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15 INTRODUÇÃO AOS ATBs (1)

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1 
INTRODUÇÃO À ANTIMICROBIANOS E MICROBIOLOGIA CLÍNICA 
Os fármacos antimicrobianos são eficazes no tratamento das infecções, pois são seletivamente tóxicos → têm 
capacidade de lesar ou matar os microrganismos invasores sem prejudicar as células do hospedeiro. 
Os antimicrobianos são temas essenciais na formação médica, antes de se memorizar sobre nomes e em qual patologia 
usar, é importante entender o porquê disso e suas bases. 
De início, importante saber que a escolha de um ATB se baseia: 
1. Na identificação do microrganismo; 
2. Da suscetibilidade do organismo com relação a um fármaco em 
particular; 
3. Do local da infecção; 
4. De fatores do paciente; 
5. Da segurança do fármaco; 
6. Do custo do tratamento 
De modo ideal a identificação do microorganismo seria necessária, mas na 
maioria das vezes isso não é possível. Então, o que se deve fazer? 
TRATAMENTO EMPÍRICO → Se baseia na clínica do paciente, no local 
da infecção fazendo referência aos patógenos que normalmente causam tal 
infecção. 
(Hospital da Polícia Militar – MG – 2016) Considere que determinada criança 
apresenta o quadro de otite média aguda, sem história de uso recente de 
antibiótico. Assinale a alternativa CORRETA que apresenta o patógeno mais 
frequentemente envolvido, bem como a medicação de primeira escolha para 
o tratamento desse quadro: 
a. Streptococcus pneomoniae, Amoxicilina 
b. Staphylococcus aureus, Amoxicilina-Clavulanato 
c. Moraxella catarrhalis, Amoxicilina-Clavulanato 
d. Streptococcus pyogenes, Amoxicilina 
 
Princípios básicos do uso de ATB 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Determinação da susceptibilidade antimicrobiana de microorganismos infecciosos 
1. Fármacos bacteriostáticos versus bactericida: bacteriostáticos inibem o crescimento e a multiplicação da 
bactéria no soro (ou urina) em concentrações que podem ser alcançadas no paciente, limitando, assim, o 
 
 
2 
agravamento da infecção, enquanto o sistema imune ataca, imobiliza e elimina os patógenos (útil em 
tratamento de longo prazo). Bactericidas matam o patógeno, porém tem mais tendência a toxicidade. 
2. Concentração inibitória mínima (CIM): é a menor concentração que previne o crescimento visível do 
microrganismo após 24 horas de incubação, ou seja, menor valor de diluição de um ATB capaz de matar ao 
microorganismo (disso depende a eficácia) 
3. Concentração bactericida mínima: é a menor concentração de antibacteriano que resulta em diminuição 
de 99,9% na contagem de colônias após incubação noturna em caldo de cultura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Efeitos do local da infecção: a barreira hematoencefálica 
A passagem ao sistema nervoso central está determinada pelos seguintes fatores: 
• Lipossolubilidade do fármaco: quando mais lipossolúvel, mais fácil atravessa a BHE 
• Baixa massa molecular 
• Ligação do fármaco às proteínas: fármaco ligado a proteínas não atravessa a BHE, fármaco livre em soro 
sim. 
 
Determinantes da dosagem racional 
Está indicada por 3 fatores muito importantes: 
 Efeito bactericida concentração-dependente: algunos ATB mostram aumento significativo na taxa de 
morte bacteriana se a concentração do antimicrobiano supera de 4 a 64 vezes ao CIM do fármaco, a dose 
máxima é mais benéfica (exemplo: aminoglicosídeos) 
 Efeito tempo-dependente: a eficácia clínica é mais bem prevista pela porcentagem de tempo em que a sua 
concentração sérica permanece acima da CIM (exemplo: beta-lactâmicos) 
 Efeito pós-antimicrobiano (EPA): é a supressão do crescimento microbiano que persiste mesmo depois que 
os níveis de antimicrobiano caíram abaixo da CIM 
 
