Buscar

MANUAL DE ORDEM UNIDA MB - CGCFN 1001

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 246 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 246 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 246 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CGCFN-1001 OSTENSIVO 
 
 
 
 
MANUAL DE 
ORDEM UNIDA 
 
 
 
 
 
 
MARINHA DO BRASIL 
COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS 
 
2010 
 
 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DE ORDEM UNIDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARINHA DO BRASIL 
 
COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS 
 
2010 
 
 
 
 
 
 
 
 
FINALIDADE: BÁSICA 
 
 
 
1ª REVISÃO 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - II - REV.1 
 
 
 
 
ATO DE APROVAÇÃO 
 
 
APROVO, para emprego na MB, a publicação CGCFN-1001 - MANUAL DE 
ORDEM UNIDA. 
 
RIO DE JANEIRO, RJ. 
Em 18 de junho de 2010. 
 
 
 
ALVARO AUGUSTO DIAS MONTEIRO 
Almirante-de-Esquadra (FN) 
Comandante-Geral 
ASSINADO DIGITALMENTE 
 
 
 
 
 
AUTENTICADO 
PELO ORC 
 
 
RUBRICA 
 
 
Em_____/_____/_____ 
 
 
 
CARIMBO 
 
 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO REV.1 - III -
ÍNDICE 
PÁGINAS 
Folha de Rosto.................................................................................................. I 
Ato de Aprovação............................................................................................. II 
Índice ................................................................................................................ III 
Introdução......................................................................................................... VI 
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO À ORDEM UNIDA 
1.1 - Propósitos................................................................................................. 1-1 
1.2 - Instrução de ordem unida......................................................................... 1-1 
1.3 - Desenvolvimento da instrução de ordem unida ....................................... 1-1 
1.4 - Deveres do instrutor e do auxiliar de instrutor ........................................ 1-6 
1.5 - Qualidades dos instrutores ....................................................................... 1-7 
1.6 - Deveres do mais antigo dos instruendos.................................................. 1-8 
1.7 - Posições para comandar ........................................................................... 1-8 
1.8 - Meios de comando na ordem unida ......................................................... 1-8 
CAPÍTULO 2 - INSTRUÇÃO INDIVIDUAL SEM ARMA 
2.1 - Generalidades........................................................................................... 2-1 
2.2 - Posições.................................................................................................... 2-1 
2.3 - Passos ....................................................................................................... 2-4 
2.4 - Marchas.................................................................................................... 2-4 
2.5 - Voltas ....................................................................................................... 2-10 
CAPÍTULO 3 - INSTRUÇÃO INDIVIDUAL COM ARMAS 
3.1 - Condições de execução ............................................................................ 3-1 
3.2 - Fuzil de Assalto 5,56 mm M16A2........................................................... 3-2 
3.3 - Fuzil Automático Leve 7,62 mm M964 (FAL)........................................ 3-24 
3.4 - Fuzil Automático Pesado 7,62 mm M964 (FAP) .................................... 3-43 
3.5 - Submetralhadora Taurus .......................................................................... 3-52 
3.6 - Pistola 9 mm............................................................................................. 3-58 
3.7 - Fuzil semi-automático - “FS” .................................................................. 3-61 
3.8 - Espada ..................................................................................................... 3-76 
3.9 - Cassetete .................................................................................................. 3-90 
CAPÍTULO 4 - INSTRUÇÃO COLETIVA 
4.1 - Introdução ................................................................................................ 4-1 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO REV.1 - IV -
4.2 - Escola do grupo de combate.................................................................... 4-1 
4.3 - Escola do pelotão de fuzileiros................................................................ 4-16 
CAPÍTULO 5 - BANDEIRA, ESTANDARTES E SÍMBOLOS 
5.1 - Bandeira................................................................................................... 5-1 
5.2 - Estandartes............................................................................................... 5-9 
5.3 - Símbolos .................................................................................................. 5-10 
CAPÍTULO 6 - INSPEÇÕES DE COMANDO E MOSTRA DE PESSOAL 
6.1 - Generalidades .......................................................................................... 6-1 
6.2 - Inspeção................................................................................................... 6-1 
6.3 - Inspeção da tropa..................................................................................... 6-2 
6.4 - Inspeção do armamento........................................................................... 6-10 
6.5 - Inspeção do equipamento ........................................................................ 6-17 
6.6 - Mostra de pessoal .................................................................................... 6-19 
CAPÍTULO 7 - MOSTRA-GERAL 
7.1 - Generalidades .......................................................................................... 7-1 
7.2 - Comando da tropa.................................................................................... 7-1 
7.3 - Preparativos ............................................................................................. 7-1 
7.4 - Formatura da tropa .................................................................................. 7-3 
7.5 - A Bandeira............................................................................................... 7-6 
7.6 - Apresentação da tropa e revista............................................................... 7-6 
7.7 - Execução da revista ................................................................................. 7-7 
7.8 - Desfile...................................................................................................... 7-8 
CAPÍTULO 8 - BASTÃO DE COMANDO 
8.1 - Generalidades .......................................................................................... 8-1 
8.2 - Posições ................................................................................................... 8-1 
8.3 - Bastão de instrutor................................................................................... 8-3 
CAPÍTULO 9 - HONRAS FÚNEBRES 
9.1 - Generalidades .......................................................................................... 9-1 
9.2 - Guarda fúnebre ........................................................................................ 9-1 
9.3 - Arma em funeral...................................................................................... 9-6 
CAPÍTULO 10 - MILITAR EM VIATURA 
10.1 - Embarque............................................................................................... 10-1 
10.2 - Desembarque ......................................................................................... 10-1 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO REV.1 - V -
10.3 - Posições do militar em viatura ............................................................... 10-2 
CAPÍTULO 11 - ATITUDES DO MILITAR EM SITUAÇÕES DIVERSAS 
11.1 - Continência individual ........................................................................... 11-1 
11.2 - Apresentação.......................................................................................... 11-2 
11.3 - Retirada da cobertura .............................................................................11-3 
CAPÍTULO 12 - SALVAS DE GALA 
12.1 - Generalidades......................................................................................... 12-1 
12.2 - Histórico................................................................................................. 12-1 
12.3 - Quantidade de tiro de salva por autoridade............................................ 12-2 
12.4 - Execução das salvas pela Bateria Histórica de Salva............................ 12-3 
12.5 - Execução da Bateria de Salva pelo Batalhão de Artilharia de Fuzileiros 
Navais......................... .......................................................................... 12-8 
12.6 - Prescrições diversas............................................................................. .. 12-11 
ANEXO A - Modelo de Símbolos.................................................................................. A-1 
ANEXO B - Glossário ................................................................................................... B-1 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - VI - REV.1 
INTRODUÇÃO 
1 - PROPÓSITO 
Esta publicação tem como propósito orientar a prática e os exercícios de Ordem Unida, 
estabelecendo normas que padronizem sua execução no âmbito da Marinha. 
2 - DESCRIÇÃO 
Esta publicação está dividida em doze capítulos e dois anexos, da seguinte maneira: o 
Capítulo 1 consiste da introdução à Ordem Unida, apresentando seus propósitos, 
características e deveres dos envolvidos; o Capítulo 2 apresenta a instrução individual sem 
arma; o Capítulo 3 apresenta a instrução individual com armas, detalhando sua execução 
com os diversos armamentos em uso na Marinha; o Capítulo 4 apresenta a instrução coletiva 
em especial, o grupo de combate e o pelotão; o Capítulo 5 detalha o manuseio da Bandeira 
Nacional, dos Estandartes e dos Símbolos; o Capítulo 6 apresenta os procedimentos para a 
realização de inspeções de comando e mostra de pessoal; o Capítulo 7 aborda a mostra-
geral; o Capítulo 8 descreve o uso do bastão de comando; o Capítulo 9 apresenta os 
procedimentos para a execução de honras fúnebres; o Capítulo 10 descreve as posições e 
procedimentos do militar quando embarcado em viatura; o Capítulo 11 detalha as atitudes 
do militar em situações diversas, tais como, continência individual, apresentação e retirada 
da cobertura; e o Capítulo 12 apresenta as salvas de gala, realizadas tanto pela Bateria 
Histórica quanto pela bateria de salva do Batalhão de Artilharia de Fuzileiros Navais. Os 
anexos complementam as informações apresentadas nos capítulos. 
3 - PRINCIPAIS MODIFICAÇÕES 
Na primeira revisão da publicação CGCFN-1001 – Manual de Ordem Unida, foram 
implementadas as seguintes modificações: 
- Excluídos os procedimentos relativos aos armamentos em desuso no CFN, constantes 
do Capítulo 3 (submetralhadora INA e revólver); 
- Excluído do Capítulo 5 o assunto atinente à Mostra-Geral, passando a ser abordado, 
com maiores detalhes, no Capítulo 7; 
- Modificado o título do Capítulo 6 para “Inspeções de Comando e Mostra de Pessoal”, 
compatibilizando o título ao conteúdo; 
- Excluído o antigo Capítulo 11 que tratava de Escoltas de Honra de Motociclistas, 
conteúdo abordado em publicação específica; 
- Padronizados os símbolos das unidades (Anexo A); e 
- Reformuladas as gravuras, tornando-as mais legíveis e detalhando os movimentos. 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - VII - REV.1 
4 - CLASSIFICAÇÃO 
Esta publicação é classificada, de acordo com o EMA-411 - Manual de Publicações da 
Marinha, como: Publicação da Marinha do Brasil, não controlada, ostensiva, básica e manual. 
5 - SUBSTITUIÇÃO 
Esta publicação substitui o CGCFN-1001 - Manual de Ordem Unida, 1a edição, aprovado 
em 12 de novembro de 2008. 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 1-1 - REV.1 
CAPÍTULO 1 
INTRODUÇÃO À ORDEM UNIDA 
1.1 - PROPÓSITOS 
Ordem unida é a atividade que permite a exteriorização da disciplina militar e tem 
profundo reflexo na atitude e na apresentação dos militares de todos os níveis, sendo 
seus propósitos básicos: 
- proporcionar aos militares e às unidades os meios de se deslocarem e se apresentarem 
com aspecto enérgico e marcial, em perfeita ordem, em todas as circunstâncias 
estranhas ao combate; 
- desenvolver os reflexos de obediência e o sentimento de coesão, que são fatores 
preponderantes na formação do combatente; e 
- adestrar oficiais e graduados no comando da tropa. 
1.2 - INSTRUÇÃO DE ORDEM UNIDA 
A instrução de ordem unida se divide em instrução individual e instrução coletiva. 
1.2.1 - Instrução individual 
Constitui a base da instrução militar, compreende a prática dos movimentos 
individuais, sem arma ou com ela, indispensáveis para que o militar possa tomar 
parte nos exercícios coletivos de ordem unida. A instrução individual desenvolve no 
militar os hábitos de ordem, precisão e disciplina. Nesta fase da instrução, nunca se 
“pecará” por excesso de cuidado e de método. 
1.2.2 - Instrução coletiva 
Compreende a escola do grupo, da peça, da seção, do pelotão, da companhia, etc. 
Ensinando ao militar a manobrar e a evoluir dentro de sua fração, em cooperação 
com os companheiros, ela completa a instrução individual e, apesar de ser ministrada 
em conjunto, seu propósito continua a ser o preparo individual do militar. 
1.3 - DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO DE ORDEM UNIDA 
1.3.1 - Conceitos básicos 
Os exercícios de ordem unida devem ser executados de modo uniforme. Assim 
sendo, a sua instrução deve ser orientada pelas premissas que se seguem: 
- na instrução individual, o instruendo, tendo compreendido o fim a atingir em cada 
movimento, procura por si mesmo alcançá-lo, sempre auxiliado pelo instrutor. Este 
deve procurar conhecer o temperamento e a capacidade de assimilação de cada 
instruendo e atentar a tais fatores; 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 1-2 - REV.1 
- só iniciar a instrução coletiva após o instruendo ter conseguido a execução 
individual dos movimentos, manejos e marchas, com desembaraço; 
- a instrução deve ter um desenvolvimento gradual, isto é, começar pelas partes mais 
simples até atingir, progressivamente, as mais difíceis; 
- os exercícios devem ser metódicos, precisos, freqüentes e breves. Assim 
conduzidos, tornam-se de grande valor para o desenvolvimento do autocontrole e 
do espírito de coesão; e 
- constitui grave erro realizar sessões de ordem unida de longa duração. Sempre que 
possível, a sessão deverá ser de 45 a 50 minutos, podendo haver mais de uma 
sessão por dia, desde que intercaladas com outros tipos de instrução. 
1.3.2 - Normas gerais para a condução da ordem unida 
Considerando a importância da ordem unida na formação do militar, a sua instrução 
deve ser ministrada com esmero e dedicação e obedecendo-se às recomendações 
abaixo descritas: 
a) Reunir para instrução 
Os instruendos são reunidos em turmas pequenas, se possível, numericamente 
equivalentes a um grupo de combate. Estas turmas devem corresponder às frações 
orgânicas da companhia, de modo que sejam sempre confiadas aos mesmos 
instrutores e auxiliares. 
Os instruendos são dispostos em uma ou várias fileiras, conforme o seu número, a 
natureza do exercício e os espaços disponíveis. As fileiras ficam a quatro passos 
de intervalo, de forma que não interfiram entre si e sem que haja preocupação de 
formatura. O instrutor coloca-se à frente da turma, a uma distância adequada para 
que todos os instruendos o vejam, possam ouvir facilmente suas explicações e 
sejam por eles visto. Os auxiliares de instrutor que lhe forem atribuídos, ficam nas 
proximidades dos instruendos de cujo acompanhamento estejam encarregados. 
O instrutor, ao iniciar a sessão, inspeciona os uniformes e equipamentos, 
verificando o seu acerto. 
Sempre que seja feita chamada, o militar responde em voz natural pelo nome de 
guerra quando chamado pelo número interno; responde pelo número, quando 
chamado pelonome, tomando sempre, nesse momento, a posição de sentido. 
Quando os instruendos tiverem alcançado algum desembaraço, a formação para a 
instrução poderá ser determinada mediante comando à voz. Formada a turma em 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 1-3 - REV.1 
linha em uma fileira (ou grupo, excepcionalmente, em linha em duas fileiras), o 
instrutor designa o militar-base pelo nome e comanda “TANTOS PASSOS, 
ABRIR INTERVALO ENTRE OS MILITARES, MARCHE”, ou eventualmente 
“A TANTOS PASSOS, ABRIR DISTÂNCIA ENTRE OS MILITARES, 
MARCHE”. Os intervalos e distâncias normais são determinados à voz: 
“DIREITA (ESQUERDA) VOLVER”. 
Sempre que possível, as formaturas deverão ser dispostas tendo os militares as 
costas voltadas para o sol (Fig 1.1). 
 
