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CONTRATO DE SEGUROS

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CONTRATO DE SEGUROS
INTRODUÇÃO
A história dos contratos de seguros nos remete à antiguidade, período no qual diversos povos já possuíam certo grau de desenvolvimento, a exemplo dos fenícios. Em razão desse desenvolvimento, foi notada a necessidade de proteção a riscos inerentes a algumas atividades econômicas, mais precisamente no comércio terrestre e marítimo. Por meio de acordos coletivos estabelecidos entre grupos de maneira informal, os que exploravam essas atividades começaram a obter alguma garantia, em caso de acontecimentos inesperados que lhes causassem prejuízos.
No Brasil, a primeira legislação nesse sentido veio com a Lei n. 556, no Código Comercial de 1850 e, a partir daí foi crescendo o número de seguradoras no país, oferecendo seguros marítimos, terrestres e, posteriormente, os de vida, que antes suscitaram diversos debates a respeito de sua natureza ou não como contrato de seguro, tendo em vista que seu objeto não é economicamente apreciável, nem a morte incerta. Todo esse processo evolutivo culminou no Código Civil de 1916, que trouxe consigo um diploma legal completo e definitivo para a atividade securitária, reservando todo o décimo quarto capítulo para disciplinar o tema.
O presente trabalho tem como foco, no entanto, o que foi estabelecido pela Lei nº 10.406 em 10 de janeiro de 2002, que instituiu o Código Civil atualmente em vigor, tendo por objetivo descrever o conceito, os elementos e as regras dos contratos de seguro à luz dos princípios basilares da boa-fé objetiva e da eticidade, fundamentais aos contratos de uma maneira geral, mas que possuem uma especial relevância nos contratos de seguro.
CONCEITO:
Os contratos de seguro consistem no acordo por meio do qual o segurador se compromete a garantir ao segurado a indenização contra eventuais riscos referentes a uma pessoa ou coisa, em caso de ocorrência de um sinistro. Esse instituto legal está previsto entre os arts. 757 a 802 do Código Civil. 
Art. 757. Pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante o pagamento do prêmio, a garantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa, contra riscos predeterminados.
Segurado: é a pessoa física ou jurídica, consumidora da prestação de serviços da companhia seguradora, e que tem a precípua obrigação de pagar-lhe uma obrigação pecuniária denominada prêmio, visando acautelar interesse legítimo seu.
Prêmio: É o valor do seguro pago pelo segurado.
Seguradora: É pessoa jurídica sob a forma de sociedade anônima, cooperativa ou sociedade mútua, devidamente autorizada pelo Poder Executivo.
O seguro deve ser considerado contrato comutativo, porque inexiste álea na obrigação contraída pela seguradora. Enquanto vigorar a cobertura, ela é obrigada a administrar os recursos pagos a título de prêmio puro por seus assegurados de modo a poder honrar os compromissos contratados com estes na hipótese de sinistro”.
O contrato de seguro é representado por meio de uma apólice de seguro que consta todas as coberturas contratadas. Por meio da apólice de seguro limita-se o risco e o período de vigência do seguro, em dias e horas, visando, com isso, a tornar clara e precisa a assunção do risco pelo segurador, permitindo, em contrapartida, ao segurado, ter a exata noção da abrangência do seu direito.
Risco : é um evento futuro e incerto, ou de data incerta, cuja ocorrência não depende exclusivamente da vontade das partes, e acarreta, geralmente, uma diminuição patrimonial para quem suporta seus efeitos.
O contrato de seguro é, essencialmente, um contrato de mutualismo , solidariedade e boa-fé, sendo esta exigida tanto ao segurado, quanto ao segurador, prevendo a lei sanções cabíveis para quem contratar de má-fé. O mutualismo é uma das características mais destacadas e importantes do contrato de seguro, sendo tratado pelos autores ora como elemento essencial do seguro, ora como um dos princípios que regem esses contratos. O mutualismo baseia-se na concepção de que é mais fácil suportar coletivamente as consequências danosas dos riscos individuais do que deixar o indivíduo, só e isolado, exposto a essas consequências.
Além da apólice de seguro, toda seguradora possui o manual do segurado, onde contém todas as informações sobre o seguro e vai ajudá-lo a conhecer as coberturas e serviços disponíveis, bem como limitações, exclusões e procedimentos para pagamento dos prêmios, ocorrência de sinistros, entre outros. Nele constam os direitos e obrigações, risco cobertos e excluídos do seguro.
CONTRATAÇÃO DO SEGURO:
No processo de contratação de seguros precisa obrigatoriamente da participação de um Corretor.
 
Quem é o corretor:  É o profissional autônomo e habilidade para assessorar o segurado no processo de contratação do serviço e em todas as questões relacionadas a esse contrato.
Após a contratação do seguro, a corretor é quem representa oficialmente o cliente perante às seguradoras, buscando garantir o cumprimento do contrato em relação aos direitos do segurado. Além disso, no decorrer da sua vigência, ela presta o auxílio necessário em diversas situações, desde trocas de informações até em ocorrências de sinistro, por exemplo.
Qual a diferença entre Empresas corretoras de seguros e Seguradora?
As seguradoras são empresas autorizadas pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) a oferecer um serviço de seguro. Logo, são elas que emitem a apólice e assumem os riscos da garantia, mediante o recebimento do pagamento do segurado. Isso significa que é a responsável por, em caso de sinistro previsto pela cobertura contratada, arcar com as indenizações do prejuízo do contratante.
A SUSEP é o órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro.
Já as corretoras de seguro (representados pelos corretores),atuam como intermediárias nessa relação, sendo que, por meio delas, o interessado realiza a contratação do serviço. Dessa forma, essas empresas não têm a responsabilidade de pagar as indenizações, apenas de intermediar o atendimento entre cliente e seguradora.
Exemplo de uma apólice de seguro de automóveis.
Como o mencionado o seguro é um contrato de boa-fé , porque a seguradora assume um risco em que o segurado declarou nas informações repassadas no momento da contratação. Lembrando que a finalidade do seguro não é o lucro e sim a reposição de um bem ou diminuição de um prejuízo. Que no caso abaixo seria um veículo.

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