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Padrões Ventilatórios Irregulares: Cheyne- Stokes: Alternância de períodos de apnéia, seguidos de hiperpnéia crescente e decrescente, até a instalação de nova apnéia. Tipo irregular de respiração: respiração aumenta e diminui em profundidade e frequência com períodos de apnéia. Comum em: Lesão Cerebral Bilateral ou vias descendentes, Insuficiência Cardíaca, Doenças do SNC, Falência Cardíaca Congestiva, AVE’s, Hipertensão Intracraniana. Hiperventilação Neurogênica: Incursões rápidas e profundas de maneira sustentada; -Não tem apnéia; Ocorre em: Lesões pontomensecefálicas. Nos paciente em coma geralmente tem outras causas: edema pulmonar, acidose, encefalopatia hepática. Avaliação Respiratória @emanuelars_ Kussmaul: -Inspirações profundas seguidas de um período de apnéia e uma expiração rápida e breve; -Aumento da frequência e profundidade da respiração, com uma inspiração rápida e profunda, seguida de uma pausa, uma expiração súbita, seguida de nova pausa; - Ocorre em: Cetoacidose diabética (principal causa), acidose metabólica. Atáxica/Biot: Ritmo respiratório totalmente irregular. No ritmo de Biot, a respiração apresenta-se com duas fases. A primeira, de apnéia, seguida de movimento inspiratórios e expiratórios anárquicos quanto ao ritmo e a amplitude. Quase sempre este tipo de respiração indica grave comprometimento cerebral. Ocorre em: PIC aumentada, lesão bulbar. Ausculta Pulmonar Ruídos adventícios: Roncos: ruído de tonalidade grave, predominantemente inspiratórios, obstrução de VA de grosso calibre; Sibilos: ruídos de tonalidade aguda, predominantemente expiratórios, obstrução de VA de pequeno calibre (comum em Asma); Crepitações: audíveis no final da inspiração, presença de exsudato e transudato intra- alveolar (comum em Edema agudo de pulmão); Estridor: Obstrução de vias aéreas superiores, audíveis sem esteto, comum pós extubação. Volumes e Capacidades Pulmonares: Volumes Pulmonares Volume Corrente (VC): Volume de ar inspirado ou expirado em cada respiração normal. Volume de reserva inspiratório (VRI): Volume máximo de ar que pode ser inspirado após uma inspiração espontânea, ou seja, volume extra de ar inspirado além do volume corrente normal. Volume de reserva expiratório (VRE): Máximo volume extra de ar que pode ser expirado em uma expiração forçada após a expiração espontânea. Volume Residual (VR); Volume de ar que fica nos pulmões após uma expiração forçada máxima. - Mesmo com a tentativa, é impossível esvaziar completamente os pulmões em uma expiração forçada. Esse volume que permanece é o volume residual, fundamental para manter a abertura dos alvéolos e impedir a tendência do colabamento alveolar. - Uma situação de colapso alveolar total demandaria a geração de uma pressão anormalmente elevadas para reinsuflar os pulmões, de modo que o volume residual otimiza o gasto energético. - Além disso, a presença do volume residual garante contato contínuo entre o sangue venoso misto e o ar alveolar, permitindo continuidade das trocas gasosas mesmo durante a expiração. Capacidades Pulmonares As capacidades pulmonares são sempre formadas pela soma de 2 ou mais volumes pulmonares. Capacidade Pulmonar Total (CPT): Volume máximo a que os pulmões podem ser expandidos com maior esforço, ou seja, representa a quantidade total de ar presente nos pulmões na inspiração máxima. Corresponde a soma dos quatro volumes pulmonares: VC+VRI+VRE+VR=CPT Capacidade Residual Funcional (CRF): Quantidade de ar que permanece nos pulmões ao final da expiração normal. Corresponde a soma do Volume Residual com o Volume de Reserva Expiratório (VR+VRE=CRF) CRF representa o “ponto de equilíbrio” do sistema respiratório, pois reflete a quantidade de ar em que a resultante entre as forças de recolhimento elástico do pulmão anula as forças de expansão da caixa torácica. Capacidade Inspiratória (CI): Volume total de ar que pode ser inspirado a partir da CRF. Corresponde a soma do Volume Corrente com o Volume de Reserva Inspiratório (VC+VRI=CI). Capacidade Vital (CV): Quantidade total de ar que pode ser mobilizado entre a inspiração máxima e a expiração máxima, ou seja, reflete a soma entre o volume de reserva inspiratório, o volume de reserva expiratório e o volume corrente (VRI+VRE+VC=CV). Determinantes dos Volumes Pulmonares Os Volumes Pulmonares são determinados pelas propriedades do parênquima pulmonar e pela sua interação com a caixa torácica. Desse modo, a magnitude dos volumes de reserva inspiratório e expiratório depende de diversos fatores. Complacência Pulmonar: medida das propriedades elásticas do pulmão que representa a pressão necessária para variar o volume pulmonar. Quanto maior a complacência, menor a força necessária para enchimento. Assim, quedas na complacência pulmonar reduzem o VRI. Volume Pulmonar no instante: o VRI também sofre influência do volume pulmonar no instante de medida, uma vez que o pulmão apresenta diferentes complacências de acordo com seu volume. A complacência pulmonar diminui com o enchimento do pulmão, de modo que quanto maior o volume após uma inspiração, menor o volume que pode ser inspirado e, consequentemente, menor o VRI. Força muscular: o VRI diminui quando a musculatura respiratória está fraca ou sua inervação está comprometida. Conforto: Dores e lesões limitam a vontade ou habilidade do paciente de desempenhar um esforço máximo durante a inspiração e a expiração, o que pode reduzir o VRI e o VRE. Flexibilidade do esqueleto: a rigidez articular reduz o volume máximo ao qual alguém pode inflar os pulmões o que reduz o VRI. Todas essas condições que reduzem o VRI, consequentemente diminuem as capacidades pulmonares que dependem dele ( capacidade inspiratória, capacidade vital, capacidade pulmonar total). Na fibrose pulmonar, o processo patológico causa deposição de tecido fibroso, enrijecendo o pulmão e dificultando seu enchimento. Dessa forma, há uma redução da complacência pulmonar, o que resulta em redução do VRI, da CRF e da CPT. No enfisema pulmonar, há destruição da elastina presente na matriz extracelular, tornando os pulmões mais frouxos, o que aumenta a complacência pulmonar. Dessa forma, há um aumento do VRI, que resulta em elevação da CRF e CPT.
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