Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
APG S11P1 Abertura: 10/05/21 Fechamento: 14/05/21 PROBLEMA: A culpa e do pulmão. Questionamentos 1) Qual o exame e qual a finalidade de assoprar em um tubo várias vezes? 2) Porque ele não conseguiu ter o resultado esperado? Hipóteses 1°. Espirometria serve para avaliar a função pulmonar. 2°. Por causa da insuficiência dos pulmões. Resumo Na APG do dia 10/05/21 foi realizado a abertura do problema, a culpa e do pulmão, onde foram levantados os seguintes questionamentos: Qual o exame e qual a finalidade de assoprar em um tubo várias vezes? Porque ele não conseguiu ter o resultado esperado?. E concluímos a APG com os seguintes objetivos a serem alcançados: Estudar a capacidade e o volume Pulmonar. Compreender a mecânica da respiração. Objetivos 1°. Estudar a capacidade e o volume Pulmonar. 2°. Compreender a mecânica da respiração. 01°. Estudar a capacidade e o volume Pulmonar. Volumes pulmonares - Existem 4° tipos de volumes pulmonares, que quando somados, resultam no volume máximo dos pulmões, ou seja, o máximo que eles podem expandir. Nesse sentido, têm-se como volumes: Volume corrente (volume de ar inspirado ou expirado, em cada respiração normal, cerca de 500 ml no homem adulto); Volume de reserva inspiratória (é o volume extra de ar que pode ser inspirado, que vai além do volume corrente normal, cerca de 3000 ml);Volume de reserva expiratório (é o máximo volume extra de ar que pode ser expirado, no momento de expiração forçada, cerca de 1.100 ml) e o Volume residual (é o volume de ar que fica nos pulmões, após a expiração forçada, corresponde a cerda de 1.200 ml). Capacidades pulmonares – A capacidade é determinada, durante os eventos do ciclo pulmonar, considerando dois ou mais volumes combinados. Essas combinações são chamadas de capacidades pulmonares, dentre elas, serão destacadas aqui as mais importantes. A capacidade inspiratória é correspondente ao volume corrente mais o volume de reserva inspiratório, cerca de 3.500 ml; a capacidade residual funcional é o volume de reserva expiratório mais o volume residual, ou seja, é a quantidade de ar que permanece nos pulmões, ao final de expiração normal; a capacidade vital é igual ao volume de reserva inspiratório mais o volume corrente mais o volume de reserva expiratório, ou seja, é a capacidade máxima de ar que a pessoa pode expelir dos pulmões, após enchê-los previamente à sua extensão máxima e então expirar, também à sua extensão máxima; a capacidade pulmonar total é o volume máximo a que os pulmões podem ser expandidos com o maior esforço, cerca de 5.800ml, que é igual a capacidade vital mais o volume residual. bizu: Os volumes e capacidades pulmonares, nas mulheres, são cerca de 20 – 25% menores que nos homens. Além de serem maiores em pessoas atléticas e com massas corporais maiores. 1.1°. Volumes Pulmonares Volumes pulmonares constituem-se numa das etapas da avaliação funcional dos pulmões os volumes pulmonares podem ser classificados como volumes estáticos e volumes dinâmicos. Definição dos volumes e sua participação relativa na Capacidade Pulmonar Total em adultos normais em repouso. 1.2°. Volume de ar corrente (VAC) Volume de ar inspirado e expirado espontaneamente em cada ciclo respiratório. Embora seja uma subdivisão da Capacidade Pulmonar Total, é um volume dinâmico, variando com o nível da atividade física. Corresponde a cerca de 10% da Capacidade Pulmonar Total. 1.3°.Volume inspiratório de reserva (VIR) Volume máximo que pode ser inspirado voluntariamente ao final de uma inspiração espontânea, isto é, uma inspiração além do nível inspiratório corrente. Corresponde a cerca de 45 a 50% da Capacidade Pulmonar Total. 1.4°. Volume expiratório de reserva (VER) Volume máximo que pode ser expirado voluntariamente a partir do final de uma expiração espontânea, isto é, uma expiração além do nível de repouso expiratório. Corresponde a cerca de 15-20% da Capacidade Pulmonar Total. 1.5°. Volume residual (VR) Volume que permanece no pulmão após uma expiração máxima. Corresponde a cerca de 20 a 35 % da Capacidade Pulmonar Total . Não pode ser medido diretamente pela espirometria, sendo obtido a partir da determinação da Capacidade Residual Funcional, subtraindo-se o Volume Expiratório de Reserva da Capacidade Residual Funcional ou subtraindo-se a. Capacidade Vital da Capacidade Pulmonar Total, com medida primária da Capacidade Residual Funcional, conforme o método utilizado para a mensuração dos volumes pulmonares. 