Fig 1.1 - Dispositivo de formatura em relação ao sol 
 
b) Instrução individual sem comando 
Lentamente, o instrutor mostra o movimento que vai ser executado, decompondo-
o quando possível, em tempos sucessivos; acompanha a execução com breves 
explicações, destacando certos pormenores. 
Manda que os instruendos o acompanhem na execução de cada tempo (comando: 
“FAÇAM COMO EU”) e, assim, certifica-se de que compreenderam corretamente 
o movimento que se trata de executar. 
Em seguida, manda que continuem a exercitar-se por si mesmo (sem comando), à 
vontade. Os instruendos deverão se esforçar para executar o movimento com 
desenvoltura e energia crescentes. Enquanto os instruendos se exercitam, o 
instrutor e os auxiliares procuram fazer as correções que forem necessárias. Essas 
correções devem ser feitas em tom firme, mas sem aspereza, só tocando 
fisicamente nos instruendos em caso de absoluta necessidade. A fim de não fatigá-
los desnecessariamente, o instrutor regula a sucessão dos movimentos ou dos 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 1-4 - REV.1 
tempos, sem se demorar muito em cada um deles, possibilitando o cumprimento 
do programa fixado para a sessão. Exige-se, porém, que durante a instrução, cada 
instruendo trabalhe sem interrupção. 
Só se consegue a precisão e a vivacidade, progressivamente. Por isso, a cada 
sessão, cobra-se um pouco mais de desenvoltura e de precisão, sem, contudo, 
descuidar-se da correção das atitudes. Uma vez conhecidos todos os tempos de um 
movimento, o instrutor manda executá-lo sem dividi-lo em tempos e, sem exigir a 
perfeição do movimento. Se o instrutor notar que a faculdade concedida aos 
instruendos para se exercitarem individualmente, acarreta relaxamento, mandará 
executar alguns movimentos já conhecidos, mediante comando, segundo as 
condições que serão indicadas adiante. 
A correção de atitudes, observada desde o início dos exercícios, garante o 
equilíbrio de todas as partes do corpo, favorece o desenvolvimento físico e 
proporciona o andar desembaraçado e marcial que caracteriza todo militar. 
c) Instrução individual mediante comando 
O propósito principal da instrução individual mediante comando, é conduzir, 
progressivamente, os instruendos a uma execução automática e de absoluta 
precisão, por meio da repetição sistemática de movimentos corretos e enérgicos. 
Desde que a mecânica dos movimentos esteja suficientemente conhecida, começa 
a instrução mediante comando, a qual permite ao instrutor regular as condições de 
intensidade de trabalho e exercitar a obediência aos comandos à voz e por gestos. 
Desenvolvem-se assim, nos militares, os hábitos que garantem obediência 
absoluta aos comandos, em qualquer situação. A cadência, lenta no início, é 
progressivamente aumentada, tendo-se sempre o cuidado de não prejudicar a 
precisão. 
Nos movimentos feitos por decomposição (ao aviso: POR TEMPOS), executa-se 
o primeiro tempo à voz de execução e os outros são executados aos comandos: 
DOIS, TRÊS, etc. Os movimentos sucedem-se sem outras interrupções além das 
impostas pela necessidade de descansos curtos e freqüentes. O propósito é obrigar 
os instruendos a trabalharem, disciplinando-lhes a vontade e enrijecendo-lhes os 
músculos, valendo-se da repetição de movimentos, sempre comandados com 
energia e executados com vigor e precisão. 
É recomendável fazer com que os instruendos contem em voz alta os tempos que 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 1-5 - REV.1 
vão executando, de modo a adquirirem o ritmo normal dos movimentos. Como 
forma de despertar o espírito de competição convém deixar na posição de 
descansar os instruendos que, antes de seus colegas, conseguirem executar 
corretamente os movimentos exercitados. 
Em cada turma, os auxiliares de instrutor acompanham a execução dos 
movimentos e, em poucas palavras, comunicam suas observações durante a pausa 
de repouso. 
d) Comandos em conjunto 
Os comandos em conjunto auxiliam a dominar a insegurança, a timidez e a falta 
de desenvoltura dos instruendos, concorrendo para o desenvolvimento da 
confiança e do entusiasmo. Exigem do militar maior desembaraço, pois este deve, 
não só dar a voz de comando corretamente, como também, executá-la com 
precisão. 
Cada instruendo deverá pronunciar a voz de comando como se somente ele 
estivesse no comando da tropa. O volume sonoro obtido pela combinação das 
vozes incentiva os executantes a realizarem os movimentos com energia e 
precisão. Os comandos dados em uníssono desenvolvem, desde logo, o senso de 
coordenação e de ritmo. 
Todos os movimentos devem ser explicados e ensinados em detalhes, antes dos 
comandos em conjunto. As vozes de comando, inicialmente, devem ser ensaiadas 
sem execução; mais tarde, o movimento deverá então ser executado mediante o 
comando em conjunto. 
O intervalo entre o comando propriamente dito e a voz de execução, depende do 
efetivo da tropa e do seu grau de instrução. É preciso que este intervalo não seja 
muito curto. 
O instrutor deve comandar numa entonação tal, que anime os instruendos, 
fazendo-os sentirem-se ansiosos pela execução, a fim de poderem, por sua vez, 
dar a voz de comando. É nos comandos em conjunto que melhor se verifica a 
qualidade da instrução em vista da competição entre o instrutor e a tropa. 
Os comandos em conjunto devem limitar-se a movimentos simples, com vozes de 
comando bastante curtas e de execução simultânea por toda a tropa. Não se 
prestam a comandos em conjunto, aqueles que exigem comandos suplementares 
dos chefes subordinados. 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 1-6 - REV.1 
O instrutor vai indicando os comandos a serem feitos pelos instruendos, que os 
repetirão sob forma de ordem, para própria execução. Exemplos: 
- Instrutor: Pelotão, Sentido - COMANDAR 
- Instruendos: PELOTÃO, SENTIDO 
- Instrutor: Direita, Volver - COMANDAR 
- Instruendos: DIREITA, VOLVER 
- Instrutor: Ordinário, Marche - COMANDAR 
- Instruendos: ORDINÁRIO. MARCHE 
- Instrutor: Pelotão, Alto - COMANDAR 
- Instruendos: PELOTÃO, ALTO 
Para cessar os comandos em conjunto, o instrutor comanda: ao meu comando. 
1.4 - DEVERES DO INSTRUTOR E DO AUXILIAR DE INSTRUTOR 
1.4.1 - Instrutor 
Para que os exercícios de ordem unida atinjam suas finalidades, o instrutor deve: 
- verificar, antes de iniciar a sessão, a disposição dos meios auxiliares, a sua 
aparência pessoal, assim como dos auxiliares de instrutor e a adequada arrumação 
do local para a instrução; 
- apresentar o assunto com entusiasmo, mostrando a necessidade do aprendizado, 
para que os instruendos alcancem determinado propósito; 
- explicar em detalhes cada posição ou movimento, executando-o ao mesmo tempo. 
Determinar a execução por parte dos instruendos, sem ajudá-los, somente tocando-
os para corrigir aqueles que sejam incapazes de o fazer por si mesmo; 
- evitar conservar os instruendos por muito tempo em uma posição ou na execução 
de movimento; 
- fazer com que aprendam cada movimento antes de passar para o seguinte; 
- imprimir, gradualmente, a devida precisão e uniformidade. À medida em que a 
instrução avançar, grupar os instruendos segundo o grau de adiantamento. Osque 
mostrarem pouca aptidão ou retardo na execução, devem ficar sob a orientação dos 
melhores auxiliares de instrutor ou monitores; 
- manter o contato visual, falando com simplicidade, como se estivesse conversando 
(linguagem apropriada) e não discursando; 
- realizar perguntas aos instruendos, mantendo a turma em constante atenção; e 
- não ridicularizar nem tratar com aspereza os que se mostrarem deficientes ou 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 1-7 - REV.1 
