Buscar

Dietoterapia para dispepsia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Dietoterapia para dispepsiaDietoterapia para dispepsiaDietoterapia para dispepsia 
 
O estômagoO estômagoO estômago 
O estômago acomoda e armazena as refeições,
mistura os alimentos com as secreções gástricas e
controla o esvaziamento para o duodeno. O
volume gástrico é de cerca de 50 mL quando vazio,
podendo expandir-se para cerca de 4 L. As células
parietais gástricas (células produtoras de ácido)
produzem de 1,5 a 2 L de ácido diariamente,
resultando em um pH entre 1 e 2. A mucosa do
estômago e do duodeno é protegida contra as
ações proteolíticas do ácido gástrico e da pepsina
por um revestimento de muco secretado pelas
glândulas localizadas nas paredes epiteliais, da
porção inferior do esôfago até a porção superior
do duodeno. A mucosa é protegida também contra
a invasão bacteriana pelas ações digestivas da
pepsina e do ácido clorídrico (HCl). As
prostaglandinas desempenham um papel
importante na proteção da mucosa
gastroduodenal, estimulando a secreção de muco
e bicarbonato e mantendo o fluxo sanguíneo
durante os períodos de possíveis lesões.
FisiopatologiaFisiopatologiaFisiopatologia
Dispepsia (indigestão) é a condição de
desconforto ou dor persistente na porção
superior do abdome que afeta de 20 a 40% da
população geral, reduzindo significativamente
a qualidade de vida (Ford e Moayyedi, 2013). As
causas subjacentes da dispepsia podem incluir
DRGE, doença ulcerosa péptica, gastrite,
doença da vesícula biliar ou outras condições
patológicas identificáveis. A dispepsia
funcional (DF) é definida pelos critérios de
Roma III como a presença de sintomas que se
acredita terem origem na região
gastroduodenal na ausência de qualquer
doença orgânica, sistêmica ou metabólica que
possa explicar os sintomas. Os sintomas da DF
não são preditores consistentes da condição ou
o desconforto epigástrico é o sintoma
característico em pacientes com DF. É
importante enfatizar o termo “desconforto”,
uma vez que muitos pacientes não se queixam
de dor, mas de queimação, pressão ou sensação
de empachamento epigástrico, ou que de que
não conseguem terminar uma refeição de
tamanho normal (saciedade precoce). Outros
sintomas incluem náusea pós--prandial,
eructação e inchaço abdominal (Talley e Ford,
2015).
DietoterapiaDietoterapiaDietoterapia
Os tratamentos atuais para dispepsia funcional
geralmente ignoram o papel potencial da dieta.
Existem poucos estudos sobre o possível efeito de
alimentos e macronutrientes específicos e de
outros hábitos alimentares no sentido de induzir
ou exacerbar os sintomas da DF e,em geral, os
resultados são conflitantes (Lacy et al., 2012). É
útil utilizar um diário alimentar e de sintomas
durante a avaliação clínica de um paciente com
DF e a avaliação dos sintomas associados aos
padrões alimentares. As mudanças alimentares,
como o consumo de refeições menores com teor
reduzido de lipídeos, podem ser promissoras no
tratamento da DF. Ajudar o cliente a identificar
alimentos problemáticos também pode ser uma
medida útil.
 
 
 
Referência: MAHAN, Kathleen; RAYMOND, Janice.
Krause: alimentos, nutrição e dietoterapia. 14º
edição.

Continue navegando