1.6°. capacidades pulmonares É a capacidade é determinada pelo equilíbrio entre a habilidade e força dos músculos inspiratórios em expandir o sistema pulmão-parede torácicos e a força e retração e resistência elástica gerada pelo sistema em altos volumes. 1.7°.Capacidade Vital (CV) Representa o volume de ar que é capaz de mobilizar ativamente. É a quantidade de ar que passa pela boca entre uma inspiração máxima e uma expiração completa. Compreende três volumes primários: Volume Corrente. Volume Reserva Inspiratória, Volume Reserva Expiratório que corresponde a cerca de 70-75% da capacidade pulmonar. 1.8°. Capacidade Residual Funcional (CRF) É o volume de ar que permanece nos pulmões ao final de uma expiração normal. O ponto onde isso ocorre é o próprio valor da Capacidade Residual Funcional é o ponto de equilíbrio entre as forças elásticas dos pulmões que forçam o colabamento pulmonar e as forças da caixa torácica que forçam a expansão do gradil costal. 1.9°. Capacidade Inspiratória (CI) É o volume máximo inspirado voluntariamente a partir do final de uma expiração espontânea do nível expiratório de repouso. Compreende o Volume Corrente e o Volume Reserva Inspiratório . Corresponde a cerca de 50-55% da Capacidade Pulmonar Total e a cerca de 60 a 70% da Capacidade Vital. 2.0°. Capacidade Pulmonar Total (CPT). O volume de gás nos pulmões após uma inspiração máxima é a Capacidade Pulmonar Total. Representa a soma dos Volumes Corrente, de Reserva Inspiratório, de Reserva Expiratório mais o Volume Residual. Sabe-se que os pulmões podem ser expandidos e contraídos por duas maneiras, são elas: movimentos de subida e descida do músculo diafragma, o que é capaz de diminuir ou aumentar a cavidade torácica e também, por meio da elevação e depressão das costelas para aumentar e diminuir o diâmetro anteroposterior da cavidade torácica. Observa-se que, durante a respiração tranquila, os movimentos do evento respiratório são realizados, quase inteiramente, pelo diafragma. Durante a inspiração, a contração diafragmática puxa as superfícies pulmonares inferiores dos pulmões para baixo, e durante a expiração, o relaxamento desse músculo permite que a retração elástica dos pulmões, da parede torácica e das estruturas abdominais comprimem os pulmões e expelem o ar. Já, durante a respiração vigorosa, as forças elásticas não são suficientes para produzir à rápida expiração necessária, assim, a força extra é obtida, principalmente, pela contração da musculatura abdominal, capaz de empurrar o conteúdo abdominal para cima, contra a parte inferior do diafragma, comprimindo, e assim, os pulmões. Além disso, outro método para expansão dos pulmões é elevar a caixa torácica. Dessa forma, é possível garantir a expansão dos pulmões, pois, no momento em que a caixa torácica é elevada, as costelas se projetam quase diretamente para frente, fazendo com o que o esterno também se mova anteriormente para longe da coluna, aumentando o diâmetro anteroposterior do tórax por cerca de 20% durante a inspiração máxima, em comparação com a expiração. Dessa forma, todos os músculos que elevam a caixa torácica são considerados como músculos da inspiração, e os que deprimem a caixa torácica são os chamados músculos da expiração. Desse modo,os mais importantes na inspiração são – músculos esternocleidomastóideos, serráteis anteriores e os escalenos. Já os músculos expiratórios mais importantes são: reto abdominal e os intercostais internos. Por fim, vale lembrar que os determinantes do volume pulmonar são justamente as propriedades do parênquima pulmonar e a sua interação com a caixa torácica. Dessa forma, como dito acima, os pulmões e caixa torácica sempre se movem juntos, em condições fisiológicas. Como exemplo, a complacência pulmonar, que é a medida do quão facilmente o pulmão se distende, logo: pulmão com complacência elevada é aquele prontamente distensível, enquanto que o com baixa complacência é o pulmão “rígido”, ou seja, que não é facilmente distensível.