual pacto 
antenupcial; 
b) Certidões de nascimento 
dos filhos, se houver; e 
c) Comprovantes de pro-
priedade de bens, se 
houver. 
a) As disposições relativas 
à descrição e à partilha 
dos bens comuns; 
 Sim! É possível 
ter divorcia ou 
separação sem 
a partilha dos 
bens. 
b) As disposições relativas 
à pensão alimentícia 
entre os cônjuges; 
c) O acordo relativo à 
guarda dos filhos 
incapazes e ao regime 
de visitas; 
d) O valor da contribuição 
para criar e educar os 
filhos. 
Negar o pedido. 
Aceitar: 
a) A sentença que 
homologa o 
divórcio/separação 
será averbada à 
margem do assento 
de casamento no 
Registro Civil; 
b) Se houver partilha 
de imóveis, far-se-á 
também o com-
petente lançamento 
no Registro Imo-
biliário. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10625978/artigo-1571-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
 
 
23 
filhos absolutamente capazes, se 
houver; 
e) Certidão de propriedade de bens 
imóveis e direito a eles relativos; e 
f) Documentos necessários à 
comprovação da titularidade dos 
bens móveis e direito, se houver. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Cuidado! Será deferido, salvo se a alteração 
pretendida prejudicar direito de terceiros, logo, sob 
pena de indeferimento. 
 
• Terceiros podem impugnar! Bastando que se 
prove o prejuízo. 
 
A sucessão testamentária decorre de expressa 
manifestação de ultima vontade, em testamento ou 
codicilo. A vontade do falecido, a quem a lei assegura 
a liberdade de testar, limitada apenas pelos direitos 
dos herdeiros necessários, constitui, neste caso, a 
causa necessária e suficiente da sucessão. Tal 
espécie permite a instituição de herdeiros e 
legatários, que são, respectivamente, sucessores a 
título universal e particular. 
 
Importante: 
 
• Na sucessão hereditária (arts. 1.829 a 1.856 
do CC), a transmissão dos bens deixados pelo 
falecido é determinada pela vontade da lei. 
 
• Na sucessão testamentária, a transmissão 
dos bens se dará segundo a vontade do 
falecido, que determinará em ato jurídico 
solene a destinação dos seus bens para depois 
da morte. 
 A chamada ordem de vocação 
hereditária, estabelecida pela legislação 
civil, determinará os requisitos para 
enquadrar-se na qualidade de herdeiro 
e ainda, o percentual que caberá a cada 
um. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É um negócio jurídico pelo qual alguém, 
unilateralmente, declara a sua vontade, segundo 
pressupostos de existência, validade e eficácia, com 
o propósito de dispor, no todo ou em parte, dos seus 
Havendo alteração do nome de algum cônjuge em 
razão de escritura de separação, 
restabelecimento da sociedade conjugal ou divórcio 
consensuais, o que deve fazer o Oficial de 
Registro Civil???? 
 
Separação Consensual: 
 
a) Um ano de casamento; 
b) Manifestação de vontade espontânea e 
isenta de vícios em não mais mantes a 
sociedade conjugal e desejar separação 
conforme as cláusulas ajustadas; 
c) Ausência de filhos menores não 
emancipados ou incapazes do casal. 
 
É possível alterar o regime de bens do casal 
durante a vigência do matrimônio??? 
 
Pode alterar pro procedimento especial 
chamado de Alteração do Regime de Bens do 
Matrimônio. 
100% do patrimônio exclusiva do autor da 
herença. 
 
• Herdeiros obrigatórios, que são os 
chamados detentores o direito da 
legítima (recebem 50%); 
 
 50% do patrimônio em causa 
de legítima, é que poderá ser 
testado; 
 
• A meação NÃO é herança. Ela decorre 
da relação conjugal; 
 
• O conjugue só receberá a herança 
caso não haja mais ninguém com a 
possibilidade de recebe-la. 
 
 
 
24 
bens, bem como de determinar diligências de 
caráter não patrimonial para depois da sua morte. 
 