revelem pouca habilidade. O instrutor deve fiscalizar cuidadosamente a instrução, a 
fim de assegurar-se de que os auxiliares de instrutor tratem os subordinados com 
atenção. 
1.4.2 - Auxiliar de instrutor 
- confeccionar e cuidar dos meios auxiliares; 
- arrumar o local da instrução dispondo todos os meios auxiliares; 
- conhecer o assunto que vai ser ministrado, ficando em condições de, caso 
necessário, substituir o instrutor; 
- ter execução perfeita; 
- proceder a verificação de faltas dos instruendos; 
- eventualmente, desempenhar as funções de instrutor na repetição de uma sessão de 
instrução já dada anteriormente ou sempre que determinado pelo instrutor 
encarregado do assunto; 
- ter paciência, habilidade e respeito no tratar aos instruendos, não empregando 
termos humilhantes e não regulamentares; e 
- corrigir individualmente os instruendos. 
1.5 - QUALIDADES DOS INSTRUTORES 
É essencial que os indivíduos selecionados como instrutores possuam ou desenvolvam 
determinadas qualidades pessoais e profissionais. 
1.5.1 - Qualidades pessoais 
- experiência em lidar com militares; 
- personalidade que inspire confiança e estimule interesse pela instrução; 
- maneira firme no tratar os instruendos, evitando familiaridades; 
- possuir bons atributos de voz de comando, tais como firmeza, impostação e 
entonação 
- decoro militar, dignidade e dedicação especial pela sua tarefa; 
- paciência e interesse para com problemas dos instruendos; e 
- capacidade de colocar-se mental e profissionalmente na posição dos instruendos. 
1.5.2 - Qualidades profissionais 
- dominar o assunto a ser ministrado; 
- ser capaz de organizar e dirigir a instrução eficazmente; 
- ser capaz de demonstrar, com êxito, o assunto que vai ensinar; 
- conhecer os processos de instrução adequados e, para isso, considerar sempre a 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 1-8 - REV.1 
capacidade de assimilação e as condições físicas dos instruendos. A linguagem 
empregada deve ser a que o instruendo compreenda; 
- ser um exemplo de apresentação quanto ao uniforme adequado à instrução; e 
- preparar, previamente, seus auxiliares sobre o assunto a ser ministrado. 
1.6 - DEVERES DO MAIS ANTIGO DOS INSTRUENDOS 
- Apresentar seu grupo pronto para instrução no local e hora determinados e com o 
uniforme e armamento prescritos. 
- Verificar com rigor a correção do aspecto fisionômico, do uniforme, do equipamento e 
do armamento dos componentes do seu grupo, independentemente de determinações 
expressas do escalão superior. 
1.7 - POSIÇÕES PARA COMANDAR 
O comandante de uma formatura deverá posicionar-se de modo a obter contato visual 
com todos os seus comandados. Para tal, assumirá uma posição central, a uma distância 
compatível com o efetivo da formatura. Conforme a situação, adotará, no mínimo, uma 
das seguintes posições: 
1.7.1 - Sentido 
Quando desarmado; armado com pistola ou submetralhadora; armado com fuzil em 
local coberto ou enquadrado na formatura. 
1.7.2 - Ombro-arma 
Quando armado de fuzil em local descoberto e não enquadrado em formatura. 
1.7.3 - Bandoleira-arma 
Quando armado de fuzil e a tropa em bandoleira-arma. 
1.7.4 - Arma-a-tiracolo 
Quando armado de fuzil e a tropa com a arma em tiracolo. 
1.7.5 - Perfilar-espada 
Quando armado de espada. 
1.8 - MEIOS DE COMANDO NA ORDEM UNIDA 
Para transmitir sua ordem à tropa, o comandante da formatura emprega os seguintes 
meios: comando por voz, gestos, toque de corneta, silvos de apito e ordens. 
1.8.1 - Comando por voz 
É a maneira padronizada pela qual se exprime, verbalmente, um comando. Na 
instrução de ordem unida, as vozes de comando constam de vocativo, voz de 
advertência e voz de execução. 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 1-9 - REV.1 
a) Vocativo 
Como: GRUPO, PELOTÃO, ESCOLA, COMPANHIA, etc. 
b) Voz de advertência 
Que define o movimento a executar como: OMBRO, DIREITA, MEIA VOLTA, 
etc. 
c) Voz de execução 
Como: VOLVER, ARMA, etc. 
Entre a voz de advertência e a voz de execução deve haver um intervalo que 
permita a compreensão dos movimentos e, se for o caso, para que os comandantes 
complementem o comando inicial. A voz de execução é dada no momento exato 
em que o movimento deva começar ou cessar. A voz de advertência deve ser 
longa; a voz de execução curta e enérgica. 
O comando por voz, utilizando vozes de comando, é empregado sempre que 
possível e quando a execução deva ser simultânea e imediata, devendo ser claro, 
enérgico e de intensidade proporcional ao efetivo da tropa. 
Para emitir a voz de comando, o comandante da formatura deve assumir a posição 
de sentido, voltar a frente para a tropa, ficando afastado da mesma a uma distância 
tal que possibilite ter uma completa visão do conjunto. Quando enquadrados, em 
formatura ou cerimônia, os comandantes apenas volvem a cabeça para a esquerda 
(direita) ao dar o comando para a tropa. 
1.8.2 - Comando por gestos 
Substitui as vozes de comando quando a distância ou algum ruído não permitir que o 
chefe se faça ouvir. É muitas vezes indispensável o emprego simultâneo de vozes de 
comando e de gestos. 
Os gestos são feitos com o braço que estiver livre de preferência o direito. Uma vez 
feito o gesto pelo chefe, a unidade executa a ordem imediatamente. 
A seguir serão listados os gestos freqüentemente empregados na ordem unida: 
a) Atenção 
Levantar o braço na vertical, mão aberta com a palma para frente e dedos unidos. 
Todos os gestos de comando devem ser precedidos desse gesto. 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 1-10 - REV.1 
 
Fig 1.2 - Atenção 
 
b) Avançar 
Da posição de atenção, abaixar e erguer várias vezes o braço estendido, à frente 
do corpo, até a altura do ombro (palma da mão voltada para o solo), na direção de 
marcha. O deslocamento será feito no passo ordinário. 
 
Fig 1.3 - Avançar 
 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 1-11 - REV.1 
c) Alto 
Da posição de atenção abaixar vivamente a mão até a altura do ombro com a 
palma da mão voltada para frente, mantendo o braço flexionado. 
 
Fig 1.4 - Alto 
 
d) Acelerado 
Com o punho cerrado, à altura do ombro (dedos voltados para frente) erguer e 
abaixar várias vezes o braço, verticalmente. 
 
Fig 1.5 - Acelerado 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 1-12 - REV.1 
e) Diminuir o passo 
Da posição inicial de atenção abaixar lentamente o braço estendido (ao lado do 
corpo e com a palma da mão voltada para o solo) e aí oscilá-lo para cima e para 
baixo. 
 
Fig 1.6 - Diminuir o passo 
 
f) Aumentar o passo 
Da posição de atenção abaixar vivamente o braço estendido à frente do corpo. 
 
Fig 1.7 - Aumentar o passo 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 1-13 - REV.1 
g) Direção à direita (esquerda) 
Em seguida ao gesto de atenção abaixar o braço à frente do corpo até a altura do 
ombro (palma da mão voltada para o solo - Fig 1.8a) e acompanhar nesta posição 
o movimento do corpo para a direita (esquerda), na conversão. Quando já estiver 
na direção desejada, para comandar “EM FRENTE” elevar, então vivamente o 
braço e estendê-lo na direção definitiva (Fig 1.8b). 
 
 Fig 1.8a Fig 1.8b 
 
h) Em forma 
Da posição de atenção descrever com o braço círculos horizontais acima da 
cabeça, voltando a frente do corpo na direção da marcha ou do ponto para o qual 
deve ficar voltada a frente. 
 
Fig 1.9 - Em forma 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 1-14 - REV.1 
i) Coluna 
Da posição de atenção,indicar com os dedos (quando mais de um, devem ficar 
afastados) o número de colunas, fechando os demais e mantendo o braço nessa 
posição por instantes (Fig 1.10). Para indicar coluna por seis, fechar a mão. 
 