·. A complacência pulmonar é a medida das propriedades elásticas do pulmão. Mecânica respiratória estática A mecânica pulmonar estática estuda o pulmão cujo volume não varia com o tempo, isto é, não avalia o fluxo de ar, mas sim os volumes pulmonares máximos alcançados. É uma análise da relação entre pressão e volume, que vai depender das características do parênquima pulmonar e dos músculos esqueléticos que auxiliam a respiração. Para o estudo da mecânica respira- tória, precisamos, primeiramente, definir alguns conceitos de pressão e volume. Propriedades dos pulmões Interstício pulmonar com colágeno e elastina. A presença do colágeno e da elastina dá aos pulmões as propriedades de complacência e estância. Complacência é a variação de volume decorrente da aplicação de pressão de distensão (C=∆V/∆P). Elastância é o inverso da complacência, sendo uma medida da retração elástica dos pulmões. Atenção: Pela Lei de Laplace, a pressão gerada é inversamente proporcional ao raio da esfera. Forças de superfície na esfera menor geram maior pressão do que as da esfera maior. Com o resultado, o ar se move da menor esfera (maior pressão) para a maior esfera (menor pressão). Isso faz com que a esfera menor se colapse e que a maior fique distendida. O surfactante (camada sombreada) reduz a tensão superficial, e o faz mais acentuadamente nas esferas menores do que nas maiores. A Lei de Laplace demonstra o papel do surfactante, que se faz importante por deixar alvéolos de diferentes tamanhos com a mesma pressão, impedindo situações de colabamentos e hiperinsuflações. Interação pulmão-caixa torácica:Espaço intrapleural. O espaço intrapleural apresenta normalmente pressão negativa, uma vez que a caixa torácica tende à expansão, enquanto os pulmões tendem à retração. Essa pressão é responsável por manter a conexão das pleuras parietal e visceral e, consequentemente, entre a caixa torácica e o pulmão. Relações Pressão-Volume O ar flui para o interior e para o exterior das vias aéreas, das áreas de maior pressão para as áreas de menor pressão. Na ausência de gradiente de pressão não ocorre fluxo de ar. A ventilação-minuto é o volume de gás que é movido por unidade de tempo. É igual ao volume de gás movido em cada respiração vezes o número de respirações por minuto. Para compreender a relação entre as Variações da pressão e as variações do volume é útil examinar as variações da pressão durante a inspiração e a expiração. Em indivíduos normais, durante a respiração com o volume corrente a pressão alveolar diminui com o início da inspiração. Essa redução da pressão alveolar é geralmente pequena (1 a 3 cm H,0). Ela é muito maior em indivíduos com obstrução. De vias aéreas devido à grande queda que ocorre nas vias obstruídas. A pressão no espaço pleural (pressão pleural) também diminui durante a inspiração. Essa redução equivale à retração elástica pulmonar, que aumenta quando o pulmão se insufla. A pressão cai ao longo das vias aéreas, enquanto o gás flui da pressão atmosférica (zero) para a pressão no alvéolo (negativa em relação à pressão atmosférica). O fluxo de ar cessa quando a pressão alveolar e a pressão atmosférica ficam iguais. Durante a expiração o diafragma se move mais alto no tórax, a pressão pleural aumenta, a pressão alveolar fica positiva, a glote se abre e o gás novamente flui da pressão maior (alvéolo) para a menor (atmosférica). No alvéolo a força motriz para a expiração é a soma da retração elástica e da pressão pleural. Mecânica respiratória dinâmica Fluxo aéreo Quando há fluxo de ar, além das forças para manutenção dos volumes do pulmão e da caixa torácica, há a necessidade de uma força adicional para superar a inércia e a resistência dos tecidos e das moléculas de ar. O fluxo de ar através dos tubos é proporcional à diferença entre as pressões barométrica e alveolar (∆P) e inversamente proporcional à resistência total das vias aéreas. Quando o fluxo de ar é laminar, podemos calcular essa resistência usando a lei de Poiseuille, que afirma que a resistência de um tubo é proporcional à viscosidade do gás que por ele flui e ao comprimento do tubo, mas inversamente proporcional à quarta potência do raio do tubo. Quando o fluxo não é laminar, essa resistência fica ainda maior. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Boron, Walter F., Boulpaep, Emile L. Fisiologia médica. 2 ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.Silverthorn, Dee U. Fisiologia humana – Uma abordagem integrada. 7 ed. – Porto Alegre: Artmed, 2017. HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall tratado de fisiologia médica. 13.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. BERNE, Robert M; LEVY, Matthew N. Fisiologia. 6 ed. Rio de Janeiro, RJ: Editora Guanabara Koogan S.A., 2009.
Compartilhar