 Além disso o testamento é o ato 
personalíssimo e revogável pelo qual 
alguém, de conformidade com a lei, não só 
dispõe, para depois de sua morte, no todo 
ou em parte, do seu patrimônio, mas 
também faz estipulações. 
 
Características 
 
a) É um ato personalíssimo: privativo do autor 
da herança, não se admite sua feitura por 
procuração nem mesmo com poderes 
especiais; 
 
b) Constitui um negócio jurídico unilateral: isto 
é, aperfeiçoa-se com uma única 
manifestação de vontade, a do testador, e 
presta-se à produção de diversos efeitos 
por ele desejados e tutelados na ordem 
jurídica; 
 
c) É solene: só terá validade se forem 
observadas todas as formalidades 
essenciais prescritas na lei. Não podem elas 
serem postergadas, sob pena de nulidade do 
ato; 
 
d) É um ato gratuito: pois não visa obtenção de 
vantagens para o testador; 
 
e) É revogável: pode o testador usar o direito 
de revogá-lo total ou parcialmente, quantas 
vezes quiser, salvo na parte em que o 
testador tenha reconhecido um filho havido 
fora do patrimônio; 
 
f) É um ato causa mortis: produz efeitos 
apenas após a morte do testador. 
 
Capacidade Testamentária 
 
Sendo o testamento um negócio jurídico, requer 
para sua validade agente capaz, objeto lícito e forma 
prescrita ou não defesa em lei. Daí ser 
imprescindível, para que seja válido, a capacidade 
testamentária não só ativa como passiva, pois a 
grande importância do testamento é produzir 
efeitos jurídicos após a morte do disponente, pelos 
interesses econômicos-morais que a ele se 
prendem, mais apurados devem ser os requisitos 
para a sua validez. 
 
Capacidade testamentária ativa: o Código Civil ao 
prescrever a capacidade testamentária reconheceu 
a todas a pessoas o direito de dispor de seus bens 
por testamento, qualquer que seja sua nacionalidade, 
ao firmar o princípio da lei domiciliar como reguladora 
da sucessão legítima e testamentária. Desse modo, 
não pode ser admitidos outros casos de 
incapacidade, além dos que a lei taxativamente 
determina. 
São incapazes para testar: 
1. Os menores de 16 anos. Permite, porém, 
que o menor entre 16 e 18 anos faça 
testamento livremente, mesmo sem a 
assistência de seu representante legal; 
2. Os desprovidos de discernimento, por 
estarem impossibilitados de emitir vontade 
por não se encontrarem no gozo das 
faculdades mentais. 
 
Capacidade testamentária passiva: o Código Civil, art. 
1.801, arrola os casos de incapacidade testamentária 
passiva relativa, proibindo que se nomeie herdeiros 
e legatários: 
 
a) a pessoa que, a rogo, escreveu o 
testamento, nem o seu cônjuge ou 
companheiro, ou os seus ascendentes e 
irmãos; 
 
b) as testemunhas do testamento; 
 
c) o concubino do testador casado, salvo se 
este, sem culpa sua, estiver separado de 
fato do cônjuge há mais de cinco anos; 
 
d) o tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou 
escrivão, perante quem se fizer, assim como 
o que fizer ou aprovar o testamento. 
 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/código-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/código-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10606766/artigo-1801-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
 
 
25 
Tipos de Testamentos 
 
Testamento Ordinário 
 
Os testamentos ordinários são os mais comuns e 
estão elencados no art. 1.862, são eles: 
 
a) Testamento Público (arts. 1.864 a 1.867 CC): 
para ter validade, o testamento público deve ser 
lavrado por tabelião ou por seu substituto legal 
em livro de notas, e o testador (queé a pessoa 
que pretende destinar os seus bens para depois 
da morte) comparece ao cartório e apresenta 
ao tabelião as declarações que pretende 
constar em seu testamento. 
 