Fig 1.10 - Coluna 
 
j) Fileira 
Da posição de atenção abaixar o braço estendido até o prolongamento da linha dos 
ombros (palma da mão voltada para frente) e aí indicar com os dedos como foi 
feito para coluna. Quando quiser a tropa à sua esquerda, fazer o gesto com o braço 
esquerdo e, à direita, com o direito (Fig 1.11). Quando o comandante da tropa 
estiver armado de fuzil na posição de sentido e quiser comandar por gesto em uma 
ou mais fileiras à sua direita, trás o fuzil à frente do corpo, como no armar 
baioneta e o segura com a mão esquerda na altura do fuste ou guarda-mão, 
livrando assim a mão direita que, após executar o gesto, voltará a segurar o fuzil 
na posição de sentido. 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 1-15 - REV.1 
 
Fig 1.11 - Fileira 
 
k) Fora de forma 
Da posição de atenção, descrever com o braço círculos verticais (Fig 1.12). 
 
Fig 1.12 - Fora de forma 
 
l) À vontade 
Da posição de atenção, flexionar o antebraço até a altura da cabeça (Fig 1.13). 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 1-16 - REV.1 
 
Fig 1.13 - Á vontade 
 
m) Comandante de grupo ou seção 
Estender o braço horizontalmente à frente do corpo, palma da mão para o solo, 
flexionar a mão para baixo e para cima (dedos unidos e distendidos) várias vezes 
(Fig 1.14), voltando a frente para o comandante de grupo ou de seção que estiver 
chamando. 
 
Fig 1.14 - Comandante de grupo ou seção 
 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 1-17 - REV.1 
n) Comandante de pelotão 
Com o braço distendido à frente do corpo, palma da mão para o solo, descrever 
círculos com o braço (Fig 1.15), voltando a frente para o comandante de pelotão 
que estiver chamando. 
 
Fig 1.15 - Comandante de pelotão 
 
1.8.3 - Comandos por toque de corneta 
São realizados por meio de toques de corneta padronizados para emprego pelas 
forças armadas. 
Quando uma escola já tiver atingido um certo progresso na instrução individual, 
deverão ser realizadas sessões curtas e freqüentes de ordem unida, com os comandos 
executados por meio de toques de corneta. Consegue-se, assim, familiarizar os 
militares com os toques mais simples e de emprego usual. O militar deve conhecer os 
toques correspondentes às diversas posições, aos movimentos de manejo da arma e 
os necessários aos deslocamentos. 
1.8.4 - Comandos por silvos de apito 
Os comandos por meio de apitos são feitos mediante a emissão de sons longos e 
curtos. Exceto outros, que dependerão de um entendimento prévio ou convenção, são 
previstos os seguintes comandos: 
a) Atenção - sentido 
Um silvo longo. A este comando, todos se voltam para o chefe, tomam a posição 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 1-18 - REV.1 
de sentido e aguardam seu gesto, voz de comando, ordem ou outro sinal. 
b) Ordinário-marche 
Um silvo longo acompanhado de outro curto. 
c) Alto 
O mesmo sinal de ordinário marche, dado durante a marcha. 
d) Apressar o passo 
Sons curtos, repetidos. 
1.8.5 - Comandos por ordens 
São utilizadas as ordens verbais, quando se desejar que os instruendos executem 
certos movimentos sem a marcialidade inerente à ordem unida, como por exemplo: 
ordem ao grupo: sentar ou, ordem ao grupo: frente para a direita (esquerda, 
retaguarda), etc. 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 2-1 - REV.1 
CAPÍTULO 2 
INSTRUÇÃO INDIVIDUAL SEM ARMA 
2.1 - GENERALIDADES 
A instrução individual de ordem unida deve ser ministrada desde os primeiros dias de 
incorporação dos militares. 
Para evitar vícios de origem, prejudiciais à instrução e difíceis de serem corrigidos, aos 
melhores instrutores deve ser confiado esse ramo da instrução. Os instruendos menos 
hábeis devem ser grupados, merecendo especial atenção. 
A execução correta das posições e dos movimentos deve ser o fim principal da instrução 
individual. 
Deve ser incutido nos oficiais e graduados o dever de corrigir os militares em qualquer 
situação, mesmo fora da instrução. Assim, na apresentação a um superior, no 
cumprimento de ordens, nas formaturas diárias, etc., devem ser exigidas correção, 
energia e vivacidade nas posições e nos deslocamentos. 
2.2 - POSIÇÕES 
2.2.1 - Sentido 
O militar fica imóvel, com a frente voltada para o ponto indicado. Os calcanhares 
unidos, pontas dos pés voltados para fora, de modo que formem um ângulo de 
aproximadamente 45 graus. O corpo levemente inclinado para frente com o peso 
distribuído igualmente sobre os calcanhares e as plantas dos pés; os joelhos 
naturalmente distendidos. O busto aprumado, com o peito saliente, ombros na mesma 
altura e um pouco para trás, sem esforço; os braços caídos e ligeiramente curvos, 
com os cotovelos um pouco para frente na mesma altura. As mãos espalmadas e com 
os dedos unidos e distendidos tocando levemente a parte exterior das coxas. O 
pescoço desembaraçado das espáduas, a cabeça erguida, queixo ligeiramente 
aproximado do pescoço e o olhar fixo para frente. Ao se tomar a posição de sentido, 
os calcanhares são unidos com energia e vivacidade, flexionando-se a perna esquerda 
e batendo com o pé esquerdo no solo, de cima para baixo (Fig 2.1). 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 2-2 - REV.1 
 
Fig 2.1 - Sentido 
 
2.2.2 - Descansar 
Nesta posição, as pernas ficam naturalmente distendidas e o peso do corpo 
igualmente distribuído sobre os pés, que permanecem num mesmo alinhamento. O 
afastamento dos pés, de cerca de 30 cm entre os calcanhares, de tal forma que as 
pontas dos pés fiquem a uma distância de 45 cm, aproximadamente. As mãos às 
costas, um pouco abaixo da cintura, mão direita sobre a esquerda, palmas para fora, 
dedo polegar direito cruzando com o polegar esquerdo e por cima deste. A mão 
esquerda segura a mão direita e esta fica espalmada (Fig 2.2). 
 