ESPECTRO QUIMIOTERAPÊUTICO 
A. Antimicrobianos de espectro estreito: atuam somente em um grupo único ou limitado de microrganismos 
são considerados de espectro estreito. 
B. Antimicrobianos de espectro estendido: são modificados para serem eficazes contra microrganismos gram-
positivos e também contra um número significativo de bactérias gram-negativas. (exemplo: Ampicilina) 
C. Antimicrobianos de amplo espectro: afetam uma ampla variedade de espécies microbianas e são referidos 
como antimicrobianos de amplo espectro 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vantagem da associação de 
antimicrobianos 
Desvantagem da associação dos 
antimicrobianos 
Algumas associações são sinérgicas 
(exemplo: Penicilinas + IBL) 
São benéficas em infecções 
desconhecidas e nas que envolvem 
mais de um patógeno 
Alguns limitam a ação de outros 
como na combinação de um 
bacteriostático com um bactericida. 
Desenvolvimento de resistência 
 
OBS: é recomendável tratar terapeuticamente os pacientes com um fármaco que seja o mais específico possível 
contra o microrganismo → reduz a possibilidade de superinfecções, diminui a emergência de microrganismos 
resistentes e minimiza a toxicidade. 
 
RESISTÊNCIA AOS FÁRMACOS 
• Alterações genéticas no DNA: mutações ou transporte deste material um microorganismo a outro 
• Expressão alterada das proteínas da membrana 
o Modificação dos alvos de ligação 
o Diminuição do acúmulo: diminui a captação do ATB ou aumenta seu efluxo 
• Inativação enzimática: algumas enzimas produzidas por microorganismos 
o Inibidores beta-lactamases (penicilinases) 
o Acetiltransferases 
o Esterases 
Então, o que leva à resistência? 
✓ Uso indiscriminado não consciente 
✓ Falta de protocolos para as grandes síndromes 
✓ Profilaxia inadequada cirúrgica 
✓ Posologia inadequada 
✓ Uso na indústria alimentícia 
RESUMINDO... 
❖ Conheça as bactérias mais frequentes de cada sítio antes de entrar com tratamento empírico 
❖ Saiba qual a melhor penetração para o sítio 
❖ Identifique fatores que possam te levar a falha (função renal, obesidade, má biodisponibilidade...) 
❖ Entenda o CIM da bactéria tratada e opte pelo mais potente com menor CIM 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GENERALIDADES SOBRE OS PRINCIPAIS ANTIBIÓTICOS SEGUNDO O MECANISMO DE AÇÃO 
ATB que atuam sobre a 
parede celular 
• Beta-lactâmicos (inibem transpeptidases e PBPs) 
o Penicilinas 
o Cefalosporinas 
o Carbapenemes 
o Monobactâmicos 
o Inibidores da beta-lactamase 
• Glucopeptídeos (inibem a união entre oligopep.) 
• Bacitracina 
ATB que atuam sobre a 
membrana citoplasmática 
(formação de poros) 
• ATB polipeptídicos (polimixima B e polimixina 
E) 
ATB que inibem a síntese 
proteica (se ligam ao RNA 
ribossômico e produzem 
pareamento errático) 
• Macrólidos 
• Lincosamidas 
• Tetraciclinas 
• Aminoglicosídeos 
• Cloranfenicol 
• Isoxazolidinonas 
• Daptomicina 
ATB que inibem a síntese de 
ácidos nucleicos (destroem a 
topoisomerase-II) 
• Quinolonas 
ATB que interferem nas vias 
metabólicas 
• Sulfamidas 
• Trimetoprim 
 
Resumo das partes importantes da bactéria 
I. Parede celular 
• Estrutura semirrígida 
• Proteção mecânica e osmótica 
• Composição: Peptideoglicano (que é uma malha 
entrelaçada formada por vários oligopeptídeos) com 2 
carboidratos 
• Transpeptidades: enzimas que foram as ligações 
 
 
 
5 
II. Membrana plasmática 
• Semelhante ao dos eucariontes (bicamada de fosfolipídeos) 
• Função: regular o equilíbrio osmótico entre os meios. 
• Membrana externa: presente apenas nas gram-
negativas, protegem a membrana celular que é 
fina, tem porinas que regulam a entrada de 
substâncias na bactéria. 
 
III. Material genético 
• Ácido nucleico – DNA 
• Enzimas importantes: DNA-polimerase, helicase, 
ligase, topoisomerase (II) 
• Parte do material genético é transferida a outra 
bactéria através de plasmídeos (garantem a variabilidade genética e perpetuação da bactéria)

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