• O tabelião lavra o instrumento (escrito 
manualmente ou mecanicamente), o lê em 
voz alta ao testador e a duas 
testemunhas; 
 
• O próprio testador também pode ler o 
seu testamento, após lavrado, nesse 
caso, deverá fazê-lo na presença de 
duas testemunhas e do oficial do cartório; 
 
• Após a leitura, o testamento será 
assinado pelo testador, pelas 
testemunhas e pelo tabelião; 
 
• Se o testador não souber ou não puder 
assinar, o tabelião ou seu substituto legal 
assim o declarará, assinado, neste caso, 
pelo testador, e, a seu rogo, uma das 
testemunhas instrumentárias; 
 
• Caso o testador seja inteiramente surdo, 
sabendo ler, lerá o testamento, e, se não 
o souber, designará quem o leia em seu 
lugar, presentes as testemunhas. 
 
Procedimento de Jurisdição Voluntária de abertura 
de testamento público: 
 
a) O procedimento judicial visando o 
cumprimento do testamento público tem 
início com a sua apresentação ao juízo; 
 
b) O juiz deverá verificar se existem vícios que 
o torne suspeito de nulidade ou falsidade; 
 
c) Ouve-se o Ministério Público; 
 
d) Não havendo dúvidas a serem esclarecidas 
mandará cumprir o testamento. 
 
 
b) Testamento Cerrado: o testamento cerrado 
também é conhecido, entre outros nomes, por 
testamento místico ou testamento secreto. 
Recebe esses nomes porque é escrito pelo 
próprio testador e permanece em segredo até 
a sua apresentação e abertura em juízo. 
 
• O testamento cerrado é a única espécie 
de testamento que não é lido em voz alta; 
 
• O testamento cerrado fica na posse do 
testador ou de quem ele tenha designado 
para essa função; entre outras 
diferenças. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Artigos 1.868 a 1.875 do Código Civil: 
 
• O testador escreverá seu testamento 
(manual ou mecanicamente; em língua 
nacional ou estrangeira), ou 
determinará que outra pessoa o 
escreva a seu rogo e, logo após, o 
levará ao cartório para aprovação; 
 
• No cartório, o tabelião receberá o 
testamento cerrado na presença de 
duas testemunhas. O testador deverá 
declarar que aquele é o seu testamento 
e seu desejo pela aprovação; 
 
• O tabelião lavrará termo de aprovação 
na presença de duas testemunhas e 
depois fará sua leitura (do termo de 
aprovação) na presença do testador e 
de duas testemunhas; 
 
• Depois de aprovado e cerrado, será o 
testamento entregue ao testador, e o 
tabelião lançará, no seu livro, nota do 
lugar, dia, mês e ano em que o 
testamento foi aprovado e entregue. 
 
 
26 
 
 
 
 
 
 
Procedimento de Jurisdição Voluntária de abertura 
de testamento cerrado: 
 
a) O procedimento do testamento tem início 
com o pedido de abertura feito pelo 
interessado; 
 
b) O juiz deverá verificar se existência, assim 
como no testamento público, de vício 
externo que o torne suspeito de nulidade ou 
falsidade; 
 
c) Não existindo vícios, o juiz determinará que 
seja aberto o testamento e mandará que o 
escrivão o leia em presença do 
apresentante; 
 
d) Do termo de abertura constarão o nome do 
apresentante e como ele obteve o 
testamento, a data e o lugar do falecimento 
do testador, com as respectivas provas, e 
qualquer circunstância digna de nota, 
conforme art. 735 §1º do CPC; 
 
e) Ouve-se o Ministério Público; 
 
f) Não havendo dúvidas a serem esclarecidas, 
o juiz mandará registrar, arquivar e cumprir 
o testamento (art. 735 §2º do CPC). 
 
c) Testamento Particular: é aquele escrito (de 
próprio punho ou por processo mecânico); em 
língua nacional ou estrangeira, desde que as 
testemunhas compreendam o seu conteúdo e é 
lido pelo próprio testador na presença de três 
testemunhas, que deverão assiná-lo ao final em 
conjunto com o testador. 
 
• Observem que o testamento particular 
não é levado ao cartório para validação ou 
registro; 
 
OBS.: os procedimentos necessários à sua validação 
serão realizados em juízo. 
 
• Este testamento também é chamado de 
hológrafo. 
 