Fig 2.2 - Descansar 
 
2.2.3 - À vontade 
A este comando, dado com a tropa em posição de descansar, o militar se mantém no 
seu lugar, de modo a conservar o alinhamento e a cobertura, podendo mover o corpo, 
falar, tomar água do cantil e fumar. Quando for dado o vocativo correspondente à 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 2-3 - REV.1 
fração que está sendo comandada, seguido do comando “CESSAR O À 
VONTADE”, esta retorna à posição de descansar. Quando necessário, poderá ser 
acrescido à voz de À VONTADE, comandos complementares tais como: sem fumar, 
sem beber, etc. 
2.2.4 - Em forma 
Ao comando “ESCOLA” (grupo, pelotão, etc.) - BASE TAL HOMEM - FRENTE 
PARA TAL PONTO, COLUNA POR UM (dois, três) ou “LINHA EM UMA” (duas, 
três) fileira (s), seguido da execução “EM FORMA”, cada militar desloca-se 
rapidamente para o seu lugar, toma a posição de sentido, estende o braço esquerdo, 
toma as distâncias e intervalos regulamentares, baixando o braço em seguida. Isso 
feito passa automaticamente à posição de descansar e mantém-se em silêncio. 
2.2.5 - Fora de forma/marche 
A este comando, os militares rompem marcha com a perna esquerda e deixam 
vivamente os seus lugares. Quando necessário, o comando será precedido da 
advertência NAS PROXIMIDADES. Neste caso os militares são obrigados a manter 
a atenção no seu chefe, permanecendo nas imediações. 
Se este comando for dado na posição de descansar os homens tomarão a posição de 
sentido à voz de advertência. 
2.2.6 - Cobrir 
Ao comando “COBRIR”, todos os militares, com exceção do primeiro, levantam o 
braço esquerdo indo em seguida tocar com as pontas dos dedos (os de braço médio) 
ou com a palma da mão (os de braço longo) o ombro esquerdo do companheiro da 
frente, colocando-se de forma a só enxergar o companheiro da frente (tropa em 
coluna por um). Se a tropa estiver em posição de descansar, os militares tomarão 
primeiro a posição de sentido. Se a tropa estiver formada em mais de uma coluna,os 
militares da testa levantam o braço esquerdo, lateralmente, indo tocar com as pontas 
dos dedos (os de braço médio) ou com a palma da mão (os de braços longo) o ombro 
direito do companheiro ao lado. O militar da coluna da esquerda permanece na 
posição de sentido. Os militares procuram alinhar-se de forma a ficarem os de uma 
fila todos sobre uma mesma linha reta. A coluna da direita, sempre que não for 
mandado em contrário, será a coluna-base. 
2.2.7 - Firme 
Estando a tropa em cobrir, ao comando de “FIRME”, os militares baixam com 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 2-4 - REV.1 
energia o braço esquerdo, indo colar a mão esquerda à coxa esquerda, sem batê-la, 
permanecendo na posição de sentido. 
2.2.8 - Olhar à direita (esquerda - frente) a pé firme 
À voz de execução, todos giram a cabeça energicamente para o lado indicado, sem 
dobrar o pescoço, sem desviar a linha dos ombros e sem modificar a posição. Volta a 
cabeça à posição normal, energicamente, ao comando de “olhar em frente”. 
2.3 - PASSOS 
Os deslocamentos são feitos em um dos seguintes passos: ordinário, sem cadência, de 
estrada e acelerado. 
2.3.1 - Passo ordinário 
É o passo com cerca de 75 cm de extensão, calculada de um calcanhar a outro. Sua 
cadência é de 116 passos por minuto, no Corpo de Fuzileiros Navais (CFN). 
2.3.2 - Passo sem cadência 
É o passo executado na grandeza que convém ao militar, de acordo com a sua 
conformação física e com o terreno. No passo sem cadência, o militar é obrigado a 
conservar a atitude correta, a distância, o alinhamento e a guardar silêncio. 
2.3.3 - Passo de estrada 
É o passo sem cadência, não havendo a obrigatoriedade da atitude correta, devendo o 
militar, entretanto, ter a preocupação de manter seu lugar em forma e a regularidade 
da marcha, podendo falar, comer e fumar; além disso, transporta sua arma da 
maneira que lhe convier, caso não haja ordem em contrário, dentro das posições 
prescritas para ordem unida armada. 
2.3.4 - Passo acelerado 
É o passo executado com a grandeza de 75 a 80 cm, conforme o terreno e numa 
cadência de 170 a 180 passos por minuto. 
2.4 - MARCHAS 
O rompimento das marchas é feito sempre com o pé esquerdo. O instrutor, para marcar 
a cadência, conta “UM-DOIS”, conforme o pé que toca no solo: “UM” no pé esquerdo e 
“DOIS” no pé direito. As marchas são executadas em passo ordinário, passo sem 
cadência, passo de estrada e passo acelerado. 
2.4.1 - Marcha em passo ordinário 
a) Rompimento da marcha 
Ao comando “ORDINÁRIO-MARCHE”, o militar leva vivamente o pé esquerdo 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 2-5 - REV.1 
para frente com a perna naturalmente distendida, assentando-se no solo, 
primeiramente com o calcanhar, eleva o calcanhar do pé direito, fazendo o peso 
do corpo recair sobre o pé esquerdo. Leva em seguida o pé direito para frente, 
colocando-o da mesma maneira que o esquerdo. 
Continua assim a marcha, avançando em linha reta, perpendicularmente à linha 
dos ombros. A cabeça é conservada levantada e os braços devem oscilar com as 
mãos distendidas, dedos unidos, até a altura da fivela do cinto quando à frente e 
sem ultrapassar de 30 cm a perna, quando atrás. Estando a tropa na posição de 
descansar, o comando “ORDINÁRIO MARCHE” deve, normalmente, ser 
precedido da voz de “SENTIDO”. Se não o for, a tropa tomará a posição de 
sentido na voz de advertência “ORDINÁRIO”. A grandeza do passo ordinário é 
de cerca de 40 cm para o primeiro e de 75 cm para os demais. 
A marcha, ainda que realizada com garbo, energia e marcialidade, deve apresentar 
movimentos naturais durante o deslocamento. Assim, não deve ser executada com 
cadência acelerada e movimentos exagerados tais como elevar demasiadamente a 
perna e/ou os braços, flexionar e elevar os joelhos acentuadamente e/ou inclinar o 
tronco. 
b) Alto 
No passo ordinário, a voz de comando “ALTO” deve ser dada quando o pé 
esquerdo assentar no terreno; são dados mais dois passos, um com o pé direito e 
outro com o pé esquerdo, unindo-se então com energia o calcanhar direito ao 
esquerdo, batendo fortemente com o pé direito ao solo e ao mesmo tempo unindo 
as mãos às coxas. 
c) Marcar passo 
À voz de execução, dada quando o pé esquerdo assentar ao solo, dá-se mais dois 
passos, unindo-se então com energia o calcanhar do pé direito ao esquerdo, 
batendo fortemente com o pé direito no solo e colando as mãos às coxas; em 
seguida continua pisando no mesmo lugar, sem levantar muito os joelhos, sem 
bater demasiadamente com os pés e mantendo a cadência do passo ordinário. Os 
braços oscilam como nesse passo. O movimento de marcar passo deve ser de curta 
duração. 
d) Em frente 
A voz de execução deve ser dada quando o pé esquerdo for assentado no solo; 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 2-6 - REV.1 
marca-se ainda um passo com o pé direito, rompendo a marcha, no passo 
ordinário levando o pé esquerdo à frente, com energia. 
e) Alto (marcando passo) 
A voz de execução deve ser dada quando o pé esquerdo for assentado ao solo; 
marca-se mais dois passos, unindo-se então, com energia, o calcanhar do pé 
direito ao do esquerdo, batendo com o pé direito fortemente no solo. 
f) Olhar à direita (esquerda) em marcha 
Será comandado “SENTIDO”, para alertar a tropa e em seguida olhar à direita 
(esquerda) a 10 passos da autoridade. 
Ao comando de “OLHAR À DIREITA” (esquerda) (a última sílaba deve ser 
pronunciada quando o pé esquerdo assentar ao solo) os militares darão mais um 
passo com a perna direita e quando a esquerda for novamente à frente baterão 
fortemente no solo e simultaneamente girarão a cabeça energicamente para o lado 
determinado. Exceção feita aos militares da testa e da coluna correspondente ao 
lado indicado no comando, que permanecem olhando à frente. 
Ao comando de “OLHAR EM FRENTE” (a palavra frente dado quando o pé 
esquerdo tocar o solo) os homens darão mais um passo com a perna direita e 
quando a esquerda for novamente à frente, baterão fortemente no solo volvendo a 
cabeça para frente, energicamente. 
O comando de olhar em frente será dado após a cauda da formatura ter 
ultrapassado a autoridade de 10 passos. 
g) Trocar passo (estando em passo ordinário) 
A voz de execução “TROCAR PASSO” deve ser dada quando o pé esquerdo 
assentar no terreno; o militar dá um passo com o pé direito e outro com o 
esquerdo, unindo então, com energia, o calcanhar do pé direito ao do esquerdo, 
batendo fortemente com o pé direito ao solo, colando as mãos distendidas, dedos 
unidos às coxas; em seguida, independentemente de comando, rompe com o pé 
direito a marcha em passo ordinário. 
h) Trocar passo (estando em marcar passo) 
Este comando é executado da mesma forma que o trocar passo estando em passo 
ordinário. 
i) Trocar passo (execução individual) 
O militar leva o pé que está atrás, para o lado do que acaba de tocar o solo e torna 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 2-7 - REV.1 
a partir com este último pé. Este movimento deve ser feito com vivacidade e 
executado independente de ordem e sempre que for necessário acertar o passo 
com os demais militares. 
j) Um passo à frente - marche 
Comando dado com os militares na posição de sentido. 
Os militares executarão o movimento dando um passo (normal) à frente com o pé 
esquerdo e em seguida juntam o pé direito ao esquerdo, permanecendo na posição 
de sentido. 
Durante este movimento as mãos permanecem coladas às coxas. 
k) Três passos à frente - marche 
Partindo da posição de sentido, os militares executarão o movimento, rompendo a 
marcha com a perna esquerda e dando três passos, dois com a perna esquerda e 
um com a direita, juntando ao final, o pé direito ao esquerdo. Permanecendo na 
posição de sentido. Durante este movimento as mãos movimentam-se como no 
passo ordinário. 
2.4.2 - Marcha em passo sem cadência 
a) Rompimento da marcha 
Ao comando “SEM CADÊNCIA - MARCHE”, o militar dá o primeiropasso 
como no ordinário - marche (40 cm) e em seguida se desloca em passo sem 
cadência, devendo conservar-se em silêncio durante a sua execução, mantendo a 
cobertura e o alinhamento; os braços são oscilados normalmente e as mãos 
distendidas (mãos normais). Se a tropa estiver na posição de descansar, a voz de 
“SENTIDO” deve preceder o comando de “SEM CADÊNCIA - MARCHE”. 
b) Sem cadência - marche (estando em passo ordinário) 
Ao comando “SEM CADÊNCIA - MARCHE”, dado quando o militar assentar o 
pé esquerdo no terreno, este dá um passo com o pé direito e em seguida inicia a 
marcha no passo sem cadência, rompendo com a perna esquerda vivamente, 
dando forte pancada com o calcanhar do pé esquerdo no solo. 
Para voltar ao passo ordinário, é dada a advertência “ORDINÁRIO”, quando 
todos os militares devem acertar o passo, continuando a andar normalmente. À 
voz de execução marche, dada no pé esquerdo, o militar dá um passo com o pé 
direito e em seguida rompe, com a perna esquerda, vivamente, em passo 
ordinário, com forte pancada do calcanhar do pé esquerdo no solo. 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 2-8 - REV.1 
c) Sem cadência - marche (estando em passo de estrada) 
Ao comando “SEM CADÊNCIA - MARCHE”, o militar inicia a marcha neste 
passo, sem execução especial (não há batida com o pé esquerdo), tendo a 
preocupação de retificar o alinhamento e a cobertura, cessando toda a liberdade do 
passo de estrada e guardando silêncio. Esta voz de comando sempre antecederá o 
“ORDINÁRIO – MARCHE” para uma tropa que se desloca no passo de estrada, 
sendo usada por motivo de entrada em uma localidade ou quartel, com o fim de se 
obter a correção de marcha. 
d) Sem cadência - marche (estando em passo acelerado) 
Será comandado “ORDINÁRIO – MARCHE” e em seguida, “SEM CADÊNCIA 
- MARCHE”. 
e) Alto 
Ao comando “ALTO” (dado com a voz alongada), o militar dá mais dois passos e 
une o pé que está atrás ao da frente. 
2.4.3 - Marcha em passo de estrada 
Nas marchas em coluna de estrada e fora das localidades, estando a tropa se 
deslocando em “MARCHA EM PASSO DE ESTRADA”, o militar pode falar, 
cantar, fumar e comer. 
O passo de estrada não tem grandeza e cadência regulamentar mas deve ser evitado o 
andar muito precipitado que é por demais fatigante. O aumento da velocidade deve 
ser conseguido com o aumento da grandeza do passo e não com a aceleração da 
cadência. Uma tropa no passo de estrada, deve, inicialmente, percorrer 80m por 
minuto ou sejam 106 passos de 75 cm. 
Quando se desejar parar a tropa que se encontra em passo de estrada, comanda-se alto. 
Ao comando de “ALTO”, o militar dá mais dois passos e une o pé que está atrás ao 
da frente. 
2.4.4 - Marcha em passo acelerado 
a) Rompimento de marcha (partindo da posição de sentido) 
À voz de advertência “ACELERADO”, o militar levanta os antebraços 
encostando-os levemente ao corpo, formando com os braços, ângulos 
aproximadamente retos, as mãos fechadas sem esforço e um pouco voltadas para 
dentro, com o polegar por cima; este movimento deve ser feito com energia e 
vivacidade. À voz de execução “MARCHE”, leva o pé esquerdo com a perna 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 2-9 - REV.1 
ligeiramente curva para frente, o corpo no prolongamento da perna de trás, 
iniciando a corrida cadenciada sem afastar os braços do corpo e com as pernas 
ligeiramente flexionadas (Fig 2.3). 
 