Procedimento de Jurisdição Voluntária de abertura 
de testamento particular: 
 
a) Conhecer a declaração de última vontade do 
morto; 
 
b) Verificar a regularidade formal do 
testamento; 
 
c) Ordenar seu cumprimento; 
 
 Na prática o procedimento é utilizado para 
validação com o “cumpra-se” determinado pela 
autoridade judicial; 
 
 É importante lembrar que nesse procedimento, 
o juiz não adentra em questões de maior 
profundidade, que serão discutidas pelas vias 
ordinárias. 
 
Etapas do Procedimento de Testamento 
Particular: 
 
Os artigos 735 a 737 do CPC dão conta de todo o 
procedimento para apresentação do testamento em 
juízo, sendo certo que a competência será do juízo 
do lugar onde se achar o apresentador do 
documento. 
 
 O procedimento do testamento particular 
possui algumas peculiaridades, uma vez que não foi 
confeccionado, nem mesmo confirmado por tabelião 
em cartório, como os testamentos público e 
cerrado, respectivamente. 
 
Etapas: 
 
a) O procedimento tem início com a petição do 
herdeiro ou de algum interessado, conforme 
art. 737 do CPC; 
 
b) Após o pedido para publicação do 
testamento, o juiz mandará intimar os 
herdeiros que não tiverem requerido a 
publicação do testamento e marcará 
O art. 1.872 dispõe que não pode dispor de seus 
bens em testamento cerrado quem não sabia ou 
não possa ler. 
 
O art. 1.873 do Código Civil autoriza a confecção 
de testamento cerrado por surdo-mudo, desde que 
os requisitos dispostos na legislação sejam 
observados. 
 
 
27 
audiência para inquirição das testemunhas 
testamentárias, ou seja, aquelas 
testemunhas que assinaram o documento 
junto com o testador; 
 
c) A finalidade dessa audiência é confirmar 
junto às testemunhas a veracidade das 
disposições contidas no documento. 
Evitando-se possíveis fraudes e concluios 
com o intuito de alterar as disposições de 
última vontade do testador; 
 
d) O que as testemunhas devem confirmar: 
 
1) que o testador era capaz quando 
testou; 
2) que o escrito é realmente o 
testamento que testemunharam; 
3) que as assinaturas do testamento 
são autênticas que ouviram a leitura 
do testamento em voz alta. 
 
e) Após o Ministério Público será ouvido, e 
então o juiz confirmará o testamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Testamento Especial 
 
Os testamentos especiais estão elencados no art. 
1.886 do CC, são eles: 
 
a) Testamento Marítimo ou Aeronáutico: 
poderá ocorrer quando o testador estiver a 
bordo de navios de guerra ou mercante, em 
viagens de alto-mar (CC, art. 1.888). 
 
• Pode ter forma assemelhada ao 
testamento público ou ao testamento 
cerrado; 
 
• As regras para esses dois testamentos 
são bastante semelhantes, consiste no 
testamento feito a bordo de navios ou 
aeronaves de guerra, ou mercantes, 
também de transporte, durante as 
viagens, portanto não podem ser feitos 
em caso de navio ancorado ou aeronave 
em solo, diante de perigo e iminente 
possibilidade de o navio vir a afundar ou a 
aeronave cair, pode alguém, como 
manifestação de última vontade, no caso 
de navio será diante do comandante e de 
duas testemunhas, obedecidas a regras 
do testamento público ou particular 
cerrado, testamento será registrado no 
diário de bordo, sendo em aeronave, o 
comandante irá designar alguém para 
registrar as ordens do testador. Dadas as 
circunstâncias excepcionais, o juiz poderá 
admitir o testamento sem testemunhas 
(art. 1.979), o comandante ficará com a 
guarda do documento. 
 
O artigo 1.891 do Código Civil estabelece o prazo de 
eficácia dessa forma especial de testamento: 
“caducará o testamento marítimo, ou aeronáutico, 
se o testador não morrer na viagem, nem nos 90 
(noventa) dias subsequentes ao seu desembarque 
em terra, onde possa fazer, na forma ordinária, 
outro testamento”. 
 
b) Testamento Militar: é declaração de última 
vontade feita

Outros materiais