Fig 2.3 - Passo acelerado 
 
b) Acelerado - marche (estando em passo ordinário) 
A voz de advertência deve ser dada quando o pé esquerdo assentar no terreno; o 
militar dá mais um passo com o pé direito e quando assentar em seguida o 
esquerdo no solo, levanta os antebraços, encostando-os levemente ao corpo e 
formando com os braços ângulos aproximadamente retos; as mãos fechadas sem 
esforço e um pouco voltadas para dentro com o polegar por cima, continuando a 
marcha no passo ordinário. 
A voz de execução marche, deve ser dada ao assentar o pé esquerdo no terreno; o 
militar dá mais três passos, dois com o pé direito e um com o pé esquerdo, 
rompendo então o movimento com este. 
c) Acelerado - marche (estando em passo sem cadência) 
Se a tropa estiver marchando no passo “SEM CADÊNCIA”, antes da voz de 
“ACELERADO” será comandado “ORDINÁRIO - MARCHE”. 
d) Acelerado - marche (estando em passo de estrada) 
Antes da voz de “ACELERADO”, se mandará sem “CADÊNCIA - MARCHE” e 
em seguida “ORDINÁRIO - MARCHE”. 
e) Alto 
A voz deve ser dada quando o pé esquerdo assentar no terreno; o militar dá mais 
quatro passos em acelerado e pára unindo o pé direito ao esquerdo; depois abaixa 
os antebraços e une as mãos às coxas, sem bater. 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 2-10 - REV.1 
f) Ordinário - marche (estando em acelerado) 
A voz de execução deve ser dada quando o pé esquerdo assentar no terreno; o 
militar dá mais três passos em acelerado, faz uma pequena estancada quando o pé 
esquerdo tocar o solo, iniciando então o passo ordinário, ao mesmo tempo em que 
abaixa os braços iniciando a oscilação destes. 
g) Marche - marche 
O militar corre com a maior velocidade possível, sem contudo debandar, até o 
comando “SEM CADÊNCIA - MARCHE” ou “ALTO”. 
2.5 - VOLTAS 
2.5.1 - A pé firme 
Todos os movimentos são executados partindo da posição de sentido. Caso a tropa 
esteja na posição de descansar, à voz de advertência, tomará a posição de sentido. 
Sempre que em uma formatura, algum militar executar, por engano, uma volta a pé 
firme para um lado diferente do que foi comandado, deverá permanecer errado até 
que o instrutor ou mais antigo comande “DESCANSAR”; depois de cumprido este 
último comando e independente de ordem o militar corrige sua posição, volvendo a 
frente para o lado comandado anteriormente. 
a) Direita (esquerda) - volver 
À voz de execução, o militar volta-se para o lado ordenado, de um quarto de 
círculo, sobre o calcanhar do pé direito (esquerdo) e a planta do pé esquerdo 
(direito); a perna esquerda (direita) ao final deste tempo ficará inteiramente 
retesada; terminada a volta, assenta a planta do pé direito (esquerdo) no chão; em 
seguida, une o pé esquerdo (direito) ao direito (esquerdo), batendo no solo. Ao vir 
se unir ao pé da frente, o pé de trás não será arrastado de encontro ao solo (Fig 2.4). 
 
Fig 2.4 - Direita (esquerda) - volver 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 2-11 - REV.1 
b) Meia volta - volver 
Executada como no “ESQUERDA - VOLVER”, sendo a volta de 180 graus. 
c) Oitavo à direita (esquerda) - volver 
Executada do mesmo modo que “DIREITA (ESQUERDA) VOLVER”, sendo a 
volta de apenas 45 graus. 
2.5.2 - Em marcha 
a) Direita (esquerda) - volver 
A voz de execução deve ser dada ao assentar no solo o pé direito (esquerdo); o pé 
esquerdo (direito) dá um passo de cerca de 40 cm, o corpo do militar volve para a 
direita (esquerda) sobre a planta do pé esquerdo (direito), prosseguindo a marcha 
com o pé direito (esquerdo) na nova direção. 
b) Oitavo à direita (esquerda) - volver 
Executa-se do mesmo modo que “DIREITA (ESQUERDA) VOLVER”. Porém a 
rotação é de apenas 45 graus. 
c) Meia volta - volver 
A voz de execução deve ser dada ao assentar o pé esquerdo no terreno; o pé 
direito vai um pouco à frente do esquerdo, o militar gira vivamente pela esquerda 
sobre as plantas dos dois pés até mudar a frente para a retaguarda e continua a 
marcha partindo com o pé direito. 
d) Frente para a direita 
Comando dado com a tropa em descansar; os militares fecham as mãos e colam os 
braços ao corpo, simultaneamente saltam girando para a direita e em seguida 
voltam à posição de descansar. 
e) Frente para a esquerda 
Executa-se da mesma forma que no frente para a direita, só que o giro será para o 
lado esquerdo, voltando em seguida à posição de descansar. 
f) Frente para a retaguarda 
Comando dado com a tropa em descansar. Os militares fecham as mãos e colam 
os braços ao corpo, simultaneamente saltam girando pela esquerda180 graus. 
Voltam em seguida à posição de descansar. 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 3-1 - REV.1 
CAPÍTULO 3 
INSTRUÇÃO INDIVIDUAL COM ARMAS 
3.1 - CONDIÇÕES DE EXECUÇÃO 
3.1.1 - Generalidades 
Na ordem unida com arma, cada movimento executado deve ser dividido em tempos, 
e estes, para fim de instrução, são subdivididos em dois tempos como a seguir: um - 
dois. “UM” por ocasião da execução e “DOIS” compondo um tempo morto que se 
destina a um intervalo entre os tempos de movimento. 
Assim, se for comandado sentido, o militar tomará imediatamente a posição 
contando “UM” e já na posição de sentido, “DOIS”. 
Se for mandado, sucessivamente, sentido e ombro-arma, partindo da posição de 
descansar, o militar contará “UM” tomando a posição de sentido (movimento de 
união dos calcanhares); “DOIS” um tempo vago; “UM” no primeiro tempo de 
movimento de ombro-arma; “DOIS” representando um tempo vago; “UM” no 
segundo tempo de movimento de ombro-arma; “DOIS” representando um tempo 
vago; “UM” na execução do terceiro tempo de ombro-arma; “DOIS” representando 
uma parada nesse tempo; “UM” na execução do quarto tempo de ombro-arma; 
“DOIS” sendo contado já na posição final. 
A contagem do tempo “DOIS” far-se-á mentalmente, mesmo nos movimentos de um 
só tempo, para criar-se o reflexo necessário à cadência dos movimentos sucessivos. 
Nos casos de comandos duplos, entre a voz de advertência (direita, esquerda, etc., 
que venha a implicar em um movimento) e a voz de execução, deve ser dado o 
necessário tempo para a execução do movimento de arma-suspensa. 
A instrução deve ser dada partindo-se primeiro das voltas a pé firme, seguindo-se de 
manejo de armas a pé firme para, só depois, passar-se às voltas em marcha. 
A não ser que haja ordem em contrário, as armas para ordem unida deverão ser 
conduzidas descarregadas e desengatilhadas. Mediante ordem especial, as armas 
poderão ser conduzidas carregadas, porém, neste caso, deverão estar travadas. 
3.1.2 - Precauções de Segurança 
Em exercícios com a pistola, todos os militares devem observar rigorosamente os 
princípios de segurança abaixo: 
- Não apontar a arma para pessoa alguma; 
- Considerar sempre a arma como estando carregada; 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 3-2 - REV.1 
- Manter o carregador municiado, fora da arma; 
- Cumprir as determinações do instrutor, caso esteja em linha de tiro; e 
- Só colocar o dedo no gatilho para atirar ou desengatilhar a arma. 
3.2 - FUZIL DE ASSALTO 5,56 mm M16A2 
3.2.1 - Generalidades 
Os movimentos de ordem unida com os fuzis M16A2 e M4 são idênticos, sendo que a 
coronha do fuzil M4 estará aberta e a bandoleira estará retesada pelo lado esquerdo da 
arma, passando, a partir do zarelho posterior, pela parte superior do punho (Fig 3.1). 
 
Fig 3.1 - Fuzil M16A2 / M4 
 
3.2.2 - Posições 
a) Sentido 
O fuzil na vertical, com a bandoleira colocada para o lado esquerdo, soleira no 
chão unida ao pé direito pelo lado de fora. Os braços ligeiramente curvos, de 
modo que os cotovelos fiquem na mesma altura. A mão direita segura a arma pelo 
cano, espalmada com o polegar à esquerda e as costas da mão para fora. A mão 
esquerda fica como na posição de sentido sem arma (Fig 3.2). 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 3-3 - REV.1 
 
Fig 3.2 - Sentido 
 
b) Descansar 
Simultaneamente ao movimento para assumir a posição de descansar, o militar 
leva o fuzil para frente, deslizando a mão direita sobre o cano, de modo a, no final 
do movimento e com o braço estendido, ficar a arma inclinada para frente, segura 
pelo cano com a mão direita entre o suporte da massa de mira e o quebra-chamas, 
empunhadura esta variável em função do comprimento do braço de cada militar, 
de modo a que se obtenha alinhamento das armas em cada fileira. 
A mão esquerda, espalmada, com o braço flexionado, vem se colocar às costas, logo 
abaixo da cintura, costas da mão tocando o corpo, pés afastados cerca de 30 cm e o 
olhar para frente (Fig 3.3). 
 
Fig 3.3 - Descansar 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 3-4 - REV.1 
Para voltar à posição de sentido, trazer a arma para junto do corpo, deslizando a 
mão direita para baixo e ao longo do cano, de modo que ao final do movimento a 
arma fique empunhada como descrito para a posição de sentido. Simultaneamente 
a mão esquerda vem se colar à coxa e o pé esquerdo vem se juntar ao direito. 
3.2.3 - Manejo 
a) Generalidades 
No manejo da arma somente os braços e as mãos entram em ação. A parte 
superior do corpo fica perfilada e imóvel. Os diversos tempos de que se compõem 
os movimentos devem ser executados com rigor, precisão e uniformidade. 
Sempre que a arma tiver que ir repousar no solo com a chapa da soleira, ela deve 
ser encostada levemente, procurando-se fazer o mínimo de ruído possível. 
Em recinto coberto não destinado à prática de ordem unida, cerimônias ou 
recepção de autoridades, não se executam ombro-arma e apresentar-arma. Para 
deslocar uma tropa armada em recinto coberto, pode-se fazê-lo em cruzar-arma, 
em arma-suspensa, em bandoleira-arma, arma-na-mão e transportar-pela-armação-
superior. 
O militar armado e não estando em formatura, transporta a arma sempre de uma 
das maneiras previstas neste manual e nunca a segurando de qualquer forma. 
O fuzil M4 poderá ser transportado por um militar fora de formatura, com a 
coronha rebatida. 
b) Ombro-arma (partindo da posição de sentido) 
I) 1o Tempo 
Empunhando a arma com a mão direita, palma da mão logo acima da massa de 
mira, suspende-a na vertical até que a mão direita fique na altura do ombro, o 
cotovelo afastado do corpo de modo que o braço fique paralelo ao solo, 
simultaneamente, a mão esquerda segura a arma por cima da bandoleira na 
altura do terço médio do guarda mão, ficando o dedo polegar estendido sobre o 
mesmo. 
II) 2o Tempo 
A arma é levada para frente do corpo, empunhada pela mão esquerda, ficando 
inclinada 45 graus em relação à vertical, afastada do corpo cerca de 20 cm, 
boca do cano para a esquerda; braço esquerdo no plano das costas, com o 
cotovelo colado ao corpo. A mão direita vem empunhar a arma pelo delgado da 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 3-5 - REV.1 
coronha, dedos unidos; o braço direito afastado do corpo cerca de 15 cm. 
III) 3o Tempo 
A mão direita leva a arma ao ombro esquerdo, segurando-a pelo delgado da 
coronha; o carregador para fora, a parte superior da armação superior para 
dentro e junto ao pescoço, a alça de transporte apoiada ao ombro. Ao mesmo 
tempo, a mão esquerda vem apoiar a arma pela chapa da soleira com as 
falanges e a palma, ficando o polegar envolvendo o bico da soleira e os demais 
dedos unidos empunhando a chapa da soleira. O braço esquerdo tocando o 
corpo no plano das costas, formando com o antebraço um ângulo 
aproximadamente reto. 
 IV) 4o Tempo 
A mão direita é retirada do delgado, vindo colar-se à coxa direita, num 
movimento rápido e enérgico, sem batê-la (Fig 3.4). 
 
Fig 3.4 - Ombro-arma (partindo da posição de sentido) 
 
c) Descansar-arma (partindo de ombro-arma) 
I) 1o Tempo 
A mão direita segura a arma pelo delgado da coronha, enquanto a mão 
esquerda puxa-a para trás, de modo a colocá-la na vertical. 
II) 2o Tempo 
A arma é levada pela mão direita para frente do corpo, inclinada, cano para a 
esquerda, afastada do corpo cerca de 20 cm, ao mesmo tempo em que a mão 
esquerda vem apoiá-la pelo guarda-mão, logo acima da alça de transporte. 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 3-6 - REV.1 
III) 3o Tempo 
A mão direita abandona o delgado da coronha, enquanto a esquerda traz a arma 
para junto do ombro direito, na posição vertical. A mão direita vem segurar a 
arma, empunhando-a com a palma da mão sobre o suporte da massa de mira e 
na altura do ombro. A mão esquerda fica com os dedos unidos, sobre a 
bandoleira, logo acima da alça de transporte, polegar ao longo do mesmo. 
IV) 4o Tempo 
A mão esquerda vai colar-seà coxa, sem batê-la, ao mesmo tempo em que a 
direita abaixa a arma, dando-lhe uma ligeira torção para a direita, de modo que 
a chapa da soleira fique paralela ao pé direito; o braço direito fica formando 
com o antebraço um ângulo de aproximadamente 135 graus, cotovelo unido ao 
corpo, braço no plano das costas. 
V) 5o Tempo 
A mão direita, mediante uma torção para a esquerda, deixa a arma vir até o 
chão, sem batê-la, com o bico da soleira encostando na parte lateral exterior do 
pé direito (posição de sentido), Fig 3.5. 
 
Fig 3.5 - Descansar-arma (partindo de ombro-arma) 
 
d) Apresentar-arma (partindo da posição de sentido) 
I) 1o Tempo 
Suspender a arma na vertical, empunhando-a com a palma da mão sobre o 
suporte da massa de mira, até que a mão direita fique na altura do ombro, o 
cotovelo afastado do corpo, de modo que o braço fique paralelo ao solo, a mão 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 3-7 - REV.1 
esquerda vem segurar a arma na altura do terço médio do guarda mão, ficando 
o polegar estendido sobre o mesmo. 
II) 2o Tempo 
A arma é levada para frente do corpo, empunhada pela mão esquerda, ficando 
inclinada de 45 graus em relação à vertical, boca do cano para a esquerda, 
afastada do corpo cerca de 20 cm; braço esquerdo no plano das costas com o 
cotovelo colado ao corpo. A mão direita vem empunhar a arma pelo delgado da 
coronha, dedos unidos, o braço direito afastado do corpo cerca de 15 cm. 
III) 3o Tempo 
Dar uma torção na arma para cima e para frente, com as duas mãos, de modo 
que a arma venha a ficar na vertical, na frente do corpo, a massa de mira na 
altura do nariz. A mão direita segurando a arma pelo delgado, polegar por trás 
e os outros dedos unidos e estendidos pela frente. Mão esquerda segurando a 
arma na altura do terço médio do guarda mão, por cima da bandoleira, com o 
polegar estendido sobre o mesmo. Cotovelos lançados para frente, antebraço 
esquerdo na horizontal (Fig 3.6). 
 
Fig 3.6 - Apresentar-arma (partindo da posição de sentido) 
 
e) Descansar-arma (partindo da posição de apresentar-arma) 
I) 1o Tempo 
Com a mão esquerda trazer a arma, na posição vertical, para junto do ombro 
direito, enquanto a mão direita vem segurá-la com a palma da mão sobre o 
suporte da massa de mira. 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 3-8 - REV.1 
II) 2o Tempo 
A mão esquerda abandona a arma e vem colar-se à coxa esquerda, sem batê-la, 
enquanto a mão direita desce a arma ao longo do corpo, dando-lhe uma ligeira 
torção para a direita, de modo que a soleira fique paralela ao pé direito. O 
braço direito ficará formando com o antebraço um ângulo de aproximadamente 
135 graus, cotovelo unido ao corpo, braço no plano das costas. 
III) 3o Tempo 
A mão direita, mediante uma torção para a esquerda, deixa a arma vir até o 
chão, sem batê-la, com o bico da soleira encostando na lateral exterior do pé 
(posição de sentido) (Fig 3.7). 
 
Fig 3.7 - Descansar-arma (partindo da posição de apresentar-arma) 
 
f) Apresentar-arma (partindo da posição de ombro-arma) 
I) 1o Tempo 
A mão direita segura a arma pelo delgado da coronha, ao mesmo tempo em que 
a mão esquerda puxa a coronha para trás, de modo que a arma fique na vertical; 
cotovelo esquerdo afastado, mão esquerda colada ao corpo; antebraço direito 
junto ao corpo. 
II) 2o Tempo 
A arma é levada, pela mão direita, para frente do corpo, ficando afastada deste 
cerca de 20 cm, com uma inclinação de 45 graus em relação à vertical, cano 
para a esquerda; a mão esquerda vem apoiá-la pelo guarda mão, na altura do 
seu terço médio, por cima da bandoleira, dedos unidos com o polegar por trás. 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 3-9 - REV.1 
III) 3o Tempo 
As duas mãos e braços dão uma torção na arma de modo que ela venha a ficar na 
vertical, com o carregador para frente, massa de mira na altura do nariz do 
militar, alça de mira tocando o corpo. A mão direita segura a arma pelo delgado 
da coronha, polegar por trás e os outros dedos unidos e estendidos pela frente. 
Cotovelos lançados para frente, antebraço esquerdo na horizontal (Fig 3.8). 
 
Fig 3.8 - Apresentar-arma (partindo da posição de ombro-arma) 
 
g) Ombro-arma (partindo da posição de apresentar-arma) 
I) 1o Tempo 
A arma é levada pelas duas mãos para frente do corpo, mediante uma torção, 
ficando inclinada cerca de 45 graus em relação à vertical, cano para a esquerda, 
carregador para baixo. A mão esquerda por cima da bandoleira, dedos unidos 
sobre o guarda-mão, polegar estendido por trás, na altura do terço médio do 
guarda mão. Mão direita empunhando a arma pelo delgado da coronha, dedos 
unidos, polegar por trás. 
II) 2o Tempo 
A mão direita leva a arma ao ombro esquerdo, segurando-a pelo delgado, 
carregador para fora, parte superior da alça de transporte para dentro e junto ao 
pescoço. Nesta posição, a luva fixadora do guarda-mão fica por cima e apoiada 
no ombro. Ao mesmo tempo, a mão esquerda vem apoiar a arma pela chapa da 
soleira, com as falanges e a palma, ficando o polegar envolvendo o bico da 
soleira e os demais dedos unidos, empunhando a chapa da soleira. O braço 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 3-10 - REV.1 
esquerdo tocando o corpo no plano das costas, formando com o antebraço um 
ângulo pouco maior que o reto. 
 III) 3o Tempo 
A mão direita abandona o delgado da coronha vindo colar-se à coxa, sem batê-
la, num movimento rápido e enérgico (Fig 3.9). 
 
Fig 3.9 - Ombro-arma (partindo da posição de apresentar-arma) 
 
h) Cruzar-arma (partindo da posição de sentido) 
I) 1o Tempo 
Suspender a arma na vertical, empunhando-a com a mão direita, como no 
primeiro tempo de ombro arma, o cotovelo afastado do corpo, de modo que o 
braço fique paralelo ao solo, simultaneamente, a mão esquerda segura a arma 
por cima da bandoleira na altura do terço médio do guarda mão, ficando o 
polegar estendido sobre o mesmo. 
II) 2o Tempo 
A arma é levada para frente do corpo, empunhada pela mão esquerda, ficando 
inclinada de 45 graus em relação à vertical, boca do cano para a esquerda, 
afastada do corpo cerca de 20 cm; braço esquerdo no plano das costas com o 
cotovelo colado ao corpo. A mão direita vem empunhar a arma pelo delgado, 
dedos unidos; o braço direito fica afastado do corpo cerca de 15 cm (Fig 3.10). 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 3-11 - REV.1 
 
Fig 3.10 - Cruzar-arma (partindo da posição de sentido) 
 
i) Cruzar-arma (partindo da posição de ombro-arma) 
I) 1o Tempo 
A mão direita segura a arma pelo delgado da coronha, a mão esquerda, 
puxando-a para trás, coloca-a na vertical. 
II) 2o Tempo 
A arma é levada pela mão direita para frente do corpo, inclinada, cano para a 
esquerda, afastada do corpo cerca de 20 cm; braço esquerdo no plano das 
costas com o cotovelo colado ao corpo. A mão direita empunhando a arma pelo 
delgado da coronha, dedos unidos; o braço direito afastado do corpo cerca de 
15 cm (Fig 3.11). 
 
Fig 3.11 - Cruzar-arma (partindo da posição de ombro-arma) 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 3-12 - REV.1 
j) Ombro-arma (partindo da posição de cruzar-arma) 
I) 1o Tempo 
A mão direita leva a arma ao ombro esquerdo, segurando-a pelo delgado, 
carregador para fora e parte superior da alça de transporte para dentro, junto ao 
pescoço; luva fixadora do guarda mão sobre o ombro, ao mesmo tempo a mão 
esquerda vem apoiar a arma pela chapa da soleira, com as falanges e a palma, 
ficando o polegar envolvendo o bico da chapa da soleira e os demais dedos 
empunhando a mesma. O braço esquerdo tocando o corpo no plano das costas, 
formando com o antebraço um ângulo aproximadamente reto. 
II) 2o Tempo 
A mão direita é retirada do delgado da coronha, vindo colar-se à coxa direita, 
sem batê-la, num movimento rápido e enérgico (Fig 3.12). 
 
Fig 3.12 - Ombro-arma (partindo da posição de cruzar-arma) 
 
k) Descansar-arma (partindo da posição de cruzar-arma) 
I) 1o Tempo 
A mão direitaabandona o delgado da coronha, enquanto a esquerda traz a arma 
para junto do ombro direito, na posição vertical. A mão direita, na altura do 
ombro, segura a arma, com a palma da mão sobre o suporte da massa de mira, 
polegar entre o corpo e a arma, demais dedos unidos e estendidos em diagonal 
à frente tocando a lateral superior do guarda mão. A mão esquerda fica com os 
dedos unidos, sobre a bandoleira, polegar ao longo do guarda mão, na altura do 
seu terço médio. 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 3-13 - REV.1 
II) 2o Tempo 
A mão esquerda abandona a arma, vindo colar-se à coxa esquerda, sem batê-la. 
A mão direita abaixa a arma, dando-lhe uma ligeira torção para a direita, de 
modo que a soleira fique paralela ao pé direito; o braço direito ficará formando 
com o antebraço um ângulo de aproximadamente 135 graus, cotovelo unido ao 
corpo, braço no plano das costas. 
 III) 3o Tempo 
A mão direita, mediante uma torção para a esquerda, deixa a arma vir até o 
chão, sem batê-la, com a soleira encostada na lateral exterior do pé (posição de 
sentido) (Fig 3.13). 
 
Fig 3.13 - Descansar-arma (partindo da posição de cruzar-arma) 
 
l) Cruzar-arma (partindo do passo ordinário, ombro-arma) 
O comando cruzar-arma deve ser dado pronunciando-se fortemente, e de uma só 
vez, a palavra “ARMA” quando o pé esquerdo assentar ao solo; o militar dá um 
passo com o pé direito e, após, toma a posição de cruzar arma, do seguinte modo: 
I) 1o Tempo 
Pé esquerdo à frente batendo forte no solo e primeiro tempo de cruzar arma, 
partindo de ombro arma. 
II) 2o Tempo 
Pé esquerdo à frente batendo forte ao solo e segundo tempo de cruzar arma, 
partindo de ombro arma. 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 3-14 - REV.1 
m) Ombro-arma (partindo da posição de cruzar-arma em passo ordinário) 
Ao comando de ombro-arma, a palavra “ARMA” deve ser pronunciada 
fortemente, e de uma só vez, quando o pé esquerdo assentar ao solo. Em seguida 
o militar leva a arma ao ombro da seguinte maneira: 
I) 1o Tempo 
Bate com o pé esquerdo à frente, levando, simultaneamente, o fuzil ao ombro. 
II) 2o Tempo 
Dar mais um passo com o pé direito e quando o esquerdo for à frente deve-se 
batê-lo ao solo. A mão direita abandona o delgado e vem para a posição 
correta de oscilação do braço, prosseguindo a marcha em passo ordinário. 
n) Arma-suspensa 
O militar suspende a arma na vertical, segurando-a pelo cano entre a massa de 
mira e o quebra-chamas, por meio de um movimento enérgico, apoiando, a parte 
média do antebraço direito na cintura, o braço direito formará com o antebraço um 
ângulo de aproximadamente 135 graus, cotovelo ultrapassando o plano das costas 
a fim de manter a arma na vertical. Nesta posição a arma deve ficar ligeiramente 
afastada do corpo e, vista de lado, fazendo um ângulo de 45 graus com relação ao 
antebraço. 
Essa voz só exige execução imediata quando se desejar ensinar a posição 
correspondente; fora disso corresponde a simples advertência. Ex: “PELOTÃO 
(escola, grupo, etc.), ARMA-SUSPENSA, ORDINÁRIO! (intervalo) MARCHE!” 
O militar executa o movimento da arma suspensa à última silaba da voz de 
advertência e aguarda a de execução, rompendo então a marcha. Após um alto, 
descansa arma, permanecendo na posição de sentido. 
Nas voltas a pé firme, executadas com a arma descansada no solo, o militar toma a 
posição de arma suspensa à ú1tima sílaba da voz de advertência. Terminado o 
movimento, descansa arma. Ex: “GRUPO, DIREITA! (o militar suspende a arma 
nesse momento), VOLVER!”. O militar gira para a direita e, no final, repousa a 
arma no solo. É também usado arma suspensa nos pequenos deslocamentos, para 
efeito de retificação de uma formatura, principalmente quando se tratar de locais 
cobertos, onde é vedado executar o ombro arma e o apresentar arma (Fig 3.14). 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 3-15 - REV.1 
 
Fig 3.14 - Arma-suspensa 
 
o) Alongar bandoleira 
O comando de alongar-bandoleira, dado sempre na posição de descansar, é o 
seguinte: “PARA ALONGAR-BANDOLEIRA, UM-DOIS”. A execução é 
cumprida da seguinte maneira: na voz de execução “UM”, o militar traz o fuzil 
para entre as pernas, juntando a soleira da arma à parte interna do pé direito, 
prendendo-a a seguir com o pé esquerdo, mantendo o cano voltado para o lado 
direito e, curvando o tronco, alonga a bandoleira com as duas mãos, 
permanecendo parado e segurando a bandoleira, de forma que os braços fiquem 
estendidos com as mãos envolvendo a bandoleira na altura do carregador. Ao 
ouvir a voz de execução “DOIS” levanta vivamente o tronco e volta à posição de 
descansar. 
p) Encurtar-bandoleira 
O comando de encurtar-bandoleira, dado sempre na posição de descansar, é o 
seguinte: “PARA ENCURTAR-BANDOLEIRA, UM-DOIS”. A execução é 
cumprida da seguinte maneira: na voz de execução “UM”, o militar traz o fuzil para 
entre as pernas, juntando a soleira da arma à parte interna do pé direito, prendendo-a 
a seguir com o pé esquerdo, mantendo o cano voltado para o lado direito e, 
curvando o tronco, encurta a bandoleira com as duas mãos, permanecendo parado e 
segurando a bandoleira de forma que os braços fiquem estendidos com as mãos 
envolvendo a bandoleira na altura do carregador. Ao ouvir a voz de execução 
“DOIS”, levanta vivamente o tronco e volta à posição de descansar. 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 3-16 - REV.1 
q) Em bandoleira-arma 
Este comando é sempre precedido de alongar-bandoleira e é dado estando a tropa 
na posição de descansar, quando parada ou em passo sem cadência, quando em 
marcha. 
Estando a tropa parada, ao comando em bandoleira-arma o militar segura a arma 
pela bandoleira com a mão esquerda, na altura do zarelho anterior, olhando-o e 
trazendo-a à altura do ombro direito. Introduz o braço direito (dedos unidos e 
estendidos) entre a bandoleira e a arma. A bandoleira fica apoiada no ombro 
direito e segura pela mão direita, na altura do peito, de modo que mantenha a 
arma ligeiramente inclinada, com o dedo polegar estendido ao longo e por trás 
da bandoleira e demais dedos envolvendo-a. A mão esquerda volta à sua posição 
(Fig 3.15). 
 
Fig 3.15 - Em bandoleira-arma 
 
Obs: Em dias chuvosos e com a finalidade de preservar o fuzil, poderá ser 
utilizada a posição em bandoleira-arma com o cano para baixo, por uma tropa ou 
por militar em serviço de sentinela. 
Este movimento será executado mediante o comando de “ORDEM À TROPA”: 
em bandoleira-arma com o cano para baixo. O militar executará o movimento sem 
preocupação com a uniformidade e marcialidade. 
Estando uma tropa em marcha, deve ser dado o comando de sem cadência-marche 
e depois em bandoleira-arma. O militar continua marchando naturalmente, retira a 
arma do ombro e dá a extensão necessária à bandoleira com a mão esquerda, cano 
OSTENSIVO CGCFN-1001 
 
 
OSTENSIVO - 3-17 - REV.1 
da arma voltado para a direita, carregador para frente, mão direita segura a arma 
pelo punho, apoiando-a no antebraço direito, segura a bandoleira com a mão 
esquerda, na altura do zarelho anterior e introduz o braço direito entre a 
bandoleira e a arma (mão e dedos estendidos). 
A bandoleira fica apoiada no ombro direito, segura pela mão direita, mantendo a 
arma ligeiramente inclinada. 
Após isto, poderá ser comandado ordinário-marche, e a tropa se deslocará no 
mesmo eixo de marcha. A tropa permanecerá com a arma em bandoleira, mesmo 
após o comando de alto. 
r) Descansar-arma (partindo da posição de em bandoleira-arma) 
Este comando é dado com a tropa na posição de descansar; se for dado na posição 
de sentido, à voz de advertência a tropa fará descansar e após executar o 
descansar-arma voltará à posição de sentido. 
Com a mão esquerda, o militar segura a bandoleira na altura do ombro enquanto 
retira o braço direito da posição em que estava e vai, com a mão direita, pegar a 
arma com a palma da mão sobre o suporte da massa de mira, conduzindo-a

Continue navegando